Qual a importância da atividade física para o controle da obesidade e dos transtornos alimentares?

O profissional de Educa��o F�sica como agente de sa�de. 

Seu papel na quest�o dos transtornos alimentares

El profesional de la Educaci�n F�sica como agente de salud. Su rol en la cuesti�n de los trastornos alimentarios

Physical Education professional as health agent. The role in question of eating disorders

 

Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES)

Faculdade de Educa��o F�sica (FEFIS) � Santos, SP

(Brasil)

Priscilla Abrah�o Foroni

Luiz Felipe dos Santos

Juliane Jellmayer Fechio

 

Resumo

          Os Transtornos Alimentares t�m sido cada vez mais o foco dos profissionais da sa�de pelos seus significativos graus de morbidade e mortalidade. O objetivo deste estudo foi analisar por meio de revis�o da literatura a import�ncia do conhecimento dos profissionais de Educa��o F�sica em rela��o aos transtornos alimentares e enfatizar sua atua��o como agente de sa�de, na preven��o e detec��o desta psicopatologia. Atrav�s do levantamento da literatura, p�de-se observar que � importante que os profissionais da �rea da Educa��o F�sica consigam reconhecer e lidar com os transtornos alimentares, ajudando a prevenir ou, pelo menos, reduzir a probabilidade de ocorr�ncia dos mesmos. Para isso, � necess�ria a prepara��o destes profissionais a fim de estarem prontos para lidar com o problema que acomete jovens e adultos, principalmente mulheres e atletas. Aprofundar as pesquisas nessa �rea � uma importante medida, uma vez que os resultados dos estudos poder�o contribuir de maneira significativa na qualifica��o do profissional de Educa��o F�sica como agente de sa�de. Desta forma, pode-se concluir que � de suma import�ncia que educadores f�sicos saibam reconhecer os sinais e sintomas e lidar com todos os aspectos dos transtornos alimentares, ajudando a prevenir ou reduzir a probabilidade de ocorr�ncia dos mesmos e a trat�-los da melhor forma, encaminhado ao profissional adequado.

          Unitermos:

Transtornos alimentares. Agentes de sa�de. Profissional da Educa��o F�sica.

Abstract

          Eating disorders have been increasingly the focus of health professionals by their significant degrees of morbidity and mortality. The goal of this study was to verify through literature review the importance of knowledge of physical education professionals in relation to eating disorders and emphasize his acting as an agent of health, prevention and detection of this psychopathology. Through the survey of the literature, it might be observed that it is important that the professionals of physical education can recognize and deal with eating disorders, helping to prevent or at least reduce the probability of occurrence. This will require the preparation of these professionals in order to be ready to deal with the problem that usually affects young people and adults, mostly women and athletes. To deepen the research in this area is an important measure, since the results of these studies may contribute significantly in vocational education qualification as physical health agent. This way, it can be concluded that it is of the utmost importance that physical educators know how to recognize the signs, symptoms and deal with all aspects of eating disorders, helping to prevent or reduce the likelihood of occurrence of controllers and to treat it as forwarded to the appropriate professional.

          Keywords:

Eating disorders. Agent of health. Physical Education professionals.  
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 16, N� 155, Abril de 2011. //www.efdeportes.com/

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Introdu��o

    Os transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa e suas variantes) s�o quadros psiqui�tricos que afetam principalmente adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, levando a grandes preju�zos biopsicossociais com elevada morbidade e mortalidade (ABREU e CANGELLI FILHO, 2004).

    Causados por diversos fatores predisponentes e caracterizados pela extrema valoriza��o do corpo magro, os Transtornos Alimentares t�m crescido nos �ltimos anos (principalmente entre as mulheres jovens e atletas) e t�m levado seus pacientes a realizarem dietas extremamente restritivas ou a utilizarem m�todos inapropriados como o exerc�cio f�sico excessivo, para alcan�arem o corpo idealizado.

    Segundo Andrade e Bosi (2003), nas sociedades ocidentais contempor�neas, o culto � magreza est� diretamente associado � imagem de poder, beleza e mobilidade social, gerando um quadro contradit�rio, tendo em vista que, atrav�s da m�dia escrita e televisiva, a ind�stria de alimentos vende gordura, com o apelo aos alimentos hipercal�ricos, enquanto a sociedade cobra magreza.

