Por que às vezes os fungos são confundidos com as plantas?

O documento alerta para a necessidade premente de “explorar as soluções que as plantas e fungos podem fornecer para lidar com algumas das pressões que as pessoas e o planeta enfrentam”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota enviada hoje à agência Lusa.

“Plantas e fungos são os blocos de construção da vida no planeta Terra” e “têm o potencial de resolver problemas urgentes que ameaçam a vida humana”, realça o relatório.

Mas “esses recursos vitais estão a ser comprometidos pela perda de biodiversidade”.

A investigação, que resulta de uma “vasta e inédita colaboração internacional entre 210 cientistas de 42 países”, mostra, de acordo com a UC, como atualmente se utilizam plantas e fungos, quais as propriedades úteis que faltam explorar e o que se corre o risco de perder.

“Referência internacional”, o relatório Kew’s State of the World’s Plants and Fungi, que vai na quarta edição, é “um mergulho profundo no estado atual do reino das plantas e do reino dos fungos à escala global”.

O trabalho, que conta com a participação da investigadora Susana C. Gonçalves, do Centro de Ecologia Funcional (Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, “apresenta, pela primeira vez, uma síntese de novas espécies para a ciência, compilada tanto para plantas como para fungos”.

Os autores descobriram que 1.942 plantas e 1.886 fungos foram nomeados como novos para a ciência em 2019. Entre essas, estão espécies que podem ser valiosas como alimentos, bebidas, medicamentos ou fibras.

Num dos dois capítulos em que participa, Susana C. Gonçalves partilha o trabalho de conservação que está a ser desenvolvido em São Tomé e Príncipe no âmbito do projeto “Tesouros d’Obô”.

A par da inventariação da diversidade de cogumelos, o projeto trabalha com as comunidades locais para valorizar e gerir de forma sustentável estes recursos, melhorando simultaneamente a sua qualidade de vida.

“Esta abordagem centrada nas comunidades, só possível com as parcerias existentes, está a abrir caminho para uma solução duradoura na conservação da floresta e dos fungos em São Tomé e Príncipe”, refere a investigadora, citada pela UC.

No que respeita à avaliação do risco de extinção de plantas e fungos, que enfatiza as lacunas e enviesamentos no conhecimento atual e que comprometem medidas de conservação eficazes, a investigadora, que também é avaliadora do risco de extinção de fungos para a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), destaca o muito trabalho ainda por fazer.

“Apenas 285 das 148.000 espécies conhecidas de fungos foram avaliadas para a Lista Vermelha da IUCN, correspondendo somente a 0,2 %”. Por isso, sustenta, “a Ciência Cidadã e ferramentas como a modelação e a inteligência artificial podem contribuir de forma determinante para acelerar este processo”.

Sobre as ações que podem ser dinamizadas pelos cidadãos individualmente para proteger a biodiversidade fúngica do planeta, Susana C. Gonçalves advoga que, para trazer “a conservação dos fungos para o primeiro plano”, é necessário “desmistificar conceitos errados que persistem em toda a sociedade”.

Os fungos “ainda são muitas vezes confundidos com plantas ou retratados erroneamente como inimigos”, exemplifica a cientista, considerando que é preciso “desafiar a indiferença” em relação aos fungos.

“Em última análise só nos preocupamos em proteger o que amamos”.

Entre os dados do relatório, destaque, designadamente, para o facto de 723 das plantas utilizadas para a medicina estarem em risco de extinção ou de na alimentação e combustível se usar apenas “uma fração minúscula das espécies de plantas e fungos existentes”.

Duas em cinco plantas estão ameaçadas e “o risco de extinção pode ser pior do que se pensava anteriormente”, adverte o relatório, indicando que, por outro lado, 4.000 novas espécies constituem “potenciais novos alimentos, medicamentos e madeira”.

Os resultados do relatório, apoiado em dados de 12 artigos científicos, serão objeto de um simpósio ‘online’, a decorrer de 13 a 15 de outubro.

Por que os fungos saíram do reino Plantae?

Porque os fungos tem características diferentes das plantas. A principal diferença é a forma como se alimentam,além dos fungos não terem tecidos e as plantas terem vários tipos.

Por que os fungos foram retirados do reino Metáfita?

