Bianca santana quando me descobri negra pdf

"Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena." É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas. "Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si. Caminhos que aos poucos revelam novas camadas, de um ser ressignificado. Considero este livro um presente, é algo para se ter sempre às mãos e ir sendo revisitado. Bianca, ao falar de si, fala de nós." – Djamila Ribeiro, colunista da Carta Capital, pesquisadora na área de filosofia política e feminista. "Escritos romantizados, tristes e fortes, delicados e agudos, de uma dura e naturalizada realidade que se reinventa em vermelho e cinza a cada dia nas periferias, mas também nos espaços de classe média universitária ou médica, ou ainda nos voos São Paulo-Paris." – Douglas Belchior, militante do movimento negro e conselheiro da UNEafro-Brasil.

Quando me descobri negra: obra inaugural de literatura de Bianca Santana


Resumo


Este artigo se debruça sobre a obra Quando me descobri negra de Bianca Santana, autora negra da contemporaneidade. Em sua obra de estreia na literatura, Santana traz as vozes dos outros e de si mesma, tratando das mais variadas situações racistas cotidianas em nosso país. A obra se passa em espaços diversos (academia, locais de trabalho; casas privadas; bares; restaurantes; comunidades; ruas; livrarias), agregando personagens de classes sociais díspares, comprovando, com isso, que o racismo está em toda parte. Todavia, a obra também destaca o poder de resistência de personagens negros e negras em sociedade inóspita. Explicita-se que o escravismo econômico já não é vigente, mas a cultura escravocrata perdura em nossa sociedade.


Palavras-chave

Racismo. Resistência. Literatura Brasileira. Bianca Santana.


DOI: 10.3895/cgt.v15n45.13927

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Quando Me Descobri Negra

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Resenhas para Quando Me Descobri Negra (86)

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Quando me descobri negra, escrito pela escritora, cientista social, jornalista e mestre em Educa��o pela Universidade de S�o Paulo, Bianca Santana, um dos vencedores do Pr�mio Jabuti em 2016, na categoria �Ilustra��o� nos apresenta uma narrativa delicada, direta e objetiva sobre a vida do negro no Brasil. Com a finalidade de apresentar uma vis�o abrangente do indiv�duo negro, Bianca Santana, organizou o livro de cr�nicas em tr�s partes da seguinte forma: �Do que vivi�, �Do que ouvi�... leia mais

SANTANA, Bianca. Quando me descobri negra. Ilustração Mateu Velasco. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2015. 96 p.

Resumo

Com sensibilidade e firmeza, a autora nos conduz ao universo das pessoas de origem negra que, no Brasil, desde a tenra idade, experimentam situações dúbias de afirmação da identidade que ajudam a compor o racismo à brasileira.
Portadora de uma linguagem ágil e visceral, a autora vai desvelando com lucidez as diferentes facetas do racismo que permeiam desde as relações familiares, principalmente nas famílias miscigenadas, em que há uma variedade de tonalidades de pele, tipos de cabelos e traços físicos, até as relações sociais mais amplas, coalhadas de estigmas, preconceitos e discriminações.


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When I found myself black


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