A eternidade é zero tudo ao mesmo tempo agora

“A ci�ncia s� existe porque no Universo tudo se repete. Se as experi�ncias cient�ficas n�o fossem repetitivas, n�o haveria ci�ncia.”

Pela maneira como percebemos que funciona a F�sica, tudo indica que o Universo � infinito em extens�o pelo espa�o, e eterno pelo tempo. Sendo eterno no tempo, o Universo nunca teve um come�o.

O conceito de tempo s� tem validade local, n�o existe para o Universo como um todo.

N�o existe um tempo universal, padr�o. Pela maneira como a F�sica funciona, sabemos que n�o existe o tempo do Universo.

O tempo nada mais � do que uma rela��o, uma compara��o, uma medida padr�o convencionada de movimento, feita pelos observadores.

Onde n�o h� nenhum tipo de movimento observ�vel, o tempo n�o existe.

Todo movimento observ�vel no Universo �, fisicamente, sempre completamente equivalente a uma perfeita situa��o de repouso. Isto prov�m da natureza do espa�o vazio, e � o que permite aos movimentos existirem.

Todos os movimentos no Universo s�o sempre apenas relativos, e dependem dos observadores para existir. N�o existe nenhum movimento absoluto ou que tenha um fundamento real no Universo (em virtude da natureza da mat�ria e do espa�o vazio ser a mesma, mas destes apenas serem aparentemente diferentes). Por isso, � sempre v�lido considerar que todo movimento � tamb�m uma perfeita situa��o de repouso. Isto prov�m do fato do espa�o, do vazio, ser um meio cont�nuo, ou de igual e insepar�vel natureza em todo lugar.

A identidade sempre v�lida entre repouso e movimento, a explica��o da Segunda Lei de Newton que diz que uma for�a acelera uma massa de exato modo inversamente proporcional, entre outros, demonstram-nos que a mat�ria nada mais � em sua mais vital ess�ncia do que apenas um tipo de movimento.

A Segunda Lei de Kepler, que diz que �reas iguais pelo espa�o s�o percorridas em intervalos de tempo iguais; revela que o conjunto mat�ria-energia e o espa�o vazio n�o possuem naturezas diferentes ou separadas, mas que possuem uma mesma e �nica natureza, que os faz exatamente proporcionais, formando um todo f�sico �nico: exatamente ou inversamente proporcional de modo local, e indistingu�vel ou insepar�vel de modo geral ou universal.

O completo vazio, que � o fundamento mais primordial do Universo, � chamado de “espa�o” por um observador quando este se utiliza de algum tipo de movimento, quando movimenta uma r�gua ou uma trena, que sendo massa, tamb�m s�o movimentos, para medi-lo ou de modo autom�tico, para simplesmente visualiz�-lo.

Uma expans�o do espa�o, um espa�o inflacion�rio como sugerido por alguns, enquanto fato f�sico n�o-relativo ou absoluto � uma id�ia incoerente, pois a m�trica do espa�o � completamente dependente do observador, totalmente relacional ou relativa.

N�o � fisicamente poss�vel delimitar um espa�o vazio e medir que seus “limites” espontaneamente expandem-se. N�o tem nenhum sentido l�gico querer dizer que o vazio completo est� aumentando de tamanho, pois o vazio completo j� � infinito em extens�o. J� � completo.

A teoria sobre a origem do Universo afirma que o espa�o antes n�o existia e agora est� aumentando de tamanho, e que a mat�ria mant�m-se preservada em sua geometria, sem aumentar de tamanho. Felizmente, para o nosso bom entendimento a respeito do Universo, n�o � o que ocorre de fato.

Se a mat�ria e o espa�o tivessem diferentes naturezas, dificilmente poder�amos entender como funciona o Universo e a F�sica. Conseguir�amos, no m�ximo, mais ou menos descrev�-los, sem nunca conseguir entend�-los de fato.

Se a mat�ria e o espa�o tivessem diferentes naturezas, n�o haveria nenhuma raz�o para observarmos a constante e exata proporcionalidade sempre encontrada entre os diferentes conceitos da F�sica.

A mesma teoria sobre a origem do Universo n�o consegue nos explicar nenhuma raz�o l�gica racional para que esse suposto aumento do espa�o ocorra. A id�ia da aus�ncia do espa�o � igualmente estranha.

Como poderia o vazio completo, fazer-se ausente? Se n�o houvesse o espa�o, o vazio, ter�amos que ter algo que impedisse a ocupa��o desse espa�o, mas, tudo que ocupa o lugar do espa�o, como a mat�ria por exemplo, tem mesma natureza que o pr�prio espa�o. Como seria uma “regi�o” al�m da “fronteira” do espa�o, onde n�o haveria o espa�o?

Qualquer regi�o que oferecesse resist�ncia, que n�o possibilitasse a sua ocupa��o pela falta do espa�o vazio, seria como a mat�ria, mas a mat�ria tamb�m � como o espa�o vazio em seu fundamento, como sempre demonstra a exata proporcionalidade das equa��es f�sicas que os relacionam, pois tem exatamente a sua mesma natureza, n�o podendo dele ser separada de fato.

Fica imposs�vel encontrar uma alternativa que possa dar alguma sustenta��o � hip�tese da origem do Universo.

� uma m�xima da F�sica que “dois corpos n�o podem ocupar o mesmo lugar no espa�o ao mesmo tempo.”

De fato, a mat�ria n�o ocupa nunca lugar no espa�o. A mat�ria sempre ocupa lugar do espa�o. Ambos, mat�ria e espa�o, t�m mesma natureza, n�o s�o coisas independentes ou totalmente diferentes de fato. A mat�ria n�o � algo diferente do que � o espa�o de modo universal ou para o Universo como um todo.

Pela natureza da mat�ria e do espa�o ser a mesma, em qualquer regi�o no Universo ou h� o espa�o, ou h� a mat�ria-energia. Nunca uma cumula��o de ambos no mesmo lugar.

A teoria da origem do Universo simplesmente n�o consegue explicar o funcionamento de si mesma. A coes�o matem�tica de todas as equa��es da F�sica dep�e fortemente contra essa teoria.

Mesmo que acontecesse uma dilui��o dos campos de for�as, e da mat�ria-energia, isso n�o significaria que estivesse havendo um aumento na extens�o do espa�o. Por serem os campos e a mat�ria agita��es, movimentos relativos, uma maior ou menor intensidade medida desses movimentos n�o ampliaria nem reduziria o tamanho do espa�o. Quando se agita um copo de �gua, mais ou menos, isso nunca serve para mudar o tamanho relativo do copo de �gua.

Quando a luz nos atinge, n�s a enxergamos. Quando o som nos atinge, somos capazes de ouvi-lo. Quando tocamos em qualquer objeto material, n�s o sentimos com nosso tato. A luz, o som, a mat�ria, nada mais s�o do que movimentos em rela��o ao observador.

A mat�ria e a energia t�m mesma natureza que o espa�o, que o vazio. De fato, tanto a mat�ria quanto a energia s�o “subprodutos” do espa�o vazio.

A diferen�a � que o espa�o, que definimos como vazio, apresenta-nos bem menos movimento, quase nenhum movimento observ�vel, em rela��o a n�s mesmos. N�s enxergamos, ouvimos e sentimos ao toque t�til porque tamb�m n�s nada mais somos fisicamente do que movimentos em rela��o � luz, ao som, e aos demais objetos materiais. Interagimos com eles, oferecemos resist�ncia aos movimentos que eles s�o, porque n�o somos diferentes do que eles em nossa natureza.

De acordo com a teoria qu�ntica, todo corpo material � uma onda. As ondas de luz, de som, e as ondas associadas a todos os diferentes corpos materiais, n�o podem ficar indiferentes �s interfer�ncias que acontecem quando nos encontram, uma vez que temos a mesma natureza que elas.

Sendo fisicamente apenas uma quantidade relativa de movimento no espa�o, n�s tamb�m nos propagamos pelo espa�o. Somos ondas que se propagam, que se movimentam. � isto o que faz a massa ter in�rcia. � isto o que nos faz ter in�rcia. Somos os tipos de movimento que apresentamos. Somos os estados de movimento em que nos encontramos. N�o temos uma natureza diferente do que os movimentos que vivenciamos. Nossa situa��o de movimento � o nosso �nico constituinte f�sico local, e oferecemos resist�ncia a qualquer outro tipo de movimento que entramos em contato, porque a nossa natureza tamb�m � o movimento.

Quando nos propagamos pelo espa�o em movimento retil�neo e uniforme, na aus�ncia de outros movimentos em rela��o a n�s no espa�o, no v�cuo, longe de qualquer outra mat�ria, nosso movimento relativo sempre se mant�m porque somos esse movimento. � o nosso �nico constituinte, � a nossa estrutura, o tipo de movimento que apresentamos.

Tamb�m � correto admitir na situa��o de movimento retil�neo e uniforme, que estamos em um perfeito estado de repouso, porque o espa�o vazio n�o serve como referencial para nenhum tipo de movimento, uma vez que inexistem no espa�o vazio referenciais absolutos para qualquer tipo de movimento.

Apesar de nos deslocarmos pelo espa�o vazio em movimento retil�neo e uniforme, esta situa��o � sempre tamb�m um perfeito estado f�sico de repouso, porque n�o h� nada no espa�o vazio que possa servir como referencial para determinar o nosso estado de movimento em rela��o ao espa�o vazio. Tamb�m porque o movimento que nos constitui � um movimento no espa�o, no vazio, que por ser cont�nuo e extenso, por ser um todo instantaneamente perfeitamente conectado, infinito em extens�o, � tenso, e essa tens�o oscila.

Por sermos um movimento pelo vazio, fundado no vazio, � que todo movimento que experimentamos � sempre tamb�m um perfeito estado do mais completo repouso, ou assim pode ser considerado.

Se o espa�o fosse capaz de aumentar espontaneamente de tamanho, o que perceber�amos? Ser�amos arrastados pelo espa�o vazio que se expande, se ele passasse de modo cont�nuo mais rapidamente por n�s?

Nesta situa��o, se a mesma fosse poss�vel (e n�o �, pois a m�trica do espa�o vazio j� � infinita), sentir�amos uma modifica��o na tens�o do espa�o vazio, sentir�amos, portanto, uma for�a agindo em n�s, nos empurrando ou puxando para algum lugar. Entretanto, continuar�amos estando tamb�m nessa situa��o em uma perfeita situa��o de repouso em rela��o ao espa�o vazio.

N�o faz sentido afirmar que o espa�o vazio passa mais r�pido, ou mais devagar em rela��o a qualquer coisa. De fato, � imposs�vel para qualquer corpo deslocar-se em rela��o ao espa�o vazio, uma vez que o espa�o vazio � cont�nuo, sem divis�es ou delimita��es absolutas, e n�o h� nada no espa�o vazio que possa servir para determinar ou marcar esse movimento.

Uma expans�o do espa�o vazio, se ocorresse, poderia ser medida, como varia��o na tens�o dos campos de for�as. Tal tens�o pode ser encontrada e medida, se ocorresse.

Campos de for�as s�o sim capazes de arrastar e empurrar gal�xias, por apresentarem movimentos que podem alterar a situa��o de movimento inercial dessas gal�xias.

Para uma defini��o mais precisa, ou temos o espa�o vazio em repouso em rela��o ao observador, ou temos um campo de for�as, que � um tipo de movimento.

Sendo o espa�o percebido como vazio pelo observador um conceito diferente da id�ia de movimento, para que o espa�o vazio exista, parece n�o fazer sentido afirmar que o espa�o vazio tenha tido um come�o, surgido, iniciado, sido criado na origem do Universo, pois esta � uma id�ia absolutista, uma vez que ele mesmo enquanto espa�o vazio n�o pode deslocar-se ou n�o pode apresentar nenhum tipo de movimento.

Se o espa�o vazio se desloca em rela��o ao observador, ent�o n�o se trata mais do conceito de espa�o vazio, pois j� estamos a falar de um campo de for�as.

Para que o espa�o vazio aumentasse de tamanho ou expandisse-se, seria necess�rio obrigatoriamente algum tipo de movimento.