    Muitas publica��es recentes apontam os benef�cios da pr�tica da atividade f�sica para a sa�de no contexto f�sico e psicol�gico, por�m para os acometidos pelos Transtornos Alimentares, o exerc�cio f�sico � realizado de forma exaustiva e prejudicial uma vez que esses n�o se alimentam ou descansam adequadamente.

    Outro fator a ser observado � que uma expressiva parcela desses pacientes envolve-se nos esportes competitivos e na realiza��o de atividades f�sicas, antes mesmo de apresentarem as altera��es no h�bito alimentar o que pode apontar que a atividade f�sica competitiva pode estar intimamente relacionada ao desenvolvimento dos transtornos. Na verdade, h� um grande n�mero de evid�ncias que co-relacionam atividade f�sica e conduta alimentar irregular (ALMEIDA, 2003).

    O Minist�rio da Sa�de, no ano de 1997, baixou uma resolu��o que apontou a Educa��o F�sica como profiss�o de n�vel superior da �rea da sa�de, junto com outras profiss�es (SANTOS, 2008).

    Estudos recentes citam a influ�ncia que os treinadores exercem sobre seus atletas, principalmente por meio de coment�rios relativos �s suas formas corporais e como os educadores f�sicos se encontram em uma posi��o privilegiada na detec��o da patologia pela proximidade com seus alunos (WEINBERG e GOULD, 2008).

    Por ter, o profissional da Educa��o F�sica, sido inserido h� pouco tempo na �rea da sa�de no Brasil (MELLO, VAISBERG e FERREIRA, 2010), ainda h� algumas d�vidas sobre o processo de forma��o profissional dos educadores f�sicos para esta atua��o.

    Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar por meio de revis�o da literatura a import�ncia do conhecimento dos profissionais de Educa��o F�sica em rela��o aos transtornos alimentares e enfatizar sua atua��o como agente de sa�de, na preven��o e detec��o desta psicopatologia.

Transtornos alimentares

    Os transtornos alimentares s�o s�ndromes comportamentais cujos crit�rios diagn�sticos t�m sido amplamente estudados nos �ltimos 30 anos. S�o descritos como transtornos e n�o como doen�as por ainda n�o se conhecer bem sua etiopatogenia (CLAUDINO e BORGES, 2002).

    Definidos como altera��es do comportamento alimentar e da regula��o do peso (PHILIPPI e ALVARENGA, 2004), s�o caracterizados por um padr�o de comportamento alimentar gravemente perturbado, pelo controle patol�gico do peso corporal e dist�rbios da percep��o do formato corporal (SAIKALI et al., 2004), t�m sido relacionados com uma "epidemia de culto ao corpo" que  se multiplica em uma popula��o patologicamente preocupada com a est�tica corporal e afetada por altera��es ps�quicas relacionadas ao esquema corporal.

    Segundo Fuks et al. (2006), esses comportamentos produzem, ap�s um per�odo prolongado, efeitos no estado nutricional do paciente, levando a uma preocupa��o pela sobreviv�ncia do mesmo, nos casos mais extremos. Essa patologia tem sido cada vez mais foco da aten��o dos profissionais da �rea da sa�de por apresentarem significativos graus de morbidade e mortalidade (PINZON e NOGUEIRA, 2004). Associados a conseq��ncias cl�nicas e psicol�gicas devastadoras, os transtornos alimentares incluem o retardo no crescimento e desenvolvimento, infertilidade, osteoporose e morte (ANDRADE, VIANA e SILVEIRA, 2006).

    Entre os fatores predisponentes, destacam-se a hist�ria de transtorno alimentar e (ou) transtorno do humor na fam�lia, os padr�es de intera��es presentes no ambiente familiar, o contexto sociocultural, caracterizado pela extrema valoriza��o do corpo magro, disfun��es no metabolismo das monoaminas centrais e tra�os de personalidade (MORGAN, VECCHIATTI e NEGR�O, 2002). Al�m disso, perdas, separa��es, mudan�as, doen�a org�nica ou outro acontecimento estressante podem tamb�m ser considerados fatores desencadeantes do quadro patol�gico (VIEIRA et al., 2006).

