O processo de desenvolvimento industrial começou no fim do século XVIII e início do século XIX, a partir daí houve a necessidade de buscar maneiras de melhor controlar os gastos, a produtividade, o trabalhador e o retorno financeiro.
Diante disso, no decorrer do tempo surgiram diversos tipos de modelos e sistemas de produção industrial, um tipo sempre superava o outro de acordo com o momento histórico e suas respectivas necessidades.
Taylorismo
Teve início no começo do século passado, tinha como objetivo principal dinamizar o trabalho na indústria. O criador desse sistema produtivo foi Frederick Taylor, que acreditava na especialização de tarefas, ou seja, o trabalhador desenvolvia uma única atividade, por exemplo, alguém que colocava os faróis nos automóveis na indústria automobilística faria apenas isso o dia todo sem conhecer os procedimentos das outras etapas da produção, além de monitorar o tempo gasto para a realização de tarefas e premiação àqueles que tivessem um grande rendimento em seu trabalho.
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Fordismo
Essa modalidade de produção foi criada a partir do Taylorismo, com seu mentor Henry Ford na década de 20. Sua ideia foi elaborada em sua própria indústria de automóvel, a Ford, baseado na especialização da função e na instalação de esteiras sem fim na linha de montagem, à medida que o produto deslocava na esteira o trabalhador desenvolvia sua função. Com isso, visava diminuir o tempo gasto no trabalho, aumentar a produtividade, diminuir o custo de produção e, principalmente, realizar a produção em massa para o consumo ocorrer no mesmo passo.
Toyotismo
Sistema de produção criado no Japão que tinha em sua base a tecnologia da informática e da robótica, isso ocorreu na década de 1970, e primeiramente foi usado na fábrica da Toyota. Nessa modalidade de produção o trabalhador não fica limitado a uma única tarefa, o operário desenvolve diversas atividades na produção. Outra criação desse sistema é o just-in-time, produzir a partir de um tempo já estipulado com intenção de regular os estoques e a matéria-prima.
Volvismo
No fim do século passado emergiu um novo modelo de organizar e gerenciar a produção industrial. Como na maioria dos outros modelos de produção, esse foi desenvolvido na fábrica da Volvo, e conciliou execução manual e automação. No Volvismo há um grande investimento no trabalhador em treinamentos e aperfeiçoamento, no sentido que esse consiga produzir por completo um veículo em todas as etapas, além de valorizar a criatividade e o trabalho coletivo e a preocupação da empresa com o bem estar do funcionário, bem como sua saúde física e mental.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Duas regiões destacam-se na produção industrial americana. São elas o Manufacturing Belt e o Sun Belt.
Sun Belt e Manufacturing Belt. Ilustração sobre mapa do Amiglobe. Clique para ampliar. |
Manufacturing Belt (Cinturão Fabril)
Esta região estende-se do Oceano Atlântico até os Grandes Lagos, no nordeste americano. Compreendendo cidades importantes, como Nova Iorque e Chicago, o Cinturão Fabril concentra indústrias tradicionais, típicas da Primeira e da Segunda Revolução Industrial. Atualmente, muitas indústrias tem migrado da região, em um processo de dispersão industrial, principalmente para estados do sul e do oeste. Apesar disto, o Manufacturing Belt ainda concentra a maior parte das indústrias americanas e também vem passando por um processo de modernização, com o crescimento de indústrias de biotecnologia e robótica.
Pittsburg é um exemplo do que foi citado acima. Tradicionalmente conhecida como “cidade do aço”, por concentrar um grande número de indústrias siderúrgicas, hoje a cidade tem atraído a atenção de empresas do setor da robótica. Pittsburg é uma das maiores produtoras de equipamentos robóticos fora do Japão.
Detroit, outra cidade do Cinturão Fabril, porém, segue o caminho inverso. Em seus tempos áureos, era a capital mundial do automobilismo, concentrando um grande número de fábricas do setor. Porém, após sofrer com a dispersão industrial, hoje compõe uma típica cidade do Rust Belt (Cinturão da Ferrugem), nome pejorativo dado do Cinturão Fabril.
Campus do MIT. Por John Phelan – Obra do próprio, CC BY 3.0, //commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15550635 |
Boston, cidade tradicional, destaca-se como o principal tecnopolo da região. Empresas do setor eletrônico são as mais fortes do lugar, visto a mão-de-obra capacitada criada pela importante Universidade de Harvard e pelo MIT (Massachussetts Instituite Technology). O The Research Park, na Carolina do Norte, também destaca-se pelos mesmos motivos.
Sun Belt
Após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), seguindo uma tendência mundial, as empresas começaram a sair de regiões com grande concentração industrial para irem para regiões com menos indústrias, atraídas pela mão-de-obra barata e qualificada e pelo menor custo de produção. As regiões sul e oeste dos EUA foram as maiores beneficiadas por este processo de dispersão industrial.
Reunindo diversas indústrias típicas da Terceira Revolução Industrial, a região formou um novo grande cinturão: o Cinturão do Sol (Sun Belt), concentrando empresas do ramo da microeletrônica, biotecnologia e indústria aeroespacial.
O estado que mais destaca-se dentro do Sun Belt é a Califórnia. Na região, encontramos um imenso parque tecnológico que estende-se por quatro cidades: Palo Alto, Santa Clara, San Jose e Cupertino. O Vale do Silício, assim chamado pelo fato do silício ser o principal material usado para o funcionamento de diversos tipos de eletrônicos, foi berço para a criação de diversas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo. Apple, Google, Facebook, AMD, NVIDIA, eBay, Yahoo!, HP e Eletronic Arts são alguns dos nomes destas grande corporações fundadas no Vale do Silício e beneficiadas com a mão-de-obra qualificada gerada pela Universidade de Stanford, em Palo Alto.
Sede do Google, em Mountain View. Por Sebastian Bergmann – originally posted to Flickr as Google Campus, CC BY-SA 2.0, //commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5000024 |
Ainda na Califórnia, Los Angeles e São Francisco destacam-se com indústrias de informática e de montagem aeroespacial.
Outro estado importante do Sun Belt é o Texas. Estado do sul dos EUA, o Texas concentra indústrias de diversos ramos, destacando-se o petrolífero e a indústria aeroespacial. Na cidade de Houston está localizado um importante centro de comando de voos da Nasa, o Centro Espacial Lyndon B. Johnson. Em Austin, localiza-se um importante agrupamento de empresas do ramo tecnológico, como a IBM e a Dell.
Além dos estados citados, podemos dar ênfase também para a Flórida, importante centro turístico, tecnológico e espacial, e Washington, estado do noroeste americano, onde localiza-se a sede da Microsoft e uma fábrica da Boeing, que produz aviões para o mundo inteiro.
Acesse nosso vídeo sobre o assunto: