Que tipo de água é utilizada para a reconstituição do medicamento?

A preparação correta da suspensão é necessária para o usuário utilizar efetivamente as doses recomendadas pelo médico. Isto deve ser percebido como um dos principais fatores para o sucesso do tratamento.
Para que a dose prescrita ao usuário seja realmente a que ele irá utilizar a amoxicilina na forma de pó para suspensão oral, deverá ser corretamente preparada. Para tanto, o usuário deve receber as seguintes orientações dos profissionais de saúde:

  • Utilizar preferencialmente água potável (água recentemente obtida do sistema de abastecimento público e adequada para beber) previamente fervida para ressuspender o pó (1). Não pode ser utilizada água quente, portanto, se for fervida, esperar que atinja a temperatura ambiente. Se não for possível utilizar água potável, a água mineral poderá ser utilizada (2).
  • Adicionar a água (temperatura ambiente) no frasco até a marca indicada no próprio frasco do medicamento.
  • Agitar vigorosamente. Possivelmente haverá a formação de bolhas de ar, devido à agitação. Logo, deve-se esperar as bolhas desaparecerem (alguns minutos) e completar o frasco com água até a marca indicada.
  • Cada vez que o medicamento for utilizado, deverá ser previamente agitado.
  • Após reconstituição, a suspensão oral deve ser preferentemente mantida sob refrigeração (entre 2 e 8°C), mas também é estável em temperatura ambiente (4). No entanto, é importante ler as orientações do fabricante do produto na bula do medicamento.
  • Descartar 14 dias após a reconstituição (4), ou antes, após término do tratamento. O descarte não deve ser feito na pia ou vaso. O profissional de saúde pode orientar o usuário quanto ao descarte  correto do medicamento.

O medicamento na forma de pó para suspensão oral pode apresentar-se como uma barreira para muitos usuários, devido à complexidade que pode envolver seu preparo. Por isso, é fundamental a orientação do profissional de saúde a fim de facilitar esse processo. Algumas substâncias, como a amoxicilina, apresentam-se nessa forma, pois são instáveis em solução, porém estáveis em suspensão (5). Logo, a suspensão garante estabilidade química, permitindo a administração de uma forma farmacêutica líquida, sendo preferido por muitos usuários, especialmente pela facilidade de deglutição (6).
Ressalta-se também a importância da medida correta das doses que serão utilizadas e o cumprimento dos intervalos entre cada dose e o período de tratamento, como fatores diretamente relacionados ao sucesso do tratamento. O tratamento incorreto pode trazer risco graves à saúde do usuário.
A equipe deve estar ciente da importância das orientações que devem ser fornecidas aos usuários para que o tratamento prescrito seja bem sucedido.

Dependendo da composição, os medicamentos injetáveis podem possuir uma ação mais rápida, mais duradoura ou mais localizada do que os medicamentos orais, propriedades essas que são essenciais em diversos momentos da medicina, seja durante uma emergência médica ou uma pequena cirurgia.

Quer aprender tudo sobre como deve ser feita a aplicação de medicamentos injetáveis? Está tudo explicadinho aqui no post. Confira!

Como escolher a agulha?

As agulhas são classificadas quanto ao diâmetro e ao comprimento e a partir dessas medidas sua função é determinada. Uma agulha 0,70x30mm tem 0,7mm de calibre e 30mm de comprimento e será utilizada para administrações intramusculares em adultos. Quanto mais comprida a agulha, mais tecidos profundos ela consegue alcançar o que pode ser útil em adultos obesos nos quais a camada subcutânea é mais grossa. Já nas crianças, agulhas mais curtas, de 20 ou 25mm, normalmente são usadas.

O calibre da agulha depende da viscosidade do medicamento, ficando as mais grossas, de 0,8mm, reservadas para substâncias oleosas ou suspensões. Se uma agulha mais fina do que o recomendado é utilizada, há o risco de entupimento. Dessa forma, a agulha vai depender do local da aplicação e do medicamento que será aplicado.

Como o medicamento deve ser preparado?

Antes de começar a preparação verifique o aspecto do produto, notando quaisquer alterações de cor, precipitados e fragmentos de vidro ou de rolhas que possam estar no medicamento devido a erros de fabricação ou de armazenamento. Uma vez que esses aspectos são checados, o medicamento deve ser preparado de acordo com as instruções do fabricante, sendo comum a necessidade de diluir o medicamento.

