Quem ensina Geografia deve estar muito atento a duas de suas mais importantes linguagens quais são essas linguagens?

Apresentação

Olá, Seja bem-vindo!

Após a abordagem teórico-conceitual, você estudará nesta unidade, com uma perspectiva voltada para se pensar a prática de ensino de História e Geografia na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Serão discutidos os diversos recursos e linguagens que, sobretudo a partir do final do século passado, foram incorporados à sala de aula e serão apresentadas algumas obras que podem servir como material de apoio no processo de ensino-aprendizagem de História e Geografia. No primeiro momento, será apresentada uma abordagem sobre o uso dos recursos audiovisuais, discutindo alguns princípios que devem nortear a escolha, exibição e condução de vídeos em sala de aula.

Logo após, uma análise sobre como obras literárias destinadas ao público infantojuvenil podem ser ricas para se pensar temáticas fundamentais no ensino de História e Geografia tais como: identidade, alteridade e relação com o espaço.

Ainda, nesta unidade, será apresentado um enfoque ao trabalho com música nas aulas de História e Geografia, dedicando uma atenção especial ao conteúdo contido nas letras. Será discutida a forma como as canções podem, de maneira vivencial e lúdica, levar a reflexões sobre o meio e as condições de vida que permeiam o cotidiano das crianças.

Para finalizar, você estudará sobre o uso dos meios digitais como um aliado no ensino de História e Geografia. Aqui, serão apresentados alguns sites e discutidas atividades que podem ser realizadas por meio da internet.

Fique atento! Durante todo o conteúdo serão apresentadas e analisadas duas obras com possibilidades interessantes para serem utilizadas como recursos em sala de aula.


Objetivos


  • Discutir a importância de se adotar para o ensino de História e Geografia materiais e recursos expressos em diferentes linguagens.
  • Refletir sobre a forma como os recursos didáticos não tradicionais devem ser trabalhados em sala de aula, de maneira que não fiquem restritos a uma função ilustrativa.
  • Conhecer e analisar materiais – expressos em diferentes linguagens e formas – que possam contribuir para as unidades temáticas desenvolvidas em História e Geografia na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Desafio

Você deverá consultar os tópicos que tratam de História e Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na BNCC de 2017:   Base Nacional Curricular Comum – Educação é a base(p.370-379, para Geografia e p. 406-415, para História).

Em seguida, escolha uma Unidade Temática presente em um dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Selecione um material que faça parte de uma das linguagens estudadas nesta unidade – vídeo, literatura, música ou internet – e desenvolva um projeto pedagógico que utilize este material para o desenvolvimento da Unidade escolhida. O projeto deverá ser desenvolvido conforme o modelo apresentado na Unidade 1 e, nele, você deverá apresentar os seguintes elementos:

  • Uma breve apresentação e análise do material escolhido, além das informações técnicas (autor ou diretor, data, site, etc).
  • Uma justificativa explicando a relação entre o material escolhido e a Unidade Temática a ser desenvolvida.
  • Uma consideração sobre as possiblidades que podem ser exploradas a partir do material.

Conteúdo

Vídeos: Os recursos audiovisuais no aprendizado história e geografia

Uma habilidade importante aos educadores é reconhecer as condições próprias do tempo presente. Ao pensaro campo das Ciências Humanas e Sociais essa habilidade, mais que importante, é imprescindível. Como desenvolver nos estudantes a consciência de sua identidade como sujeitos históricos e a capacidade de ler o meio em que vivem, se o próprio educador não consegue se familiarizar com as linguagens e visões de mundo que permeiam a contemporaneidade, sobretudo as novas gerações? Como conseguir despertar o interesse das crianças para o conhecimento trabalhado em sala de aula se o educador não se interessa – muitas vezes demonstra até certo desprezo – pelo conhecimento trazido por elas que é próprio do tempo, ou seja, um tempo marcado pela hiperconectividade, pelo excesso de estímulos visuais, pela simultaneidade de informações.

O discurso de “no meu tempo era muito melhor” ou “essas crianças de hoje não conseguem se comportar como as de antigamente” é contraproducente e irreal. Cada tempo histórico tem suas particularidades, suas virtudes e dilemas. As crianças vivem as possibilidades que o tempo atual lhes oferece. A infância dos dias de hoje não é melhor nem pior que a de tempos passados: é apenas diferente. Fundamental, agora, é conhecer as características que permeiam a infância atual e a visão de mundo das novas gerações. Só assim, o uso de recursos inovadores, em sala de aula, poderá fazer algum sentido para os estudantes.


