Sul - escravos, latifúndio, monocultura e produção para mercado externo.
3. (CESGRANRIO) Durante o séc. XVII grupos puritanos ingleses perseguidos por suas ideias políticas (antiabsolutistas) e por suas crenças religiosas (protestantes calvinistas) abandonaram a Inglaterra, fixando-se na costa leste da América do Norte, onde fundaram as primeiras colônias. A colonização inglesa nessa região foi facilitada:
a) pela propagação das ideias iluministas, que preconizavam a proteção e respeito aos direitos naturais dos governados.
b) pelo desejo de liberdade dos puritanos em relação à opressão metropolitana.
c) pelo abandono dessa região por parte da Espanha, que então atuava no eixo México-Peru.
d) pela possibilidade de explorar grandes propriedades agrárias com produção destinada ao mercado europeu.
e) pela consciência política dos colonos americanos, desde logo, treinados nas lutas coloniais.
resposta:[B]
Os primeiros colonos ingleses fugiam das perseguições políticas e religiosas na Europa.
4. (ENEM 2013) Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio que depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião. Eu, comprazendo a Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasião de minha partida, seis deles para Vossas Majestades, para que aprendam a falar.
COLOMBO, C. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento.
Porto Alegre: L&PM, 1984.
O documento destaca um aspecto cultural relevante em torno da conquista da América, que se encontra expresso em:
a) Comportamento caridoso dos governos europeus diante da receptividade das comunidades indígenas
b) Deslumbramento do homem branco diante do comportamento exótico das tribos autóctones.
c) Cruzada civilizacional frente à tarefa de educar os povos nativos pelos parâmetros ocidentais.
d) Compromisso dos agentes religiosos diante da necessidade de respeitar a diversidade social dos índios.
e) Violência militarizada do europeu diante da necessidade de imposição de regras aos ameríndios.
resposta:[C]
5. (G1) Observe as colunas abaixo.
Primeira coluna:
I) Colônias do Norte
II) Colônias Centrais
III) Colônias do Sul
Segunda coluna:
A. Monocultura baseada em produtos tropicais de exportação para a Europa e utilização de força de trabalho escrava africana.
B. Caracterizada pela policultura e pela produção manufatureira, fomentando o mercado interno.
C. Dinamismo econômico, com importantes centros comerciais, aliados a uma tolerância religiosa.
Qual das alternativas abaixo relaciona corretamente as duas colunas?
a) I-B; II-C; III-A.
b) I-B; II-A; III-C.
c) I-C; II-B; III-A.
d) I-A; II-B; III-C.
e) I-C; II-A; III-B.
resposta:[A]
Segunda série
1. (PITÁGORAS) A implantação do café no Brasil provocaria diversas transformações socioeconômicas, entre as quais a estabilização financeira, a implantação de um mercado interno e a formação de uma nova aristocracia. Em 1850, o Brasil passaria por um surto industrial. Na política interna, a característica principal seria a conciliação partidária.
INDIQUE três diferenças entre a cafeicultura no Vale do Paraíba e a cafeicultura no Oeste Paulista.
Resposta:
Vale do Paraíba: Produção tradicional, utilização de mão de obra escrava, sistema de plantation, surgimento dos barões do café, exportação via porto do Rio de Janeiro.
Oeste Paulista: Produção moderna, Mão de obra assalariada (imigrantes), Burguesia cafeeira Exportação via porto de Santos
2. (UNESP) Charles Ribeyrolles, ao viajar pelo Vale do Paraíba em 1859, deixou o seguinte depoimento: "A fazenda brasileira, viveiro de escravos, é uma instituição fatal. Sua oficina não pode se renovar, e a ciência, mãe de todas as forças, fugirá dela enquanto campearem a ignorância e a servidão. O dilema consiste, pois, no seguinte: transformar ou morrer"
(Charles Ribeyrolles, BRASIL PITORESCO.)
Baseando-se no texto, responda.
a) Quais as críticas do viajante às fazendas da região?
b) Como os fazendeiros de café da região do "oeste paulista" solucionaram o dilema "transformar ou morrer"?
resposta:
a) O viajante questiona a utilização do trabalho escravo, considerando-o um obstáculo ao desenvolvimento tecnológico e econômico, tendo como referência a Revolução Industrial que se processava na Inglaterra.
b) No Oeste paulista, os cafeicultores adotaram a mão-de-obra assalariada ou sistemas de parceria, sobretudo de imigrantes europeus o que resultou na modernização da produção cafeeira na região.