Se o espa�o vazio conseguisse se deslocar em rela��o a qualquer coisa, se apresentasse algum tipo de movimento em rela��o a qualquer coisa, ent�o n�o estamos mais falando do espa�o vazio, que parece estar sempre em repouso em rela��o ao observador.

Somente se o espa�o completamente vazio em rela��o ao observador n�o existisse no Universo, ou se n�o fosse poss�vel fisicamente para n�s assim perceb�-lo, uma discuss�o sobre uma origem do Universo teria algum cabimento.

Ou teria existido uma origem do Universo, e o espa�o completamente vazio n�o seria percebido pelo observador, ou existe no Universo o espa�o vazio, e nunca houve uma origem do Universo.

Se o espa�o vazio existe em rela��o ao observador, o Universo nunca teve uma origem. Sempre foi assim como �, eterno, e infinito.

As duas coisas, uma teoria sobre uma origem do Universo, e o espa�o vazio existindo, n�o s�o coisas compat�veis. Sendo rigoroso do ponto de vista da l�gica, se tratam de duas id�ias mutuamente excludentes.

Existe a constata��o f�sica de que em qualquer regi�o, h� sempre uma radia��o de fundo em microondas, que alguns sugerem que seria uma prova da origem do Universo.

Fisicamente, podemos anular completamente qualquer tipo de radia��o, atrav�s do uso de uma fonte de ondas. Na pr�tica, podemos anular quaisquer campos de for�as que desejarmos.

Se, realizando esta experi�ncia em laborat�rio, conseguimos fazer aparecer em um tubo de v�cuo o espa�o vazio livre de campos de for�as significativos ou pass�veis de alguma medi��o, fica descartada a hip�tese da origem do espa�o, e da origem do Universo consequentemente.

Sendo a exist�ncia do espa�o vazio e a expans�o absoluta do espa�o id�ias incompat�veis, n�o tem nenhum fundamento l�gico a id�ia de que o espa�o vazio tenha fronteiras absolutas onde termine, e que estas fronteiras estariam expandindo-se.

O espa�o vazio n�o serve como um referencial para o estado de repouso absoluto no Universo, simplesmente porque n�o h� nada mais de absoluto nele que possa vir a servir para este fim. O espa�o vazio � incapaz de indicar-nos se estamos em movimento ou em repouso em rela��o a ele mesmo. Admitir que estamos sempre em repouso em rela��o ao espa�o vazio, nunca � uma id�ia inv�lida, como veremos de modo mais aprofundado.

Em qualquer velocidade que um corpo material se desloque em rela��o a outros corpos, ele sempre est� em uma perfeita situa��o de repouso em rela��o ao espa�o vazio. Pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo, nada sofre atrito, nada consegue friccionar contra o espa�o vazio, o que est� em perfeito acordo com a teoria da Relatividade.

Para chegar-se � supera��o das diferen�as, � igualdade entre o eletromagnetismo e a gravita��o, entre a for�a eletromagn�tica e a for�a gravitacional, � preciso comparar-se o quanto um campo eletromagn�tico acelera uma carga el�trica nele abandonada em rela��o a quanto um campo gravitacional acelera esta mesma carga el�trica, que tem massa, quando nele abandonada. Esta experi�ncia j� foi feita, e revelou que os campos eletromagn�ticos s�o muito mais intensos que os campos gravitacionais (s�o mais agitados, cont�m muito mais movimento).

Apesar de pr�tons e el�trons terem massas quantitativamente diferentes ambos s�o acelerados de modo exatamente igual quando abandonados em um mesmo campo gravitacional.

Quando uma quantidade de mat�ria, uma massa viaja em um movimento retil�neo e uniforme pelo espa�o, ela nunca p�ra, a menos que for�as contr�rias ao seu movimento sejam impostas nela.

Podemos admitir, nesta situa��o, que os objetos vizinhos se encontram em repouso, e � a massa quem est� em movimento retil�neo e uniforme. A situa��o completamente equivalente fisicamente, � admitir que � a massa quem se encontra em perfeito repouso, e s�o os objetos vizinhos que se deslocam em movimento retil�neo e uniforme no sentido oposto ao da primeira situa��o.

Mas, a situa��o interessante ocorre no movimento variado ou acelerado.

No movimento uniformemente variado, podemos admitir que uma massa acelera-se enquanto os objetos que lhe s�o vizinhos est�o em repouso. A situa��o completamente equivalente � admitir que a massa est� em repouso, enquanto os objetos que lhe s�o vizinhos aceleram no sentido oposto ao da primeira situa��o.

O interessante dessa segunda situa��o, � que os objetos vizinhos � massa em relativo movimento acelerado, conseguem arrastar consigo a massa, lev�-la no sentido do seu movimento acelerado, o que n�o ocorre no caso do movimento retil�neo uniforme.

A explica��o do funcionamento da gravidade ocorre pelo movimento uniformemente variado que existe no espa�o em torno das massas, um tipo de rota��o.

Toda rota��o � um movimento variado. Variando de modo girat�rio, a tens�o do espa�o vazio comporta-se como um campo de for�as gravitacional, levando consigo as massas por ela envoltas.

Sendo o tempo tamb�m nada mais do que uma medida de um movimento bem definido, quando falamos em tempo, falamos de uma quantidade de movimento em rela��o a outra quantidade de movimento. Falamos de uma observada varia��o na tens�o do espa�o vazio ou espa�o percorrido em rela��o a outra varia��o na tens�o do espa�o vazio ou outro espa�o percorrido.

Como as duas varia��es na tens�o do espa�o vazio s�o medidas na mesma unidade de medida, sobra-nos como resultado apenas uma quantidade sem unidade de medida, um n�mero, sem nenhuma unidade de grandeza f�sica, relativo � quantidade que desejamos mensurar por compara��o.

Para chegarmos a um entendimento mais geral da F�sica, e do Universo, � necess�rio que aconte�a isso mesmo. N�o pode sobrar nenhuma unidade de medida de grandeza f�sica, pois n�o ter�amos como explicar a sua exist�ncia enquanto realidade absoluta, que n�o existe. Apenas grandezas relativas s�o permitidas para a F�sica pelo Universo. Eliminando todas as unidades de medida da F�sica por compara��o ao unific�-las, parece sobrar o espa�o vazio, que medimos em metros. Mas, mesmo o metro � obtido atrav�s de uma compara��o com uma medida padr�o. Sem termos o metro, chegamos no mais completo espa�o vazio. Chegamos ao nada.

De acordo com a teoria da Relatividade de Albert Einstein, n�o existe no Universo nenhum referencial absoluto para medir o tempo, o que � o mesmo que dizer que n�o existe um tempo absoluto, que sirva para medir o tempo de um modo padr�o que sirva para todo o Universo.

Significa que n�o existe o tempo do Universo. Todos os tempos medidos s�o relativos aos seus observadores. Um mesmo intervalo de tempo, medido por observadores diferentes que se encontram em referenciais em estados de movimento diferentes, � diferente para os dois quando comparados, e n�o se trata de um erro de medi��o, mas � uma caracter�stica do tempo depender do estado de movimento em que � medido, depender do observador, de sua rela��o com o estado de movimento do observador, que tamb�m � feito de puro movimento, que tem a mesma natureza que o tempo tem.

O tempo � um conceito f�sico que s� funciona localmente. O tempo � um conceito f�sico que tem validade apenas local, para observadores locais, e n�o existe para o Universo, na forma de um tempo absoluto.

S� existem os tempos locais e relativos.

O Universo � totalmente imune aos efeitos do tempo. Pela completa equival�ncia f�sica que sempre existe entre movimento e repouso, � como se estivesse o Universo como um todo, fora do tempo. O tempo � quem sempre est� dentro do Universo, em algum lugar, em alguma regi�o bem definida do Universo.

Apesar de sempre vermos grande agita��o localmente, para o Universo, nada muda. O Universo � sempre o mesmo. Ele � imut�vel em suas leis e princ�pios f�sicos.

As regras de funcionamento da F�sica, as leis de Newton para o movimento, e todas as outras, formam um arcabou�o de funcionamento sempre exatamente proporcional entre todos os conceitos da F�sica, que assim demonstram que o Universo � infinito pelo espa�o e eterno pelo tempo, imune a tudo. As regras de funcionamento da F�sica dentro do Universo s�o sempre as mesmas, funcionam de modo sempre igual, pela eternidade. Assim, � o Universo indestrut�vel. Imut�vel em sua forma mais geral.

Por tudo isso, o tempo jamais ser� capaz de levar o Universo � decad�ncia, a um fim.

O Universo � inating�vel pelos efeitos danosos do tempo. O Universo est� fora da lei da entropia, ou, dito de outra forma, a lei da entropia sempre est� dentro do Universo, � sempre local, s� tem validade local, nunca universal.

A entropia, a lei que diz que em todo sistema f�sico a desordem sempre tende a aumentar, tamb�m � um conceito sempre apenas relativo, nunca absoluto.

O homem moderno sempre ocupado com seus afazeres vive lutando contra o rel�gio. Luta pela realiza��o de suas vontades, e ainda n�o consegue lidar muito bem com o fato inexor�vel da morte.

Muitos idosos se sentem derrotados por n�o terem aproveitado mais a vida, e t�m medo de morrer, porque consideram que v�o simplesmente sumir, virar p�.

Tamb�m n�o somos muito bons em compreender as vidas e os sentimentos dos nossos semelhantes.

Muitos homens hoje em dia, no mundo onde prepondera a filosofia materialista imediata em que vivemos, acreditam que a morte � o fim absoluto de tudo, que tudo ali acaba de modo definitivo.

A F�sica (e o Universo), pela maneira como funciona, contraria diretamente esta id�ia todos os dias. A F�sica � sim totalmente materialista. Com essa parte, a F�sica concorda, mas n�o pode a F�sica concordar, que uma morte seja um evento absoluto �nico, um fato definitivo que s� pode ocorrer uma �nica vez no Universo, ou que esteja o Universo ou a F�sica impedida de repeti-la, por qualquer raz�o.

No Universo eterno em que vivemos a vida n�o pode nunca, jamais, ser contida.

Sendo o Universo eterno, n�s tamb�m somos eternos, aqui mesmo, sempre da mesma maneira, dentro do Universo onde estamos. No interior de um Universo que � �nico, eterno, e onde a F�sica � inalter�vel, funcionando sempre da mesma maneira, atrav�s de infinitas repeti��es, para um homem acreditar que uma morte tem alguma coisa de absoluto, de definitivo, � claro que n�o sabe como funciona o ambiente onde se encontra.

O senso comum, hoje em dia, aceita com extrema desconfian�a a id�ia de que h� vida ap�s a morte.

Uma grande parte das pessoas, mesmo desconfiando que tudo termina quando se morre, por tradi��o, medo ou costume, aceita uma id�ia em que muito pouco acredita, a de esperar por uma vida que vir� ap�s a morte.

De acordo com a F�sica, todos n�s, de certa forma, temos uma “alma”. Minha poodle tem uma alma. O que � a nossa alma fisicamente falando?

Nossa alma � o nosso projeto padr�o. Nosso DNA. Nossa engenharia. � o que somos por toda a eternidade e que a F�sica insiste eternamente em repetir. Um movimento intermin�vel e eterno.

Se f�ssemos uma casa, nossa alma seria a planta, o projeto da casa.

A perspectiva sobre tudo, o modo de ver as coisas muda radicalmente quando se tem a consci�ncia de que se � eterno.

A maneira como nos relacionamos com a vida, nossas ang�stias, nossa escala de valores sobre a realidade muda quando se tem na mente a sabedoria, o conhecimento, a informa��o de que somos eternos.

Pensando bem, seria uma gigantesca injusti�a universal, matar ou morrer cedo demais, sem dar outras chances ou alguma esperan�a ao vivente. O Universo n�o � injusto. Pode ser localmente desigual, mas jamais injusto de modo universal.

Sendo eterno e infinito, o Universo � muito poderoso, mas sempre localmente limitado. O Universo pode tudo que respeite a F�sica.

A maneira que estamos dentro do Universo, o modo que funcionamos fisicamente, impede o nosso fim.

A eternidade do Universo � quem determina isso. A exata proporcionalidade sempre presente entre todos os conceitos e leis da F�sica leva a isso. A harmonia da F�sica, e do Universo, determina isso. Acreditar que nossas consci�ncias vivem apenas uns poucos momentos seria subestimar em muito o espetacular poder do Cosmos.