Uma geração visual

Uma característica marcante desses novos tempos e que incide diretamente sobre as novas gerações diz respeito ao volume de estímulos visuais presente no dia a dia. Nas últimas décadas, os estímulos visuais mais intensos vinham da televisão, de suas imagens luminosas e coloridas que, diferentemente dos textos escritos, são absorvidas facilmente, sem necessidade de uma elaboração mais trabalhosa. Porém, esse estímulo estava circunscrito a um tempo e espaço: o aparelho de tevê é pesado e não foi feito para ser transportado de um lugar a outro. Assim, esse recurso não acompanha os indivíduos em sua mobilidade em direção ao trabalho, à escola, às compras no supermercado ou às atividades de lazer.

Por isso mesmo, o nível de exposição de crianças e adolescentes de gerações passadas a estímulos visuais intensos era consideravelmente menor que o das gerações atuais. Hoje em dia, qualquer criança, mas também, e principalmente, pessoas adultas, podem ter acessos a vídeos ou games de celular independentemente de onde estiver. É claro que, no processo de formação das crianças, o contato com esses estímulos deve ser limitado, com regras e horários bem estabelecidos, a fim de garantir uma vida saudável e um bom convívio em sociedade. Contudo, é fato que o acesso fácil e permanente a esses dispositivos provocam uma mudança na forma de se compreender o mundo e de interagir com ele.

Assim, na contemporaneidade, as imagens são carregadas de conteúdos e significados. Mais do que isso: elas têm um poder de comunicar e de transmitir mensagens que é muito maior do que tinham em tempos anteriores. Esse dado não pode ser desprezado quando ao pensaro uso de recursos audiovisuais no processo de ensino-aprendizagem.

Em tempos anteriores, a exibição de vídeos em sala de aula era garantia de interesse por parte dos estudantes, afinal, tratava-se de uma novidade e de algo que costumava se restringir aos momentos de lazer. Se isso tinha um lado bom, qual seja o de empolgar e despertar o interesse dos estudantes, também trazia complicações, já que abria margem para o desenvolvimento de um trabalho pouco cuidadoso, em que o vídeo bastava a si mesmo e cumpria uma função quase que exclusivamente ilustrativa ou de entretenimento. Era muito comum que o sentido pedagógico dos filmes exibidos, em sala de aula, ficasse em segundo plano.

Nos tempos atuais, o vídeo já não é mais novidade. Seja em festas, pontos de ônibus, praças ou parques, o acesso a um vídeo disponível na internet é extremamente fácil e pode ser feito pelo telefone celular dos pais, tios, vizinhos, irmãos mais velhos ou, em alguns casos, até das próprias crianças. Por esse motivo, não há como esperar que a exibição de um filme em sala de aula provoque nos estudantes o encantamento de tempos atrás. Se num primeiro momento, esse aspecto da realidade atual pode parecer um entrave às tentativas de “prender” a atenção das crianças, um olhar mais cuidadoso nos mostra possibilidades de trabalho que podem ser muito interessantes e que em tempos anteriores tendiam a ser desconsideradas.

A verdade é que se o uso de um recurso audiovisual por si só não basta para envolver os alunos, a necessidade – que sempre existiu – de se fazer um planejamento cuidadoso ao se utilizar um filme em sala de aula, mostra-se agora com muito mais evidência.


Como fazer?

O que você deve observar em relação à escolha de um recurso audiovisual?

O primeiro aspecto a ser destacado quando se pretende trabalhar com um vídeo em sala de aula diz respeito à escolha do material. Naturalmente, é indispensável que você assista ao vídeo do início ao fim, se possível mais de uma vez e detendo-se nas cenas mais relevantes, antes de exibi-lo aos alunos. Além disso, é preciso que se direcione um olhar crítico sobre o material, dirigindo sobre ele as seguintes questões:

a) A temática do vídeo se relaciona com o conteúdo que será desenvolvido em sala de aula?

Quais os diálogos podem ser estabelecidos entre o filme e o conhecimento trabalhado em sala? O vídeo tem potencial para despertar reflexões? Facilita a compreensão de termos e situações que foram estudados?

O vídeo escolhido para exibição precisa estar bem integrado ao tema que será desenvolvido em sala de aula e deve contribuir para o cumprimento dos objetivos estabelecidos para aquela unidade de ensino. Além disso, é desejável que ele possa suscitar questões que vão além daquelas que foram esgotadas em sala de aula.

b) A linguagem está de acordo com a faixa etária dos alunos?

