Por que Duque de Caxias ficou conhecido como patrono do Exército brasileiro?

Porque era conhecido como o patrono do Exército Brasileiro?

Duque de Caxias faleceu no Rio de Janeiro, no dia . Em 1962 foi nomeado pelo Governo Federal o “Patrono do Exército”. Em sua homenagem, o dia 25 de agosto, dia de seu nascimento, é comemorado o “Dia do Soldado”.

Quem é considerado o patrono do Exército Brasileiro?

Duque de Caxias O Decreto do governo Federal nº 51.429, de 13 de março de 1962, imortalizou o nome do invicto Duque de Caxias como o patrono do Exército Brasileiro e seu nome está imortalizado no Panteão da Pátria, em Brasília.

Quem foi o Duque de Caxias?

  • Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias ( Porto da Estrela, 25 de agosto de 1803 – Valença, ), apelidado de "O Pacificador" e "O Duque de Ferro", foi um militar, político e monarquista brasileiro. Caxias seguiu uma carreira militar, assim como seu pai e tios.

Quem foi o patrono do Exército Brasileiro?

  • Foi designado como o patrono do Exército Brasileiro – incorporando o ideal de soldado e sendo a figura mais importante de sua tradição. Historiadores consideram que ele foi o maior oficial militar da história do Brasil .

Qual a biografia de Caxias?

  • O debate não é recente. A biografia de Caxias é complexa e já foi disputada em diversos outros momentos — sua figura chegou a ser deixada de lado especialmente com a queda da monarquia, mas foi recuperada em outros momentos, como na Era Vargas, por um conjunto de valores principalmente ligados ao nacionalismo.

Quem foi o Barão de Caxias?

  • Em 1841, de volta ao Rio de Janeiro, Luís Alves é promovido a General-Brigadeiro e recebeu o título de “ Barão de Caxias ”, referência à cidade que conseguiu pacificar. Em 1842, o Barão de Caxias foi nomeado "Comandante das Armas da Corte", cargo já ocupado por seu pai.

OS PATRONOS NO EX�RCITO

O Patrono do Ex�rcito

O Marechal-de-Ex�rcito Luiz Alves de Lima e Silva e Duque de Caxias, foi consagrado, de direito, por Dec. 51929 de 13 mar 1962, como o Patrono do Ex�rcito Brasileiro, onde ele se forjou e de cujo seio emergiu no cen�rio nacional, como um dos maiores brasileiros de todos os tempos.

Caxias prestou � P�tria mais de 60 anos de excepcionais e relevantes servi�os, como pol�tico e administrador de conting�ncia e inegualados, como soldado de voca��o e tradi��o a servi�o da Unidade, da Paz Social, da Integridade e da Soberania brasileiras.

Ainda em vida e at� nossos dias, o povo, a imprensa, chefes, escritores, pensadores e historiadores t�m procurado defini-lo entre outros com os seguintes t�tulos: "Filho querido da vit�ria; Pacificador; General invicto; Condest�vel, escora e espada do Imp�rio; A maior espada do Brasil; o Wellington Brasileiro; Duque de Ferro e da Vit�ria; o Escravo da P�tria; Nume ou Esp�rito Tutelar; S�mbolo da Nacionalidade e, Maior Soldado do Brasil".

Por sua monumental obra pacificadora de quatro lutas internas e, modelares manobras de flanco de Humait� e Piquiciri na guerra Tr�plice Alian�a contra o Paraguai 1865-70, figura, sem favor nenhum, na galeria dos maiores capit�es da Hist�ria Militar Mundial.

Sua escolha como patrono deveu-se ao fato de haver vencido todas as seis campanhas que participou das quais, as campanhas internas pacificadoras da Balaiada, no Maranh�o em 1841; de S�o Paulo e Minas Gerais, em 1842 e a Revolu��o Farroupilha de 1842-45 e, as externas das guerras contra Oribe e Rosas 1851-52 e da Tr�plice Alian�a contra o Paraguai de 1866-69, al�m de haver dirigido o Ex�rcito, de forma fecunda e marcante, como Ministro da Guerra, por tr�s per�odos 1855-58; 1861-62 e 1875-78, dos quais os dois �ltimos como Chefe de Estado, na qualidade de Presidente do Conselho de Ministros do Imp�rio.

Caxias possu�a muito orgulho nativista de ser veterano condecorado da guerra da Independ�ncia na Bahia. Sonhava com uma Doutrina Militar genu�na para o Ex�rcito Brasileiro. Sonho manifestado ao adaptar a Doutrina do Ex�rcito de Portugal ao nosso, em 1861, com apoio na experi�ncia que havia colhido em 5 campanhas que at� ent�o havia vencido. Doutrina com a qual o Ex�rcito Brasileiro lutou e venceu no Paraguai.

Como Ministro da Guerra suas grandes realiza��es foram as constru��es da Escola Militar da Praia Vermelha e a do Quartel Central do Ex�rcito no Campo de Santana.

Como cidad�o brasileiro seu ponto culminante foi pacificar a fam�lia brasileira, em Ponche Verde, em 1� mar 1845, o que n�o s� pois fim � Revolu��o Farroupilha, como ao ciclo de lutas fratricidas que duraram quase 14 anos e iniciadas com s�rios desencontros da Sociedade Brasileira, ap�s a Abdica��o de D. Pedro I.

Como l�der de batalha seu grande efeito estrat�gico foi a manobra de Flanco de Piquiciri, atrav�s do Chaco, onde correu um risco calculado, ao sacrificar o princ�pio de guerra da Seguran�a, em benef�cio do princ�pio da Surpresa, a qual obteve em n�vel estrat�gico, ao desembarcar na retaguarda profunda do ex�rcito advers�rio, em Santo Ant�nio, abreviando, em muito, a dura��o do conflito e com isto poupando recursos de toda a ordem.

Como l�der de combate seu grande momento foi em Itoror� quando ao perceber que o Ex�rcito poderia ali ser detido, desembainhou a sua j� invenc�vel espada de 5 campanhas, brandiu-a ao vento, voltou-se decidido e convincente para o Ex�rcito detido e comandou com energia:

"Sigam-me os que foram brasileiros!"

Ato cont�nuo lan�ou-se sobre a ponte com o seu cavalo de guerra, indiferente ao perigo, arrastando eletrizado todo o Ex�rcito atr�s de si, para, em seguida, colher expressiva vit�ria.

Caxias nasceu em 25 ago 1803 na Fazenda Taguaru�u, em Caxias-RJ, local hoje transformado em Parque Hist�rico Duque de Caxias.

Faleceu em 07 mar 1870, na Fazenda de Santa M�nica, em Valen�a, restaurada pelo Ex�rcito e que hoje se constitui em depend�ncia do Museu Hist�rico do Ex�rcito.

