É o instrumento que o governo utiliza para alcançar o equilíbrio entre a arrecadação?

A política econômica de um país são as medidas tomadas pelo governo com foco na situação econômica nacional.

Dessa forma, ela serve para ajudar com o crescimento econômico do país e gerar bem estar para a população.

Sendo assim, a política econômica usa os instrumentos de: política monetária, política fiscal e política cambial.

Sendo que, de acordo com os seus objetivos, a política econômica pode ser classificada em: alocativa, distributiva, estabilizadora ou expansiva.

Enfim, o objetivo da política econômica é contribuir com a economia nacional. Para isso, as metas a curto e longo prazo são estabelecidas de acordo com o governo vigente. 

Como funciona a política econômica?

A política econômica é uma série de ações do governo, com o intuito de atingir certa meta relacionada à situação econômica nacional.

Em outras palavras, a política econômica é a forma com a qual o governo opta por dirigir a economia da nação. 

As ações governamentais envolvem o poder Legislativo, Executivo e alguns órgãos como, por exemplo, o Banco Central do Brasil (Bacen).

As ações da política econômica de um país, são essenciais para o desempenho econômico da nação. Sendo que ela pode resultar no crescimento ou estagnação do país.

Isso porque a política econômica envolve o orçamento do governo, a oferta de moeda no mercado, a tributação, o mercado de trabalho e a taxa de juros.

Tudo isso afeta a vida da população no geral. Sendo assim, caso o governo faça alguma ação mal sucedida, as consequências podem ser graves, como por exemplo, o aumento do desemprego.

Portanto, é importante que a população em geral fique de olho nas ações do governo.

Além disso, se você é investidor, é preciso acompanhar o mercado com atenção redobrada. Afinal de contas, as ações do governo podem impactar de forma direta as suas aplicações.

Por exemplo, se a Selic for reduzida e você tiver muitas aplicações em renda fixa na modalidade pós-fixada, então sua rentabilidade também será reduzida.

Além disso, com a redução da Selic a tendência é que a inflação suba, o que significa que você deve encontrar formas de proteger seu patrimônio contra o poder corrosivo da inflação.

Qual é o objetivo da política econômica?

O grande objetivo da política econômica é ajudar no crescimento econômico do país e gerar bem estar para a população.

No entanto, a forma de realizar este objetivo varia de acordo com as pessoas à frente do legislativo e executivo. 

Sendo assim, em cada mandato, são definidas as metas a serem alcançadas nos próximos quatro anos.

Portanto, um partido pode ter como prioridade, por exemplo, a redução da inflação. Logo, ele pode adotar medidas de contenção.

Por outro lado, o próximo mandato pode ter como foco a geração de empregos. Seja como for, o maior desafio é sempre equilibrar a economia do país.

Esse equilíbrio pode ser alcançado por meio de ações visando a redução do desemprego e estabilização do preço da moeda. Também envolve o controle da inflação e da taxa de juros.

Além disso, o governo também precisa promover o crescimento econômico de uma forma sustentável.

Classificações das políticas econômicas

A política econômica pode ser classificada de acordo com o seu objetivo ou método. Desse modo, de acordo com os objetivos, ela pode ser:

1- Política econômica alocativa

Esta 1ª classificação, tem como foco o melhoramento da alocação dos recursos na economia. Isso visando o aumento da eficiência. 

2- Distributiva

O intuito da distributiva é melhorar a distribuição de renda na sociedade. Ou seja, o foco está na diminuição da desigualdade social. 

3- Estabilizadora

Tem como foco a estabilização da economia por meio do controle de indicadores, como por exemplo, a hiperinflação. 

4- Expansionista

Por fim, o intuito dessa política é ajudar no crescimento econômico, por meio de incentivos na produção e consumo. 

Modalidades da política econômica

A política econômica pode ser de três tipos:

1- Estrutural

Tem como foco, no longo prazo, a modificação da estrutura macroeconômica.

2- Conjuntural

Visa, no curto prazo, a administração de situações como hiperinflação, depressão e escassez de produtos.

3- Expansionista

Foca na manutenção ou aceleração do crescimento econômico.

Instrumentos da política econômica

A política econômica brasileira tem três instrumentos principais: a política monetária, cambial e fiscal. O ideal é que haja um equilíbrio entre as três políticas.

Para verificar o equilíbrio entre as três, são usados alguns indicadores, tais como inflação, crescimento da produção, aumento da geração de empregos e equilíbrio das contas externas.

1- Política monetária

Faz o controle da quantidade de moeda em circulação. Dessa forma, o intuito é controlar a inflação, por meio do controle da quantidade de dinheiro no mercado.

Uma das principais formas de controle monetário é a taxa Selic. Porém, ela não é o único instrumento.

Na verdade, o Banco Central também usa as operações no open market, os redescontos bancários e os depósitos compulsórios. Enfim, as medidas tomadas pelo governo podem ser:

Política econômica expansionista

Quando a inflação está baixa, o governo age para estimular o consumo. Sendo assim, ele injeta dinheiro na economia e a taxa Selic fica baixa.

Essa injeção de dinheiro pode ser por meio da impressão de dinheiro ou por meio da compra de títulos públicos.

Com mais dinheiro no mercado e o fácil acesso ao crédito por parte das pessoas e empresas, a população passa a consumir mais, o que resulta no aumento da demanda frente à oferta.

O resultado é o aumento dos preços, ou seja, da inflação. A desvantagem da inflação é que ela corrói o poder de compra da população.

Em outras palavras, as pessoas precisam de cada vez mais dinheiro para comprar os mesmos produtos de antes.

Sendo assim, os investidores também são prejudicados, já que a inflação come parte da rentabilidade dos ativos.