Uma linguagem simples demais pode levar ao desinteresse ou à banalização do conteúdo estudado. Uma linguagem com um nível de complexidade inalcançável para os estudantes é igualmente desestimulante e torna a exibição do filme inócua.

c) A abordagem é adequada?

Além de verificar a classificação indicativa do filme, deve se ter o cuidado de identificar se o conteúdo não pode trazer algo impróprio para os alunos. Em relação à impropriedade, não se refere apenas a conteúdos violentos ou eventualmente obscenos. É importante pensar o teor do vídeo em relação ao perfil da turma e à história de vida de cada estudante. Alguns filmes, embora bem produzidos e com mensagens importantes, podem disparar gatilhos capazes de provocar sofrimento em algumas crianças. Exemplo disso é o filme “Supersizeme – a dieta do palhaço” (você poderá ver mais detalhes na seção “Saiba mais”), embora trate de um tema muito importante que se refere aos perigos de uma alimentação não-saudável, a abordagem pode causar desconforto em crianças obesas e, numa situação extrema, até mesmo desencadear ou agravar práticas de bullying.

Você também deve se certificar de que não há nenhuma ideia equivocada ou preconceituosa no material a ser exibido. Esse aspecto é particularmente importante se pensar em produções audiovisuais mais antigas, quando discussões voltadas para o respeito à diversidade ainda eram muito incipientes e, em alguns casos, ignoradas.


Sugestões de vídeos para o ensino de história e geografia


Bino & Fino – A Sopa Secreta da Vovó

 “A sopa secreta da vovó” é um episódio da série do desenho nigeriano Bino & Fino, criada por Adamu Waziri e produzida pela EVCL Studios, que retrata o cotidiano e as peripécias de dois irmãos gêmeos (o menino Bino e a menina Fino) que vivem na África subsaariana e são acompanhados pela borboleta Zeena, personagem que lhes explica sobre as coisas novas que conhecem em suas aventuras. Os desenhos, que já vêm sendo adotados nos currículos de escolas dos Estados Unidos, mostram as diversas culturas do continente africano para além dos estereótipos.

No episódio “A sopa secreta da vovó”, os irmãos brincam no quintal da casa da avó, enquanto ela prepara o almoço: uma sopa que, segundo ela contou, contém um ingrediente secreto. Bino e Fino não veem a hora da comida ficar pronta, o cheiro que vem da cozinha é muito bom e eles estão curiosos para saber qual é esse segredo. Na hora do almoço, as crianças comem e se deliciam com a sopa, especialmente com “os pedaços de carne” que a avó havia colocado no caldo. Quando o almoço termina, ela conta que, na verdade, os pedaços de carne eram caramujos. As crianças ficam espantados, Bino diz que “ninguém come caramujos” e se arrepende de ter comido a sopa, com aqueles bichos “viscosos e nojentos”. Zeena, a borboleta que os acompanha, explica-lhes o quanto os caramujos são fantásticos e nutritivos, apesar de viscosos, assim como lesmas, rãs e polvos. No final, Fino, a menina, conclui que talvez os caramujos não sejam tão maus.

Com simplicidade e de forma lúdica, o vídeo é um material riquíssimo para você discutir o respeito à diversidade de hábitos e culturas, além de trabalhar a representatividade negra com as crianças.

Numa narrativa bem didática, que insere no enredo algumas lições voltadas para bons hábitos – tais como não correr dentro de casa e lavar as mãos antes das refeições –, o episódio dura pouco mais de oito minutos e é ideal para ser trabalhado na Educação Infantil, especialmente com crianças entre 4 e 5 anos.

Você também poderá ler assistir o episódio: “ A sopa da secreta da vovó”. Encontra-se disponível no Youtube.


Saiba Mais!

Para você conhecer mais sobre a série Bino e & Fino acesse:  Bino e Fino ensinado a história da África para crianças.


Turma da Mônica – Laços

O filme, dirigido por Daniel Rezende, é uma versão live-action extremamente bem produzida dos famosos personagens de quadrinhos criados por Maurício de Souza. Na história, Floquinho, o cachorro do Cebolinha, desaparece e as famosas crianças do bairro do Limoeiro – Mônica, Magali, Cascão e Cebolinha – partem em sua busca.

