Video vazado da natália do bbb

Natália Deodato no baile da Vogue no Copacabana Palace no Rio de Janeiro (Webert Belecio / AgNews)

A ex-BBB Natália Deodato voltou a falar sobre o vídeo íntimo compartilhado sem sua permissão enquanto estava confinada no reality. Na época, o perfil da modelo reafirmou que vazar conteúdo privado é crime, e que compartilhar e mostrar para outras pessoas também configura ato criminoso pela lei brasileira.

Natália explicou que teve crises de pânico ao saber do conteúdo vazado, e que finalmente o culpado foi identificado. Me senti muito envergonhada, tive crise de choro e de pânico, sofro muito assédio por conta do crime cometido pelo sem noção que, inclusive, já foi identificado! Precisei de muita ajuda psicológica para não perder o meu chão! Hoje eu realmente estou melhor, mas até pouco tempo atrás ainda estava bem mal. Tive medo da mídia utilizar minha dor, então não quis expor verdadeiramente o que senti até que realmente estivesse melhor".

A modelo afirmou que tentou brincar com a situação inicialmente, mas que crimes não podem ser levados como piada. "Tentei tirar sarro da situação, tentei mostrar que aquilo não me machucava, mas doeu muito. Sou um ser humano com sentimentos, e muitas pessoas se esquecem disso. Crimes assim não podem passar impunes e despercebidos".

Racismo

Repleta de oportunidades após a participação no "Big Brother Brasil 22", Natália revelou que, antes da fama, tentou ser modelo, mas todas as agências disseram que ela não tinha o perfil para marcas famosas por conta do vitiligo.

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Em entrevista à "Glamour", a ex-BBB relembrou o surgimento da doença aos nove anos e como o vitiligo a afetou: "Aos dez anos, entrei em depressão. Emagreci demais, meu cabelo caiu e fiquei um pouco anêmica. Não comia direito e cheguei a pesar 45kg. E quanto mais ansiosa ficava, mais manchas apareciam", contou. Ela ainda disse que, aos doze anos, tentou tirar a própria vida, mas superou a fase difícil com acompanhamento psicológico.

No entanto, quando começou a procurar emprego como modelo, passou a sofrer também com o preconceito: "Trabalho com esté desde os nove anos (...), mas conforme fui ingressando na arte, pegando jobs ['trabalhos', em português] como recreadora infantil e em feiras e eventos, o meu interesse pela moda foi aumentando. Queria trabalhar como modelo, mas tinha medo por conta das manchas", revelou.

"Meu namorado incentivou e decidi bater na porta das agências. Mas todas me diziam que eu não tinha perfil de modelo, que as marcas famosas nunca iriam me contratar. Tive que ouvir que se quisesse uma oportunidade, poderia trabalhar na limpeza da empresa", acrescentou Natália. No entanto, ela não desistiu e disse ter se inspirado em Winnie Harlow, modelo internacional que também tem vitiligo.

Natália Deodato, participante do BBB 22, usou as redes sociais para desabafar nesta quarta (6). Pela primeira vez, a designer de unhas comentou sobre o vazamento de um vídeo íntimo quando ainda estava confinada no reality show. No início, Natália tentou disfarçar o incômodo e o constrangimento com a exposição das filmagens: "Me senti envergonhada".

Em uma sessão de perguntas e respostas com seus seguidores nos Stories do Instagram, Natália foi questionada sobre como se sentiu ao descobrir o vazamento. "A reação que tenho ao ver qualquer crime! Para quem não sabe, isso é crime, está na Lei 13.718, artigo 218", escreveu.

"Quem compartilha, mostra, posta, está cometendo delito grave! Denuncie! Poderia ser você, sua irmã ou sua filha", continuou. A ex-BBB reforçou que o seu caso é semelhante ao de outras mulheres e, portanto, é necessário que esse crime seja combatido. "Quanto mais audiência vocês dão, mais mulheres sofrem".

Natália ainda detalhou como foram os dias seguintes a sua eliminação no reality show, quando ficou ciente de que seu vídeo havia sido publicado na web.

"Me senti muito envergonhada, tive crise de choro e de pânico, sofro muito assédio por conta do crime cometido pelo sem noção que, inclusive, já foi identificado", contou.

"Precisei de muita ajuda psicológica para não perder o meu chão. Hoje eu realmente estou melhor, mas até pouco tempo atrás ainda estava bem mal", disse. Natália explicou que, para que sua vulnerabilidade não se tornasse alvo de ataques na mídia, tentou disfarçar o descontentamento que sentiu ao ter sua privacidade violada.

"Tentei tirar sarro da situação, tentei mostrar que aquilo não me machucava, mas doeu muito. Sou um ser humano, com sentimentos, e muitas pessoas se esquecem disso", complementou. "Todas as medidas judiciais já foram tomadas e correm em segredo de Justiça".

Nos últimos anos, a lei brasileira tem se empenhado para que crimes virtuais relacionados a ataques contra a dignidade sexual sejam devidamente aplicados. A condenação para tal delito prevê penas de um a cinco anos de reclusão.

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