O Ártico se encontra no Círculo Polar Ártico, conhecido também de Pólo Norte, uma das áreas mais frias do planeta. O Ártico em toda sua extensão abrange cerca de 21 milhões de quilômetros quadrados, sendo que desse total 65% é composto pelo Oceano Glacial Ártico.
Os 45% restantes do território são constituídos por uma imensa quantidade de ilhas, além de partes continentais situadas no extremo norte onde se encontram áreas territoriais pertencentes aos Estados Unidos, Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia.
Quanto à temperatura, essa é sempre muito baixa, dessa forma o frio é constante e a média não ultrapassa os - 2º C. Diante das características climáticas predominantes durante todo o ano, o ambiente não favorece o desenvolvimento de variedades de vida, por isso o que ocorre é somente a presença de uma vegetação rala com permanência bastante curta, ou seja, durante os períodos mais quentes do ano, meses de julho e agosto que correspondem ao verão boreal.
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A vegetação que ocorre nessa porção do planeta é a tundra, constituída basicamente por musgos e liquens e em determinados lugares ocasionalmente surge vegetação herbácea de pequeno porte.
O Oceano Glacial Ártico é um mar interior, suas águas permanecem praticamente o ano todo congeladas, criando uma barreira natural para o desenvolvimento da pesca e o transporte marítimo.
No Ártico é possível encontrar diversas banquisas que são enormes blocos de gelo provenientes de água salgada que possui, em média, 10 metros de espessura e 1.000 quilômetros de largura, além da presença dos icebergs, blocos de gelo formados a partir de água doce que se locomovem rumo aos oceanos Atlântico e Pacífico.
O constante processo de elevação da temperatura média global, desencadeado principalmente pela intensificação do efeito estufa, está provocando uma série de fenômenos maléficos ao meio ambiente, como é o caso do degelo, uma das consequências do aquecimento global.
As regiões polares são as mais atingidas pelo degelo, pois o derretimento dessas áreas está ocorrendo de forma muito rápida. Conforme cientistas ambientais, o degelo agrava ainda mais o aquecimento da Terra, haja vista que durante esse processo ocorre a liberação de gases prejudiciais ao meio ambiente.
Pesquisas realizadas confirmam que o Oceano Ártico teve sua área reduzida em 14%, além da camada de gelo ter se tornado 40% mais fina. A Antártida, por sua vez, perdeu 3 mil quilômetros quadrados de extensão, em consequência de uma elevação de 2,5 °C desde 1940. Com o derretimento das calotas do Ártico e da Antártica, uma grande camada de água, proveniente do gelo, fluirá para os oceanos, podendo contribuir para a elevação do nível do mar. Tal ocorrência ameaça milhões de pessoas em todo o mundo
Outra área bastante afetada pelo degelo é a Groelândia. Conforme pesquisa divulgada pela revista Science, o degelo na Groelândia triplicou nos últimos anos. Atualmente, o gelo dessa região derrete a um ritmo muito acelerado, sendo que esse processo tem se intensificado desde 2004.
Degelo na Groelândia
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Conforme dados da Worldwatch Institute, as principais cordilheiras do mundo estão sofrendo significativas reduções em massa de gelo e neve. Monitoramentos revelam que as geleiras dos Alpes recuaram cerca de 35%. Um artigo da revista britânica Science, de outubro de 2002, afirma que a capa de neve a qual cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer em 20 anos.
De acordo com cientistas da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Londres, a quantidade de gelo derretido chega a 125 trilhões de toneladas por ano. Fato que proporciona um aumento no nível do mar, que, apesar de ser de poucos centímetros em algumas regiões, já é o suficiente para promover um desequilíbrio ambiental. Em 2010, o nível dos oceanos deverá estar aproximadamente um metro acima do que estava previsto pelo Painel do Clima das Nações Unidas (IPCC).
A elevação da temperatura global está afetando o equilíbrio ambiental, atingindo todos os tipos de vida. Várias espécies de animais marinhos e peixes estão ameaçadas pelo degelo. Um exemplo bastante representativo é a redução do gelo na Antártica, a qual fez com que a população de pinguins diminuísse em 33%.
Calcula-se que aproximadamente 200 milhões de indivíduos serão afetados com o aumento do nível do mar, e que 60% da população residente em áreas costeiras terão que migrar para outras regiões.
Publicado por Wagner de Cerqueira e Francisco
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