Segundo sua vontade, seu corpo foi transportado ao cemit�rio por soldados de bom comportamento, onde falou em nome do Ex�rcito o Major de Engenheiros Alfredo de Taunay, que assim procurou definir o grande morto:

"S� a maior concis�o unida a maior singeleza � que poder� contar seus feitos. N�o h� pompas de linguagem, n�o h� arroubos de eloq��ncias capazes de fazer maior sua individualidade, cujo principal atributo foi a sua simplicidade na grandeza."

O historiador Capistrano de Abreu escreveu ent�o: "Caxias dispensou as honras militares. Fez bem !

As armas que ele tantas vezes conduziu � vit�ria, teriam vergonha talvez de n�o terem podido libert�-lo da morte."

Os restos mortais de Caxias e de sua esposa encontram-se no Panteon defronte ao Pal�cio Duque de Caxias e sua invicta espada de 6 campanhas, da qual os espadins dos cadetes do Ex�rcito s�o c�pia fiel em escala, pertence ao Instituto Hist�rico e Geogr�fico Brasileiro do qual foi s�cio.

Caxias sublimou as Virtudes Militares de Bravura, Coragem, Abnega��o, Honra Militar, Devotamento e Solidariedade.

Em se tratando de um trabalho sobre vultos das For�as Armadas, n�o se pode esquecer o pioneirismo de Caxias em nossa Aeron�utica, ao mandar vir dos EUA bal�es cativos para proceder reconhecimentos das posi��es inimigas que se antepunham ao seu avan�o de Tuiuti, at� a Fortaleza de Humait�, reconhecimentos a�reos eficazes que contribu�ram para a conquista daquela poderosa fortaleza, objetivo militar aliado, em fun��o de uma manobra de duplo envolvimento realizada pela Marinha, pelo Rio Paraguai e pelo Ex�rcito, por terra.

O altar port�til usado por Caxias para assistir missas em campanha, como cat�lico de f� robusta que era, encontra-se no Mosteiro de Santo Ant�nio, no Largo de Carioca.

 

PATRONOS DAS ARMAS BASE DO EX�RCITO

  O Patrono da Infantaria
 

O brigadeiro Ant�nio de Sampaio foi consagrado, em Dec. 51429 de 13 mar 1962, patrono da Arma de Infantaria, em cujo seio se forjou e se forjou e se destacou sobremodo como bravo e modelar l�der de combate, instrutor e disciplinador da Infantaria, a frente da qual, representada pela sua 3� Divis�o de Infantaria – a Divis�o Encoura�ada, teve seu glorioso encontro com a gl�ria militar em 14 mai 1866, na Batalha de Tuit�, onde se constituiu em fator decisivo para a vit�ria, em que pese os tr�s ferimentos recebidos que determinaram sua morte, em 6 jul 1866, a bordo do vapor "Eponina" e o fato de quatro cavalos que montava durante a resist�ncia, a todo o custo que liderava, terem tombado por perfura��es de balas e baionetas inimigas e mais o de sua her�ica Divis�o haver concorrido com 33% das baixas brasileiras neste dia, por haver se constitu�do em ponto chave da defesa.

Sampaio chegou ao Rio Grande do Sul ao final da Revolu��o Farroupilha, onde, no comando de uma companhia de Infantaria, estacionou quase 5 anos em Cangu�u, como instrumento de consolida��o da Paz de Ponche Verde e pr�ximo de Piratini e Ca�apava, antigas capitais da Rep�blica Rio-Grandense (1836-45).

A seguir Sampaio empenhou-se a fundo no comando sucessivo de batalh�es e brigadas de Infantaria. Em pouco transformou-se num consumado condutor de homens, conhecedor profundo do terreno e mestre em adestrar e empregar a Infantaria. Combateu na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52) quando participou da Batalha de Monte Caseros, como integrante da Divis�o Brasileira.

Comandou um Batalh�o de Divis�o de Observa��o que penetrou em Montevid�u em 7 mai 1859, a pedido do Presidente oriental Ven�ncio Flores. Na guerra contra Aguirre teve atua��o destacada a frente de uma Divis�o, na conquista de Paissand� o que lhe valeu sua promo��o a brigadeiro.

Durante a guerra da Tr�plice Alian�a contra o Paraguai (1865-70), que fez como oficial general, teve atua��o destacada at� Tuit�.

Sobre o seu conceito e o de sua tropa escreveu em Reminisc�ncias da campanha do Paraguai, Dion�zio Cerqueira o maior cronista deste conflito e que foi integrante da Divis�o Encoura�ada e subordinado de Sampaio:

"A id�ia de eu passar para a Infantaria n�o me abandonava. Esta arma exercia sobre mim indiz�vel fascina��o. Quando passava um daqueles belos batalh�es da Divis�o Sampaio, a Encoura�ada, de bandeira desfraldada, os pelot�es alinhados, guardando bem as dist�ncias, marchando airosos e elegantes, ao som alegre de um dobrado vibrante, n�o me podia conter, e punha-me a marcar passo..."

E mais adiante. "Fui apresentar-me ao general Sampaio. O ilustre general, gl�ria do Ex�rcito pelo valor e amor a disciplina, estava uniformizado, debaixo de uma ramada, lendo uma hist�ria de Napole�o, seu capit�o predileto. Quando me viu, fechou o livro, marcando-o com o indicador da m�o esquerda".

Sampaio era cearense de Tamboril, onde nasceu em 24 mai 1810. Morto heroicamente aos 56 anos, ap�s sublimar as Virtudes Militares de Coragem, Bravura, Honra Militar e Desprendimento.

Vive ainda na mem�ria do Brasil, na alma do Ex�rcito e sobre tudo nas melhores tradi��es da Infantaria Brasileira que ele ajudou a forjar. Seus restos mortais repousam em mausol�u no Cemit�rio S�o Jo�o Batista, em Fortaleza-CE.

O Patrono da Cavalaria

O Marechal-de-Ex�rcito Manoel Luiz Os�rio e Marqu�s de Herval, ou simplesmente o general Os�rio, como foi chamado em seu tempo, foi consagrado, em Dec. 51.429 de 13 mar 1962, patrono da Arma de Cavalaria, em cujo seio se forjou e despontou como l�der de combate, mais bravo, audaz, querido e carism�tico do Ex�rcito, ao ponto de ter sido o �nico a concorrer com o Duque de Caxias � consagra��o como Patrono do Ex�rcito.

Os�rio foi o comandante aliado na vitoriosa batalha de Tuiuti, em 24 mar 1866, a maior batalha campal da Am�rica do Sul, na qual, anulou a capacidade e ofensiva t�tica advers�ria, ao conduzir, pessoalmente, modelar defesa em posi��o. Foi tamanho o brilho de sua arte militar nesta batalha que um dos seus bi�grafos assim � definiu – "Tuiuti � Os�rio � Tuiuti".