A exist�ncia total, infinita, � mais justa. O fato de apagarem-se todas as nossas mem�rias, de tempos em tempos, ensina-nos que n�o devemos nos apegar em nada. Sermos menos materialistas.

A �nica maneira logicamente consistente de um ser vivo ser eterno, � ele sendo sempre igual ao que ele j� � hoje. Um indiv�duo que mudasse suas caracter�sticas ap�s a morte, n�o seria mais ele mesmo. Seria um outro diferente do que �. Em sendo outro n�o seria ele mesmo. Ele, portanto, n�o seria eterno.

A �nica maneira de sermos eternos � sendo sempre iguais a n�s mesmos. Somos sempre iguais a n�s mesmos. Sempre seremos o que somos.

N�o existe o tempo do Universo. N�o existe um rel�gio do Universo.

N�o existe um tempo absoluto, que seja o tempo padr�o, que seja mais correto, mais verdadeiro, mais acertado que os outros, relativos, locais. S� existem os tempos locais e relativos. Estes, tendo ritmos diferentes uns dos outros, e que s� funcionam localmente no Universo, s�o eternos.

N�s dizemos que o tempo local come�a e termina, que � subdividido, que apresenta divis�es (em horas, segundos, etc.), mas estas subdivis�es n�o s�o uma realidade f�sica, s�o s� uma imposi��o, uma conven��o nossa. Assim como o espa�o vazio � cont�nuo, os movimentos, que d�o origem ao tempo por compara��o, tamb�m s�o cont�nuos pelo espa�o vazio. E o tempo tamb�m o �.

Se quisermos, podemos estender os tempos locais infinitamente para tr�s, e ele se estender� naturalmente infinitamente para frente.

O Universo � eterno em rela��o aos�tempos locais porque o Universo nunca come�ou, e tamb�m nunca ir� acabar, em rela��o aos tempos locais.

Newton acreditava que existia um tempo �nico que era o verdadeiro, que era o tempo do Universo. Considerava tudo que fosse relativo falso, err�neo.

Einstein mostrou que o tempo absoluto, “sem rela��o com coisa alguma”, n�o existe; que todos os tempos relativos s�o v�lidos e igualmente verdadeiros.

� s� atrav�s deste caminho que � poss�vel entender como funciona a F�sica, e o Universo.

O Universo � eterno porque nunca come�ou, e nunca ir� acabar. Podemos afirmar isso com toda a tranq�ilidade porque pela maneira relativa que a F�sica funciona, simplesmente n�o existe um tempo �nico que rege o Universo, que determina um andar �nico da carruagem para todo o Universo ao mesmo tempo.

Em inexistindo um tempo �nico, o Universo como um todo � imune ao tempo. O tempo � que sempre est� dentro do Universo, e nunca o contr�rio. Dentro do Universo � que observamos o funcionamento dos tempos relativos.

A coes�o, a exata proporcionalidade, e a simetria dos princ�pios e leis de funcionamento da F�sica demonstram que o Universo � infinito em extens�o pelo espa�o e eterno pelo tempo. Nunca teve uma origem, nunca ter� um fim. A F�sica nunca funcionar� de um modo diferente.

Em sendo o Universo eterno n�o � poss�vel que aconte�am fen�menos f�sicos novos, in�ditos no Universo. N�o � poss�vel que aconte�am fen�menos que j� n�o tenham acontecido exatamente da mesma maneira fisicamente, e que sempre se repetem.

Sendo o Universo eterno tudo o que acontece hoje em nosso mundo f�sico j� aconteceu de modo exatamente igual infinitas vezes, e apenas se repete.

Todos os fen�menos f�sicos se repetem, e assim, tamb�m s�o eternos.

Ao ver da F�sica, n�s tamb�m somos apenas fen�menos f�sicos, sujeitos �s suas leis e princ�pios. Tamb�m nos repetimos em perfeitas c�pias, e tamb�m somos eternos.

A F�sica ininterruptamente faz c�pias de tudo que se refere ao mundo f�sico. Faz c�pias perfeitas de todos os seres vivos. N�s apenas somos perfeitas c�pias de n�s mesmos, feitas de um modo natural. Em se repetindo a F�sica se perpetua eternamente.

Quando algu�m morre, independentemente do tempo ou da dist�ncia que leve para acontecer, a F�sica faz nasc�-lo exatamente igual do mesmo modo que ele havia nascido.

A regularidade, a coes�o, a simetria, a proporcionalidade e a harmonia das regras e leis da F�sica apontam para isso com a m�xima probabilidade.

Tudo que desaparece em algum lugar no mundo f�sico, ressurge de novo de modo exatamente igual.

O planeta Terra em que vivemos teve uma origem e ter� um fim, mas o Universo, que n�o teve origem e n�o ter� fim, cont�m infinitos planetas Terra exatamente iguais ao nosso.

Sendo eternos, realizamos todas as possibilidades f�sicas. Fomos, somos e seremos tudo que a F�sica permite.

A validade das verdades a respeito dos nossos conceitos geralmente � localmente limitada. A pr�pria F�sica � localmente limitada em seu funcionamento. Verdades sobre a F�sica geralmente n�o servem para descrever o Universo como um todo.

Mas, como em tudo na vida, existem verdades de validade mais localizadas, mais restritas, e verdades de validade mais gerais, mais abrangentes.

As leis de Newton s�o verdades de validade limitada a um referencial. A Relatividade de Einstein � uma verdade limitada geralmente a dois referenciais diferentes. A velocidade constante da luz s� � v�lida quando se admite como v�lidos os conceitos de “luz” e de “movimento”.

Mas existe uma verdade f�sica que parece ser mais geral: a perfeita identidade entre os conceitos de repouso e de movimento.

Todo movimento � sempre tamb�m um perfeito repouso, e todo repouso sempre pode tamb�m ser visto como um perfeito movimento.

Por que as leis de Newton para o movimento nunca mudam? Por que elas funcionam todos os dias de modo exatamente igual?

Ou, ainda mais impressionante: Por que as leis de Newton eternamente funcionaram exatamente do mesmo modo como funcionam hoje, e sempre por toda a eternidade daqui para frente funcionar�o de modo exatamente igual ao de hoje?

Quem desconfia que as leis de Newton para o movimento funcionavam diferentemente do modo de hoje no passado ou que as mesmas poder�o funcionar de modo diferente do de hoje no futuro, � porque n�o compreendeu a beleza da perfei��o, da coes�o do funcionamento das leis de Newton, das leis de Kepler, e da Relatividade de Einstein, por exemplo. N�o compreendeu, ainda, como funciona o mundo e o Universo.

Como � poss�vel que tudo que percebemos exista: mat�ria, energia, movimento, tempo, etc.?

Para o Universo como um todo, nada disso existe da maneira como n�s percebemos.

Para o Universo como um todo, n�o existem as diferen�as entre esses conceitos que n�s percebemos existir. Tudo �, sempre, completamente equivalente a uma plena situa��o de repouso.

O que torna poss�vel tudo ser plenamente equivalente ao repouso � a aus�ncia, a inexist�ncia no Universo, de um padr�o absoluto para o estado de movimento em rela��o ao espa�o vazio. De fato, � imposs�vel para qualquer coisa deslocar-se efetivamente em rela��o ao espa�o vazio.

Como n�o existe nenhum padr�o absoluto de movimento, de deslocamento em rela��o ao espa�o vazio, todo movimento � sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso em rela��o ao espa�o vazio.

Sempre � v�lida a igualdade, a proporcionalidade ou a perfeita identidade f�sica existente entre mat�ria, energia, movimento, repouso, tempo, etc.

Por que no lugar de existir o Universo que percebemos todo animado localmente, n�o existe apenas o nada, absoluto, vazio, frio, escuro?

O nada absoluto existe conjuntamente com o nosso Universo. N�o existe nenhum conceito em nosso Universo animado capaz de significar alguma coisa diferente do nada de modo absoluto.

Assim, uma conclus�o sobre o porqu� do Universo existir � que n�o h� outra alternativa. N�o poderia ser de outra forma. N�o h� outra op��o.

Para o Universo, apesar de todos os movimentos que experimentamos, tudo � repouso.

Para o Universo, apenas o repouso existe.

O fato de percebermos tudo o que percebemos (os movimentos, as varia��es na tens�o do espa�o vazio) existindo localmente, n�o significa que algo material (ou energ�tico) chegue a existir de fato de modo absoluto.

Ao mesmo tempo, a inexist�ncia dentro do Universo, localmente, de um padr�o absoluto para o estado de repouso, ou, a perfeita equival�ncia f�sica de toda situa��o de movimento com o estado de repouso, fruto da continuidade do espa�o vazio, permite que tudo (os movimentos) exista localmente para n�s, porque tudo sempre �, tamb�m, um perfeito repouso.

A continuidade do espa�o vazio faz com que todo e qualquer tipo de movimento seja sempre perfeitamente equivalente fisicamente a um perfeito estado de repouso. Apesar de vermos e interagirmos com uma infinidade de movimentos, fisicamente � como se n�o ocorresse nenhuma varia��o na posi��o dos corpos do ponto A para o ponto B do espa�o, simplesmente porque tais pontos n�o s�o fisicamente diferentes um do outro, devido � perfeita continuidade do espa�o vazio.

Para o Universo como um todo, tudo sempre � um perfeito repouso.

A inexist�ncia local do estado padr�o absoluto de repouso faz com que, localmente, todo movimento seja tamb�m um perfeito repouso, permitindo que tudo exista.

Para o Universo como um todo tudo o que vemos movimentando-se � um perfeito repouso.

Dessa forma fica f�cil ver que o Universo n�o teve um in�cio, e nunca ter� um fim.

Sendo o Universo eterno e infinito, somos apenas c�pias de n�s mesmos, intermin�veis.

Lei da Gravita��o Universal de Newton

A lei da Gravita��o de Newton diz que o valor da for�a gravitacional entre duas massas quaisquer � diretamente proporcional ao produto dessas massas, e inversamente proporcional ao quadrado da dist�ncia que as separa.

Por relacionar massa e espa�o (dist�ncia) de modo exatamente proporcional, a lei da Gravita��o de Newton revela que essas duas grandezas da F�sica possuem uma natureza comum: a m�trica do espa�o vazio.

Massa e espa�o n�o t�m naturezas f�sicas diferentes ou independentes, mas s�o conceitos muito aproximados um do outro. Por isso relacionam-se de modo exatamente proporcional.

O fato da for�a gravitacional ser diretamente proporcional ao produto das massas, massa vezes massa, e n�o � soma das massas, por exemplo, revela a intera��o que h� entre as massas.

Se a for�a gravitacional fosse diretamente proporcional � soma das massas, revelaria uma rela��o entre algo est�tico, parado, que n�o interage em movimento.

Interagir significa agir mutuamente, reciprocamente, de massa para massa.

Significa que assim como uma massa age sobre a outra massa, da mesma forma a outra massa tamb�m age sobre a primeira.

A for�a de intera��o, a��o de uma massa sobre a outra e vice-versa, demonstra a exist�ncia de movimento, significa transfer�ncia de movimento.

O fato da for�a gravitacional ser inversamente proporcional ao quadrado da dist�ncia (e n�o simplesmente inversamente proporcional � dist�ncia) que separa as massas, tamb�m refor�a a presen�a da intera��o.

A dist�ncia que medimos no espa�o separando as duas massas � a mesma dist�ncia, a dist�ncia da primeira massa at� a segunda massa � igual � dist�ncia da segunda massa at� a primeira massa. Mas, o valor da for�a gravitacional n�o � apenas inversamente proporcional � dist�ncia que separa as massas. Se assim fosse, demonstraria uma rela��o entre algo est�tico, parado.

O fato da for�a gravitacional ser inversamente proporcional ao quadrado da dist�ncia, o fato da for�a gravitacional ser inversamente proporcional � dist�ncia vezes ela mesma, demonstra que uma massa age sobre a segunda massa da mesma forma que essa segunda massa age sobre a primeira, e revela ainda mais: informa que � somente atrav�s da dist�ncia que ocorre a intera��o entre as massas, que � atrav�s do cont�nuo espa�o vazio que ocorre a transfer�ncia, a modifica��o no movimento entre as massas.