Pois não tem as cacteristicas necessárias para fazer parte do reino vegetal, como por exemplo o fato de não sintetizam clorofila e não terem celulose na sue parede celular ( com exceção alguns fungos aquáticos) e não armazenam amido como substância de reserva, como os vegetais.

O que fez com que os fungos foram considerados plantas?

Antigamente os fungos eram classificados como pertencentes ao reino das Plantae devido ao fato deles possuírem paredes celulares rígidas e de algumas espécies crescerem do solo de forma semelhante as plantas.

Como os fungos absorvem os nutrientes?

Nutrição. Os fungos se alimentam através da absorção de nutrientes presentes no solo, sendo chamados de heterotróficos. ... Essas enzimas, chamadas exoenzimas, agem digerindo as substâncias orgânicas presentes no solo para que o fungo possa absorver apenas os produtos dessa digestão.

Como os fungos se desenvolvem?

Os fungos reproduzem-se de forma assexuada (brotamento, divisão binária, entre outros) ou sexuada. Os fungos são organismos uni ou multicelulares, heterotróficos e que se reproduzem de forma sexuada ou assexuada, principalmente por meio da produção de esporos.

Porque os fungos não realizam a fotossíntese?

A célula do fungo não possui clorofila, logo ela não tem a capacidade de fazer fotossíntese. As suas células têm paredes rígidas, mas que não são formadas por celulose, como acontece com as plantas. Nas células dos fungos existe quitina, uma substância também presente na casca de alguns animais, como os insetos.

São importâncias ligadas à atividade de fungos as seguintes exceto?

Questão 5. (UnB-DF) Todos os itens indicam alguma importância ligada à atividade de fungos, exceto: ... Os fungos não são seres autotróficos, ou seja, não conseguem fabricar seu próprio alimento.

Como os fungos são separados dos outros organismos?

  • Os fungos são agora considerados um reino separado, distintos das plantas e animais, dos quais parecem ter divergido há cerca de mil milhões de anos. Algumas caraterísticas morfológicas, bioquímicas, e genéticas são partilhadas com outros organismos, enquanto outras são exclusivas dos fungos, separando-os claramente dos outros reinos:

Como funcionam os fungos com os animais?

  • Com os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são organismos heterotróficos, requerendo compostos orgânicos preformados como fontes de energia. [ 15 ] Com as plantas: os fungos possuem uma parede celular [ 16 ] e vacúolos . [ 17 ]

Quais as formas alternativas de crescimento dos fungos?

  • Formas alternativas de crescimento dos fungos incluem a extensão intercalar (i.e. por expansão longitudinal de compartimentos hifais que estão abaixo do ápice), como é o caso em alguns fungos endófitos, ou o crescimento por expansão do volume durante o desenvolvimento dos estipes dos cogumelos e doutros grandes órgãos.

Por que os fungos produzem esporos?

  • Com os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são organismos heterotróficos, requerendo compostos orgânicos preformados como fontes de energia. Com as plantas: os fungos possuem uma parede celular e vacúolos. Reproduzem-se por meios sexuados e assexuados, e tal como os grupos basais de plantas (como os fetos e musgos) produzem esporos.

Por que os fungos podem ser confundidos com as plantas?

Por muito tempo, os fungos foram considerados um grupo dentro do reino Plantae, mas por não apresentarem pigmentos nem capacidade fotossintetizante, em 1969 os fungos foram considerados organismos diferentes das plantas, ganhando um reino próprio.

Qual a diferença entre os fungos e as plantas?

Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das plantas, não são capazes de produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por absorção. Além de heterotróficos, os fungos são seres eucarióticos e podem ser unicelulares, como no caso das leveduras, ou multicelulares, como os cogumelos.

Por que os fungos não estão incluídos no reino das plantas?

Por algum tempo, os fungos foram classificados no reino vegetal, por possuírem características semelhantes as das plantas, no entanto diferem fundamentalmente por não apresentarem clorofila ou qualquer outro pigmento fotossintetizante, portanto são heterotróficos.

Quais as características que permitiu que os fungos foram classificados como plantas?

No Reino Fungi incluem-se os fungos, organismos heterotróficos, multicelulares ou unicelulares, que já foram considerados plantas primitivas. Uma das diferenças entre esses dois grupos está no fato de que as plantas possuem clorofila, uma característica ausente nos fungos.

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