Os�rio teve especial destaque na guerra Cisplatina (1825-28) quando, como alferes, conseguiu espetacular e audazmente romper o cerco inimigo no combate de Sarand�. Seu comandante general Bento Manoel, admirado pelo feito do alferes Os�rio setenciou: Hei de legar-lhe, Alferes, a minha lan�a porque a levar� mais longe, do que a levei. E esta profecia seria cumprida!

Na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52) a frente do 2� Regimento de Cavalaria Ligeira, Os�rio desempenhou importante papel na vit�ria aliada de Monte Caseros, o que lhe valeu promo��o a coronel, por merecimento.

Na guerra da Tr�plice Alian�a contra o Paraguai (1865-1870) coube-lhe comandar o Ex�rcito Brasileiro em opera��es contra o Paraguai, desde o Uruguai at� a batalha de Tuiuti, destacando-se no comando da invas�o ao Paraguai, em Passo da P�tria, quando preferiu celebrar palavras em Ordem do Dia, em 17 abr 1866: "� f�cil a miss�o de comandar homens livres, basta mostra-lhes o caminho do dever." Ele foi o primeiro a pisar do outro lado, em solo inimigo.

Os�rio destacou-se como l�der de combate em Ava�, onde foi ferido no rosto. Prestou nesta guerra excepcionais servi�os a Integridade e Soberania no Brasil, sobrepujando doen�as e ferimentos.

Dele e de sua singular lideran�a poderia afirmar com apoio em Moro Mariante: Os�rio nome que foi legenda e que � gl�ria. Foi estrela guia em negros horizontes no caminho da luta e da vit�ria. Formou-se na Academia Militar das Coxilhas, na Fronteira do Vai-e-Vem, entre par� tat�s de centauros, ponta�os de lan�as, quadrados de Infantaria, troar de canh�es e cargas de Cavalaria, na belicosa coreografia da Arte Militar dos Pampas.

Os�rio nasceu em Concei��o do Arroio, atual Os�rio-RS, em 10 mar 1808, em local transformado em Parque Hist�rico com o seu nome. Faleceu no Rio de Janeiro, como Ministro da Guerra, em 4 out 1879, aos 71 anos. Seu corpo embalsamado repousava na Pra�a 15 no Rio de Janeiro. Hoje est� em Tramandai, no Parque Os�rio.

Os�rio sublimou as Virtudes Militares de Coragem, Bravura, Desprendimento, Honra Militar e Camaradagem. Foi militar excepcionalmente vocacionado, cidad�o exemplar, chefe e l�der amado, camarada invulgar e modelo de soldado brasileiro. Gl�ria lhe seja pois, "ou a mais preciosa recompensa dos bravos", no seu conceito.

PATRONOS DAS ARMAS DE APOIO

O Patrono da Artilharia

– A Arma do Apoio de Fogo

O Marechal-do-Ex�rcito Em�lio Luiz Mallet e Bar�o do Itapevi foi consagrado, por Dec. 51424 de 13 mar 1962, patrono da Arma de Artilharia, em cujo seio se forjou e se firmou com o honroso t�tulo de Artilheiro S�mbolo do Brasil.

Mallet teve como ponto culminante e mais glorioso de sua carreira a frente do 1� Regimento de Artilharia a Cavalo, o atual Regimento Mallet, na batalha de Tuiuti de 24 mai 1866. Ali com seu regimento na vanguarda e em posi��o atr�s de um fosso escavado com aux�lio inclusive do Batalh�o de Engenheiros e manobrando com rara habilidade e compet�ncia sua "Artilharia-Rev�lver", cumpriu sua determina��o assim expressa no calor da luta: "Por aqui eles n�o passam". Foi o primeiro a suportar e a repelir as massas inimigas que a todo o custo pretendiam romper a posi��o aliada o que lhe valeu promo��o a coronel por bravura.

E assim narrou com simplicidade este seu her�ico feito:

"Este Regimento com 24 bocas de fogo, colocado na vanguarda sobre o centro do Ex�rcito, sustentou triunfalmente e repeliu todas as colunas do inimigo... Em poucas horas foi varrida a frente do Ex�rcito e o grande n�mero de homens e cavalos mortos atestam a efic�cia de seus fogos." Isto foi na guerra do Paraguai, que ele fez de fio a pavio, em companhia de seus tr�s filhos, e na qual, segundo Os�rio, "nenhum oficial do Ex�rcito prestou mais assinalados servi�os, do que o valente comandante da nossa Artilharia".

Como tenente, no comando de duas pe�as de Artilharia, Mallet teve atua��o marcante na batalha de Passo do Ros�rio de 20 fev 1827. Na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), como capit�o, fez toda a campanha contra Oribe no comando do 1� Regimento, ent�o tracionado por bois. Data de ent�o a tradi��o da unidade chamar-se "Boi-de-botas", em raz�o dos bois, de tanto atravessarem loda�ais, no inverno, darem a impress�o de estarem cal�ando botas.

Mallet nasceu em Dumquerque – Fran�a, em 10 jun 1801 e faleceu no Rio de Janeiro em 2 jan 1866, depois de 68 anos de devotamento � constru��o de sua nova p�tria , na paz e na guerra. Seus restos mortais repousam no S�o Francisco Xavier – Caj�, jazigo perp�tuo 4751.

Mallet sublimou as Virtudes Militares de Bravura, Coragem, Devotamento e Abnega��o, como oficial do Ex�rcito, em todas as guerras externas do Imp�rio do Brasil: guerra da Cisplatina (1825-28); guerra contra Oribe e Rosas (1851-52); guerra contra Aguirre (1864) e guerra da Tr�plice Alian�a contra o Paraguai (1865-70).

Amargou a injusti�a de demiss�o indevida do Ex�rcito, pela Assembl�ia Geral, no posto de capit�o, em 1831, por ser estrangeiro, embora tivesse sido 1� cadete, privil�gio de brasileiros, cursado a Academia Militar, lutado pela Independ�ncia do Brasil e se consagrado her�i, em Passo do Ros�rio. Mas em 1831 lhe exigiram como condi��o de perman�ncia um ferimento em a��o. Por n�o possu�-lo, a injusti�a se consumou.

Foi reintegrado 20 anos mais tarde, em fun��o de requerimento que recebeu despacho favor�vel do Conselho Superior Militar, em 20 set 1851. 

 

O Patrono da Engenharia

– A Arma do Apoio ao Movimento

O tenente coronel de Engenheiros Jo�o Carlos de Vilagran Cabrita, foi consagrado por Dec. 51.429 de 13 mar 1962, patrono da Arma de Engenharia – a arma de apoio ao Movimento, criada no Brasil em 1910, por desligamento da Arma de Artilharia que at� ent�o integrava.