São vários os elementos presentes no filme que podem ser explorados em sala de aula. Em primeiro lugar, pode-se pensar a própria representação espacial do bairro do Limoeiro que remete a um espaço urbano acolhedor e agradável onde se tecem relações sociais harmônicas, baseadas no diálogo e na negociação. A ruptura com esse espaço, presente no momento em que as crianças se perdem na mata a procura de Floquinho, também suscita reflexões que podem ser trazidas para o espaço escolar, tais como a importância do senso de coletividade e solidariedade para o enfrentamento de situações adversas. Finalmente, há que se considerar que este filme, em função de sua atualidade, da forma primorosa com que foi produzido e do fato de retratar personagens que fazem parte do imaginário das gerações mais recentes, tem um grande potencial para encantar as crianças e envolvê-las nas atividades propostas.

Dados do filme: Turma da Mônica: laços

Direção: Daniel Rezende

Duração: 1h37m

Ano: 2019

A literatura: Compreendendo a Sociedade pelos Livros Infantis


Literatura – A Arte de Contar Histórias

Os seres humanos, desde os primórdios são contadores de histórias. Por meio delas, elaboram o mundo visível e imaginam possibilidades de criação e transformação da realidade. Com as histórias que criam, ouvem e recontam, nomeiam as emoções e ressignificamas dores. E, ao contrário do que se costuma supor, as histórias de ficção não se opõem ao conhecimento sobre a realidade. Na verdade, a ficção constitui uma forma de elaborar e apreender o real, recriando-o com elementos que ele próprio oferece. Sendo assim, as histórias inventadas sempre dizem muito sobre a forma como um povo organiza e compreende o mundo que o rodeia.

O contato com a literatura é essencial para o desenvolvimento emocional e cognitivo de uma criança. Mas o que um livro infantil pode proporcionar às crianças vai mais além: por meio deles, aprende-se a ler o mundo ao redor. As boas obras literárias infantis conseguem, de forma simples, mas não simplória, desvelar aspectos muito complexos da realidade social, aspectos que envolvem negociação e conflitos, integração e exclusão, diversidade cultural e desigualdade social. Além disso, é por meio de obras literárias infantis que muitas crianças têm acesso, pela primeira vez ao conhecimento sobre diferentes lugares, povos e tempos históricos.

Sendo assim, o trabalho com Literatura e Ciências Sociais numa perspectiva interdisciplinar possibilita às crianças o acesso às informações sobre a realidade social em que ela vive e, também, sobre a de outros povos; estimula o convívio social; desenvolve sentimentos de empatia e alteridade.

Contudo, assim como em relação ao vídeo, o uso da literatura no processo de ensino-aprendizagem das Ciências Sociais – que neste caso específico diz respeito às disciplinas de História e Geografia – requer planejamento e cuidado.

Em primeiro lugar, é importante considerar a perspectiva da interdisciplinaridade. Isso não significa apenas recorrer aos professores da área de Linguagens para que sirvam como “suporte” em um projeto que a área de Ciências Humanas e Sociais pretenda desenvolver. A colaboração deve ser mútua e horizontal. Professores de História e Geografia precisam agir em conjunto com professores da área de Linguagens, no sentido de estimular a leitura e contribuir para o desenvolvimento da comunicação verbal e escrita. Da mesma forma, as diferentes disciplinas da área de Linguagens devem desenvolver um trabalho que, como a própria BNCC estabelece, leve as crianças a:

Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais (BRASIL, 2017, p. 65).

Fica claro, portanto, que as duas áreas estão intimamente ligadas, afinal é por meio da linguagem que o ser humano cria símbolos e abstrações, conseguindo, com isso, distanciar-se da condição puramente animal e tornar-se ser social e cultural.

Em segundo lugar, ao se planejar um projeto voltado para o uso de uma obra literária infantil nas aulas de História e Geografia, deve-se levar em consideração o perfil da turma. São estudantes que, de um modo geral, já têm o hábito de leitura? A turma tende a se distrair e se dispersar com facilidade? Esses e outros aspectos devem ser levados em conta ao se pensar na forma como a leitura será conduzida e na escolha da obra literária mais adequada, que mais se encaixe no perfil deles. É importante lembrar que as ilustrações muitas vezes contribuem para o estímulo à leitura, encantam e despertam interesse e são elas próprias comunicadoras da história contada.

Sugestões de Obras Literárias no Ensino de História e Geografia


Davi ataca outra vez

Este livro de Ruth Rocha conta a história das crianças que moravam na Rua do Sol, onde havia um colégio de freiras que tinha um grande parque. Todos os dias, as freiras abriam as portas do colégio e deixavam as crianças brincarem no parque.