    Dentre as caracter�sticas psicol�gicas importantes, podem ser destacadas: transtorno na imagem corporal, napercep��o ou interpreta��o dos est�mulos corporais (por exemplo, o reconhecimento da fome), sentimentos de impot�ncia(sensa��o paralisante que invade o pensamento e as atividades) efalta de autonomia(dificuldade para pensar por si s�) (FUKS et al., 2006). H� tend�ncia ao isolamento, problemas de relacionamento, preocupa��o e vergonha com o corpo, distor��o da auto-imagem, aumento do apetite, dietas constantes, etc (DIXE, 2007).

    Tem-se verificado um crescimento importante na incid�ncia dos Transtornos Alimentares, principalmente nos pa�ses ocidentais desenvolvidos. Aproximadamente 90% a 95% dos acometidos s�o do sexo feminino, e a faixa et�ria de maior risco situa-se entre os 15 e os 25 anos de idade (OLIVA e FAGUNDES, 2001).

    De acordo com Vilela et al. (2004), a anorexia e a bulimia nervosas s�o os transtornos alimentares mais freq�entes e cr�nicos, associados com um alto �ndice de comorbidade, sendo a bulimia ainda mais freq�ente que a anorexia. Embora classificados separadamente (Claudino e Borges, 2002), os dois transtornos acham-se intimamente relacionados por apresentarem psicopatologia comum: uma id�ia prevalente envolvendo a preocupa��o excessiva com o peso e a forma corporal (medo de engordar), que leva os pacientes a se engajarem em dietas extremamente restritivas ou a utilizarem m�todos inapropriados para alcan�arem o corpo idealizado.

    � importante mencionar que segundo Lungwtz (2009) os transtornos alimentares s�o caracterizados por dist�rbios fisiol�gicos e psicol�gicos do apetite e da ingest�o. Nesta caracteriza��o est�o a anorexia nervosa; bulimia nervosa; obesidade; falta de apetite conseq�ente a doen�as f�sicas e transtornos emocionais; s�ndrome do gourmet (preocupa��o com a prepara��o, apresenta��o, ingest�o de pratos especiais, diferentes e/ou ex�ticos); transtorno alimentar noturnos; PICA (ingest�o de subst�ncia e objetos n�o comest�veis); S�ndrome de Prader-Willy (cong�nito associado � defici�ncia mental � come constantemente involuntariamente) e o transtorno do comer compulsivo.

    Os crit�rios diagn�sticos para a Anorexia nervosa envolvem: recusa em manter o peso corporal em um n�vel igual ou acima do m�nimo normal adequado � idade e � altura; medo intenso de ganhar peso ou de engordar, mesmo estando com o peso abaixo do normal; perturba��o no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, influ�ncia indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-avalia��o, ou nega��o do baixo peso corporal atual e nas mulheres p�s-menarca, amenorr�ia (MANUAL DIAGN�STICO E ESTAT�TICO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES � DSM-IV-TR, 2008).

    No caso de bulimia nervosa, o diagn�stico envolve: crises bul�micas recorrentes (uma crise � caracterizada por ambos os seguintes aspectos: 1- ingest�o, em um per�odo limitado de tempo de uma quantidade de alimentos maior do que a maioria das pessoas consumiria durante um per�odo similar; 2- um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o epis�dio); comportamento compensat�rio e recorrente (como indu��o de v�mito, uso de laxantes, entre outros); a crise bul�mica e os comportamentos compensat�rios ocorrem pelo menos duas vezes por semana, por tr�s meses; a auto-imagem � indevidamente influenciada pela forma e pelo peso do corpo e o dist�rbio n�o ocorre exclusivamente durante epis�dios de Anorexia Nervosa (DSM-IV-TR, 2008).

Transtornos alimentares e atividade f�sica

    Os benef�cios da pr�tica da atividade f�sica regular para o bom funcionamento do corpo humano e para a melhoria da qualidade de vida t�m sido amplamente apontados pela maioria dos pesquisadores (FECHIO e MALERBI, 2001).