A quantidade relativa de movimento, de oscila��o na tens�o do espa�o vazio que toda massa �, faz variar, movimenta tamb�m a tens�o do espa�o vazio em torno de si mesma, alterando a situa��o de movimento de outra massa que com esse campo interage; e que � outra quantidade relativa de movimento, de oscila��o no valor m�dio da tens�o do espa�o, e que tamb�m movimenta ou faz variar a tens�o do espa�o em torno de si, transferindo movimento � primeira massa, que tamb�m lhe altera o movimento.

Todos esses movimentos relativos pelo espa�o, cujas influ�ncias se d�o sempre de modo exatamente proporcional de uns para com os outros, revelam a mesma natureza de todos os conceitos f�sicos envolvidos: a extens�o e a continuidade do espa�o vazio. Toda a F�sica fundamenta-se sobre a infinita extens�o cont�nua do espa�o vazio.

Para que o espa�o vazio exista, para que o espa�o vazio apare�a para um observador ao inv�s do nada, este precisa sempre da presen�a de algum tipo de movimento relativo para poder medi-lo localmente.

O espa�o e o tempo s�o cont�nuos:

O espa�o e o tempo n�o s�o formados por part�culas, n�o s�o discretos ou granulados. N�o existem part�culas m�nimas ou quantidades m�nimas indivis�veis e absolutas de espa�o e de tempo.

Se tentamos dividir o espa�o e o tempo o mais que pudermos, em peda�os cada vez menores, o que acontece � que chegamos em um ponto em que n�o conseguimos dividi-los mais por uma incapacidade f�sica nossa de conseguirmos observar o resultado dessa tentativa de divis�o.

Quando tentamos dividir o espa�o e o tempo em quantidades cada vez menores, chegamos em um ponto onde o conceito de comprimento relacionado ao espa�o e o conceito de dura��o relacionado ao tempo perdem os seus significados para n�s, n�o conseguem representar mais para n�s as fun��es para as quais originalmente os definimos.

Dessa forma, o espa�o e o tempo apenas s�o “qu�nticos” em rela��o a n�s que os medimos, mas n�o o s�o em suas naturezas.

A “quantifica��o” do espa�o e do tempo � relativa, nunca absoluta. Tem a ver com nossa incapacidade f�sica de continuarmos a mensur�-los numa situa��o extrema para n�s, do que com a natureza f�sica deles.

Uma boa defini��o f�sica para o tempo, � que o tempo nada mais � do que uma quantidade padr�o relativa de movimento repetitivo.

Se ao tentarmos dividir o tempo em peda�os cada vez menores chegamos em um ponto onde n�o mais conseguimos medir ou observar nenhum movimento, em um ponto onde a pr�pria id�ia ou no��o de movimento n�o � mais observ�vel, fica claro que o conceito de tempo tamb�m perde o significado original que lhe damos, a fun��o original que lhe imputamos, deixando de significar algo para n�s.

Para que o espa�o vazio exista para um observador ao inv�s do nada, ele precisa utilizar-se de algum tipo de movimento para poder medi-lo. Precisa sair de uma posi��o bem definida do espa�o vazio e ir at� outra posi��o tamb�m bem definida, para ter o conceito de reta, uma das mais simples id�ias constituintes do espa�o.

Se ao tentarmos dividir o espa�o em peda�os cada vez menores chegamos em um ponto onde n�o mais conseguimos medir nada atrav�s do movimento, chegamos em um ponto onde n�o conseguimos mais verificar a exist�ncia da id�ia ou no��o de movimento, fica claro que o conceito de espa�o nessa situa��o tamb�m perde totalmente o significado original que lhe damos, a fun��o original que lhe imputamos, deixando de ter algum significado para n�s.

A maneira mais natural de medirmos qualquer coisa � olhar para ela. Assim, usamos o reflexo da luz para medir as coisas.

Mas a luz vis�vel, que � um movimento, uma oscila��o relativa na tens�o do espa�o vazio, tem sempre determinado comprimento de onda bem definido. Essa medida de comprimento muito pequena, o comprimento de onda da luz vis�vel, representa uma das barreiras f�sicas para nossa observa��o f�sica das coisas muito pequenas.

Podemos observar indiretamente, atrav�s de instrumentos, mas at� essa forma de observa��o � limitada por comprimentos de ondas muito pequenos que impossibilitam a observa��o f�sica das coisas que s�o ainda menores do que isso.

O principal problema envolvendo o espa�o e o tempo da F�sica das coisas muito pequenas, � que quando a nossa no��o ou id�ia de movimento, quando este � muito �nfimo, n�o sendo mais observ�vel ou detect�vel, perdemos os pr�prios significados de tempo e espa�o, perdemos as defini��es que fazemos deles para n�s.

Como pela continuidade e extens�o do espa�o vazio, todo movimento � sempre tamb�m um perfeito repouso, n�o faz sentido admitir que exista no Universo uma quantidade m�nima absoluta padr�o de movimento chamada tempo, porque o tempo sempre � uma medida relativa n�o possuindo uma exist�ncia absoluta.

O que existe s�o quantidades m�nimas percept�veis de tempo para n�s.

Admitir que exista uma unidade m�nima absoluta de tempo, um “gr�o” de tempo, indivis�vel, n�o corresponde � realidade que verificamos. O mesmo racioc�nio � v�lido para o espa�o, posto que o tempo s� existe porque o espa�o existe. O tempo � uma compara��o entre movimentos pelo espa�o, um movimento padr�o pelo espa�o, permitido pela continuidade e extens�o do espa�o vazio, que permitem a exist�ncia dos movimentos ao faz�-los fisicamente completamente equivalentes ao repouso.

Pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo, qualquer regi�o do espa�o � igual a qualquer outra regi�o, n�o h� nenhuma separa��o ou divis�o entre elas, o que torna o repouso completamente equivalente ao movimento fisicamente.

Para a F�sica, toda situa��o de movimento sempre � perfeitamente equivalente a situa��o de repouso.

Imagine um pequeno ponto vis�vel no espa�o. Se esse ponto � muito pequeno, t�o pequeno que o seu tamanho n�o chega a atingir nenhuma medida importante em nossa r�gua, dizemos que o ponto � quase sem dimens�es.

Agora imagine que esse ponto que definimos ser quase sem dimens�es, se mexe, oscila em uma mesma dire��o, da esquerda para a direita e vice-versa, para l� e para c�.

Ao observarmos este movimento oscilat�rio do ponto sobre uma mesma dire��o, se esse movimento for relativamente r�pido, formamos a id�ia de uma linha, visualizamos o que chamamos ser uma dimens�o espacial.

Se percebemos que esta linha tamb�m se mexe, oscila em um �ngulo de noventa graus em rela��o ao movimento original do ponto, para cima e para baixo, conseguimos visualizar um plano, formando a id�ia do que chamamos ser duas dimens�es espaciais.

Se tamb�m percebemos que este plano tamb�m se mexe, oscila em um �ngulo de noventa graus em rela��o ao movimento da linha, para frente e para tr�s, se esses movimentos s�o relativamente r�pidos, conseguimos visualizar a figura geom�trica que chamamos de cubo, formamos a id�ia do que chamamos de tr�s dimens�es espaciais.

Se este cubo tamb�m oscila relativamente r�pido, aumentando e diminuindo de tamanho em todas as dire��es, dobrando de tamanho e voltando ao tamanho original, conseguimos visualizar o conceito que chamamos de hiper-cubo, que seria um cubo dotado de quatro dimens�es espaciais (enquanto dizemos sempre que o espa�o “tem” apenas tr�s dimens�es).

Os movimentos t�m a capacidade de criar o conceito que chamamos de “dimens�es”.

O pr�prio tempo, que tamb�m � movimento, tamb�m � uma dimens�o.

Uma r�plica exata, uma c�pia perfeita, pode ser identificada, denominada, considerada e tratada como se fosse o original?

Em um Universo eterno onde tudo se repete o tempo todo, n�o existem originais.

S� existem c�pias, porque sempre houve uma outra c�pia igual anterior ao pretenso “original”.

A dificuldade em conseguir c�pias perfeitas fabricadas artificialmente, est� simplesmente na complexidade da tentativa, e n�o em sua impossibilidade f�sica.

N�o existe nenhum impedimento da F�sica para a obten��o de uma c�pia perfeita de qualquer objeto f�sico.

O Universo, que � eterno, n�o encontra nenhuma dificuldade para fabricar perfeitas c�pias de qualquer coisa. De fato, no Universo se produzem perfeitas c�pias de tudo, o tempo todo.

Sobre a exist�ncia de c�pias perfeitas, a F�sica qu�ntica nos d� uma informa��o muito precisa. De acordo com a Mec�nica qu�ntica, cada el�tron no Universo � id�ntico a todos os demais: todos t�m exatamente a mesma massa, exatamente a mesma carga el�trica, as mesmas propriedades das for�as nucleares forte e fraca, e o mesmo spin total.

A bem testada descri��o dada pela Mec�nica qu�ntica, diz que essas qualidades s�o as �nicas que um el�tron pode ter.

Os el�trons s�o todos id�nticos em rela��o a essas propriedades, e n�o h� outras propriedades a considerar.

Do mesmo modo, cada quark up � igual a todos os demais, cada quark down � igual a todos os demais, cada f�ton � igual a todos os demais, e assim por diante, com rela��o a todos os tipos de part�culas.

As part�culas podem ser vistas como sendo as unidades m�nimas de um campo de for�as, deixando-se bem claro que todas elas s� existem porque o campo, o espa�o vazio tenso, existe primeiramente.

Assim, o f�ton � a unidade m�nima do campo eletromagn�tico, e a F�sica qu�ntica mostra que esses componentes m�nimos de determinado campo s�o sempre id�nticos.

Conforme diz a teoria das cordas, part�culas do mesmo tipo t�m propriedades id�nticas porque s�o vibra��es id�nticas de um mesmo tipo de corda.

O que pode variar entre duas part�culas do mesmo tipo s�o as probabilidades de que elas se localizem em determinadas posi��es, as probabilidades de que os seus spins apontem para dire��es particulares, e as probabilidades de que elas tenham velocidades e energias particulares. Em linguagem mais sucinta, as duas part�culas id�nticas podem estar em estados qu�nticos diferentes.

Se duas part�culas do mesmo tipo est�o no mesmo estado qu�ntico � exceto, pelo fato de que uma part�cula tem alta probabilidade de estar em um lugar, e a outra tem alta probabilidade de estar em outro � de acordo com a Mec�nica qu�ntica, elas s�o indistingu�veis, tanto pr�tica quanto teoricamente.

S�o g�meas id�nticas. Se trocassem de posi��o (ou, mais precisamente, se trocassem as probabilidades de as duas part�culas estarem localizadas em determinadas posi��es), n�o existe nenhuma possibilidade f�sica de que essa mudan�a fosse detectada.

Se iniciarmos com uma part�cula localizada aqui (para ser mais preciso deve-se dizer: “come�ando com uma part�cula que tem alta probabilidade de estar localizada aqui”, ou “come�ando com uma part�cula que tem 99% de probabilidade de estar localizada aqui”), e conseguimos colocar outra part�cula do mesmo tipo exatamente no mesmo estado qu�ntico (com as mesmas probabilidades de orienta��o de spin, de energia etc.) em uma localiza��o distante, a part�cula resultante � indistingu�vel da part�cula original.

Se a part�cula original sobreviver intacta ao processo, podemos nos sentir tentados a chamar esse processo de “clonagem qu�ntica”.

Se consegu�ssemos clonar todas as part�culas que comp�em o seu carro, de maneira que o estado qu�ntico de cada uma, inclusive o seu relacionamento com todas as demais, fosse reproduzido com 100% de fidelidade, poder�amos dizer que o seu carro foi recriado.

A teoria a favor da recria��o de qualquer objeto f�sico � muito forte.

Os arranjos at�micos e moleculares determinam as caracter�sticas f�sicas de todos os objetos � sua apar�ncia, textura, o som e o cheiro que emite e at� mesmo o seu gosto - de modo que o ve�culo resultante seria id�ntico ao original, inclusive nos seus defeitos. E o carro recriado obedeceria ao comando do volante e dos pedais exatamente como faz o original.