Um dia, o terreno do Colégio foi vendido para o seu Golias que pretendia abrir no lugar um grande supermercado. Inconformadas, as crianças tentam fazer de tudo para que isso fosse evitado. Entre travessuras e confusões, broncas dos pais e notícias na televisão, as crianças da Rua do Sol aprendem a importância da união e o poder que tem a organização coletiva. Numa narrativa leve e dinâmica, com alguns toques de humor, “Davi ataca outra vez”, desperta as crianças para questões como participação, direitos e vida em sociedade. Pode ser um ótimo material para ser utilizado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, preferencialmente a partir do 3° ano.

Dados do livro:

  • ROCHA, Ruth. Davi ataca outra vez. Rio de Janeiro: Ed. Salamandra, 2009. (1°edição 1982) Ilustrações: Al Stefano.

Gabriela, a Princesa do Daomé

Este livro conta a história de um encontro. A narradora, ao pegar o ônibus, senta-se ao lado de uma criança de “olhos redondos, pretos, longos cílios” e um cabelo com muitas trancinhas “muitas mesmo”. É a Gabriela, que está indo ao teatro com a mãe e o irmão mais novo.

Com uma fala resoluta e encantadora, Gabriela gosta de contar histórias. Seu pai é um fotógrafo alemão e a menina aprendeu com ele, que, para fotografar bem é preciso “aprender a enxergar as cores e as coisas”. Ela explica a narradora que todas as cores são diferentes, não existe, por exemplo, um verde igual a outro, sempre vai haver uma pequena variação. Mas a história mais surpreendente que Gabriela conta é sobre o seu passado ancestral: “eu sou a princesa do Daomé!” A conversa segue inteligente e lúdica e a menina revela-se eloquente e orgulhosa de sua identidade.

Com uma narrativa leve, carregada de beleza e muito próxima do universo das crianças, este livro mostra-se extremamente rico para se trabalhar a valorização da negritude.

Dados do livro:

  • RODRIGUES, Marta. Gabriela, a princesa do Daomé. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013. Ilustrações: David Smyth.

Aprendendo história e geografia por meio de canções

O trabalho com a Música é parte da constitutiva da Educação Básica e está presente como uma das linguagens a serem desenvolvidas no componente curricular “Arte”. Assim, o desenvolvimento da sensibilização musical, bem como o aguçamento da percepção dos materiais sonoros são habilidades importantes no processo ensino-aprendizagem. Tais habilidades são trabalhadas conforme princípios norteadores da BNCC que, dentre outros aspectos, valoriza a construção do sujeito consciente e autônomo, apto a conhecer e respeitar a sua própria identidade cultural e a de culturas diversas. Nesse sentido, o processo de ampliação dos conhecimentos musicais deve possibilitar às crianças “vivenciar a música inter-relacionada à diversidade e desenvolver saberes musicais fundamentais para sua inserção e participação crítica ativa na sociedade” (BRASIL, 2017, p. 196).

A relação entre o campo da Arte, no qual se insere a Música, e o campo das Ciências Humanas e Sociais é estreita e se materializa nas obras musicais, sobretudo nas canções, que em geral vêm carregadas de sentidos políticos, visões de mundo, expressões de resistência e esperança, mas também, algumas vezes, reproduzem de preconceitos e uma cultura de dominação.

Portanto, é importante e enriquecedor que um projeto que envolva o uso de canções nas aulas de Geografia e História adote uma perspectiva interdisciplinar com o campo da Arte, de maneira a integrar a percepção rítmica à compreensão da letra.

Assim como os vídeos e a literatura, é preciso haver um cuidado muito especial na escolha das canções que serão trabalhadas em sala de aula. Muitas delas, embora façam parte da memória afetiva e pertençam ao cancioneiro popular, devem ser contextualizadas já que reproduzem valores, estereótipos e preconceitos que não cabem nos dias de hoje, considerando que a intenção é avançar na construção de uma sociedade democrática e que valorize o convívio respeitoso entre os mais diferentes grupos sociais. Isso não significa que essas canções devam ser abandonadas. Porém, é preciso que haja uma contextualização adequada se for feita a opção de se trabalhar com cantigas como “Atirei o pau no gato” – numa época em que maltratar os animais não é algo tolerado – ou então “Boi da cara preta” – considerando que em sua origem há um viés racista em sua letra.

Sugestões de Canções para Aprender História e Geografia


Pindorama

Letra: Luiz Tatit e Sandra Peres
Intérprete: Palavra Cantada
CD Palavra Cantada
Canções curiosas

Pindorama, do grupo Palavra Cantada, é uma forma de contar a história da chegada dos portugueses ao Brasil. Uma forma musical, lúdica e que busca considerar o olhar dos indígenas, que já estavam aqui antes da chegada dos homens vindos de Portugal.