    No entanto, indiv�duos com transtornos alimentares nem sempre se beneficiam, na medida em que podem utiliz�-la como estrat�gia para perder peso de forma inadequada e por vezes de forma compulsiva (TEIXEIRA et al., 2009). Alguns estudos t�m identificado a pr�tica excessiva de exerc�cio f�sico em pessoas com transtornos alimentares, sendo a hiperatividade uma consider�vel evid�ncia cl�nica presente em muitos pacientes com essas patologias (ROSA, MELLO e FORMIGONI, 2004).

    N�o s� pessoas sedent�rias apresentam casos de transtornos alimentares, h� um grande �ndice de atletas e freq�entadores ass�duos de academias que na busca por bons resultados acabam ultrapassando o limite natural de seu organismo causando �s vezes danos irrepar�veis (BAPTISTA e PANDINI, 2005).

    No contexto esportivo competitivo, principalmente em esportes em que o peso � um fator fundamental para se determinar uma categoria de competi��o, acaba sendo um ambiente prop�cio para o desenvolvimento de determinados dist�rbios de atitudes alimentares, bem como um auto-olhar patol�gico para o pr�prio corpo (VIEIRA et al, 2006).

    De acordo com Assun��o, Cord�s e Ara�jo (2002), muitos atletas podem desenvolver transtornos alimentares. Logo, deve-se estar atento para esta possibilidade quando da avalia��o cl�nico-psiqui�trica desses indiv�duos. A estreita rela��o entre imagem corporal e desempenho f�sico faz com que os atletas sejam um grupo particularmente vulner�vel � instala��o desses transtornos, tendo em vista a �nfase dada ao controle de peso (OLIVEIRA et al., 2003).

    Em alguns casos os atletas apesar de n�o sinalizarem a presen�a de anorexia ou bulimia nervosa, apresentam evid�ncias da presen�a de preocupa��o com o peso corporal associada � leve distor��o da imagem corporal e � pr�tica de dietas restritivas. Essas pr�ticas s�o denominadas s�ndromes parciais do Transtorno Alimentar e, quando associadas a exerc�cios f�sicos sistem�ticos e extenuantes, s�o fatores de risco, cuja detec��o precoce pode impedir a instala��o futura dos quadros graves de Transtornos Alimentares (OLIVEIRA, et. al., 2003).

    Seixas, Fernandes e Fechio (2009) fizeram uma compara��o em rela��o � presen�a de transtorno alimentar e distor��o da imagem corporal entre 46 mulheres atletas de diversas modalidades esportivas e 39 n�o-atletas. As atletas apresentaram �ndices mais elevados, mas n�o houve diferen�a estatisticamente significativa. Al�m disso, as autoras puderam constatar que a imagem corporal gerou maior preocupa��o do que o h�bito alimentar entre as atletas e tamb�m nas n�o atletas.

    Resultados de uma pesquisa realizada por Vieira et al. (2006) demonstraram que as atletas do sexo feminino apresentaram no geral pontua��es mais elevadas tanto de dist�rbios de atitudes alimentares quanto de distor��o da auto-imagem corporal do que os atletas do sexo masculino, sendo essas diferen�as estatisticamente significativas.

    Em atletas, embora a preval�ncia de anorexia nervosa e bulimia nervosa ainda n�o seja suficientemente conhecida, sobretudo no Brasil, pesquisas realizadas demonstraram freq��ncia aumentada (de 15 a 62%), sobretudo em certas modalidades desportivas.

    Em estudo relatado por Assun��o, Cord�s e Ara�jo (2002), pesquisadores observaram pacientes do sexo feminino com transtorno alimentar, notando que 78% realizavam exerc�cios excessivamente e ainda que 60% eram atletas antes de serem acometidas com o problema.

    Apesar dos estudos, Weinberg e Gould (2008) explicam que no esporte tem sido dif�cil fazer uma avalia��o precisa de transtornos da alimenta��o devido ao risco que o atleta corre de ser retirado da equipe caso seu problema alimentar seja descoberto.

    � importante mencionar que no que diz respeito ao tratamento dos transtornos alimentares e a pr�tica de atividades f�sicas e esportivas h� algumas controv�rsias. Para Weinberg e Gould (2008) a diminui��o do exerc�cio deve ser considerada no tratamento para pessoas com transtornos da alimenta��o que n�o fossem atletas. J� para Mello et al. (2005) o exerc�cio f�sico provoca altera��es fisiol�gicas, bioqu�micas e psicol�gicas, devendo ser considerado uma interven��o n�o-medicamentosa para o tratamento de dist�rbios relacionados aos aspectos psicobiol�gicos.