O carro recriado � realmente o original, ou, em vez disso, trata-se de uma r�plica exata do original?

Fisicamente, n�o seria poss�vel perceber qualquer diferen�a � nem teoricamente.

E se fiz�ssemos o mesmo com um gato, ou, com uma pessoa?

Um ser vivo cujos componentes at�micos e moleculares est�o exatamente nos mesmos estados qu�nticos em que os meus est�o, sou eu.

Ainda que o eu original continue existindo depois que a c�pia � feita, cada um diria sem hesita��o que sou eu.

Ter�amos os dois o mesmo pensamento � nenhum dos “eus” teria prioridade sobre o outro. Pensamentos, mem�rias, emo��es e julgamentos t�m a sua base f�sica nas propriedades e mol�culas do corpo humano. Um conjunto desses componentes elementares em estado qu�ntico id�ntico deve produzir um ser consciente id�ntico.

O passar do tempo causaria diferen�as entre eu e eu mesmo, mas, nessa nova circunst�ncia, haveria dois “eus”, e n�o um original, que fosse o verdadeiro eu, e uma c�pia que n�o fosse eu.

Nossa composi��o f�sica passa por in�meras mudan�as o tempo todo, algumas menores, outras dr�sticas, mas continuamos sendo sempre n�s mesmos.

Passamos por mudan�as constantes, sem que a nossa identidade pessoal seja afetada.

Ainda que com o tempo o outro eu n�o tivesse mais um estado f�sico perfeitamente igual ao meu, o outro eu continuaria sendo completamente indistingu�vel de mim.

Seria perfeitamente eu.

Acredito que a identidade de um ser reside totalmente no campo f�sico. ������������� �

O espa�o apresenta, inevitavelmente, tens�o e movimentos.

Juntamente com o que chamamos de espa�o vazio, pela continuidade e extens�o dele mesmo, apresentam-se campos qu�nticos, agita��es, movimentos relativos.

As leis da F�sica muito pouco t�m de leis, se seguirmos a defini��o do que se entende por lei. Elas t�m sim muito de estat�stica. Geralmente, funcionam por estat�stica.

Em O mito de S�sifo, o fil�sofo Albert Camus escreve: “S� existe um problema verdadeiramente filos�fico: o suic�dio.”

Saber se, no final, todas as nossas an�lises terminam convencendo-nos de que a vida vale a pena, seria para n�s um presente, uma conquista do pensamento humano.

A teoria das “c�pias” � uma teoria baseada totalmente na ci�ncia, confirmada por todas as experi�ncias f�sicas, e pela total soberania do Universo, intoc�vel pela relatividade dos nossos conceitos f�sicos.

S� existe uma interpreta��o cient�fica l�gica racional coerente poss�vel sobre a realidade: a de que as leis da F�sica nunca se modificam, s�o sempre as mesmas, portanto o Universo � infinito e eterno, e n�s tamb�m somos eternos atrav�s de perfeitas c�pias f�sicas.

Esta compreens�o revela nosso papel no Universo.

Newton declarou que o espa�o e o tempo eram entidades absolutas e imut�veis, que proporcionavam ao Universo um cen�rio r�gido e constante.

Do ponto de vista de uma bola de futebol, � o goleiro quem se aproxima com velocidade de cem quil�metros por hora. Fisicamente, este ponto de vista � t�o correto quanto o contr�rio.

Pelo fato do espa�o ser cont�nuo, todos os pontos de vista s�o corretos quando o assunto � movimento: a velocidade de um objeto s� pode ser especificada em rela��o a outro objeto.

Porque o espa�o � cont�nuo, n�o tem sentido falar de velocidade em rela��o ao espa�o vazio. Porque o espa�o � cont�nuo, toda situa��o de movimento sempre �, tamb�m, uma perfeita situa��o de repouso.

Mesmo que o Universo fosse infinito e vazio sem apresentar quantidades de mat�ria, e contivesse apenas um balde com �gua girando (a experi�ncia do balde de Newton), a �gua subiria pelas paredes do balde, porque o espa�o vazio cont�nuo, tenso, apresenta for�as, interage, tem o potencial de ser mat�ria.

Se voc� girasse pelo espa�o e o Universo fosse infinito e vazio sem apresentar mat�ria, os seus bra�os e pernas tenderiam a abrir-se porque o espa�o cont�nuo, tenso, apresenta for�as, interage, tem a capacidade de ser mat�ria.

Quando estamos em um movimento retil�neo em velocidade constante em rela��o a objetos vizinhos, n�s n�o temos nenhuma capacidade f�sica de sentir esse movimento.

Se consideramos que a mat�ria (e a energia) � “algo”, para n�s o espa�o vazio, cont�nuo, tenso, tamb�m tem que ser considerado como sendo algo, porque tem todo o potencial de ser mat�ria.

O movimento de rota��o sempre faz aparecer uma for�a, d� origem � uma for�a, porque os conceitos de movimento, for�a e mat�ria s�o id�nticos, possuem a mesma natureza f�sica.

O conceito mais b�sico e importante, construtor da F�sica, � o movimento.

Pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo, todo movimento pelo espa�o � sempre apenas relativo.

N�o existe nenhum movimento absoluto pelo espa�o no Universo.

Muitas tentativas foram feitas no intuito de proporcionar uma refer�ncia para a defini��o do movimento absoluto pelo espa�o.

Por apresentar uma for�a relacionada, o movimento acelerado chegou a ser interpretado como sendo absoluto, levando � no��o de espa�o absoluto, de medidas locais absolutas.

O movimento da (que � a) luz levou ao surgimento da id�ia do �ter lumin�fero, que seria o meio no qual a luz viaja.

Os f�sicos e pensadores na �poca tinham dificuldade em aceitar que a luz pudesse viajar pelo espa�o vazio, por n�o levarem em considera��o a continuidade e extens�o do espa�o vazio, que faz dele um meio tenso, portanto, sujeito �s oscila��es, como a luz.

As tentativas em encontrar um meio diferente do espa�o que preenchesse o espa�o, demonstraram-se sem fundamento, n�o correspondendo � realidade.

As medidas de espa�o e do tempo dependem sempre do observador que os mede.

O espa�o e o tempo ajustam-se de uma maneira que lhes permite compensar-se exatamente, de modo que as medi��es da velocidade da luz independentemente da situa��o de movimento relativo do observador, sempre d�o o mesmo resultado.

O espa�o e o tempo n�o s�o realidades separadas. A dimens�o tempo une-se �s tr�s dimens�es cotidianas do espa�o porque a medida de tempo varia para um observador de modo exatamente proporcional �s varia��es relativas das medidas do espa�o.

Essa exatid�o proporcional das varia��es das medidas de tempo �s varia��es das medidas do espa�o, revela a natureza do tempo, revela que o tempo nada mais � para um observador do que tamb�m uma medida de varia��o pelo espa�o: um movimento.

A exatid�o proporcional entre as varia��es das medidas de espa�o e as varia��es das medidas de tempo, em cada situa��o relativa de cada diferente observador, faz a velocidade da luz apresentar sempre o mesmo valor constante para qualquer observador em qualquer estado relativo de movimento.

A exata proporcionalidade sempre encontrada entre as varia��es nas medidas de espa�o, as varia��es nas medidas de tempo, e entre o pr�prio estado de movimento relativo do observador, revela que todos esses conceitos possuem uma mesma e �nica natureza: o movimento, a quantidade de movimento. Mesmo a mat�ria de que o observador � feito nada mais � que uma quantidade de movimento.

Assim como um observador em qualquer velocidade que considere que esteja sempre est� na mais perfeita situa��o f�sica de repouso pr�prio em rela��o ao espa�o vazio (pelas caracter�sticas do espa�o de continuidade e extens�o), assim tamb�m a luz em qualquer velocidade que o observador considere que ele mesmo esteja apresenta sempre a ele o mesmo resultado para o valor de sua velocidade.

Podemos saber que pelo fato da velocidade da luz apresentar sempre o mesmo resultado ao observador em qualquer estado de movimento relativo em que ele se encontre, que o espa�o � cont�nuo, que n�o existe nenhum referencial absoluto para os movimentos no espa�o em nenhum lugar no Universo. Toda situa��o de movimento relativo � sempre tamb�m uma perfeita situa��o f�sica de repouso pr�prio em rela��o ao espa�o.

Para qualquer observador em qualquer velocidade, a luz apresenta sempre a mesma velocidade relativa.

A luz n�o tem massa de repouso. A luz � um tipo de movimento relativo muito simples.

Todo observador tem massa de repouso ou quando se encontra em repouso porque todo observador � uma composi��o de movimentos relativamente complexos.

Quando um observador afirma estar em movimento em rela��o a qualquer coisa, a quantidade de movimento que o observador � quando se encontra em repouso em rela��o a essa mesma coisa, � combinada ao movimento que ele afirma estar realizando em rela��o a essa coisa.

De modo exatamente inversamente proporcional as varia��es nas medi��es do espa�o e do tempo feitas por este observador lhe parecer�o alteradas; uma vez que ele ter� de utilizar para fazer a medi��o objetos f�sicos que tamb�m s�o quantidades de movimento (uma r�gua e um rel�gio, por exemplo), para medir o espa�o e o tempo, este, lhe parecer� esticado, parecer� “passar” mais devagar de modo exatamente diretamente proporcional ao seu aumento de velocidade em rela��o ao que ele antes considerava ser o seu repouso.

Pela continuidade e extens�o do espa�o vazio, assim como os estados de movimento da mat�ria, a velocidade da luz tamb�m sempre pode ser considerada equivalente a um perfeito estado f�sico de repouso.

Para n�s, que somos uma composi��o de movimentos relativos exatamente proporcional �s varia��es de espa�o e de tempo que medimos, o movimento relativo, a relativa oscila��o, a varia��o relativa na tens�o do espa�o vazio que � a luz, parece apresentar sempre a mesma velocidade. Tal proporcionalidade sempre constante demonstra a unidade f�sica existente entre nossos conceitos.

A luz � um movimento relativo bem definido, uma oscila��o, uma varia��o na tens�o do espa�o vazio que n�o tem massa de repouso, que, diferentemente dos �tomos e demais part�culas que t�m massa de repouso, n�o apresenta nenhum movimento estacion�rio quando em repouso.

Se pud�ssemos olhar no rel�gio de algu�m viajando muito pr�ximo da velocidade da luz, o tempo pareceria passar proporcionalmente t�o mais lentamente que o rel�gio pareceria parado.

Na velocidade da luz, o tempo n�o passa. Significa que a velocidade da luz � um limite f�sico para se conseguir comparar movimentos. Isso demonstra que a tens�o do espa�o vazio sempre tem um valor m�dio bem definido, e que � sempre o mesmo, tanto faz a velocidade relativa com que o observador admita que esteja se deslocando.

O fato de qualquer observador, em qualquer velocidade relativa que admita que esteja medir sempre o mesmo valor relativo para a velocidade da luz demonstra a perfeita uni�o f�sica que existe entre todos os conceitos f�sicos; a perfeita uni�o f�sica que existe no espa�o vazio cont�nuo.

No nosso mundo, estamos muito acostumados com a id�ia de movimento pelo espa�o.

Entretanto, quando um objeto f�sico est� em repouso ao nosso lado, ele � um tipo de movimento estacion�rio, que acontece em uma relativamente pequena regi�o do espa�o (se n�o existisse esse movimento estacion�rio relativo, o objeto desapareceria, e perceber�amos apenas o espa�o vazio em seu lugar).

Esse movimento estacion�rio relativo que todo objeto f�sico �, podemos chamar de movimento “pelo tempo”, porque seu deslocamento � m�ximo “pelo tempo” junto conosco, enquanto encontra-se em um mesmo repouso pr�prio conosco.

Newton pensava que esse movimento “pelo tempo” era totalmente independente e separado do movimento pelo espa�o � pensava que eram duas coisas totalmente diferentes, que tinham origens ou naturezas diferentes.

Einstein descobriu que eles s�o interligados, que eles t�m uma mesma natureza: o movimento.

Quando olhamos um carro estacionado, em repouso em rela��o a n�s, podemos admitir que todo o deslocamento do carro se d� ao m�ximo atrav�s do tempo, que o tempo para o carro est� passando muito r�pido.