Vilagran Cabrita teve seu encontro glorioso com a Hist�ria, em 10 abril 1866, ao liderar o vitorioso combate de consolida��o da conquista da Ilha de Reden��o, no Rio Paran�, defronte do forte inimigo de Itapir�. Opera��o militar que se constituiu em importante e bem sucedida a��o diversion�ria, para permitir o desembarque aliado em Passo da P�tria, 6 dias ap�s, o que caracterizou a invas�o do Paraguai no curso de guerra da Tr�plice Alian�a contra o Paraguai (1865-70).

Vilagran Cabrita, ent�o comandante do glorioso Batalh�o de Engenheiros, que apoiava o 1� Corpo de Ex�rcito, ao comando de Os�rio, foi selecionado dentre muitos para na lideran�a de 900 homens de Engenharia, Infantaria e Artilharia, conquistar, fortificar e manter a todo o custo a ilha, com apoio inclusive da Marinha.

  Cumpriu exemplarmente a miss�o recebida, com o sacrif�cio da pr�pria vida. Pois, morreu quando redigia a parte da Vit�ria, atingindo por mortal estilha�o de um obus disparado do forte Itapir�.

O seu belo exemplo de coragem e valor militar e mais o seu sacrif�cio supremo comoveram todo o Ex�rcito Brasileiro em opera��es.

E desde ent�o seu nome e exemplo viraram legenda.

At� ent�o Vilagran tivera uma vida normal como a grande maioria dos oficiais do Ex�rcito Imperial. Era zeloso do seu preparo profissional e moral. Estava preparado profissionalmente e moralmente para o seu grande encontro na Ilha da Reden��o, com a Hist�ria do Brasil.

Vilagran era brasileiro, nascido na ent�o Prov�ncia Cisplatina do Brasil, atual Uruguai, em 30 dez 1820.

Ignora-se o destino de seus restos mortais.

O Patrono das Comunica��es – A Arma do Comando

O Marechal C�ndido Mariano Rondon, o maior desbravador, civilizador, sertanista, bandeirante e inspetor militar de fronteiras mundiais, em terras e selvas tropicais, foi consagrado por Dec. 51.560 de 26 abr 1962, patrono da Arma de Comunica��es, por haver chefiado a implanta��o no Brasil de 8.000 Km de linhas telegr�ficas, fatores de Integra��o, Unidade e Desenvolvimento, al�m de essenciais, por quase 40 anos, ao exerc�cio da Soberania Brasileira sobre imensa faixa de fronteira e sobre os grandes vazios demogr�ficos a ela adjacentes, na Amaz�nica e no Centro Oeste.

Linhas telegr�ficas fatores de Paz Social por levarem em sua vanguarda Rondo – O Pai Branco, de nossa popula��o ind�gena, por ele redimida, valorizada,, protegida de massacres e explora��es e compreendida e amada fiel a seu lema – "Matar, nunca. Morrer se preciso for."

Rondon como soldado comandou For�as em Opera��es contra revolucion�rios em 1824, no Paran�. Perguntado ao general Gamelin, chefe da Miss�o Militar Francesa, em caso de guerra qual general seu ex-aluno que indicaria para comandar o Ex�rcito – respondeu, o general Rondon.

Rondon soube bem conciliar a sua filosofia positivista – a Religi�o da Humanidade, ao impor-se ao mundo por sua obra em favor do �ndio, com a sua profiss�o de soldado.

Ele foi o instrumento do Ministro Cal�geras para semear modernos quart�is pelo Brasil que h� mais de 76 anos prestam valiosos servi�os. Rondon nasceu em Mimoso, pr�ximo a Cuiab�, em 5 mai 1865 e faleceu no Rio de Janeiro em 15 jan 1958, ap�s haver recebido do povo brasileiro, atrav�s de seu Congresso, o posto de Marechal e ter sido dado seu nome ao territ�rio de Rond�nia. Foi fidel�ssimo o seu pensamento: "Mais importante que a vida � o esp�rito com qual a vivemos."

PATRONOS DA INTEND�NCIA E DO MATERIAL B�LICO

 

O Patrono do Servi�o de Intend�ncia

O Marechal graduado Carlos Machado Bittencourt foi consagrado patrono do Servi�o de Intend�ncia, por Decreto-Lei n� 2442 de 5 Abr 1940, confirmado por Dec. 51.426 de 13 Mar 1962, por haver demonstrado, como Ministro da Guerra, na Expedi��o a Canudos, em 1897, nos sert�es da Bahia a necessidade da exist�ncia de um servi�o de Intend�ncia estruturado, equipado e adestrado, para garantir o apoio log�stico as tropas que l� combatiam e, assim, o sucesso operacional. Machado Bittencourt ao analisar as derrotas das tr�s expedi��es anteriores a Canudos, concluiu que concorreu para isto a falta adequada de apoio log�stico o que acarretou at� a fome entre nossos soldados.

Foi ent�o pessoalmente a Bahia e, segundo Olynto Pillar, em "07 set 1887, o Ministro da Guerra chegava a Monte Santo, levando cerca de 3000 homens e copiosa muni��o de boca e guerra (Classe I e V), transportada por cerca de 1000 muares, ve�culo eficaz para o sert�o.

– Imprimindo um cunho pessoal, suas provid�ncias foram tais que a partir da� os comboios seguiam para Canudos assegurando um m�nimo de suprimentos aos combatentes".

Segundo o autor citado "Fora, sem d�vida, a fome, o agente desmoralizante de desordem, de indisciplina, e de exterm�nio de nossos soldados, fator �nico da vergonhosa derrota das tr�s expedi��es anteriores a Canudos". Ou, falta de Apoio Log�stico, que tantas e tantas vezes tem se repetido ao longo da Hist�ria Militar Mundial.

Em Canudos, o Apoio Log�stico foi decisivo para a vit�ria da 4� Expedi��o e para a derrota das anteriores e Euclides da Cunha, em Os Sert�es imortalizou a a��o de Machado Bittencourt.

Machado Bittencourt trazia mais de 2 anos de experi�ncia de apoio log�stico da guerra do Paraguai, como deputado do Quartel Mestre – General, junto a 7� Bda Inf e auxiliar do deputado do Quartel Mestre da 3� DI – A Divis�o Encoura�ada",, ambas ao comando de seu her�ico pai, o Cel Jacinto Machado Bittencourt que substituiu Sampaio depois de Tuiti no comando da Divis�o.

O Quartel Mestre era o respons�vel pelo apoio log�stico do Ex�rcito. E, em cada grande Unidade, em campanha, ele se fazia representar pelo deputado do Quartel Mestre General, e pelo auxiliar deste. Era da responsabilidade do Quartel Mestre General entre outras as seguintes miss�es: Aquisi��o, dep�sito, arrecada��o, conserva��o e movimenta��o de material; pelos transportes de pessoal e material: pelos suprimentos em geral, pelos armamentos e equipamentos etc.