O profissional de Educa��o F�sica como agente de sa�de: seu papel na quest�o dos transtornos alimentares

    Segundo Weinberg e Gould (2008), os transtornos da alimenta��o s�o problemas cl�nicos que requerem tratamento por especialistas, contudo os leigos devem aprender a detectar sinais dessas condi��es para poder encaminh�-las para o tratamento necess�rio.

    Resultados de pesquisas t�m indicado que existe a necessidade de alertar e informar os profissionais e familiares sobre o perigo dessa psicopatologia para que sejam capazes de reconhecer e de lidar com os transtornos alimentares se identificados (SEIXAS, FERNANDES e FECHIO, 2009).

    Tendo em vista que os transtornos alimentares surgem com grande freq��ncia na inf�ncia e na adolesc�ncia, o diagn�stico precoce e uma abordagem terap�utica adequada dos transtornos alimentares s�o de fundamental import�ncia. (APOLLIN�RIO e CLAUDINO, 2002).A detec��o e interven��o precoces constituem medidas essenciais n�o somente para a manuten��o do desempenho, mas do estado de sa�de dos atletas (BOSI e OLIVEIRA, 2004).

    Caso fosse o problema do transtorno alimentar, pertinente apenas � �rea intelectual e cognitiva, bastaria o m�dico prescrever uma dieta balanceada, e toda a popula��o estaria com este problema resolvido, por�m, os transtornos alimentares constituem um cen�rio espetacular de linguagens desesperadas, constituintes em sintomas que designam o desamparo do ser contempor�neo diante de si pr�prio e do mundo, no aguardo de encontrar profissionais que possam transformar em palavras, a gram�tica especial do psicossom�tico (SANTOS, 2006).

    Segundo Almeida (2005), o diagn�stico diferencial dos transtornos alimentares � complicado pela nega��o dos sintomas por parte do paciente, pelo segredo envolvendo seus rituais alimentares bizarros e sua resist�ncia a buscar tratamento. Portanto, pode ser dif�cil identificar o mecanismo de perda de peso e os pensamentos ruminativos associados, envolvendo distor��es da imagem corporal.

    Dentro da conceitua��o sobre o que constitui trabalhos suficientemente bons, que satisfa�am as necessidades cl�nicas que emanam do paciente com transtorno alimentar, uma reflex�o se imp�e como parte dessas exig�ncias: o cuidado � equipe multidisciplinar, tendo este, car�ter absolutamente indispens�vel que visa alicer�ar melhor, os profissionais envolvidos nesta tarefa (SANTOS, 2006).

    Uma vez que a Educa��o F�sica foi inserida h� pouco tempo no Brasil como profiss�o de n�vel superior da �rea da sa�de (MELLO, VAISBERG e FERREIRA, 2010), ainda h� algumas d�vidas sobre o processo de forma��o profissional para a atua��o nessa �rea, uma vez que a maioria dos cursos de gradua��o � voltada para a �rea pedag�gica e/ou pr�tica desportiva.

    Segundo Souto e Bucher (2006), os profissionais da �rea de sa�de deveriam ser preparados para orientar seus pacientes em dire��o a uma pr�tica alimentar saud�vel sendo preciso, para isso, uma humaniza��o dos cursos e um trabalho integrado entre os profissionais envolvidos na assist�ncia ao paciente com transtorno alimentar.

    Diante da necessidade de profissionais com adequada forma��o para atuar neste �mbito, observa-se nos �ltimos anos a cria��o de cursos de Educa��o F�sica que contemplam em seus curr�culos a discuss�o de conceitos como sa�de, doen�a, risco, preven��o de doen�as e promo��o de sa�de, objetivando um novo perfil para o profissional desta �rea (MELLO, VAISBERG e FERREIRA, 2010).

    Campos (1999) afirma que a principal fun��o dos profissionais seria a de elaborar e aplicar o projeto terap�utico individual. E um projeto terap�utico implica em certo diagn�stico, depende de uma aproxima��o entre cliente, fam�lia e profissionais de refer�ncia, e implica na institui��o de pr�ticas individuais, de grupo ou mais coletivas.