Na segunda unidade, você refletiu de que maneira é possível romper com uma perspectiva histórica tradicional, tão enraizada na cultura, num trabalho com crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Esta música de Sandra Peres e Paulo Tatit é um ótimo ponto de partida para se desconstruir uma visão tradicional acerca da História do nosso país, que privilegia o olhar do colonizador relegando os nativos da terra, que já habitavam aqui muito antes de 1500, a uma condição de esquecimento e invisibilidade.

As possibilidades de projetos de trabalho com esta música são múltiplas, tanto na Educação Infantil, quanto nas primeiras séries dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As atividades podem envolver dramatização do diálogo, roda de conversa sobre o conteúdo da letra da música, comparação com a abordagem feita por outros materiais didáticos sobre este evento da História do Brasil. Além disso, por meio da letra desta canção, podem ser desenvolvidas percepções espaciais e temporais. Algumas perguntas podem ser apresentadas para trabalhar essa percepção: Qual a distância entre Pindorama e Portugal? Qual a percepção que cada um dos dois povos tem sobre o mesmo lugar? Quando isso ocorreu? Como viviam os europeus nesse período e como vivem hoje? Como viviam os povos indígenas antes da chegada dos portugueses e como vivem hoje?

Para saber mais!

  •  Música e História: Os significados da chegada dos portugueses para os povos indígenas
  •  Aprendizagem multimodal aplicada na música infantil: um olhar sobre o grupo Palavra Cantada.

Canto do povo de um lugar - Caetano Veloso. LP Joia

A canção acima tem uma letra que prima pela simplicidade, além de ser de fácil memorização. O que ela comunica, contudo, é muito carregado de humanidade e pode suscitar reflexões importantes em sala de aula sobre formas como diferentes povos se relacionam com a passagem do tempo e com o espaço onde vivem. Algumas perguntas podem ser direcionadas às crianças:

Quem é o povo de que fala a canção? Como você imagina que eles vivem? Qual relação eles possuem com a terra onde vivem? Como você imagina que é o dia a dia desse povo?

As respostas a essas perguntas serão apenas suposições. No entanto, podem despertar a percepção de que é possível viver estabelecendo com o meio ambiente uma relação de harmonia e integração.

A internet no ensino das ciências humanas e sociais

Como já foi citado, a infoera é uma época que se caracteriza pela hiperconectividade, pela simultaneidade de informações e pelo excesso de estímulos, sobretudo visuais. Nesse contexto, a escola deve, de um lado, estar inserida nessa realidade, sendo capaz de se apropriar dos novos recursos e das novas linguagens. De outro lado, porém, é função da escola assumir uma postura crítica diante dos efeitos nocivos que o uso indiscriminado e irreflexivo da internet pode causar. Com essa postura, adotada no cotidiano escolar, estudantes aprendem, eles próprios, a lidar com os recursos tecnológicos disponíveis de forma equilibrada e racional. Para você isso é possível? De que maneira a escola pode adaptar-se à nova realidade sem se tornar escrava dela? O ponto de partida para se responder essa pergunta está em uma prática pedagógica ancorada na formação contínua, no planejamento e na reflexão. Para discutir a relação entre internet e escola, é imprescindível, em primeiro lugar, analisar os impactos nocivos desse excesso de conexão que caracteriza o cotidiano contemporâneo. Em seguida, estudar as possibilidades que esse recurso oferece para o processo de ensino-aprendizagem, especialmente no campo das Ciências Sociais.


Os impactos da hiperconexão na saúde física e mental

Nos dias de hoje, o acesso a smartphones é extremamente difundido. Conforme pesquisa do IBGE divulgada em 2018, 69,3% dos domicílios tinha acesso à internet e, destes, 97,2% faziam tal acesso por meio dos aparelhos celulares (IBGE, 2018). Sendo assim, uma parte considerável das crianças convive com adultos (e também adolescentes e pré-adolescentes, considerando que a pesquisa foi feita com pessoas acima de 10 anos de idade) que têm acesso à internet em tempo praticamente integral. Quais os impactos dessa hiperconectividade? Você já ouviu falar no termo nomofobia? Um fenômeno cada vez mais frequente, sobretudo entre os jovens.