O Quartel Mestre General daria origem a cria��o da Reparti��o de Intend�ncia Geral, em 15 jan 1859, ra�z do atual Servi�o de Intend�ncia.

Machado Bittencourt nasceu em Porto Alegre em 12 abr 1840, durante o 3� e �ltimo s�tio farrapo que durou de 15 jun 1838 - 8 dez 1840. Era neto e filho de her�icos soldados que morreram em campanha. Participou bravamente da guerra da Tr�plice Alian�a contra o Paraguai (1866-70) sendo ferido em a��o e promovido a capit�o, por bravura e, por merecimento, nas promo��es de oficial superior. Tombou ferido de morte em 5 nov 1887, ao interpor-se entre o Presidente Prudente de Morais e o seu agressor – O anspe�ada Marcelino Bispo. Atingido por quatro punhaladas do agressor, morreu no local, hoje balizado por monumento na Pra�a Marechal �ncora defronte o atual Museu Hist�rico Nacional. Seu enterro foi concorrid�ssimo.

Machado Bittencourt her�i de guerra e m�rtir do dever, sublimou as Virtudes Militares de Bravura e Coragem e elevou bem alto a atividade de Apoio Log�stico Militar no Brasil. Ele deu in�cio a Reforma Militar no Ex�rcito (1897-45) que elevou os padr�es operacionais do Ex�rcito, de Canudos aos da FEB.

 

O Patrono do Quadro de Material B�lico

O Tenente-general Carlos Ant�nio Napion, talentoso e renomado qu�mico, metalurgista e mineralogista e autor de livros sobre estes assuntos � considerado o primeiro comandante da Academia Real Militar instalada pelo Pr�ncipe Regente D. Jo�o em 1810, na qualidade de seu Presidente de Junta Militar Diretora, foi consagrado, por Dec. de 12 ago 1966, patrono do Quadro de Material B�lico.

Isto em raz�o de haver, de 1808-14, implantado e implementado, entre n�s, a infra-estrutura militar de Material B�lico, essencial sustenta��o militar da Soberania, Integridade, Unidade e Independ�ncia brasileiras, colocadas sob s�ries amea�as nos primeiros passos do Brasil, como na��o independente. Infra-estrutura igualmente de grande proje��o no Desenvolvimento do Brasil.

  Como Inspetor Geral da Real Junta da Fazenda dos Arsenais, F�bricas e Fundi��es, criou a F�brica de P�lvora no Jardim Bot�nico do Rio de Janeiro, depois transferida para Estrela e mais o Arsenal Rio de Janeiro e, ambas, ra�zes hist�ricas de toda a infra-estrutura de Material B�lico e com assinalados servi�os prestados, em mais de 150 anos, as armas brasileiras em seus confrontos externos e internos.

Napion foi tamb�m o Diretor de Ensino da Academia Real Militar, montada na Casa de Trem em 1810, onde vinham funcionando desde 1792 a Real Academia de Artilharia, Fortifica��o e Desenho que estava, conforme seu regulamento, formando oficiais de Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenheiros, tornando-se assim, o mais antigo estabelecimento militar acad�mico das Am�ricas e, em realidade, a raiz hist�rica da AMAN.

Coube-lhe ent�o montar o curr�culo da Academia Real em atendimento aos seguintes objetivos do Pr�ncipe D. Jo�o:

"Assegurar a forma��o de oficiais para responder �s necessidade de Defesa e Seguran�a de meus vastos dom�nios, al�m de oficiais engenheiros para responderem �s necessidades de desenvolvimento de meu Reino e habilitados a dirigir assuntos relativos a "Minas e Caminhos, Portos, Canais, Pontes, Fontes e Cal�adas."

Al�m disto Napion foi fiscal da F�brica de Ferro de Ipanema, teve destacada atua��o no apoio � Expedi��o de Caiena, em 1809 e, na infra-estrutura de apoio, em Material B�lico, a campanha do Ex�rcito Pacificador da Banda Oriental (1811-12) e na melhoria do poder defensivo das fortalezas que protegiam o Rio de Janeiro.

Napion nasceu em Turim – It�lia, em 30 out 1756. Pertenceu as Academias de Ci�ncias de Turim e Lisboa. Lutou contra Napole�o na campanha 1793-95, quando foi promovido a major por atos her�icos. Foi contratado como tenente coronel por Portugal, em 1800. Em 1807 era Diretor de Arsenal da Guerra de Portugal. Morreu no Rio de Janeiro em 27 jun 1814, aos 58 anos, depois de 6 anos de intenso, prof�cuo e estafante labor. Dizem que morreu de excesso de trabalho. E isto sabendo que Napole�o o invasor e conquistador de seu ber�o natal – Turim, abdicara e estava prisioneiro na Ilha de Elba.

At� hoje se desconhece gravura ou pintura que represente o tenente-general Napion. � poss�vel que algo seja encontrado nas Academias de Ci�ncias de Turim ou Lisboa. Mesmo que nada seja encontrado, mais do que a mem�ria de seu semblante, vale a mem�ria de seu gesto de devo��o e de desprendimento em prol da seguran�a do Brasil, para a qual sacrificou a sua sa�de e deu, o melhor de sua vida a saber, al�m de constituir-se em exemplo de sublima��o das Virtudes Militares de Devotamento e Desprendimento.  

PATRONOS DA SA�DE, VETERIN�RIA E SERVI�O DE ASSIST�NCIA RELIGIOSA

O Patrono do Servi�o de Sa�de

O Gen Bda M�dico Dr. Jo�o Severiano da Fonseca, tamb�m militar, escritor, naturalista, historiador, ge�grafo, professor e pol�tico, foi confirmado Patrono do Servi�o de Sa�de, ou dos m�dicos, dentistas e farmac�uticos de Ex�rcito, pelo Dec. 51.425 de 15 mar 1962, pelo esp�rito cient�fico, coragem moral e senso de solidariedade revelados, de modo assinalado, como m�dico militar e defensor dos direitos de seus pacientes, na paz e na guerra, ao ponto de ser guindado, por elei��o, quase un�nime, no quadro de Sa�de, como s�mbolo e padr�o do soldado de Sa�de al�m de patrono. Segundo seu bi�grafo, o historiador general Bda Alberto Martins da Silva, o general Severiano al�m do perfeito desempenho da fun��o de m�dico militar durante a guerra do Paraguai, na qual lutou de fio a pavio, como o seu irm�o o Marechal Deodoro da Fonseca, se singularizou:

"Pela defesa intransigente e corajosa dos doentes, no sentido de assegurar-lhes rem�dios, dietas, enfermagem, transporte condigno e abrigo das intemp�ries; pela venda de sua cole��o de moedas para compras rem�dios aos seus enfermos e pelo uso da flora medicinal, em redor dos hospitais de sangue, para minorar o sofrimento de seus doentes, na falta de medicamentos."