    Para Weinberg e Gould (2008), como profissional da �rea de Educa��o F�sica, ao identificar algu�m que demonstre sintomas de Transtornos Alimentares, haver� a necessidade de solicitar especialistas familiarizados na patologia. � um erro pensar que o problema se corrigir� por si s�.

    A comunica��o entre os membros da equipe no tratamento e detec��o dos transtornos deve ser intensa para que as abordagens sejam coerentes e consistentes, facilitando assim que o jovem e sua fam�lia consigam beneficiar-se de todos os esfor�os a eles destinados (FLEITLICH, 2000).

    Esta integra��o na equipe multidisciplinar � de fundamental import�ncia n�o s� para atuar de forma conjunta como tamb�m para interferir nos h�bitos do indiv�duo como um todo, empregando uma vis�o global e n�o segmentada (MELLO, VAISBERG e FERREIRA, 2010).

    Um professor de Educa��o F�sica, por exemplo, se incluiria no trabalho interdisciplinar em sa�de mental, oferecendo um card�pio de atividades que poderiam ser inclu�das no projeto terap�utico, seria como refer�ncia e uma oficina para reabilita��o ocupacional (CAMPOS, 1999).

    Para Weinberg e Gould (2008), os profissionais da Educa��o F�sica devem estar preparados para lidar com as quest�es dos transtornos alimentares e serem capazes de identificar os sinais f�sicos e psicol�gicos desta patologia. Precisam ser informados e treinados para a identifica��o e o trabalho integrado necess�rio ao manejo da patologia (BOSI e OLIVEIRA, 2004).

    Estudos recentes citam a influ�ncia exercida pelos treinadores, patrocinadores e familiares, por meio de seus coment�rios relativos ao peso e � forma das atletas, como um poderoso elemento de instala��o de comportamentos alimentares anormais. Esta foi uma primeira iniciativa de uma linha de pesquisa multidisciplinar que se iniciou na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), cujos desdobramentos j� est�o envolvendo v�rias modalidades desportivas e grupos populacionais, visando contribuir para o direcionamento e a compreens�o de um tema cuja complexidade envolve aspectos biops�quicos, epidemiol�gicos, antropol�gicos, sociol�gicos, econ�micos, hist�ricos exigindo, portanto, um olhar interdisciplinar que integre essas diferentes dimens�es (OLIVEIRA et al., 2003).

    Sempre que poss�vel, profissionais da Educa��o F�sica devem observar os padr�es alimentares de alunos e atletas e caso estes demonstrem sintomas, solicitar a ajuda de um especialista familiarizado em transtornos da alimenta��o (WEINBERG e GOULD, 2008). Para isso, os profissionais necessitam de conhecimentos espec�ficos.

    Thompson (1987) apud Weinberg e Gould (2008) defende que os profissionais da Educa��o F�sica est�o em excelente posi��o para identificar indiv�duos com transtornos da alimenta��o. � fundamental, tamb�m, que consigam reconhecer e lidar com os transtornos da alimenta��o, ajudando a prevenir ou, pelo menos, reduzir a probabilidade de ocorr�ncia desses transtornos.

    Al�m disso, � importante que estes profissionais promovam e incentivem pr�ticas nutricionais adequadas, focalizam-se no condicionamento f�sico e n�o no peso corporal, sejam sens�veis com as quest�es do peso para que seja desviado o foco da obsess�o em rela��o � gordura corporal e incentivem o controle saud�vel do peso (WEINBERG e GOULD, 2008). 

    N�o se deve esquecer que muitos estudos t�m investigado os efeitos do exerc�cio f�sico sobre a sa�de mental e t�m encontrado resultados satisfat�rios (MELLO, VAISBERG e FERREIRA, 2010). No ano de 2002, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estabeleceu como tema priorit�rio a constru��o de pol�ticas p�blicas que coloquem em relev�ncia a import�ncia da pr�tica de exerc�cio f�sico devidamente orientado e a pr�tica cotidiana de atividade f�sica para se atingir uma vida mais saud�vel (SANTOS, 2008). Essas s�o observa��es importantes quando falamos de transtornos alimentares e da import�ncia do professor de Educa��o F�sica neste contexto.