Mas se continuamos na cal�ada a olhar para o carro quando ele come�a a andar, o tempo parece passar mais lentamente no rel�gio dentro do carro, na propor��o exata em que ele parece deslocar-se pelo espa�o.

O tempo parece passar mais devagar no rel�gio dentro do carro para algu�m que o olha da cal�ada, o carro desloca-se mais lentamente pelo tempo na propor��o exata em que ele aumenta seu deslocamento pelo espa�o.

Dessa exata propor��o f�sica sempre presente, resulta o fato extraordin�rio, a pedra filosofal, o perfeito encaixe f�sico de todo esse assunto sobre si mesmo: a velocidade combinada do movimento de qualquer objeto f�sico atrav�s do espa�o e atrav�s do tempo � sempre precisamente igual � velocidade da luz.

Ora, se todos os corpos materiais viajam sempre na velocidade da luz, mat�ria e luz n�o s�o coisas diferentes de fato.

N�o � precisamente correto dizer que a mat�ria ocupa lugar no espa�o.

Por sua natureza din�mica sempre ser completamente equivalente � natureza est�tica do espa�o vazio, ou seja, por ambos serem a mesma coisa, � mais correto dizer que a mat�ria ocupa lugar do espa�o.

A mesma natureza din�mica de todo tipo de movimento, que sempre � completamente equivalente � natureza est�tica do espa�o vazio, faz todo objeto f�sico mover-se sempre na velocidade da luz, em seu movimento decomposto parte em deslocamento pelo espa�o, e parte em deslocamento pelo tempo.

Esta �, sem d�vida alguma, uma das mais importantes e valiosas informa��es a respeito do funcionamento da F�sica.

N�s e a luz temos a mesma natureza.

N�s sempre nos deslocamos na mesma velocidade em que vemos a luz se deslocar pelo espa�o, em nosso deslocamento relativo decomposto parte pelo espa�o, e parte pelo tempo.

Ter essa informa��o � fundamental para se entender como tudo funciona. Devemos ela a Einstein, ao seu trabalho simples e grandioso.

N�s (a mat�ria-energia) existimos porque funcionamos exatamente da mesma maneira que funciona a luz.

As part�culas componentes da mat�ria s�o um tipo de luz “parada”, enrolada, que vibra, oscila, mas consegue fazer isso sem precisar fugir muito de n�s mesmos.

Descobrindo ent�o que n�o s� a luz, mas que tudo, que todo movimento � um deslocamento relativo sempre na velocidade da luz pelo espa�o e pelo tempo, sabemos pela continuidade do espa�o vazio que tamb�m � igualmente correto admitir que nada se move de modo absoluto em rela��o ao espa�o vazio, ou no Universo, pela completa inexist�ncia de referenciais absolutos no espa�o vazio para o movimento no Universo.

N�s tamb�m n�o servimos de referenciais absolutos para o movimento. N�s tamb�m n�o somos referenciais absolutos para o movimento. Tal verdade, a de que nossa exist�ncia sempre � totalmente relativa, iguala-nos ao espa�o, ao vazio, ao nada, em nossa natureza.

N�o somos diferentes do espa�o, do vazio, do nada, em nossa exist�ncia f�sica.

A situa��o que conseguimos perceber como “mais em repouso” em rela��o a n�s mesmos, � o que convencionalmente chamamos de espa�o vazio.

A velocidade da luz, que tamb�m � a da mat�ria em seu deslocamento combinado pelo espa�o e pelo tempo, � o limite m�ximo poss�vel permitido pela F�sica para a velocidade pelo espa�o.

Assim como para n�s sempre � uma constante a velocidade da luz pelo espa�o, tamb�m � uma constante a velocidade combinada total pelo espa�o e pelo tempo de qualquer objeto f�sico ou part�cula material.

Esta exata proporcionalidade entre velocidade relativa de um objeto f�sico qualquer, ritmo do tempo relativo, e espa�o relativamente percorrido, revela a mesma natureza dos conceitos objeto f�sico material, tempo e espa�o, sendo este �ltimo o mais b�sico.

A natureza que nos torna poss�vel experimentar tudo isso � o movimento relativo, por sua plena equival�ncia f�sica ao repouso, em raz�o da continuidade do espa�o vazio.

O fato da luz n�o ter massa de repouso, significa que em rela��o ao observador a viagem da luz sempre ocorre em uma dire��o bem definida, em uma s� dimens�o do espa�o.

� importante ter em mente que tudo que estamos discorrendo sobre este assunto sempre tem somente uma validade local. Apesar de todas as experi�ncias cient�ficas sempre ocorrerem fisicamente da mesma forma em qualquer lugar do Universo que � infinito em extens�o pelo espa�o vazio, a validade de todos os conceitos da F�sica sempre � relativa, uma vez que sempre � v�lida, em qualquer situa��o no Universo, a perfeita equival�ncia f�sica entre movimento e repouso, em virtude da continuidade do espa�o vazio, que permite a tudo ser assim como � e existir localmente.

Tudo, qualquer objeto f�sico, viaja sempre na velocidade da luz, se combinamos dist�ncia percorrida pelo espa�o com ritmo do tempo; medida do espa�o “percorrido” com medida do tempo “transcorrido”.

� sempre exata a complementaridade entre espa�o e tempo.

Todos os pontos de vista sempre s�o fisicamente igualmente v�lidos.

N�o h� nenhuma situa��o privilegiada, nenhum padr�o absoluto ou preferencial de repouso ou movimento no Universo.

Para qualquer observador a velocidade da luz � sempre fixa e imut�vel.

� uni�o desses complementares, espa�o e tempo, chamamos de espa�o-tempo.

Para qualquer observador, a luz sempre � uma oscila��o, uma varia��o, no valor m�dio da tens�o do espa�o vazio.

O espa�o absoluto n�o existe para os observadores porque as medidas espaciais dependem do movimento. O tempo absoluto n�o existe para os observadores pela mesma raz�o.

Mas a complementaridade do espa�o-tempo faz com que as medidas deste conjunto formem um valor absoluto localmente.

O espa�o-tempo absoluto n�o existe para o Universo porque para o Universo nenhum movimento existe, uma vez que todos eles s�o perfeitamente equivalentes ao repouso.

Localmente, para os observadores, o espa�o � algo.

Para n�s que somos mat�ria, para a mat�ria, o espa�o � algo, pois a tens�o do espa�o � t�o substancial quanto a mat�ria.

A tens�o do espa�o pressiona a mat�ria. Desloca-se, se move e interage com a mat�ria. Aos efeitos, �s varia��es da tens�o do espa�o, chamamos de campos de for�as.

Localmente, esses campos de for�as s�o ativos, s�o tensos, t�m muita energia potencial.

Para o Universo como um todo s� o repouso existe.

Na teoria da Relatividade Geral o espa�o-tempo mesmo vazio proporciona a refer�ncia do movimento acelerado para um observador, tendo isto sempre validade apenas local. A Relatividade Geral s� funciona localmente, sempre da mesma forma, em qualquer lugar no Universo.

Falando bem claramente, nem o espa�o, nem o tempo, existem para o Universo.

� justamente por isso que o Universo �, localmente, eterno no tempo e infinito no espa�o.

O Universo n�o pode ser influenciado nem modificado por nenhum dos dois.

Tudo que acontece pelo espa�o e pelo tempo s� acontece localmente.

Localmente, o espa�o-tempo � uma refer�ncia para o movimento.

Localmente, o espa�o-tempo � algo.

Mesmo um campo de for�a gravitacional de valor igual � zero continua sendo um campo potencial, que pode ser medido e modificado, que proporciona um algo.

A constata��o que sustenta a teoria da Relatividade � que nada proporciona um padr�o absoluto para o movimento.

O fundamento da teoria da Relatividade � a continuidade extensa do espa�o vazio, que permite a perfeita equival�ncia f�sica entre movimento e repouso, em qualquer situa��o.

“Todos os dias as pessoas andam, mas n�o sabem para onde v�o”

A defini��o que o espa�o tem em uma concep��o da F�sica cl�ssica � o meio que separa um objeto dos demais, a coisa interveniente que nos permite dizer com clareza que um objeto � diferente e independente de outro � � refutada pelas conex�es qu�nticas, pela tens�o, pelas for�as existentes no espa�o vazio, o que s� pode ser explicado de modo l�gico, racional, pelo fato do espa�o ser cont�nuo.

A continuidade, a n�o-separa��o, � o que permite a comunica��o instant�nea, o v�nculo permanente, a tens�o sempre existente entre quaisquer pontos do espa�o vazio.

As conex�es n�o-locais, instant�neas, mostram que o espa�o n�o � como pensavam que fosse.

A F�sica em sua exata proporcionalidade, o mundo cotidiano em que vivemos, existe em fun��o de interconex�es n�o-locais pela cont�nua extens�o infinita do espa�o vazio.

Para superar as relativiza��es do mundo percebido pelos nossos sentidos e atingir a consci�ncia mais profunda possibilitada pelo conhecimento, precisamos utilizar a dedu��o pelo nosso intelecto.

No Universo, n�o existe um rel�gio preferencial, �nico ou universal. No Universo, n�o h� consenso sobre um mesmo agora.

Antes de medir a posi��o de um el�tron, n�o faz sentido perguntar onde ele est�. Mais uma prova da continuidade da realidade.

O ato de medir influencia na posi��o do el�tron. O el�tron n�o tem uma posi��o definida at� que seja feita a medi��o. At� que seja feita a medi��o, o el�tron n�o se distingue do meio. At� que seja feita a medi��o, o el�tron n�o se distingue do campo eletromagn�tico.

O ato de medir � o criador da pr�pria part�cula que est� sendo medida, enquanto admitimo-la como distinta do restante que a envolve.

Uma defini��o concreta s� se torna real, entre as muitas outras potencialmente poss�veis, quando se faz a medi��o.

Como a Lua � formada apenas por el�trons e outras part�culas muito similares, quando ningu�m est� olhando para a Lua ou interagindo com a Lua de algum modo, a Lua simplesmente n�o est� l�. N�o como sendo a “Lua”.

Quando ningu�m est� comparando o movimento relativo que a Lua �, ela � igual ao espa�o vazio cont�nuo que a circunvizinha.

Para o Universo, nossa distin��o entre Lua e o espa�o vazio n�o existe.

Para o Universo, a Lua n�o existe nunca como sendo algo diferente do espa�o vazio, em raz�o da perfeita equival�ncia f�sica sempre existente entre movimento e repouso, conseq��ncia da continuidade do espa�o vazio.

A teoria da Relatividade Especial de Einstein proporciona a evid�ncia de que de modo geral, para o Universo, o tempo n�o passa. Ela simplesmente exterminou, do modo mais convincente poss�vel, que � o emp�rico, a id�ia de tempo absoluto. Para existir, o conceito de tempo sempre depende do observador, o que � muito coerente para servir para explicar como o Universo surge do nada. Sem os observadores, nada existe.

Se um observador est� localizado longe da Terra na dist�ncia enorme de dez bilh�es de anos-luz dela, e se afastar da Terra na pequena velocidade de dez quil�metros por hora, a diferen�a temporal entre o agora aqui na Terra e o agora do observador, fica em aproximadamente cem anos.

Os eventos aqui na Terra que correspondem ao agora do observador distante ocorreram na perspectiva de quem est� na Terra h� cerca de cem anos atr�s.

Se o mesmo observador muito distante se move em dire��o � Terra na mesma pequena velocidade de dez quil�metros por hora, o agora do observador distante corresponde ao agora que aqui na Terra acontecer� daqui h� cerca de cem anos.

Esta demonstra��o da inexist�ncia da simultaneidade n�o-local, revela que tamb�m a id�ia de fluxo do tempo tem validade apenas local.

O tempo s� passa localmente. Nunca para o Universo. O assunto “origem do Universo” �, portanto, um absurdo.

N�o localmente, de modo geral, a id�ia de fluxo do tempo nunca � v�lida.

Se pud�ssemos ver o tempo registrado em dois referenciais distantes, o tempo pareceria um bloco (com dimens�es) contendo eventos, e n�o algo que passa.