Neste tarefa, como tenente, corajosamente e com firmeza atuou em prol do doente junto aos chefes mais graduados como os legend�rios brigadeiro Sampaio e coronel Tib�rcio. Tomou, tamb�m, junto com outros oficiais de sa�de, posi��o corajosa em prol da aboli��o dos castigos corporais, inclusive pranchadas de espada, remanescentes do Regulamento Disciplinar do Conde de Lippe e s� abolidos, em 1875, por Caxias, em Regulamento Disciplinar que ent�o baixou como Ministro da Guerra.

Jo�o Severiano atuou de forma marcante como cirurgi�o e Diretor do Hospital Militar da Corte, raiz hist�rica do HCE. Foi Diretor de Sa�de dedicado de 1850-57, gest�o marcada por grandes melhoramentos e avan�os e tamb�m pelo grande apoio dado as opera��es do Ex�rcito nos sert�es da Bahia, na guerra de Canudos.

Jo�o Severiano nasceu em 27 mar 1836, em Alagoas. Era filho de Rosa da Fonseca que passou a Hist�ria com a "Espartana brasileira" ou "m�e dos 7 Macabeus", em raz�o de 7 de seus 8 filhos homens haverem lutado na guerra do Paraguai, dos quais 3 morreram em a��o: Hip�lito Mendes e Afonso Aur�lio em Curupaiti e Eduardo Emiliano, em Itoror�.

Jo�o Severiano faleceu em 7 nov 1897 no Rio de Janeiro, j� integrando diversas agremia��es culturais e cient�ficas e senhor de vasta bibliografia onde sobressaia Viagem ao redor do Brasil e da Mol�stia em Geral, sua tese de doutoramento, em 1860.

Sobre sua vis�o de justi�a deixou este pensamento lapidar ao reassumir a Dire��o da Sa�de.

"J� sabem o meu modo de servir. Na balan�a dos meus julgamentos n�o tem peso igual o brio e o desleixo, e t�o pronto sou em reconhecer e afagar o merecimento e os bons servi�os com o sou em profligar e punir a tibieza, a dia�dia e o desmazelo."

Jo�o Severiano extremou-se na pr�tica das Virtudes Militares de Coragem, Devotamento, Desprendimento, Solidariedade e Moralidade.

Sobre ele escreveu o Marechal Dutra: "Suas altas virtudes e impec�vel conduta como m�dico e soldado, devem ser sempre louvadas com orgulho patri�tico, servindo de constante inspira��o aos que se devotam aos zelos humanit�rios e altru�sticos". 

O Patrono do Servi�o de Veterin�ria

O Ten Cel m�dico Jo�o Muniz Barreto de Arag�o, foi confirmado por Dec. 51.492 de 13 mar 1962, patrono do Servi�o de Veterin�ria do Ex�rcito, por haver sido idealizador da Escola de Veterin�ria do Ex�rcito inaugurada em 17 jul 1914, se destacado no combate estrat�gico de doen�as infecciosas e parasit�rias que assolavam os rebanhos nacionais e atingiam inclusive os contigentes militares nos quart�is e haver sido o criador e primeiro dirigente, de 1911-12, do Servi�o de Defesa Sanit�ria Animal do Minist�rio da Agricultura, a��o com muitos positivos reflexos no estado sanit�rio das cavalhadas do Ex�rcito.

Muniz de Arag�o foi Diretor da Escola de Veterin�ria do Ex�rcito em 1919 e Inspetor do Servi�o de Veterin�ria.

Membro ativo da Academia Nacional de Medicina, em 30 jun 1912 prop�s e a Academia encaminhou ao governo, medidas visando a melhorar as condi��es dos est�bulos no Rio de Janeiro, com positivos reflexos na melhor qualidade do leite.

Muniz de Arag�o nasceu em Santo Amaro, na Bahia, em 17 jun 1874 e faleceu no Rio de Janeiro em 16 jan 1922 com 48 anos de idade. Entre seus trabalhos liter�rios registre-se "A distribui��o de �gua aos ex�rcitos em marchas e opera��es".

Hoje sabe-se de sua preocupa��o com a medicina preventiva, que n�o pode prescindir do veterin�rio, seja em inspe��o de alimentos, seja, no saneamento b�sico, seja na produ��o de soros e vacinas, e seja, finalmente, nos levantamentos epidemiol�gicos de campo, atividades identificadas com a obra cient�fica do Patrono do Servi�o de Veterin�ria.

Muniz de Arag�o, como acad�mico de Medicina, prestou relevantes servi�os nos hospitais de sangue, na guerra de Canudos.

Muniz de Arag�o praticou em alto grau as Virtudes Militares de Devotamento e Desprendimento.  

O Patrono do Servi�o de Assist�ncia Religiosa

O capel�o Ant�nio Alvares da Silva – o capit�o Frei Orlando, da Ordem dos Franciscanos, foi confirmado, por Dec. 51.425 de 13 mar 1962, patrono do Servi�o de Assist�ncia Religiosa, por sua atua��o destacada na frente de combate na FEB, "onde todos o queriam perto", conforme trechos de carta a seguir, escritas a sua m�e e que s�o eloq�entes por si s�:

"Desde que vim para a linha de frente, estou sempre no Posto de Sa�de Avan�ado, afim de atender os feridos que chegam do campo de luta.

De fato, vivo zanzando por toda a parte, hoje aqui e amanh� ali, dormindo ora neste, ora naquele lugar, sempre na primeira linha".

E noutro trecho:

"Eu n�o sei onde ficar, pois todo o mundo quer a minha presen�a". E seguramente o seu colega protestante com quem partilhava a barraca" e tornaram-se amigos e admiradores rec�procos.

Frei Orlando morreu em acidente em campanha, em 20 fev 1945, aos 32 anos, as v�speras do combate de Monte Castelo, causando grande pesar e sobretudo falta entre os combatentes da FEB.

Ele nasceu em Morada Nova – munic�pio de Abaet� - MG, em 13 fev 1913. Fez seus estudos maiores na Europa. Foi ordenado padre em 17 set 1937.

Foi um dos primeiros capel�es volunt�rios da FEB, tendo seguido para a It�lia no 2� Escal�o, como capel�o do 11� RI de S�o Jo�o del Rei onde � reverenciado como um dos vultos maiores da Unidade e mereceu de Gentil Palhares meticulosa e justa biografia. Seus restos mortais est�o no Monumento aos Mortos da 2� Guerra Mundial. O decreto que o consagrou patrono em 1969 diz a certa altura: "Haver ele demonstrado possuir peregrinas virtudes morais e c�vicas que o recomendam, � posteridade, como modelo do verdadeiro sacerdote e capel�o militar".

Frei Orlando sublimou as Virtudes Militares de Desprendimento, Devotamento, Solidariedade e Camaradagem.