Segundo pesquisa realizada pela Opinion Box (2017):

25,3% dos entrevistados acreditam que os smartphones, em geral, atrapalham a qualidade do sono, e 31,8% se esforçam para passar menos tempo conectado à internet. Mais do que isso, 26,3% acreditam que utilizam os dispositivos móveis de forma abusiva e 21,9%. Mais do que isso, mais de um quinto dos respondentes acham que a forma como eles utilizam os dispositivos digitais compromete a qualidade de vida, os relacionamentos pessoais ou a sua saúde. Os dois indicadores aumentam consideravelmente entre os entrevistados da geração Z. (Pesquisa realizada com 2050 internautas que possuem smartphone).

Os dados demonstram que alguns usuários de smartphones sentem e reconhecem os malefícios que o uso excessivo causa à saúde física, emocional e social. Mas há também aqueles que já podem estar sendo prejudicados, embora ainda não reconheçam. Outro aspecto que chama a atenção é que os indicadores “aumentam, consideravelmente, entre os entrevistados da geração Z”, ou seja, entre aqueles que têm entre 16 e 24 anos. Dessa maneira, há que se ter um cuidado, no sentido de garantir às crianças uma educação para o uso da internet, de maneira que possam interagir com o mundo virtual e usufruir de seus benefícios culturais e científicos de forma consciente, autônoma e racional. Como afirma Fernandes:

Ao professor do século XXI cabe o papel inconteste de lidar com a tecnologia dentro da sala de aula. Tal tarefa, implica dois problemas: 1) saber articular a cultura da era cibernética, na qual boa parte dos alunos está imersa desde a primeira infância, com o conhecimento especializado que o professor obteve em sua formação acadêmica; 2) saber os limites e as possibilidades do uso de artefatos tecnológicos dentro da sala de aula (FERNANDES, 2019).

As possibilidades da internet no ensino das ciências sociais 

Tomados os devidos cuidados com os impactos da hiperconectividade, bem como com a seleção dos sites e condução das aulas em que este recurso será utilizado, a internet consiste em uma plataforma extremamente rica para as práticas pedagógicas, com possibilidades múltiplas e diversas. No caso das Ciências Humanas e Sociais – em que a uma valorização e respeito à diversidade dos povos – essas possibilidades estão no acesso a vídeos e textos produzidos a partir dos mais diferentes lugares sociais, geográficos e culturais; na possibilidade de interação com crianças de outras realidades – por meio de recursos como Skype e Hangouts Meet, desde que, obviamente, com supervisão, orientação e planejamento dos professores; e, finalmente, na possibilidade de criação e compartilhamento das obras produzidas pelos estudantes. Vale lembrar que, na primeira unidade, a abordagem foi com um material – o audiolivro “O ônibus de Rosa” – que foi produzido por estudantes de uma escola municipal da cidade de São Paulo e disponibilizado em um canal no Youtube.

Sugestões da Internet em Sala de Aula

Escola games

Disponível em: < //www.escolagames.com.br>.
Acesso em: 25 ago. 2019

De acordo com a própria apresentação da página, Escola Games:

é um site gratuito de jogos educativos para crianças a partir de 5 anos e todos os jogos são desenvolvidos com acompanhamento pedagógico para que elas aprendam brincando.

Na versão atual do site há mais de 90 atividades cujos temas se relacionam à língua portuguesa, à matemática, à geografia, à história, às ciências, ao inglês e ao meio ambiente.

Em relação ao conteúdo de Geografia e História, o site apresenta jogos que desenvolvem habilidades temporais e espaciais, além de trazer elementos relacionados com a cultura popular. Há, por exemplo, um jogo em que a criança é convidada a montar uma  árvore genealógica e outro voltado para montar um  quebra-cabeça de mapas.

Dados do site: Escola Games ( www.escolagames.com.br)

Manual do Mundo


Disponível em: < www.manualdomundo.com.br>
Acesso em: 25 ago. 2019.

Manual do Mundo consiste em um site – e também em um canal de vídeos do Youtube – que possui algumas produções com conteúdo educacional. Foi criado pela terapeuta ocupacional Mariana Fulfaro e pelo jornalista Iberê Tenório, que são também os apresentadores dos vídeos disponibilizados no canal.

Para o trabalho com as disciplinas de História e Geografia, sobretudo nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, merece destaque especial a seção “Bora ver”. Nos vídeos dessa série, Iberê e Mariana visitam fábricas, laboratórios e outros estabelecimentos que não costumam ser acessados pelo público – mas que têm uma relação direta com aspráticas cotidianas – com o objetivo de mostrar o funcionamento de algumas instituições, como o Corpo de Bombeiros, ou a forma como são fabricados objetos do dia a dia, tais como colchões, cadernos e bolinhas de gude. Um trabalho bem conduzido com vídeos dessa série contribui para que a criança tenha dimensão das relações sociais e de trabalho que envolve a produção dos objetos que usamos no cotidiano.

