Qual é a medida de prevenção que a medicina realiza para o combate de doenças por vírus e bactérias?

O nosso corpo é como uma empresa em que cada setor é responsável por uma função específica. O sistema imunológico é a parte encarregada de nos proteger contra vírus e bactérias que tentam nos infectar. Ele é formado por diversas células, e cada uma delas também exerce funções específicas.

As células que constituem o sistema imune são chamadas de células brancas, glóbulos brancos ou leucócitos. Dentro dos leucócitos há células como os linfócitos, neutrófilos e macrófagos, que atuam no bloqueio e eliminação de vírus e bactérias. Dentre eles, os linfócitos são os principais produtores de anticorpos, que são formados por substâncias chamadas de imunoglobulinas. Quando entramos em contato com um vírus ou bactéria, os linfócitos produzem “exércitos” para nos proteger, ou seja, novos grupos de linfócitos para combater aquele patógeno específico.

“Anticorpo é uma proteína que é capaz de se ligar no antígeno, ou seja, na proteína viral. Ela vai sinalizar para o corpo que aquilo é ofensivo e vai eliminá-lo. Então, vão ser ativadas várias células que vão destruir o vírus”, conta a diretora do Laboratório de Biotecnologia do Instituto Butantan, Soraia Attie Calil Jorge.

Os macrófagos e os neutrófilos estão ligados à proteção, mas atuam na parte da resposta celular– ou seja, atacam a célula que já foi infectada. O sistema de resposta humoral (anticorpos) e celular ainda pode guardar a “lembrança” dos agentes infecciosos com que o organismo já entrou em contato para, no futuro, saber produzir anticorpos se encontrar novamente aquele vírus ou bactéria. Todas essas células trabalhando e respondendo em conjunto é o que forma o nosso sistema imune.

O organismo desenvolve vários tipos de anticorpos. Os anticorpos produzidos pelas células correspondem a IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). As diferenças entre IgG e IgM estão na sua atuação: enquanto o IgM faz o primeiro ataque aos vírus, o IgG atua no backup, ou seja, na memória do organismo. O IgM combate o vírus assim que ele aparece, diferente do IgG, que vai agir quando o vírus se manifestar no futuro.

O sistema imune, portanto, possui respostas diferentes e complexas contra invasores, sendo a principal delas constituída pelos anticorpos produzidos nos leucócitos e pela capacidade de combater ameaças armazenadas nas células de memória. “As vacinas não induzem só a resposta humoral, também induzem uma resposta celular que é muito importante”, explica a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan, Ana Marisa Chudzinski. Em outras palavras, as vacinas nos protegem quando nos infectamos com o vírus ou bactéria e também tempos depois, caso voltemos a entrar em contato com ele.

Além de circularem pelo nosso sangue, os anticorpos atuam no nosso sistema linfático, que abriga os vasos linfáticos e por onde corre a linfa, em paralelo ao sangue. A linfa é o líquido que defende o organismo do ataque de bactérias, drena as substâncias do metabolismo e as moléculas que não serão utilizadas pelo organismo, entre outras funções.

Uma ação fundamental para diminuir a circulação dos vírus da gripe é a adoção de hábitos simples. Confira:

  • Higienizar as mãos com frequência;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
  • Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;
  • Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração;
  • Evitar visitas a hospitais;
  • Ventilar os ambientes.

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma enfermidade do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – seja contaminada.

No Brasil existe o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Em 40 anos de existência, o PNI se destacou por ser um dos melhores programas de imunização do mundo e vem atuando na ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação de doenças, além de disponibilizar diversas vacinas à população. São oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos utilizados na prevenção e/ou tratamento de doenças, incluindo 25 vacinas.

Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas. Atualmente, 96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência. Isso porque o País tem um parque produtor de vacinas e imunobiológicos. Um importante patrimônio do País que o coloca em situação privilegiada e vantajosa em relação a outros países do mundo, e ainda possibilita o desenvolvimento científico e tecnológico.

É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas.

Prevenção

Além da erradicação de doenças, o PNI vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, formas graves da tuberculose, difteria, tétano acidental e coqueluche. O Ministério da Saúde realiza três campanhas fixas (contra poliomielite, de atualização da caderneta, influenza) por ano para incentivar e conscientizar a população sobre a importância da vacina, especialmente aos grupos prioritários, entre esses as crianças. A cobertura vacinal, nos últimos dez anos, foi de 95%, na média, para a maioria das vacinas do calendário infantil e em campanhas.

O esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.

Fiocruz garante autossuficiência em vacinas

A produção de vacinas está no DNA da Fiocruz. Quando Oswaldo Cruz deu início a Fundação com a criação do Instituto Soroterápico Federal, seu objetivo era o de erradicar a peste bubônica e a febre amarela através da produção de vacinas e soros para a população fluminense.

Atualmente, a Fiocruz garante a autossuficiência em vacinas essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde. A produção é feita pelo Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), voltado basicamente à produção de vacinas para DTP e Hib, febre amarela, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), meningite A e C, poliomielite e tríplice viral. 

É importante, porém, esclarecer que Biomanguinhos apenas produz essas vacinas, sem, no entanto, aplicá-las. A Fiocruz só aplica vacinas para populações/situações especiais (não previstas no calendário vacinal oficial); transplantados; outros imunodeprimidos e viajantes. Para ser atendido é preciso agendar horário, ter um encaminhamento médico e ser referenciado por meio da ficha de encaminhamento do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).

Para mais informações sobre essas vacinas, entre em contato com a unidade pelo telefone gratuito do SAC/Biomanguinhos: 0800-210-310.

Conheça o calendário de vacinação.

Quais as principais medidas de prevenção contra doenças causadas por bactérias?

6 Dicas para evitar doenças contagiosas.
Lave e higienize as mãos frequentemente. ... .
Mantenha distanciamento social. ... .
Evite tocar nos olhos, nariz e boca. ... .
Pratique higiene respiratória. ... .
Procure assistência médica apenas se apresentar sintomas graves. ... .
Mantenha-se informado e siga recomendações de autoridades de saúde..

Quais cuidados com a saúde auxiliam na prevenção de doenças causadas por vírus e bactérias?

7 hábitos de higiene que ajudam a prevenir doenças.
HÁBITOS DE HIGIENE PESSOAL E COLETIVA. ... .
Lave frequentemente as mãos. ... .
Ao lavar as mãos, não esqueça das unhas. ... .
Tome banho diariamente. ... .
Escove os dentes após cada refeição. ... .
Cuide da limpeza no ambiente doméstico. ... .
Lave sempre os alimentos antes de consumi-los..

Quais são as medidas preventivas no processo Saúde

Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social; Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração; Evitar visitas a hospitais; Ventilar os ambientes.

Quais medidas podemos tomar para prevenir a transmissão do vírus?

Cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos ao tossir ou espirrar. Descartar adequadamente o lenço utilizado. Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Se tocar, sempre higienize as mãos como já indicado.

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