Que eventos podem ocorrer no encontro ou choque de placas tectônicas?

A teoria das placas tectônicas foi fundamental para a explicação da separação dos continentes e também para justificar eventos que ocorrem até hoje no planeta Terra. Veja como acontecem os Terremotos, os Maremotos, e as Erupções vulcânicas.

Muitos eventos ocorreram até chegarmos ao estágio atual da formação dos continentes. A teoria das placas tectônicas é a responsável por explicar a movimentação da crosta terrestre e suas fragmentações, além de comprovar de fato a teoria da deriva continental. Saiba mais sobre este assunto nesta aula de Geografia para o Enem!

Teoria da deriva continental

A teoria da deriva continental, postulada por Alfred Wegener em 1912, dizia que um dia os continentes foram apenas uma grande massa continental chamada “Pangea”. Segundo Wegener, com o passar dos anos, esta grande massa foi se fragmentando até chegarmos ao estágio atual da formação e distribuição dos continentes.

Esta teoria, apesar de se basear em algumas evidências de estudos empíricos, passou a ser completamente aceita pelo meio científico somente após a Segunda Guerra mundial. Com o avanço das técnicas de mapeamento e o aperfeiçoamento das tecnologias utilizadas para este tipo de estudo, foi possível perceber que a crosta terrestre possui fragmentações, dividindo-se em placas.

A explicação para a movimentação das massas continentais surge com a teoria da tectônica de placas, que parte do princípio que as placas tectônicas são estes fragmentos da crosta terrestre que se movimentam sobre o magma. Estas placas abrangem não só a região dos continentes, mas também o assoalho oceânico.

Esta teoria foi fundamental pois pôde comprovar a teoria de Wegener sobre a deriva continental, acabando de vez com a ideia de que a superfície terrestre seria imóvel. Veja na imagem a “cicatriz” existente sobre o território do estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

Figura 1: Falha de San Andreas no estado da Califórnia (EUA).

As placas tectônicas encontram-se divididas em 14 placas principais e outras 38 menores. É importante lembrar que o tamanho das placas não define a frequência e a intensidade das atividades tectônicas.

Muitas áreas de encontro de placas menores possuem grande atividade tectônica. Como exemplo das placas principais, temos a Placa Sul-Americana, a Placa Africana e a Placa Euro-Asiática. Como exemplo das placas menores temos a Placa das Marianas.

No conteúdo escolar, as placas tectônicas mais estudadas são: Placa Sul-Americana, Placa de Nazca, Placa do Pacífico e Placa Euro-Asiática. Veja na imagem abaixo a localização de cada uma destas placas.

Figura 2: Limite das principais placas tectônicas do mundo.

Movimento das placas tectônicas

Mas como as placas tectônicas conseguem se movimentar? A movimentação das placas tectônicas se dá por conta das correntes de convecção do magma. Essas correntes permitem que o calor do núcleo da Terra chegue até as camadas mais externas, gerando sua movimentação.

O movimento das Placas Tectônicas pode ocorrer de formas diferentes, acarretando em efeitos também diferentes para a superfície terrestre. Veja agora com o professor Raphael Carrieri, do canal do Curso Enem Gratuito, sobre as placas tectônicas:

As dicas sobre o movimento das Placas

A movimentação das placas tectônicas pode ocorrer de forma lateral, de colisão, ou de afastamento. Estes movimentos ocorrem de forma bastante lenta e são responsáveis (além da separação ou união de continentes) pela formação de estruturas geomorfológicas, como a formação de vulcões, montanhas e pela ocorrência de terremotos.

As placas tectônicas são divididas em três categorias: placas oceânicas, placas continentais e placas continentais e oceânicas. Estas classificações são bem intuitivas. As placas oceânicas, são aquelas que se encontram no assoalho oceânico, as continentais, são as que se encontram sob os continentes e por fim, as continentais e oceânicas, encontram-se sob os continentes e no assoalho oceânico.

As “margens” ou zona de encontro das placas tectônicas são chamadas de limites de placas e são classificados em três tipos: limite divergente, limite convergente e limite transformante.

O limite divergente consiste no limite onde as placas afastam-se umas das outras, abrindo uma fenda entre elas que permite que, com a corrente de convecção, o magma suba para a superfície. Quando o magma chega à superfície, logo ele é resfriado e temos então o aumento da borda das placas envolvidas no processo.

O afastamento de placas é responsável também pela formação de cadeias montanhosas no fundo oceânico, chamadas de dorsais mesoceânicas.

O limite convergente consiste no limite onde as placas se chocam por conta da aproximação de uma com a outra. Quando acontece o choque entre uma placa oceânica e uma placa continental, uma afunda em parte de volta para o magma (placa oceânica) e a outra (placa continental) forma dobras.

Já no choque entre duas placas oceânicas afunda a que possuir menor densidade. E por fim, no choque entre duas placas continentais, não há afundamento, porém, temos a ocorrência de dobramentos, podendo formar por exemplo, cadeias montanhosas.