3. (UNESP) O texto seguinte se refere a um esforço de implantação de fábricas no Brasil em meados do século XIX. Não se pode dizer (...) que tenha havido falta de proteção depois de 1844. Nem é lícito considerar reduzido seu nível (...) Não se está autorizado, portanto, a atribuir o bloqueio da industrialização à carência de proteção. O verdadeiro problema começa aí: há que explicar por que o nível de proteção, que jamais foi baixo, revelou-se insuficiente. (J. M. Cardoso de Mello. O Capitalismo tardio, 1982.)
a) Qual foi a novidade da Tarifa Alves Branco (1844), comparando-a com os tratados assinados com a Inglaterra em 1810?
b) Indique duas razões do "bloqueio da industrialização" ao qual se refere o autor.
resposta:
a) A Tarifa Alves Branco aumentava significativamente o imposto sobre produtos importados, e por essa razão, é considerada uma tarifa protecionista. Dessa forma, possui um grande contraste em relação aos Tratados de 1810, assinados com a Inglaterra, pois estes davam privilégios à importação de produtos ingleses em detrimento dos produtos de outros países.
b) Na época, o país possuía uma economia agrário-exportadora e utilizava-se da mão de obra escrava. Estes dois aspectos são suficientemente importantes para ilustrar o "bloqueio" referido no texto. A elite agrária não possuía qualquer compromisso com uma possível "indústria nacional", considerando-se como consumidora de produtos importados. A existência de escravos constituía-se como um sério obstáculo à existência de um mercado de consumo, além de não se dispor de mão de obra qualificada para o trabalho industrial.
4. (FUVEST 2012) Examine a seguinte tabela:
A tabela apresenta dados que podem ser explicados
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
b) pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
d) pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.
Resposta:[D]
A tabela mostra um grande aumento da entrada de escravos no Brasil, nos três anos subsequentes à decretação do Bill Aberdeen.
É claro que a expansão da cafeicultura nesse período, embora significativa, nem de longe acompanhou o crescimento da importação de escravos. Seria mais correto, portanto, dizer que o aumento do tráfico deveu-se ao receio de que sua extinção ocasionasse uma dramática falta de mão de obra, levando os fazendeiros a formar um estoque de escravos.
5. (UERJ adaptada) Acompanhei com vivo interesse a solução desse grave problema [a extinção do tráfico negreiro]. Compreendi que o contrabando não podia reerguer-se, desde que a "vontade nacional" estava ao lado do ministério que decretava a supressão do tráfico. Reunir os capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito comércio e fazê-los convergir a um centro onde pudessem ir alimentar as forças produtivas do país, foi o pensamento que me surgiu na mente, ao ter certeza de que aquele fato era irrevogável.
(Visconde de Mauá - Autobiografia. Citado por MATTOS, Ilmar R. & GONÇALVES, Marcia de A. O Império da boa sociedade. São Paulo, Atual, 1991.)
Os centros urbanos brasileiros, principalmente a capital - a cidade do Rio de Janeiro, passaram por grandes transformações a partir da segunda metade do século XIX. Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, foi um dos principais personagens desse processo de mudanças. No período citado, a capital do império sofreu, dentre outras, as seguintes transformações:
a) criação de indústrias metalúrgicas e siderúrgicas, surgimento de bancos e diversificação da agricultura
b) crescimento da economia cafeeira, utilização da mão de obra imigrante assalariada e mecanização do cultivo
c) diminuição da importância da economia agroexportadora, desenvolvimento de manufaturas e exportação de bens de consumo manufaturados
d) aplicação de capitais na modernização da infraestrutura de transportes, no aprimoramento dos serviços urbanos e desenvolvimento de atividades industriais
e) início da extração petrolífera no Brasil e o desenvolvimento de indústrias de bens de consumo duráveis com apoio do Estado Imperial
resposta:[D]
A combinação de fatores favoreceu a economia brasileira e, entre os anos de 1850 e 1889, diversas pequenas fábricas de muitos setores começaram a surgir. Entre as áreas econômicas que se desenvolveram, destacam-se as que produziam couro, sabão, papel e bens de consumo.
Neste momento surge a figura do Visconde de Mauá, como era conhecido Irineu Evangelista de Souza. Entre suas ações para o impulso da economia, estão: criação de estaleiros e fundições, companhias de linhas telegráficas, ferrovias, iluminação a gás, transporte urbano, entre outros negócios. O Barão tinha, até mesmo, bancos no Brasil e no exterior. Porém, o crescimento industrial brasileiro incomodava a elite rural escravista e os países concorrentes.
Terceira Série
1. (UNICAMP) A tentativa dos nazistas de dissimular suas atrocidades nos campos de concentração e de extermínio resultou em completo fracasso. Muitos sobreviventes desses campos sentiram-se investidos da missão de testemunhar e não deixaram de cumpri-la, alguns logo depois de serem libertados e outros, quarenta e até cinquenta anos mais tarde.
(Adaptado de Tzvetan Todorov, "Memória do mal, tentação do bem. Indagações sobre o século XX." ARX, 2002, p. 211.)
a) Caracterize o contexto histórico em que surgiram os campos de concentração e de extermínio.
b) Que parcelas da população foram aprisionadas nesses campos?
c) Com base no texto, explique a importância do testemunho dos sobreviventes.
Resposta:
a) Implantação de regimes totalitários na Europa, durante o Período de Entre-Guerras e no contexto da polarização ideológica.
b) Minorias étnicas como judeus, ciganos e deficientes físicos e outros, adversários políticos e elementos considerados "anti-sociais", tais como deficientes mentais, homossexuais e pacifistas.
c) Preservação da memória sobre as violências e o genocídio praticados durante o período em questão.