    Teixeira et al. (2009) defende que o exerc�cio praticado regularmente pode contribuir com o tratamento de pacientes com transtornos alimentares, atuando principalmente nos aspectos psicol�gicos tendo o profissional de Educa��o F�sica, o objetivo de promover sa�de por meio da educa��o e da pr�tica regular de exerc�cios, enfatizar o cuidado com a sa�de, com a imagem corporal e a autoestima, colaborar com a recupera��o de peso, promovendo principalmente o ganho de massa magra e diminuindo o tecido adiposo, incentivar a pr�tica de exerc�cios como uma alternativa de atividade social e desmistificar cren�as e mitos referentes � pr�tica excessiva e inadequada.

    Recomenda-se que as escolas e academias destinem espa�o a um profissional que desenvolva atividades profil�ticas voltadas para a conscientiza��o da percep��o pessoal e social do aluno, (CONTI, FRUTUOSO e GAMBARDELLA, 2005) bem como das press�es a que est� compelido.

    Aprofundar as pesquisas nessa �rea � importante na medida em que os resultados dos estudos poder�o contribuir de maneira significativa na qualifica��o do profissional de Educa��o F�sica para aconselhar a popula��o sobre como usufruir os benef�cios da pr�tica de atividade f�sica estruturada (TEIXEIRA et al., 2009).

    Assim, a intera��o entre profissionais de diferentes forma��es torna-se de fundamental import�ncia para a maximiza��o de todo o planejamento a ser realizado com o ser humano, especialmente em rela��o � sa�de (MELLO, VAISBERG e FERREIRA, 2010).

Considera��es finais

    Por meio da revis�o de literatura pode-se concluir que os autores enfatizam a import�ncia de uma equipe multidisciplinar no tratamento dos Transtornos Alimentares mostrando ser necess�rio o envolvimento de psic�logos e outros profissionais, tais como nutricionistas, m�dicos, e profissionais da Educa��o F�sica como agentes de sa�de. O envolvimento da fam�lia no tratamento tamb�m pode colaborar, facilitando mudan�as.

    Nota-se uma rela��o entre a pr�tica de atividade f�sica e os Transtornos Alimentares, uma vez que muitos atletas desenvolvem a patologia devido �s motiva��es e os incentivos � pr�tica de dietas de emagrecimento por parte dos t�cnicos e professores e coment�rios a respeito da forma f�sica de seus alunos. Isso indica que os profissionais da �rea de sa�de deveriam ser preparados para orientar seus pacientes em dire��o a uma pr�tica alimentar saud�vel.

    Dentre esses profissionais de sa�de, est� o profissional da Educa��o F�sica, que foi inserido recentemente nessa �rea e necessita aprofundar seu conhecimento quanto aos Transtornos Alimentares, isto porque ele est�, na maioria das vezes, em uma posi��o privilegiada para perceber comportamentos caracter�sticos. A inser��o da disciplina de Psicologia do Esporte na gradua��o de Educa��o F�sica torna-se fundamental neste sentido.

    H�, portanto, a necessidade de um trabalho integrado entre os profissionais envolvidos na assist�ncia ao paciente com transtorno alimentar, entre eles o profissional de Educa��o F�sica.

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EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 16 � N� 155 | Buenos Aires,Abril de 2011
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Qual a importância da atividade física para a obesidade e os transtornos alimentares?

A prática faz com que se consuma a insulina no sangue, independente de glicose, auxiliando assim no controle glicêmico, diminuindo a circunferência abdominal e proporcionando melhora da composição corporal e no perfil lipídico.

Qual é o papel da atividade física no tratamento da obesidade?

O exercício físico pode auxiliar no tratamento da obesidade, pois eleva o gasto energético e diminui os efeitos negativos da restrição energética, pois é capaz de reverter a diminuição da taxa metabólica de repouso.

Qual a importância da atividade física no controle da obesidade infantil?

Os exercícios físicos preservam a massa magra e minimizam a redução da taxa metabólica. Os exercícios físicos e dieta combinados são mais eficazes no combate à obesidade infantil.

Qual a importância e os benefícios da atividade física?

A importância da atividade física é fundamental em qualquer idade e é um dos meios de cuidar da saúde e ter uma melhor qualidade de vida. Além disso, a atividade física é um importante meio de prevenção para combater doenças crônicas como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial¹.

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