OUTROS PATRONOS NO EX�RCITO

O Patrono do Magist�rio

O Marechal Roberto Trompowiski Leit�o de Almeida, foi consagrado, por Dec. 1429 de 13 mar 1962, patrono do Magist�rio do Ex�rcito, em raz�o de haver sido considerado mestre por excel�ncia ou o mais competente e admirado professor, em cerca de 30 anos de Magist�rio na Escola Militar e Col�gio Militar, que comandara posteriormente e, mais, na Escola do Estado - Maior em 1905. Sobre ele testemunhou seu ex-aluno e destacado professor Alfredo Severo: "... Coronel Trompowiski duplo gigante na estatura e no saber... Dotado de todos os requisitos para o �rduo mister de ensinar, o grande mestre reunia um completo dom�nio da dif�cil mat�ria (C�lculo Integral), o dom de exp�-la com clareza cartesiana, sulcada de rasgos de eloq��ncia, em que se aliavam harmoniosamente ao mais puro vern�culo, o gesto estatut�rio, que modela as formas geom�tricas no espa�o, antes de tra��-las a giz, com a m�o certeira de um perfeito desenhista, no plano do quadro negro... Da primeira a �ltima aula, sua linguagem l�mpida era sempre a mesma, elevada e impessoal... Ningu�m como ele para saber vazar o racioc�nio matem�tico nos moldes impec�veis da l�ngua casti�a".

Ele foi assistente de Rui Barbosa na Confer�ncia de Haia e adido militar da Inglaterra, Su�cia e It�lia (1905-07). Em Paris, ao procurar o mais completo livro de C�lculo Integral indicaram-lhe o de um tenente polon�s que em realidade era o dele, um brasileiro.

Trompowiski nasceu em Florian�polis em 8 fev 1853 e faleceu no Rio, em 2 ago 1926, aos 73 anos.

Patrono dos Engenheiros Militares

O coronel Ricardo Franco de Almeida Serra foi consagrado, por Dec. 94.445 de 12 jun 1989, patrono dos Engenheiros Militares do Ex�rcito, por sua atua��o exemplar, prof�cua, abnegada e por vezes her�ica, como engenheiro militar, por cerca de 30 anos (1775-1809) no Norte e Oeste do Brasil, na constru��o do quartel de Vila Bela (Mato Grosso) e dos fortes de Pr�ncipe da Beira e Coimbra e mapeamento do Piau�, Par�, Amazonas e o Mato Grosso e dos vales dos rios Branco, Paraguai, Madeira, Guapor� e afluentes e, mais, a defesa her�ica e legend�ria do Forte de Coimbra e Sul de Mato Grosso como comandante da Fronteira Sul daquela regi�o, em 1801. A��es todas de grande proje��o na Geopol�tica de Portugal, no Norte e Oeste do Brasil, no sentido da defini��o e consolida��o de suas fronteiras naquelas regi�es, por terem servido de argumentos irrefut�veis, com apoio no princ�pio "uti possidetis".

Em 1801, o Governador do Paraguai, a frente de frota fluvial, num quadro de guerra Espanha X Portugal, apresentou-se com sua frota junto ao Forte de Coimbra e face a sua grande superioridade de meios exigiu rendi��o incondicional daquela fortifica��o.

Ricardo Franco altivo respondeu: "Preferir ver-se sepultado com seus homens sob as ru�nas do forte que lhes cabia defender, do que render-se".

E resistiu bravamente ao bombardeio espanhol e a todas as tentativas de desembarque, obrigando o agressor a retirar-se surpreso e derrotado.

Ricardo Franco nasceu em Lisboa, em 1748. Cursou Engenharia e Infantaria na Academia Militar de Portugal (1762-66). Faleceu aos 61 anos, em 21 jan 1809, no Forte de Coimbra, que havia constru�do e legendariamente defendido. Ricardo Franco sublimou as Virtudes Militares de Coragem, Bravura, Abnega��o e Honra Militar.

O Patrono do Quadro Auxiliar

O tenente Ant�nio Jo�o Ribeiro foi consagrado, por Dec. 85.091 de 24 ago 1980, patrono do Quadro Auxiliar de Oficiais, por haver atendido ao chamamento da Hist�ria, ao qual est� sujeito qualquer militar e no comando da Col�nia Militar de Dourados, quando, com coragem, bravura, honra militar, desprendimento e altivez imolou-se no altar da P�tria, em 26 dez 1864, junto com alguns de seus comandados, na resist�ncia � invas�o do solo de sua p�tria, ao negar-se a atender ultimatum de for�as invasoras.

Ent�o, com atitude de extrema heroicidade, correspondeu a estas palavras a ele atribu�das:

"Sem ordem do governo imperial n�o me renderei de forma nenhuma."

"Eu sei que morro, mas o meu sangue e os de meus camaradas servir� de protesto solene contra a invas�o do solo de minha p�tria."

E resistiu com 13 homens a uma for�a de 365 homens. O fogo cerrado do inimigo o fulminou e atingiu dois soldados e dois colonos. Os restantes foram dominados. Desde ent�o seu gesto de enorme hero�smo tem comovido todas as gera��es de brasileiros. Seu gesto her�ico foi imortalizado, em bronze, no Monumento � Retirada de Laguna e Dourados, na Ilha na Praia Vermelha, no Rio.

Em sua F� - de - Of�cio � lugar comum express�es:

"� subordinado pronto para o servi�o. � zeloso. Possui probidade. � pontual. Apto para o comando de Companhia.

Regular instru��o da Arma e bastante do Servi�o em Campanha."

Ant�nio Jo�o nasceu em Pocon�-MT, em 29 nov 1823 e iniciou carreira militar em Cuiab� - MT, em 6 mar 1841. Ascendeu ao oficialato, como Alferes, em 29 jul 1852. Ele sublimou as Virtudes Militares de Bravura, Coragem, Honra Militar e Desprendimento.

Patrono do Quadro Suplementar do Ex�rcito

MARIA QUIT�RIA DE JESUS - O Soldado Medeiros do Batalh�o de Volunt�rios D. Pedro I que ficou conhecido como Batalh�o de Periquitos na luta pela Independ�ncia na Bahia, foi consagrada como Patrono do Quadro Suplementar do Ex�rcito por decreto Presidencial de 1 jun 1996.

Proclamada a Independ�ncia, a Junta Conciliadora de Defesa de Cachoeira na Bahia conclamou os baianos a se alistaram para ,no campo da honra ,consolidarem a Independ�ncia amea�ada na Bahia por Divis�o Portuguesa ali estacionado ao comando do General Madeira.

A jovem Maria Quit�ria de Jesus, ardendo de patriotismo, pediu a seu pai e este negou-se a atender o seu compulsivo o desejo patriota de ingressar nas for�as libertadoras do Brasil, na Bahia.

