Dessa maneira podemos dizer que impacto ambiental é a modificação na estrutura e/ou na composição do ambiente, decorrente de atividades humanas. O impacto pode ser positivo, quando beneficia de alguma forma componentes do ambiente, ou negativo.
Além disso, o impacto pode ser caracterizado quanto aos seguintes parâmetros:
Freqüência: contínua, descontínua, sazonal
Extensão ou
abrangência: linear, espacial, etc.
Reversibilidade: reversível/temporário, irreversível/ permanente
Magnitude: grande ,média, pequena
No Brasil, a avaliação dos impactos ambientais causados por obras ou ações humanas é feita por meio de um instrumento denominado EIA-RIMA(Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental), cuja elaboração é obrigatória para obras e atividades que possam vir a causar impactos ambientais. Deve ser realizado antes que a obra se inicie, não
durante ou posteriormente ao projeto. Além disso, é fator determinante por lei para que o projeto possa ou não receber uma licença para ser iniciado.
O EIA-RIMA aborda especialmente três áreas: o meio físico, caracterizado pelo ar, água, clima, topografia, solo, correntes atmosféricas e marinhas,etc; o meio biológico e os ecossistemas, que são os elementos de vegetação e de fauna bem como as relações destes com o meio físico. É dado destaque às espécies que indiquem qualidade ambiental, que
sejam raras, de valor científico ou econômico, ou que estejam ameaçadas de extinção. Finalmente, há o meio sócio-econômico, onde são avaliadas as conseqüências do empreendimento à população humana, como geração de bens, deslocamento de populações devido ao empreendimento, mudanças no tipo de uso das terras, bem como todo tipo de relação entre os recursos ambientais e a sociedade local.
A área de influência dos impactos deve ser definida, podendo ser de influência direta (ou seja, aquela
diretamente afetada pela obra, como o local onde vai haver desmatamento, por exemplo) ou de influência indireta (que é um local mais distante das obras, mas que vai sofrer algum tipo de conseqüência em virtude do projeto). Os impactos devem ser avaliados em diferentes momentos do projeto: durante sua implantação (quando ocorrem as obras, construções), durante seu funcionamento e, se for o caso, na desativação do projeto.
Nota-se, portanto, que o EIA-RIMA deve ser realizado por uma equipe de
técnica multi-disciplinar, envolvendo biólogos, geólogos, engenheiros, sociólogos, etc, onde os aspectos pertinentes a cada especialista são por eles discutidos, os impactos avaliados e medidas mitigadoras propostas. Estas medidas devem prever formas de atenuar ou compensar os impactos negativos causados pelas obras.
Como exemplo de medida mitigadora, podemos citar o estabelecimento de uma unidade de conservação, para compensar as perdas de vegetação e fauna.
No Brasil, as constituições
estaduais também regulamentam as avaliações de impacto ambiental, tendo cada estado suas normas de como e quando o EIA-RIMA deve ser utilizado.
SUPEREXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
Quais são as consequências da superexploração dos recursos naturais?
#natureza
Os recursos naturais são aqueles que o planeta oferece sem necessidade de intervenção humana. Eles são essenciais para nossa sobrevivência, mas, se forem consumidos em um ritmo mais rápido do que a sua regeneração natural, como acontece atualmente, eles podem acabar. Abaixo, analisamos as consequências e possíveis soluções para esse problema.
Os seres humanos estão esgotando os recursos naturais do planeta.
SUPEREXPLORAÇÃO: O FINAL DOS RECURSOS NATURAIS
Você gostaria que alguém lhe falasse sobre isso? Ouça este artigo. Para aqueles que querem mudar o mundo.
QUAIS SÃO OS RECURSOS NATURAIS
Existem dois tipos de recursos naturais: renováveis e não renováveis. Os primeiros são inesgotáveis — como a radiação solar — ou sua renovação é relativamente rápida — como é o caso da biomassa. Os não renováveis são os recursos que existem na natureza de forma limitada, uma vez que sua regeneração demora muitos anos, tais como os minerais e os combustíveis fósseis — petróleo, gás natural e carvão —.
Os seres humanos estão esgotando esses recursos naturais do planeta, e os níveis de qualidade de vida começarão a diminuir por volta de 2030, caso medidas imediatas não sejam tomadas. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) alerta que a atual superexploração dos recursos naturais está criando um enorme déficit. Anualmente, são consumidos 20% a mais de recursos em relação à quantidade regenerada, e esse percentual não para de crescer.
Portanto, se continuarmos nesse ritmo, precisaríamos de 2,5 planetas para nos abastecer em 2050, de acordo com o próprio WWF. Por sua vez, essa organização mostra que a população mundial de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis diminuiu 58% entre 1970 e 2012, devido às atividades humanas. A previsão é que essa porcentagem chegará a 67 % no ano de 2020.
CONSEQUÊNCIAS DA SUPEREXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
O consumo descontrolado dos recursos naturais gera efeitos expressivos:
Ambientais
Lo desaparecimento dos habitats essenciais para a fauna e flora, ou seja, a extinção de espécies. Existem cerca de 30 milhões de espécies animais e vegetais diferentes no mundo e, delas, mais de 31.000 espécies estavam ameaçadas de extinção atualmente, de acordo com União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Econômicos
33% do solo do planeta está degradado em níveis de moderado a alto, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Se a erosão de solo fértil continuar nesse ritmo, os preços dos produtos agrícolas vão inevitavelmente disparar.
Para a saúde
Se não cuidarmos das florestas, haverá menos sumidouros de carbono e, portanto, mais poluição do ar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nove em cada dez pessoas no mundo respiram ar com altos níveis de poluição e sete milhões de pessoas morrem anualmente por conta da contaminação do ar.
SOLUÇÕES PARA COMBATER A SUPEREXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
O futuro, como afirma a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, representa um desafio duplo aos seres humanos: conservar as múltiplas formas e funções da natureza e criar um lar equitativo para as pessoas em um planeta finito. Se quisermos reverter essa situação, entre outras coisas, será necessário:
Preservar o capital natural
- Restaurar os ecossistemas deteriorados e seus serviços.
- Conter a perda dos habitats prioritários.
- Expandir de forma significativa a rede global de áreas protegidas.
Melhorar os sistemas de produção
- Reduzir consideravelmente os objetos, materiais e recursos utilizados no desenvolvimento da vida humana e o volume de resíduos nos sistemas de produção.
- Gerenciar os recursos de modo sustentável.
- Potencializar a produção de energia renovável.
Medidas para conter
a superexploração dos recursos naturais
LEIS E POLÍTICAS
Desenvolver legislação
que regule a exploração
dos recursos naturais,
assim como estabelecer o estudo
de impacto ambiental como
requisito indispensável
de qualquer projeto
Apoiar as iniciativas de desenvolvimento
sustentável e proteção do meio
ambiente
Apostar nas
energias renováveis
e não contaminantes
Fomentar o saneamento
ambiental para manter
a saúde dos ecossistemas
CONSCIENTIZAÇÃO
Impulsionar o uso
dos transportes públicos
e das bicicletas
Fomentar a cultura da
reciclagem: reduzir,
reutilizar e reciclar
Promover a educação
ambiental nas escolas
Promover a
agricultura e o
turismo ecológico
CONSUMO RESPONSÁVEL
Fazer uso racional da água e da eletricidade
Reduzir a compra de produtos desnecessários
Evitar o consumo de produtos não biodegradáveis
Optar por produtos locais ou ecológicos