Como e chamado o grupo de Isoenzimas que estão presentes no fígado e são fundamentais para o biotransformação dos fármacos?

ESTUDO DIRIGIDO

FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

CRUZ DAS ALMAS - BA

2019

ESTUDO DIRIGIDO

FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

  1. Conceito de afinidade, eficácia e potência de um fármaco.

Os fármacos são moléculas que interagem com componentes moleculares específicos de um organismo, produzindo alterações bioquímicas e fisiológicas dentro desse organismo; a maioria dos fármacos produz seus efeitos desejados (terapêuticos) através de uma interação seletiva com moléculas-alvo, que desempenham importantes papéis na função fisiológica e fisiopatológica.

  1. Diferencie afinidade e eficácia para os agonistas totais, parciais e antagonistas. A potência (EC50) de um fármaco refere-se à concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima. A eficácia (Emáx.) refere-se à resposta máxima produzida pelo fármaco. Um fármaco que, através de sua ligação a seu receptor, favorece a conformação ativa deste receptor é denominado agonista; por outro lado, um fármaco que impede a ativação do receptor pelo agonista é designado como antagonista.

  2. Quais são as proteínas-alvos em que os fármacos atuam após a biotransformação?

Proteínas da bomba de sódio e potássio, enzimas fundamentais, como as enzimas da transcrição, tradução e replicação do DNA, proteínas de transporte, proteínas de membrana, entre outras

  1. Como é chamado o grupo de Isoenzimas que estão presentes no fígado e são fundamentais para a biotransformação dos fármacos?

Enzima P450.

  1. Qual o órgão responsável pela excreção da maioria dos fármacos?

Principalmente pelos rins e pelo fígado, bem como pelas fezes.

  1. Boa parte dos fármacos lipossolúveis são armazenados em quais tecidos?

São armazenados no tecido adiposo.

  1. Qual a importância das proteínas plasmáticas, principalmente a albumina, para a distribuição dos fármacos?

O teor de proteínas plasmáticas como a albumina está diretamente relacionado com a distribuição de fármacos no organismo. É a proteína mais responsável pela ligação dos fármacos.

A meia-vida de eliminação de um fármaco é definida como o tempo durante o qual a concentração do fármaco no plasma diminui para a metade de seu valor original.

  1. Qual é a importância de respeitar os horários indicados para

administração de medicamentos? É importante para não perder sua eficácia. Ou seja ingerir o medicamento no horário indicado pode aumentar sua eficácia.

1 6) Como funcionam os agonistas parciais?

Um agonista parcial é uma molécula que se liga a um receptor em seu sítio ativo, mas que só produz uma resposta parcial, mesmo quando todos os receptores estão ocupados (ligados) pelo agonista.

  1. Como funcionam os agonistas inversos?

Um agonista inverso atua de modo a abolir essa atividade intrínseca (constitutiva) do receptor livre (não-ocupado).

  1. O que é antagonismo farmacológico?

Um antagonista é uma molécula que inibe a ação de um agonista, mas que não exerce nenhum efeito na ausência do agonista.

  1. Explique os antagonismo competitivo ou por bloqueio de receptores, antagonismo químico, antagonismo farmacocinético, antagonismo por bloqueio da relação receptor-efetuador (não-competitivo) e antagonismo fisiológico.

Um antagonista competitivo liga-se reversivelmente ao sítio de um receptor antagonista bloqueia a ligação do agonista a seu receptor, enquanto mantém o receptor em sua conformação inativa. Os antagonistas não-competitivos podem ligar-se ao sítio ativo ou a um sítio alostérico de um receptor. O antagonista não-competitivo que se liga ao sítio ativo de um receptor pode fazê-lo de modo covalente ou com afinidade muito alta; em ambos os casos, a ligação é efetivamente irreversível. Antagonismos químico e fisiológico não se liga ao receptor do agonista; entretanto, inibe a capacidade do agonista de iniciar uma resposta.

  1. Explique a relação pH X ionização?

Os fármacos são ácidos fracos ou bases fracas, logo existem na forma ionizada e não ionizada no meio; A forma não ionizada do fármaco é mais apolar e mais fácil de ser difundida pela membrana plasmática, diferente da forma ionizada, que possui carga e uma polaridade elevada.

A modificação bioquímica das drogas altera sua atividade farmacológica e sua velocidade de excreção. Embora a atividade seja freqüentemente reduzida ou abolida (como no caso da oxidação de barbitúricos, fenitoína e álcool), pode às vezes ser aumentada, através da geração de metabólitos ativos, como no caso da conversão de hidrato de cloral em tricloroetanol, que mantém a ação anestésica.

A formação de metabólitos polares que tem menor solubilidade lipídica resulta em uma reabsorção tubular renal reduzida, e conseqüentemente, em velocidade maior de excreção da droga.

Portanto, o metabolismo das drogas ocorre sempre no sentido de tornar os agentes exógenos mais polares, favorecendo sua eliminação.

A localização da maioria das enzimas

Enzimas responsáveis pela biotransformação de muitos fármacos estão localizadas no retículo endoplasmático liso do fígado (fração microssômica). Tais enzimas também são encontradas em outros órgãos, como rins, pulmões e epitélio gastrointestinal, embora em menor concentração. Os fármacos absorvidos pelo intestino estão, portanto, sujeitos ao efeito de primeira passagem.