Qual a diferença entre reconstituição e diluição?

Esses dois termos geram confusão na maioria das pessoas e são erroneamente utilizados como sinônimos por alguns fabricantes e pela literatura farmacêutica. No entanto, embora descrevam processos semelhantes representam objetivos diferentes. A reconstituição consiste em retornar um medicamento da forma de pó para sua forma original líquida.

Para isso, adiciona-se diluentes como água estéril, cloreto de sódio 0,9% e glicose 5% ao recipiente com o pó medicamentoso seguindo as instruções do fabricante até que se obtenha o medicamento recomendado para uso. Já a diluição tem como objetivo alterar a concentração de um medicamento já em estado líquido, seja esse uma solução, uma suspensão ou um pó reconstituído. Os diluentes usados geralmente são os mesmos.

Onde é possível injetar o medicamento?

Os medicamentos injetáveis intramusculares, intravenosos, intradérmicos representam as vias de administração mais comuns. Mas eles podem ser intratecais, intraósseos e até intra-articulares.

Como diferenciar essas vias na hora da aplicação?

Todo ano diversas mortes ocorrem pela administração de medicamentos pela via errada, com medicamentos intramusculares, com dosagens altas de liberação lenta, sendo aplicados diretamente na veia por exemplo. Por isso, é sempre muito importante ter certeza de qual a via adequada para aquele medicamento.

O jeito mais fácil de diferenciar a injeção intramuscular da subcutânea é o ângulo de aplicação. Na intramuscular a injeção deve estar perpendicular à pele, penetrando profundamente o tecido. Já a intradérmica é feita com a injeção quase paralela à pele, bem superficial, atingindo apenas o tecido subcutâneo.

A intravenosa deve considerar a anatomia dos vasos e a distribuição das veias. Para se certificar basta puxar o êmbolo da injeção antes de aplicar o medicamento. Se isso provoca a mistura de sangue com o medicamento, indica que a agulha está dentro do vaso e o medicamento pode ser aplicado.

Como a administração deve ser feita?

Após o preparo correto da injeção, a área da pele deve ser limpa com algodão embebido em álcool 70%. As injeções intramusculares devem ser aplicadas preferencialmente no quadrante superior externo da nádega em adultos ou na lateral externa das coxas de crianças pequenas. É fundamental em todas as aplicações verificar se algum vaso sanguíneo foi atingido, e caso essa não seja a via desejada, utilizar outro local. A aplicação deve seguir as instruções específicas do fabricante quanto à duração exata do tempo de infusão.

Após a aplicação, é só pressionar o local com um algodão por alguns minutos, favorecendo a coagulação e descartar a agulha, sem reemcapá-la, no local destinado a objetos pérfuro-cortantes.

É claro que é só com muita prática que você se tornará um expert em aplicar medicamentos injetáveis, mas o conhecimento teórico também é essencial. Quer saber mais sobre os medicamentos injetáveis? Confira também o nosso post “Hipolabor explica: o que são medicamentos injetáveis?” e continue de olho no nosso blog!

Como é feita a reconstituição de medicamentos?

A reconstituição consiste em retornar um medicamento da forma de pó para sua forma original líquida. Para isso, adiciona-se diluentes como água estéril, cloreto de sódio 0,9% e glicose 5% ao recipiente com o pó medicamentoso seguindo as instruções do fabricante até que se obtenha o medicamento recomendado para uso.

O que é a reconstituição de um medicamento?

RECONSTITUIÇÃO:É a recomendação do diluente e do volume deste usado para reconstituir medicamentos liofilizados (pó). DILUIÇÃO:É a recomendação da solução e volume, para diluir o medicamento, em função do pH e da solubilidade do mesmo.

Qual a diferença entre água destilada e bidestilada?

Se a água destilada já é praticamente livre de minerais, apresentando apenas pouquíssimos resíduos, a água bidestilada, que é destilada duas vezes, pode ser considerada completamente pura, isto é, livre de minerais. Por assim ser, ela garante o máximo de precisão nos processos laboratoriais, e por isso é tão utilizada.

Qual a diferença entre água destilada e água para injeção?

A água destilada pode ser utilizada para muitas coisas em laboratório. Já água para injeção serve como matéria-prima de medicamentos injetáveis. E, por cair diretamente na corrente sanguínea, a exigência de pureza dessa água é muito maior (imagine se nessa água existir uma bactéria causadora de doenças…).

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