2. (UFMG) Leia este texto:
"A guerra estava no fim e Hiroshima permanecia intacta. A população acreditava que a cidade não seria bombardeada. Mas infelizmente no dia 6 de agosto, às 8 horas e 15 minutos, um enorme cogumelo de fogo tomou conta da cidade destruindo a vida de milhões de pessoas inocentes... A cidade acabara e, com ela, toda a referência de uma vida normal."
//www.nisseychallenger.com/hiroshima.html. Acesso: 4 jun. 2007.
A partir dessa leitura e considerando outros conhecimentos sobre o assunto,
a) INDIQUE e ANALISE duas razões para a escolha do Japão como alvo das bombas atômicas.
b) ANALISE os desdobramentos do lançamento das bombas atômicas sobre o Japão no contexto da Guerra Fria.
Resposta:
a) Dentre as razões para a escolha do Japão como alvo das bombas atômicas dos Estados Unidos, ao final da Segunda Guerra Mundial, pode-se destacar a intenção dos Estados Unidos de revidar o ataque japonês a Pearl Harbour e o interesse norte-americano em abreviar o fim do conflito, devido a feroz resistência dos japoneses.
b) Para muitos historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, na Europa. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades nada teve a ver com o Japão, já militarmente derrotado, e sim com a divisão geopolítica do mundo. Ao utilizar a bomba atômica nos ataques às cidades japonesas, os Estados Unidos afirmaram seu poderio bélico frente a outras nações e inauguraram uma corrida armamentista, pois a União Soviética também passou a produzir arsenal nuclear para fazer frente aos Estados Unidos.
3. (UNICAMP) Por duas vezes na história, em 1812 e em 1943, os russos/soviéticos, sob um inverno rigoroso de menos 30 °C, derrotaram potências de tendência expansionista: a França de Napoleão e a Alemanha de Hitler, respectivamente. Em ambos os momentos, os russos/soviéticos adotaram técnicas semelhantes para derrotar os inimigos e foram responsáveis por mudanças decisivas nos rumos da história contemporânea.
a) Explique qual a estratégia utilizada pelos russos, em 1812, e soviéticos, em 1943, para derrotarem os seus inimigos.
b) Qual a importância da URSS na política internacional após a Segunda Guerra Mundial?
resposta:
a) A estratégia utilizada pelas tropas russas tanto contra Napoleão tanto contra Hitler foi a da "terra arrasada", que consiste em destruir e incendiar o próprio território, para que as tropas invasoras não consigam se manter sem recursos.
Além disso, o rigoroso inverno russo contribuiu para a derrota dos nazistas.
b) As tropas soviéticas foram as primeiras a chegar a Berlim, derrotando finalmente os nazistas.
4. (FGV 2015) A respeito da situação da França, durante a Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar:
a) A chamada República de Vichy englobava a parte da França cujo governo resistiu aos interesses alemães até o final da guerra.
b) Na República de Vichy, o marechal Phillippe Petáin liderou a resistência contra as forças militares nazistas.
c) Vichy tornou-se a capital de toda a França governada por um colegiado formado por alemães e franceses.
d) Na República de Vichy, o slogan Liberdade, Igualdade e Fraternidade foi substituído por Trabalho, Família e Pátria.
e) A esquerda francesa colaborou com o governo de Phillippe Petáin, adotando a tática da frente ampla contra o nazismo.
resposta:[D]
O Marechal Phillippe Pétain personificou o governo colaboracionista do Sul da França (França de Vichy), alinhado com os princípios do III Reich alemão, com as experiências totalitárias em ascensão na Europa, com o antissemistismo e o anticomunismo exacerbados. O Marechal substituiu os princípios universalistas da Revolução Francesa pela palavra-de-ordem pragmático-nacionalista trabalho, família e Pátria.
5. (UERJ 2015 ADAPTADA) Os mapas constituem uma representação da realidade.
Observe, na imagem abaixo, dois mapas presentes na reportagem intitulada “Um estudo sobre impérios”, publicada em 1940.
O uso da cartografia nessa reportagem evidencia uma interpretação acerca da Segunda Guerra Mundial.
Naquele contexto é possível reconhecer que essa representação cartográfica tinha como finalidade:
a) criticar o nacionalismo alemão
b) justificar o expansionismo alemão
c) enfraquecer o colonialismo britânico
d) destacar o multiculturalismo britânico
e) condenar a construção do espaço vital pelos alemães
resposta:[B]
Na imagem, vê-se um exemplo emblemático do uso da cartografia como elemento de propaganda político-ideológica. Ao representar o território alemão isoladamente no grande espaço retangular no qual se situa, contrapondo-o ao retângulo repleto de territórios das possessões do então extenso Império Britânico, o elaborador dos mapas sugere que a Alemanha não possui domínios espaciais compatíveis com sua grandeza política e econômica. É a tradução cartográfica do conceito germânico de “espaço vital”, uma analogia com os organismos vivos, que justificava que a expansão territorial da Alemanha era a consequência natural da inadequação entre o exuberante “corpo social germânico” e a área ocupada pela nação. Esse expansionismo também era justificado através da crítica ao expansionismo britânico, controlador dos espaços representados.