As reações químicas da biotransformação enzimática são classificadas como reações de: Fase I e Fase II.

Reações de Fase I do Metabolismo:

Convertem o fármaco original em um metabólito mais polar através de reações de oxidação, redução ou hidrólise. O metabólito resultante pode ser farmacologicamente inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original. Quando o próprio metabólito é a forma ativa, o composto original é denominado pró-droga (ex: enalapril).

Reações de oxidação:

São catalisados por um grupo importante de enzimas oxidativas que fazem N- e O- desalquilação, hidroxilação de cadeia lateral e de anel aromático, formação de sulfóxido, N- oxidação, N- hidroxilação, desaminação de aminas primárias e secundárias e substituição de um átomo de enxofre por um de oxigênio (dessulfuração).

A maioria das reações oxidativas é realizada por um grupo de hemoproteínas estreitamente relacionadas denominadas de Citocromo P-450 que são encontradas principalmente no retículo endoplasmático hepático, porém podem ocorrer também no córtex adrenal, nos rins, na mucosa intestinal, os quais são locais de metabolização de droga. Outras enzimas oxidativas incluem a Monoaminooxidase (MAO) e a Diaminooxidase (DAO) que são mitocondriais e desaminam oxidativamente aminas primárias e aldeídos. A MAO está envolvida no metabolismo das catecolaminas e alguns antidepressivos são seus inibidores e podendo interferir no metabolismo de outras drogas.

Reações de Hidrólise:

Ocorrem no fígado, no plasma, e em muitos tecidos. Ésteres como a procaína e amidas como a lidocaína são hidrolisadas por várias esterases inespecíficas. As proteases hidrolisam os polipeptídeos e proteínas e tem grande importância na aplicação terapêutica.

Reações de redução:

São mais raras, mas algumas delas são importantes. Como exemplo, o fármaco warfarina é inativa por conversão de um grupo cetônico em um grupo hidroxila. Os glicorticóides ainda são ocasionalmente administrados como cetonas, que tem que ser reduzidas em compostos hidroxilados para poder agir.

Reações de Fase II do Metabolismo

Compreende reações de conjugação:

I. Conjugação com ácido glicurônico:

É a principal envolvida no metabolismo de drogas e forma os glicuronídeos que é a maior fração de metabólitos de muitos fármacos que contém um grupamento fenol, álcool ou carboxil. De modo geral, são inativos e rapidamente secretados pela urina e pela bile por um sistema de transporte aniônico.

Pacientes portadores de deficiência hereditária para a formação de glicuronídeos (clinicamente apresentada como uma icterícia não hemolítica devida a um excesso de bilirrubina não conjugada) podem agravar após administração de drogas que são normalmente conjugadas por essa via. Alguns tipos de glicuronídeos podem ser hidrolisados enzimaticamente no intestino após excreção biliar, com posterior reabsorção do fármaco liberado. Criando um ciclo entero-hepático que prolonga a ação do fármaco.

II. Conjugação com glicina e glutamina:

Ocorre com ácidos carboxílicos aromáticos, como o ácido salicílico.

III. Conjugação com o acetato:

Doador ativo de acetato é Acetilcoenzima-A que reage com um grupo amino na droga para formar uma acetilamida. Exemplos: isoniazida, hidralazina, procainamida, sulfonamidas, histamina.

Reações deste tipo ocorrem em todo organismo.

IV. Conjugação com o grupo metil:

Envolve S-adenosil metionina como doador de metil as drogas com grupos amino, hidroxil ou tiol livres. Por exemplo, a Catecol O-Metil Transferase que metaboliza as catecolaminas. Outras conjugações como o sulfato ou a formação de ácido mercaptúrico através da reação com a glutationa são vias relativamente incomuns.

Algumas drogas são conjugadas na sua forma original sem passar por reações da Fase I.

Exemplo de Metabolização: Ácido acetilsalicílico que por hidrólise é metabolizado a ácido salicílico (que ainda possui atividade farmacológica) e depois é conjugado ao ácido glicurônico ou a glicina gerando, portanto dois metabólitos diferentes, que já não apresenta atividade e são mais hidrossolúveis sendo facilmente excretados pelos rins.

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Como é chamado o grupo de Isoenzimas presentes no fígado e que são fundamentais no processo de biotransformação dos fármacos?

O sistema enzimático mais importante da fase I da biotransformação é o citocromo P-450 (CYP450), uma superfamília microssômica de isoenzimas que catalisam a oxidação de muitos fármacos.

Como é chamado o grupo de enzimas que estão presentes no fígado?

A transaminase glutâmico oxalacética (TGO) e a transaminase glutâmico pirúvica (TGP) são enzimas importantes para o metabolismo do nosso organismo e alterações em seus níveis séricos têm importante significado clínico.

O que é biotransformação no fígado?

A biotransformação se processa principalmente no fígado e consiste em carregar eletricamente o fármaco (Polarização) para que, ao passar pelos túbulos renais, não seja reabsorvido.

O que é a biotransformação dos fármacos?

Conceitua-se biotransformação como toda alteração química que os fármacos sofrem no organismo, o que geralmente ocorre por processos enzimáticos.

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