� apenas uma hip�tese, mas devido � grande dist�ncia no espa�o que h� entre as gal�xias, o desvio para o vermelho do efeito Doppler pode n�o significar um efetivo afastamento espacial a enormes velocidades, mas sim um afastamento temporal entre os agoras muito grande ainda que em baixas velocidades relativas pelo espa�o umas das outras. Essa id�ia, se confirmada, refuta a id�ia da suposta e estranha expans�o do espa�o do Universo, e do pr�prio Universo.

Quanto mais distante estiver um objeto, mais tempo leva at� que a luz por ele emitida chegue para que se determine a que agora ele pertence.

Mesmo em velocidades baixas entre si, os efeitos relativ�sticos s�o fortemente amplificados quando ocorrem a grandes dist�ncias no espa�o.

Localmente, nos eventos que ocorrem perto de n�s mesmos, vemos o passado como algo que j� ocorreu e o futuro como algo ainda por vir.

Mas, num Universo relativ�stico, a diferen�a entre os “agoras” � grande.

O agora de um observador distante que se move em rela��o a n�s � muito diferente do nosso.

Sendo o espa�o infinito em extens�o, os diferentes “agoras” se estendem infinitamente, e a sua uni�o abrange todo o espa�o-tempo.

Portanto, se voc� define que a realidade consiste nas coisas que est�o agora na sua imagem mental, e se concorda que o seu agora n�o vale mais do que o agora de outra pessoa que esteja muito distante de voc� no espa�o, e que se move livremente, ent�o a realidade consiste em todos os eventos do espa�o-tempo. A realidade do presente � a mesma do passado, que � a mesma do futuro.

Muitos diriam: “Mas o futuro ainda n�o existe fisicamente, e o presente � o passado modificado”.

Por mais “vol�til” que possam parecer as exist�ncias f�sicas do futuro e do passado, elas s�o t�o v�lidas fisicamente quanto a exist�ncia do presente, de acordo com a Relatividade.

Reca�mos na import�ncia da opini�o do observador. Se para o observador � muito forte a evid�ncia da exist�ncia f�sica do presente, sem o observador, para o Universo, nem mesmo o presente existe.

Newton acreditava que o espa�o e o tempo eram absolutos cada um de forma independente e separada de tudo o mais restante.

Assim, acreditava que o agora era o mesmo para todos os observadores do Universo.

Einstein nos mostrou que cada observador em movimento relativo tem o seu pr�prio agora, e que geralmente eles n�o coincidem.

Fisicamente, de acordo com a Relatividade, a realidade n�o pode ser apenas o momento presente entre o passado e o futuro.

A realidade � o todo: a soma de todo o passado, com todo o presente, e todo o futuro.

A realidade � a soma de todos os movimentos passados, presentes e futuros.

Mas qual � a consist�ncia f�sica, onde est�o os movimentos passados, e os futuros?

Tais movimentos t�m exatamente a mesma consist�ncia f�sica e a mesma validade dos movimentos presentes, ou, os movimentos do presente t�m exatamente a mesma consist�ncia f�sica e a mesma validade dos movimentos passados e dos futuros: o vazio, a nulidade do Universo.

Segundo essa maneira de pensar, mais geral que nossa experi�ncia local, n�o h� fluxo do tempo. O tempo n�o passa. Se o tempo n�o passa, para o todo, de modo geral, n�o h� movimento. Se n�o h� movimento, s� h� o repouso, o vazio, a nulidade.

Para o Universo, s� h� o repouso, e o tempo, n�o existe.

Se, localmente, tempo � movimento, e para o Universo s� o repouso existe, falar em tempo do Universo simplesmente n�o faz nenhum sentido.

Tempo � sempre um conceito de validade local, que s� consegue existir localmente.

Localmente, os momentos do tempo, que para um observador s�o movimentos, nele ganham vida quando iluminados pelo poder da consci�ncia, da reflex�o, da mem�ria. Novamente, � o observador quem d� consist�ncia f�sica ao conceito de tempo.

O conceito de movimento, de mudan�a, n�o teria significado em um momento �nico do tempo de dura��o igual � zero. Quando a dura��o do tempo tende a zero, tamb�m podemos perder o significado do movimento mesmo antes de atingir o zero, pela fragilidade, incapacidade ou insufici�ncia de nossa percep��o ou sentido sobre o movimento.

Localmente, o tempo nada mais � que uma medida de movimento.

Essa medida de movimento pode ser observada ao se olhar o giro dos ponteiros de um rel�gio, ou o giro relativo do Sol em torno da Terra, por exemplo.

O tempo s� existe localmente e � apenas movimento.

O tempo � considerado a quarta dimens�o porque tamb�m as tr�s outras dimens�es espaciais cotidianas s�o criadas pelos movimentos, se encaixando com perfei��o e exata proporcionalidade entre si, que percebemos.

Sendo o tempo apenas movimento, a exata proporcionalidade entre as quatro dimens�es, tr�s do espa�o cotidiano, usual, mais a que � o tempo, exposta pela Relatividade de Einstein, demonstra que essas quatro dimens�es possuem uma �nica e mesma natureza: o movimento.

O conceito de espa�o depende do movimento para existir. Depende dos movimentos de “olhar” pelos tr�s eixos, ou pelo menos dos movimentos de percorr�-los, medindo-os com uma r�gua, por exemplo.

Quando estamos em repouso pr�prio, as tr�s dimens�es do espa�o parecem-nos ser tr�s eixos retos de dire��es independentes, por�m, toda reta n�o passa de ser sempre uma curva: toda reta � apenas uma curva que tem um raio muito grande.

Quando nos movemos muito r�pido pelo espa�o em uma dire��o, as outras duas das tr�s dimens�es do espa�o encurvam-se mais proporcionalmente � nossa velocidade, quanto maior nossa velocidade, maior a curvatura do espa�o, formando um efeito t�nel na dire��o do movimento.

O tempo tamb�m “curva-se”, e passa mais devagar tamb�m de modo proporcional � curvatura do espa�o e � velocidade, para algu�m que me�a essa viagem de outro referencial. O efeito da dilata��o do nosso tempo s� pode ser percebido por observadores situados de fora do nosso movimento, enquanto a maior curvatura do espa�o, o efeito t�nel, � percebido por quem est� se movimentando.

N�o � exatamente correto, portanto, afirmar que o espa�o � formado por tr�s dimens�es retas, tr�s eixos retos de dire��es independentes entre si.

A geometria do espa�o depende do movimento do observador em rela��o �s coisas que lhe s�o vizinhas ou observ�veis.

A afirma��o de que o espa�o tem tr�s dimens�es retas e independentes s� � v�lida na situa��o de repouso pr�prio do observador em rela��o a qualquer coisa.

Para a situa��o da velocidade da luz pelo espa�o, o efeito t�nel geom�trico da curvatura do espa�o � m�ximo.

O t�nel � o mais apertado poss�vel na vis�o do observador que est� a viajar.

As outras duas das tr�s dimens�es “retas” do espa�o curvam-se tanto que o espa�o praticamente deixa de ter tr�s dimens�es e fica apenas com uma dimens�o reta e duas encurvadas ao m�ximo, formando o que geometricamente, por analogia, chamamos de uma linha, ou uma corda.

As curvaturas das dimens�es do espa�o s�o fundamentais para o entendimento da forma��o e funcionamento da luz, e da mat�ria.

A natureza da luz e da mat�ria n�o � diferente da natureza da tens�o do espa�o vazio.

Para que a luz exista para um observador, � necess�ria a oscila��o, a vibra��o, o movimento.

N�o existe nunca luz em repouso em rela��o a um observador.

A luz � uma oscila��o, perturba��o ou vibra��o pela continuidade tensa do espa�o vazio.

A luz nada mais � que movimento para um observador.

Como o repouso em rela��o ao espa�o sempre pode ser admitido por um observador pela completa equival�ncia f�sica sempre existente entre os conceitos de repouso e movimento em raz�o da perfeita continuidade insepar�vel do espa�o vazio, que faz com que inexista no Universo qualquer referencial absoluto para o movimento, o que faz um observador perceber a exist�ncia da luz � o movimento, a oscila��o, a varia��o em torno do valor m�dio da tens�o do espa�o vazio, que � a pr�pria luz, ou a mat�ria, possibilitada pela elasticidade do espa�o vazio, que � cont�nuo e extenso, e por isso tenso, mas n�o de forma fixa ou r�gida, o que n�o se esperaria do vazio.

Quando dois f�tons de alta energia colidem, do resultado dessa colis�o podem aparecer um pr�ton e um anti-pr�ton, por exemplo.

Na colis�o, a varia��o em torno do valor m�dio da tens�o do espa�o vazio fica restrita a uma pequena regi�o de grande energia potencial.

O movimento oscilat�rio de deslocamento linear da luz que � o f�ton, se curva em torno de um ponto.

A energia do movimento curvo pontual que forma o pr�ton � a massa de repouso do pr�ton.

O pr�ton tem massa de repouso, tem massa quando est� em repouso junto a um observador. Os f�tons n�o.

Os f�tons t�m massa quando em movimento.

A energia do f�ton em movimento � proporcional � massa do f�ton em movimento.

Mas os f�tons nunca t�m massa de repouso.

Quando um pr�ton est� em repouso em rela��o a um observador, � poss�vel admitir que seu deslocamento pelo espa�o � zero.

O deslocamento pelo tempo do pr�ton, nessa situa��o, � igual ao deslocamento temporal do observador, e � o m�ximo poss�vel em rela��o ao observador.

Se o pr�ton come�a a deslocar-se pelo espa�o em rela��o ao observador, haver� uma composi��o de movimentos em rela��o ao observador.

O movimento curvo pontual que forma o pr�ton, que � a massa de repouso do pr�ton, e o novo movimento pelo espa�o realizado pelo pr�ton, formam a massa do pr�ton em movimento em rela��o ao observador.

Se fosse poss�vel instalar-se um rel�gio junto ao pr�ton, o observador mediria que o tempo agora passa mais lentamente no rel�gio do pr�ton de modo exatamente proporcional ao seu novo movimento pelo espa�o.

Quanto mais r�pido viajar o pr�ton pelo espa�o, de modo sempre exatamente proporcional, mais lentamente passar� o tempo no rel�gio do pr�ton medido pelo observador.

Em um rel�gio que pudesse ser colocado junto a um f�ton, o tempo medido pelo observador n�o passa.

Como o f�ton n�o tem massa de repouso, ele nunca realiza uma combina��o ou composi��o de movimentos em rela��o aos observadores.

Todo f�ton sempre est� em deslocamento f�sico m�ximo poss�vel pelo espa�o em rela��o ao observador.

A velocidade da luz � a m�xima poss�vel pelo espa�o para um observador, por isso, de exato modo proporcional, o tempo medido junto ao f�ton n�o passa para o observador.

O que � o deslocamento pelo tempo?

� uma compara��o entre dois movimentos.

Quando encontro um pr�ton no mesmo estado de repouso que eu, me�o o passar do tempo do pr�ton, ou seja, ao olhar o movimento dos ponteiros de um rel�gio, comparo o pr�ton a uma medida padr�o de movimento que chamamos de tempo.

Quando o pr�ton viaja pelo espa�o em rela��o a mim, o rel�gio que ficou comigo mede um deslocamento temporal maior para mim do que me�o no rel�gio que foi viajar junto com o pr�ton, o que significa fisicamente para mim que o tempo est� passando mais devagar para o pr�ton do que para mim.

Os f�tons nunca realizam uma composi��o de movimentos.

N�o se consegue colocar os f�tons em repouso junto a um observador porque eles n�o t�m massa de repouso, por n�o apresentarem composi��es de movimentos.

Por apresentar massa quando em repouso em rela��o a um observador, um pr�ton pode realizar muitas composi��es de movimentos em rela��o ao observador, desde a situa��o de repouso, at� quase na velocidade da luz.

Para um observador o movimento relativo do pr�ton d�-se pelo espa�o e pelo tempo de modo exatamente proporcional: quanto mais r�pido o pr�ton viaja pelo espa�o mais lentamente viaja pelo tempo, de modo que a soma das viagens pelo espa�o e pelo tempo apresenta sempre o mesmo resultado.

Esta troca proporcional nos deslocamentos pelo espa�o e pelo tempo n�o acontece com os f�tons.