No limite transformante, as placas deslizam de forma horizontal “raspando” uma na outra provocando falhas na superfície no local onde ocorreu a movimentação. Como exemplo destas falhas, temos a Falha de Samambaia no estado do Rio Grande do Norte e a Falha de San Andreas no estado da Califórnia nos Estado Unidos.

Figura 3: Ilustração dos três tipos de limite de placas.

Como o Brasil encontra-se no centro da Placa Sul-Americana, e não em um limite, não há grande ocorrência de atividades tectônicas no país.

Os únicos eventos tectônicos que podem atingir o Brasil são pequenos abalos provocados pelo desgaste da placa, ou então grandes abalos que podem vir a ocorrer em regiões próximas, mas também em pequena escala.

Terremotos, Maremotos, e os Vulcões

Veja como os Terremotos, os Maremotos e as Erupções vulcânicas estão diretamente ligados ao movimento das Placas Tectônicas:

A movimentação das placas tectônicas pode ocorrer de forma lateral, de colisão, ou de afastamento. Estes movimentos ocorrem de forma bastante lenta e são responsáveis (além da separação ou união de continentes) pela formação de estruturas geomorfológicas, como a formação de vulcões, montanhas e pela ocorrência de terremotos.

Questões sobre placas tectônicas

(UEM PR/2017) Sobre os movimentos tectônicos, a teoria da tectônica de placas e as características das placas tectônicas, assinale o que for correto.

01) O fenômeno conhecido como subducção de placas tectônicas ocorre quando a placa oceânica, mais densa, mergulha sob a placa continental.

02) A teoria da tectônica de placas foi aprimorada, na comunidade científica, com o uso de sonares que mapearam o fundo oceânico.

04) Os topos das cadeias oceânicas que são formadas por tectonismo podem configurar um arquipélago como o do Havaí (Estados Unidos).

08) As rochas que compõem as placas tectônicas são formadas pela mesma composição do núcleo da Terra, ou seja, pelo lítio e pelo bário.

16) Os movimentos verticais lentos, de subida ou de descida, em camadas rochosas rígidas e espessas, são chamados de epirogenéticos.

Gabarito: 23

(UEPG PR/2017)   Sobre a tectônica de placas da Terra, assinale o que for correto.

01. A subducção ocorre em áreas de convergência de placas tectônicas onde uma delas mergulha embaixo da outra, podendo causar sismos.

02. O Brasil está localizado em área mais centrada na placa sul-americana. Esta placa tem um desloca-mento à oeste onde encontra-se em maior extensão neste lado com a placa de Nazca.

04. O anel de fogo do Pacífico localiza-se, basicamente, em áreas entre placas tectônicas. É a área do planeta com a maior incidência de terremotos.

08. O vulcanismo pode ser gerado em áreas divergentes das placas tectônicas. O vulcanismo também é um fator endógeno de formação do relevo.

16. O limite de placas tectônicas transformante ocorre quando as placas deslizam lateralmente. Um bom exemplo disso ocorre na falha de San Andreas, no estado da Califórnia, nos EUA.

Gabarito: 31

(PUC – MG) A teoria da Tectônica de Placas explica como a dinâmica interna da Terra é responsável pela estrutura da litosfera, sendo INCORRETO afirmar:

a) A litosfera é a parte rígida que compõe a crosta terrestre; é segmentada em placas que flutuam em várias direções sobre o manto.
b) O movimento das placas pode ser convergente ou divergente, aproximando-as ou afastando-as, ou ainda deslizando-as uma em relação à outra.
c) A tectônica é responsável por fenômenos como formação de cadeias montanhosas, deriva dos continentes, expansão do assoalho oceânico, erupções vulcânicas e terremotos.
d) As placas continentais e oceânicas possuem semelhante composição mineralógica básica, uma vez que essas placas compõem a crosta terrestre.

Gabarito: D

Sobre o(a) autor(a):

Este texto foi elaborado pelo geógrafo e professor de Geografia Marcelo de Araújo para o Curso Enem Gratuito. Marcelo é formado em Geografia (licenciatura) pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente trabalha como autônomo. //www.facebook.com/mdearaujo22

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O que pode ocorrer com o choque das placas tectônicas?

Dependendo do envolvimento de placas oceânicas ou continentais, causam diversas consequências como terremotos, subducção, tsunamis, formação de falhas ou surgimento de cadeias montanhosas.

Que tipos de fenômenos podem ocorrer nas áreas de choque e separação de placas tectônicas?

Os fenômenos que podem ocorrer em função do choque ou da separação de placas tectônicas são os terremotos, os tsunamis e os vulcões, por exemplo.

Que problemas ocorrem em lugares onde as placas tectônicas se encontram?

Esses movimentos são lentos e contínuos e realizam-se no que chamamos de limites entre as placas, podendo ser de afastamento, de colisão ou laterais. O resultado são as transformações na crosta terrestre, como a formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas e abalos sísmicos como terremotos e tsunamis.

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