Foi ent�o que vestindo roupas masculinas e com a cumplicidade da irm� e seu cunhado de sobrenome Medeiros, assentou pra�a como soldado Medeiros num Regimento de Artilharia e ,logo a seguir na Infantaria no Batalh�o de Volunt�rios Imperador D. Pedro I ou Batalh�o dos Periquitos Apodo este em raz�o do verde acentuado das golas e punhos de suas fardas, conforme se v� na pintura que a representa com o seu saiote" high lander" escoc�s, com o qual entrou triunfante em Salvador em 2 jul 1823, aplaudida pelo povo baiano que ela ajudou a libertar.

E foi a� que surgiu a legenda de uma brasileira que, para defender a sua p�tria, escondeu a sua condi��o feminina, circunst�ncia descoberta antes do t�rmino da liberta��o da Bahia em 2 julho de 1824.

Guerreira que revelou bravura e intrepidez nos combates de Concei��o, Pituba, Itapu� e na foz do Paragua��, confirmados em elogios de seus superiores.

Destaque guerreiro que lhe valeram o recebimento das honras de 1� cadete de parte do comandante do Ex�rcito Imperial Nacional na Bahia ,ao comando do General Pedro Labatut e ,a honra de se integrar o grupo de emiss�rios que levaram a not�cia da liberta��o da Bahia a D. Pedro I, ocasi�o em que foi por este condecorada com a Comenda de Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro passando a fazer j� receber o soldo de Alferes de Linha .

E as honrarias a que que conquistou como guerreira da Independ�ncia do Brasil , foram assim justificadas em decreto imperial .

"Maria Quit�ria de Jesus se alistou nas fileiras do Ex�rcito, para combater os inimigos da P�tria e se distinguiu em ocasi�es das mais arriscadas em combates nos quais que sempre se portou heroicamente".

A sua consagra��o n�o tardou. Foi festejada com os justos e honrosos apelidos: "A hero�na da Independ�ncia do Brasil", A mo�a - cadete do Batalh�o de Periquitos, A Cadete da Independ�ncia ; A mulher soldado do Brasil e at� a Joana D'Arc brasileira.

Em 1953 forma inaugurados em todos os quart�is do Ex�rcito o retrato da mulher soldado do Brasil - Maria Quit�ria de Jesus e institu�da a Medalha Maria Quit�ria, homenagem aquela que a o final da guerra recebera da Junta de Defesa de Cachoeira uma bela e completa espada "� mo�a - cadete do Batalh�o de Periquitos", tudo conforme brilhante estudo do historiador e acad�mico da AHIMTB Cel Manoel Soriano Neto em artigo Maria Quit�ria de Jesus em A Defesa Nacional n� 783 jan/maio 1999 p. 111-117 no qual a certa alta altura ele registra:

"Feliz portanto o Brasil, que sempre contou com homens e mulheres resolutos e de acendrado sentimento de amor � P�tria, aos quais ao brado de p�tria em perigo, souberam nos Guararapes em Piraj�, em Tuiuti e Itoror� e de Monte Castelo, passando por Montese e at� Fornovo, arriscaram ou sacrificavam a pr�pria vida em defesa da honra nacional".

Maria Quit�ria segundo diria o ilustre baiano Pedro Calmon :

Maria Quit�ria de Jesus ,� o modelo, a alma, a imagem maravilhosa do esp�rito que deve vibrar nas integrantes do Quadro Suplementar do Ex�rcito e a s�ntese m�gica das virtudes e brios de que ele deve estar embu�do ."

Lamentalvelmente foram coberta pela patina do tempo detalhes da vida desta heroina antes e depois de sua consagra��o guerreira na Guerra pela Independ�ncia na Bahia .Mas o desafio de de resgatar sua vida posua vida por completo permanece aos historiadores .

O Patrono dos CPOR e NPOR
(por tradi��o)

O Ten Cel Luiz de Ara�jo Correia Lima vem sendo por tradi��o, considerado e cultuado como o patrono dos CPOR e NPOR, de que foi o idealizador. Solu��o que com a extin��o da Guarda Nacional em 1918, veio a resolver o grave problema de forma��o de oficiais subalternos destinados a integrar a Reserva do Ex�rcito. Constituiu seu pioneirismo um grande avan�o neste particular, ao lado de ado��o do Servi�o Militar Obrigat�rio, em 1916.

Foi t�o feliz a proje��o a sua obra que na FEB cerca de 1/3 de oficiais, de aspirantes a capit�es, eram oriundos do CPOR, al�m de muitos que participaram da defesa do litoral, aqui no Brasil.

Correia Lima iniciou a forma��o de oficiais da Reserva no 1� GAP em S�o Crist�v�o e atual quartel do 1� GAA �, depois de bem sucedida campanha entre alunos da Escola Polit�cnica, n�o sem sofrer resist�ncias enormes dentro e fora do Ex�rcito. Finalmente, em 20 abr 1927, viu triunfar seu ideal que logo generalizou-se pelo Brasil. Sobre o assunto escreveu artigo na Revista do Clube Militar n� 3, 1927. Foi criado o CPOR-RJ e, como capit�o, foi o seu primeiro comandante. Correia Lima foi pra�a volunt�ria do 25� BI em 24 set 1907. Ingressou na Escola de Guerra em Porto Alegre, em 1908.

Em 1808 e 1809 cursou Infantaria e Cavalaria e logo a seguir como Aspirante - a - Oficial, cursou Artilharia e o Curso de Engenharia quando foi mandado servir no 20� GAC, onde come�ou a dar asas ao seu ideal, concretizado, de formar oficiais da Reserva do Ex�rcito, com base em leituras espec�ficas que realizara sobre a 1� Guerra Mundial e com apoio no Dec. 15.185 de 21 dez 1821 que previu a forma��o de oficiais de 2� Classe da Reserva.

Correia Lima nasceu no Rio Grande do Sul em 4 nov 1891 e faleceu aos 39 anos em Curitiba, em 10 out 1930, num sangrento epis�dio da Revolu��o de 30, defendendo bravamente o seu comando e convic��es.

O que é ser Patrono do Exército?

Bras. Chefe militar ou personalidade civil escolhida com figura tutelar de uma força armada, de uma arma, de uma unidade, etc., cujo nome mantém vivas tradições militares e o culto cívico dos Heróis.

Quem é considerado o Patrono do Exército Brasileiro?

O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou o nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro.

Por que Duque de Caxias é considerado o Patrono do Exército Brasileiro?

Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro Lutou pela consolidação da independência, pacificou províncias conflagradas e conduziu as armas nacionais à vitória nos conflitos da Bacia do Prata.

O que o Duque de Caxias representa para a história do Exército Brasileiro?

O pacificador Duque de Caxias recebeu o apelido de “pacificador” pelo papel que exerceu, principalmente, nas batalhas contra as rebeliões regenciais e as revoltas liberais de 1842.

Toplist

Última postagem

Tag