Como ocorre a digestão e o metabolismo de carboidratos em animais ruminantes e não ruminantes?

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DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS EM ANIMAIS RUMINANTES E NÃO-RUMINANTES I. Introdução Principal fonte de energia para animais ruminantes e não-ruminantes;   II. Classificação Quanto à localização na célula vegetal Não-estruturais (amido e açúcares solúveis) Estruturais (pectina, celulose e hemicelulose) 1 1 2 b) Quanto ao tamanho da cadeia    Monossacarídeos: - Açúcares simples Duas famílias – aldoses e cetoses Trioses – 3 C Tetroses – 4 C Pentoses – 5 C Hexoses – 6 C  Dissacarídeos: Consistem da união por ligação covalente de dois monossacarídeos. Mais importantes: - Sacarose - Maltose - Lactose - Celobiose 3   Polissacarídeos: Polímeros de monossacarídeos   - Constituem o material de reserva e estrutural das plantas, sendo, quantitativamente, a fonte de energia mais importante na natureza.   - Os principais (encontrados nas dietas de animais) são: amido, celulose, hemicelulose, pectina. II. Carboidratos presentes nas dietas   1) Amido - Formado por unidades de glicose; - Possui cadeia ramificada; - Carboidrato de reserva nos vegetais; - Constituído de amilose e amilopectina; - Alimentos: 10 a 20% de amilose e 80 a 90% de amilopectina; - Rapidamente hidrolisado no trato digestivo de animais ruminantes e não-ruminantes. 4 5 Estrutura da amilose (cadeia não ramificada do amido) Estrutura da amilopectina (cadeia ramificada do amido) 6 2) Celulose - Polissacarídeo estrutural formado por unidades de glicose; - Mais abundante polissacarídeo estrutural; - Aumento da maturidade da planta – celulose é gradativamente incrustada pela lignina – diminui valor nutritivo da forrageira; - Utilizada somente por animais ruminantes e herbívoros com ceco-cólon funcional, pois: degradada somente por celulases unidas à parede celular microbiana; bactérias precisam aderir às partículas que serão degradadas.       7 Fatores que influenciam na degradação da celulose pelos microrganismos Porcentagem de carboidratos solúveis; Disponibilidade de nitrogênio e minerais (Ca, P, Na e S); Barreiras físicas - presença e distribuição da lignina; Área disponível para a hidrólise microbiana; Nível de consumo de alimentos (relacionado à taxa de passagem).   8 3) Hemicelulose Está intimamente ligada à celulose e à lignina; Heteropolissacarídeo composto de arabinose, xilose e ácido urônico; Situa-se entre 12 e 20% da matéria seca das forragens; Está associada à celulose; Mesmos microrganismos degradam a celulose e hemicelulose; Taxa de degradação similar à celulose (estreita relação física). 9 4) Pectina Encontrada nos espaços entre as paredes celulares de células vegetais (lamela média); Apresenta como componente principal o ácido galacturônico; pode também apresentar ramnose e galactose; É altamente digerível na maioria das espécies, inclusive não-ruminantes (no intestino grosso); Encontrada em grandes quantidades nas dicotiledôneas e frutas cítricas. 10 5) Sacarose Açúcar da cana e beterraba; Dissacarídeo formado por glicose + frutose; Hidrolisada pela sacarase, produzida pelo epitélio intestinal ou bactéria. 6) Lactose Açúcar do leite; Dissacarídeo formado por glicose + galactose; Hidrolisada pela lactase produzida pelo epitélio intestinal. DIGESTÃO E ABSORÇÃO EM ANIMAIS NÃO-RUMINANTES  1. Boca   Saliva: Mistura de secreções de 3 pares principais de glândulas (sub-linguais, sub-maxilares e parótidas).   Composição: 99% água + 1% outras substâncias (mucina, sais inorgânicos, HCO3- e PO4-, -amilase e uréia).   Pequena hidrólise do amido em suínos e humanos. 11 11 12 2. Esôfago   Suínos: Passagem rápida do bolo alimentar – pequena digestão pela -amilase salivar.   Aves: Permanência longa do bolo alimentar (inglúvio) – atividade digestiva e microbiológica.   3. Estômago   Não há digestão de carboidrato – pH ácido. 13 4. Intestino Delgado   Presença de microvilosidades (“borda em escova”). - Aumentar área superficial (digestiva e absortiva); - Mecanismos especializados para transporte dos produtos finais da digestão; - Produzir carboidrases (como a sacarase e a lactase). 14 15 16 Figura 1: Mecanismo de absorção da glicose no epitélio intestinal. 17 5. Intestino Grosso   Local de fermentação dos resíduos dietéticos não digeridos e não assimilados no intestino delgado;  Fermentação microbiológica da porção fibrosa da dieta – para aves e suínos, fornecimento de energia é pequeno;  Carboidratos solúveis e insolúveis são degradados pelas enzimas microbianas até monossacarídeos, principalmente;  Monossacarídeos são metabolizadas pelos microrganismos em ácidos graxos voláteis (AGVs) e gases (vide metabolismo ruminal);   Absorção de AGVs – cólon (vide absorção no rúmen).       18 Sistema tampão do intestino grosso   HCO3- Secretado pelo pâncreas no duodeno, secretado pelo íleo e intestino grosso.   PO4- Originado principalmente do alimento; ruminante secreta na saliva. 19 Requisitos para “ótima” digestão microbiana (intestino grosso e rúmen)   Neutralização dos produtos finais liberados no lúmen; Tempo de retenção da digesta; Diluição dos produtos finais (“feedback” negativo); Remoção contínua dos produtos finais (absorção ou passagem). 20 Figura 4: Destinos metabólicos dos carboidratos da dieta em animais não-ruminantes.

Como ocorre a digestão e o metabolismo de carboidratos em animais ruminantes e não ruminantes?

No caso dos ruminantes, a maior parte da digestão ocorre no rúmen, apesar de que, dependendo dos ingredientes da dieta, digestão de porção considerável de CHOs pode ocorrer pós-ruminalmente. A fermentação é um processo muito menos eficaz do que a respiração, em termos de utilização de energia.

Como ocorrem os processos de digestão e absorção de carboidratos nos animais não ruminantes?

A digestão dos carboidratos não começa pela boca, pois cães e gatos não produzem amilase salivar então os carboidratos, presentes no bolo alimentar, passam íntegros pelo estômago e o processo de digestão se inicia no intestino delgado mais precisamente no duodeno.

Como ocorre a digestão e o metabolismo de proteínas em animais ruminantes e não ruminantes?

Digestão das proteínas em ruminantes Em animais ruminantes, as proteínas oriundas da dieta são degradadas pelos microorganismos do rúmen até aminoácidos, que posteriormente serão reutilizados pelas bactérias para sintetizar suas próprias proteínas.

Qual é a principal diferença no metabolismo de proteínas ruminantes para não ruminantes?

Os ruminantes apresentam intenso metabolismo protéico no rúmen. Por isso, a principal diferença entre animais ruminantes e não-ruminantes é que a qualidade da proteína absorvida por ruminantes depende da disponibilidade de aminoácidos que chegam ao duodeno e não dos aminoácidos ingeridos (De Boer et al., 1987).

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