Dados do canal: Manual do Mundo ( //www.youtube.com/manualdomundo)

Nesta terceira unidade, discutiu-se o uso das linguagens alternativas para o ensino de História e Geografia na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Foram considerados alguns aspectos referentes às gerações atuais e analisaram-se as possibilidades e limitações que tais aspectos apresentam.

Em seguida, foi feita uma abordagem acerca de quatro recursos didáticos. Segue, uma síntese dos aspectos que foram considerados em cada um dos recursos:

  • Nos audiovisuais, você estudou sobre a importância de um planejamento do material, bem como da adequação do vídeo exibido ao perfil da turma. Foram apresentadas, para você, algumas questões que devem ser respondidas quando é proposta a escolha de se exibir um filme em sala de aula.
  • Ao considerar trabalhar com literatura infantil, você deve ficar atento a algumas ações interdisciplinares que valorizem a leitura como meio para o amadurecimento emocional e, também para o conhecimento e a valorização de diferentes povos e culturas.
  • Em relação às atividades com canções, nas aulas de História e Geografia, é importante que você fique atento a sensibilidade musical das crianças e o cuidado com as letras das canções escolhidas.
  • O outro ponto que você estudou, nesta unidade, foi o papel da internet no processo de ensino-aprendizagem nos dias de hoje, discutindo formas pelas quais a escola deve ser tornar capaz de incorporar a realidade da infoera de forma consciente e crítica.

Dica do Professor

Ensino de Geografia e cinema: perspectivas teóricas, metodológicas e temáticas.

Neste artigo, a autora faz um percurso histórico em que analisa a relação que os geógrafos estabeleceram com as obras cinematográficas, destacando que a partir do início do século XXI teria havido um aumento de estudos destinados a estudar a relação que a Geografia pode estabelecer com Cinema. O artigo pretende pensar essa relação a partir de um viés pedagógico.

 Clique aqui para fazer o download e ler o artigo completo.

Saiba Mais

Super Size Me – A Dieta do Palhaço

O vídeo “Super size me – a dieta do palhaço” consiste em um documentário que leva a uma reflexão sobre o impacto das comidas fast-food na saúde das pessoas. A abordagem feita permite que temas como alimentação e bem-estar físico sejam considerados numa perspectiva sociológica.

O documentário registra uma experiência que o diretor Morgan Spurlock realizou com o próprio corpo, quando decidiu passar trinta dias se alimentando, exclusivamente, com os produtos de uma rede fast-food. Ao longo desse período, seu estado de saúde foi monitorado, e os exames em trinta dias demonstraram alterações assustadoras, sem falar no ganho de peso.

Trata-se de um documentário interessante para estimular a reflexão acerca do consumo, da publicidade e de práticas de saúde e pode ser trabalhado com crianças a partir de 9 anos de idade. Contudo, como foi alertado ao longo desta unidade, é preciso avaliar se o perfil da turma responderá bem a exibição do vídeo, pois há registros de pessoas acima do peso que se sentiram desconfortáveis com a abordagem do documentário.

Super Size Me – A Dieta do Palhaço
Direção: Morgan Spurlock
Duração: 1h40
Ano: 2004

Referências

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  • OPINION BOX. Hiperconectividade: Como as Gerações se Comportam em um Mundo cada vez mais Conectado. Disponível em: < //digitalks.com.br/noticias/hiperconectividade-como-e-relacao-do-usuario-com-os-meios-digitais/>. Acesso em: 25 ago. 2019.
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  • TEIXEIRA, Inês de C. A.; LOPES, José de S. M. A Diversidade Cultural Vai ao Cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
  • TERÇARIOL, Adriana A. de L. et al. Da Internet para a Sala de Aula – Educação, Tecnologia e Comunicação no Brasil. São Paulo: Paco Editorial, 2016.
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Quais são as linguagens da Geografia?

As diferentes linguagens utilizadas foram: textos auxiliares, imagens, propagandas, filmes, músicas e poesias. Os resultados alcançados se mostraram eficazes indicando que com a utilização de vários recursos na sala de aula é possível ter um melhor aproveitamento no processo ensino-aprendizagem das temáticas abordadas.

Quais as outras áreas do conhecimento que trabalha em conjunto com os estudos da Geografia?

Para tais estudos, trabalha em conjunto com outras áreas do conhecimento, como química, geologia, matemática, história, física, astronomia, antropologia, biologia e ecologia.

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