Por isso, ao investir é essencial que você acompanhe a política econômica nacional e procure por ativos que tenham um retorno acima da inflação. Ou seja, prefira os ativos que tragam ganho real e não apenas nominal.

Política contracionista

A política contracionista é menos praticada do que a expansionista. Nela, o governo busca reduzir a inflação, por meio de ações para desestimular o consumo.

Neste caso, a taxa Selic sobe, o que faz com que os outros tipos de taxas de juros também aumentem.

Desse modo, as pessoas passam a consumir menos e a lei da oferta e demanda entra em ação. Ou seja, com a redução da demanda a tendência é que os preços sejam reduzidos.

A 1ª vista isso parece uma coisa boa, mas é preciso levar em conta que para as empresas manterem seus funcionários elas precisam ter lucros.

Portanto, se a redução dos preços continuar por muito tempo, as empresas podem precisar reduzir a quantidade de funcionários, o que pode levar ao aumento do desemprego.

Com o desemprego o consumo cai ainda mais. Por isso, o ideal é encontrar o equilíbrio.

2- Política fiscal

A política fiscal é tida como o instrumento mais importante da política econômica, já que ela consiste no planejamento orçamentário do Estado.

Em resumo, o orçamento é a diferença entre as receitas e despesas do estado em determinado período.

Quando as receitas são superiores aos gastos, temos uma situação de superávit. Por outro lado, quando os gastos são maiores do que as receitas, temos o déficit.

Sendo que a receita é arrecadada por meio de impostos e as despesas são as mais diversas como pagamento de funcionários, pagamento dos juros da dívida pública e construção de escolas.

Quando o país apresenta superávit, é um sinal de que está sobrando dinheiro e o governo por usar esse excedente, por exemplo, para reduzir a dívida pública.

Enfim, a política fiscal visa o equilíbrio das contas públicas. Isso a torna muito importante, afinal de contas, o governo arrecada trilhões em impostos, mas nunca é o suficiente para cobrir todos os gastos. 

Apesar de tentar equilibrar os valores arrecadados com os gastos, na prática, os gastos geralmente superam as contribuições.

Logo, o governo procura meios de conseguir arrecadar mais, seja por meio da criação de novos impostos ou aumentando a alíquota dos já existentes.

Entretanto, essa saída faz com que os brasileiros paguem ainda mais impostos, sendo que o Brasil já é tido como um dos países com mais impostos no mundo.

Uma outra solução seria realizar reformas administrativas com a intenção de acabar com os gastos públicos desnecessários e estimular a economia por parte do governo.

3- Política cambial

A política cambial se relaciona às taxas de câmbio brasileiras. No Brasil, nós utilizamos a taxa de câmbio flutuante, isso significa que o valor do real varia diariamente.

Para o controle desta variação, existem algumas medidas adotadas pelo governo, como por exemplo, a compra e venda de moedas estrangeiras. 

A política cambial é muito importante, pois ela pode gerar vários impactos em fatores macroeconômicos, como por exemplo, as exportações e importações.

Isso porque, quando a moeda estrangeira está em um momento de alta, a tendência é que os produtores nacionais direcionam seus produtos para as exportações.

O problema é que com muita exportação, restam menos produtos no país, o que pode acarretar a inflação e os juros.

Programas de política econômica no Brasil

Ao longo da sua história, o Brasil teve vários programas de política econômica. Alguns exemplos de política econômica são:

1- Plano de Metas

O Plano de Metas foi lançado pelo presidente Juscelino Kubitschek. Sendo que a execução desse plano foi entre 1956 e 1960.

O plano incentivou a indústria automobilística, a abertura de estradas e afins. Além disso, a criação de Brasília ocorreu por meio desse plano.

2- Brasil Grande

Os governos militares lançaram nos anos 1970 o Brasil Grande. Em resumo, foram feitos vários investimentos em infraestrutura, o que envolveu a abertura de estradas, construção de usinas de energia e etc.

3- Plano Real

No Governo de Itamar Franco, houve Plano Real. Na época, o Brasil estava com a inflação descontrolada. Sendo assim, o intuito era controlar a hiperinflação e colocar a economia de volta nos trilhos.

4- PAC

Em 2007, o Governo Lula lançou o Programa de Aceleração de Crescimento – PAC.

Em síntese, o programa envolvia várias polícias econômicas para os 4 anos de governo. O foco era o crescimento econômico do Brasil.

5- Plano Pró-Brasil

Por fim, em 2020, no Governo Jair Bolsonaro, houve o lançamento do Plano Pró-Brasil. O Plano tinha como foco o estímulo do crescimento econômico brasileiro após a crise causada pela pandemia.

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Fontes: Mais retorno; Politize; Suno; Eu quero investir; e, por fim; Politize.

Qual é o instrumento que o governo utiliza para alcançar o equilíbrio entre a arrecadação de impostos e os gastos do setor público?

Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, entre outros).

É o instrumento que o governo utiliza para alcançar o equilíbrio?

A política fiscal trata da busca de equilíbrio entre receitas e despesas públicas. Ou seja, é uma política econômica que busca um balanço entre as arrecadações do Estado e os gastos públicos.

Quais são os 5 instrumentos de política fiscal?

Veja quais são eles e entenda o que representam..
Resultado primário. Consiste na diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias em um período..
Resultado nominal. É o resultado primário mais o pagamento líquido de juros. ... .
Dívida líquida do setor público. ... .
Taxa de juros..

O que é política monetária e fiscal?

A política monetária, por exemplo, é responsável pela emissão do dinheiro, ele pode gerar efeitos na inflação ou na taxa de juro. A política fiscal com determinações dos gastos públicos e impostos afetam as atividades produtivas das empresas e a cambial controla a entrada e saída das moedas estrangerias.

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