Por ser muito simples, n�o ter massa quando em repouso em rela��o ao observador, e nunca ser uma composi��o de movimentos, o f�ton n�o viaja pelo tempo.

O tempo do f�ton n�o passa. J� o seu deslocamento pelo espa�o � sempre o mais r�pido poss�vel em rela��o ao observador.

Todo movimento sempre pode ser admitido como sendo tamb�m uma perfeita situa��o de repouso em rela��o ao espa�o vazio.

Apesar de apresentar sempre a mesma velocidade aos observadores, para o Universo, pela continuidade do espa�o vazio que leva � inexist�ncia no Universo de referenciais absolutos para o movimento, a luz est� sempre em repouso, n�o realiza movimento algum.

A continuidade do espa�o vazio, sua caracter�stica de inseparabilidade absoluta ou unidade, leva � inexist�ncia de referenciais absolutos para o movimento no Universo: todo movimento � sempre tamb�m um perfeito repouso.

Isso significa que n�o importa qual seja nossa velocidade relativa em rela��o a qualquer coisa: estamos sempre em um perfeito repouso em rela��o ao espa�o.

Por isso podemos sempre admitir que o tempo passa o mais rapidamente poss�vel em nosso referencial.

N�o � exatamente correto dizer que nos deslocamos no espa�o.

A mat�ria n�o se desloca no espa�o, a mat�ria se desloca pelo espa�o, assim como a mat�ria n�o ocupa lugar no espa�o, mas sim ocupa lugar do espa�o.

As medidas de espa�o dependem dos movimentos para existir (os movimentos de medi-las) para os observadores, assim como a mat�ria tamb�m nada mais � que uma quantidade de movimento em rela��o ao observador.

Por dependerem igualmente do movimento para existir para os observadores, espa�o e mat�ria alternam-se, ou temos o espa�o com dimens�es, ou temos a mat�ria com dimens�es. Nunca uma cumula��o de ambos.

Por que a velocidade da luz apresenta sempre o mesmo valor constante para qualquer observador em qualquer situa��o de movimento em que se encontre?

Por ser um movimento linear muito simples que sequer tem massa de repouso, que sequer consegue se manter no repouso, a luz n�o consegue apresentar composi��es de movimentos em rela��o ao observador, apresentando sempre a mesma velocidade a qualquer observador.

O fato de todo observador sempre viajar tamb�m na mesma velocidade da luz em seu deslocamento combinado pelo espa�o e pelo tempo, � o outro fator que fecha a equa��o.

Fisicamente, tudo que acontece em uma dire��o temporal, pode acontecer tamb�m no sentido inverso.

N�o h� a impossibilidade f�sica de se reverter completamente o resultado de qualquer experi�ncia cient�fica.

Para a F�sica, o suic�dio nunca significa o fim da vida. Para a F�sica, o suic�dio significa apenas um apagar de mem�rias.

Apagamos mem�rias todos os dias quando nos esquecemos de alguma coisa.

Assim como o Universo n�o teve in�cio, a vida nunca termina.

Devemos sempre analisar e procurar conhecer qualquer quest�o como um todo.

Pensar nos aspectos totais e gen�ricos da situa��o como um todo sempre � muito mais esclarecedor.

A segunda lei da termodin�mica que diz que a desordem sempre aumenta parece dar uma seta, uma dire��o ao tempo, que somente surge quando os sistemas f�sicos t�m um grande n�mero de componentes.

A forma como os eventos acontecem com o passar do tempo tem uma natureza totalmente probabil�stica, estat�stica, da maioria, podendo sim ocorrer totalmente ao contr�rio.

A F�sica qu�ntica n�o obedece �s regras de localidade no espa�o.

Admite, corretamente, influ�ncias, interdepend�ncias n�o-locais atrav�s do espa�o e do tempo.

O papel do observador enquanto int�rprete do Universo � formular uma descri��o do que sabemos.

A F�sica fundamental � intimamente associada � consci�ncia humana.

Se olhamos a realidade simplesmente sem tentar nada pensar sobre ela, percebemos que sobra muito pouco ou quase nada. Arrisco-me a dizer que o que sobra � mesmo o nada, do ponto de vista de uma pedra ou de qualquer outro objeto f�sico irracional, por exemplo.

A exist�ncia da realidade tem sua sustenta��o mais importante no fato de pensar e repensar sobre ela, de relembr�-la constantemente, repeti-la incessantemente em nossos pensamentos.

A teoria das c�pias, o constante pensar sobre a realidade (e refaz�-la), mesmo ocorrendo em nossa mente, � o mais poderoso suporte que a realidade possui para a constru��o de sua exist�ncia.

Os muitos mundos, a id�ia de que tudo o que possa ocorrer mesmo que com probabilidades m�nimas efetivamente ocorre, � completamente aceita pelo fato de que o Universo � eterno.

O Universo � um s� e �nico.

A rede colossal, infinita, povoada por c�pias de todos os objetos f�sicos, inclusive dos seres vivos, ocorre neste Universo.

Vista como conhecimento, constru�mos o significado da realidade f�sica.

Podemos tomar as observa��es que fazemos do mundo como dados indubitavelmente reais?

As descobertas racionais mais duradouras t�m uma caracter�stica em comum: a simetria.

O nada que a realidade significa para uma pedra ou para o Universo, permite admitir com certeza absoluta que as leis da F�sica que operam aqui s�o exatamente as mesmas que operam nos recantos mais long�nquos do Universo que se consiga imaginar.

A simetria rotacional baseia-se no fato de que todas as dire��es espaciais est�o em total p� de igualdade entre si, pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo.

A velocidade da luz � uma constante natural inviol�vel: ela n�o sofre os efeitos da composi��o dos movimentos, assim como uma bola de sinuca parece n�o mudar sua apar�ncia tanto faz para que lado realize uma rota��o.

A Relatividade Especial exp�e a simetria entre todos os observadores que se movem em velocidades fixas, uns em rela��o aos outros.

A Relatividade Geral avan�a um pouco mais, exp�e a simetria que existe tamb�m entre todos os pontos de vista que est�o em acelera��o entre si.

A simetria, a igualdade cont�nua do espa�o, � uma das nossas percep��es mais exata.

Os f�sicos acreditam na generalidade das explica��es.

Nenhum lugar do Universo � especial quando comparado a qualquer outro.

Nenhum movimento particular � especial quando comparado a qualquer outro.

Nenhuma localiza��o � especial quando comparada a alguma outra em qualquer sentido.

Todos os diferentes pontos de vista observacionais est�o sempre em total p� de igualdade quanto �s suas validades.

As simetrias n�o s�o meras conseq��ncias das leis naturais.

A simetria � a base sobre a qual as leis est�o constru�das. Prov�m do fato do espa�o vazio ser cont�nuo, de apresentar sempre as mesmas caracter�sticas proporcionais.

Se o Universo fosse localmente completamente imut�vel, seria imposs�vel definir o que � o tempo. O tempo n�o existiria.

Quanto mais distante de n�s est� uma gal�xia, maior � o seu deslocamento temporal em rela��o a n�s.

A posi��o aqui aceita � que o Universo em sua escala m�xima � infinito em extens�o pelo espa�o, eterno pelo tempo, e imut�vel em suas leis de funcionamento f�sico.

Localmente a tens�o do espa�o vazio � vari�vel em torno do seu valor m�dio, o que faz as medidas de espa�o e de tempo serem flex�veis, n�o fixas. El�sticas, n�o r�gidas.

Em nossa localidade conseguimos observar hoje mais de cem bilh�es de gal�xias.

Vivemos em um pequeno planeta azul que �rbita uma estrela comum no final de uma gal�xia entre as centenas de bilh�es que conseguimos ver pelo espa�o.

Os dados mais recentes que dispomos indicam que na maior escala observ�vel poss�vel, o espa�o n�o apresenta curvatura, exibe uma forma plana.

A simetria, fun��o da continuidade ou unidade do espa�o vazio � a base da F�sica e a forma do Universo como um todo.

H� evid�ncias cada vez mais confirmadas que o formato total do espa�o do Universo n�o � curvo.

A forma plana e infinitamente extensa para o espa�o � a vitoriosa na grande escala do espa�o-tempo mais universal que podemos ver.

O Universo infinito em extens�o � est�vel, regular, e imune ao tempo.

A luz sempre oscila pelo espa�o-tempo pela trajet�ria de menor caminho.

O significado do tempo, o Universo visto como um todo, a forma mais ampla ou mais geral do espa�o, t�m por base o conceito de simetria.

O espa�o vazio pode ser medido, portanto, � algo, e pode tamb�m perfeitamente ser admitido como sendo a total aus�ncia, o completo nada.

A vacuidade de uma regi�o � a quantidade de movimento que medimos, ou que n�o medimos, naquela regi�o.

Nem o mais vazio dos espa�os � um estado de aus�ncia absoluta de tudo.

Como o “tudo” sempre est� fundado na tens�o relativa que existe em raz�o da continuidade do vazio, trata-se sempre de um tudo relativo, de validade sempre apenas local e limitada.

A realidade do vazio, a realidade do todo infinito, � sempre a do mais completo repouso.

O conceito usual de espa�o que estamos acostumados est� sempre repleto de campos de for�as, repleto de movimentos.

Por serem fundados no vazio, a validade dos campos de for�as, de todos os movimentos, � sempre apenas local e limitada, pois n�o possuem uma natureza outra que a tens�o gerada pela continuidade extensa do vazio, o que sempre faz com que suas exist�ncias sejam apenas relativas.

As agita��es relativas dos campos, as varia��es relativas na tens�o existem mesmo no espa�o que consideramos vazio, em virtude de sua continuidade e extens�o.

A continuidade do espa�o vazio torna poss�vel a comunica��o instant�nea entre quaisquer pontos deste, permitindo que uma regi�o do espa�o que n�o cont�m nada, um v�cuo, possa agitar-se, pela tens�o relativa mantida entre esses mesmos pontos.

Para n�s o espa�o vazio parece ser algo, mesmo sendo o nada para o Universo.

Por ser vizinho das massas, por apresentar campos de for�as, apresentar medidas de uma quantidade que chamamos de dist�ncia ou comprimento, que para ser percebida ou mensurada sempre depende do que chamamos de movimento, o espa�o localmente � algo, mesmo sendo o mais vazio, a mais completa falta de tudo que tem para n�s uma exist�ncia aparentemente real.

De modo universal ou n�o-local, as varia��es na tens�o do vazio que s�o os movimentos n�o ocorrem, os movimentos n�o existem.

Para o Universo tudo � sempre apenas um �nico estado de repouso. Para o Universo como um todo � o nada, a aus�ncia de tudo, o que existe.

Localmente em qualquer regi�o do Universo, a continuidade e a extens�o do espa�o vazio fazem os movimentos relativos que formam tudo relativamente existir, pois todos eles s�o sempre completamente equivalentes a mais perfeita situa��o de repouso, j� que o espa�o vazio � cont�nuo e referenciais absolutos para os movimentos n�o existem em nenhum lugar no Universo.

O Universo como um todo n�o distingue nada, como n�s fazemos.

Os observadores como n�s, classificam e distinguem tudo.

Estamos aprendendo a superar as aparentes diferen�as.

As redu��es de simetria sempre parecem ocorrer apenas localmente, para um observador local apenas, nunca para o Universo.

O Universo � eterno e imut�vel em sua escala m�xima.

Qualquer teoria que aceite que localmente as leis da F�sica possam variar ou funcionar de diferentes modos em outros lugares ou em outras �pocas no Universo, n�o � sim�trica. N�o sendo sim�trica, n�o � simples. N�o sendo simples, jamais conseguir� explicar a si mesma.

Qualquer teoria que negue a eternidade pelo tempo e a infinita extens�o pelo espa�o do Universo, que negue a perfeita simetria do Universo e da F�sica, jamais conseguir� explicar o porqu� de si mesma.

O objetivo do racioc�nio, o objetivo da ci�ncia, � sempre encontrar as explica��es.

O racioc�nio n�o admite barreiras a si mesmo, � sempre capaz de ultrapassar quaisquer obst�culos falsos.

O completo vazio cont�nuo e extenso permite a exist�ncia relativa, de validade local e limitada, dos movimentos.

Explica porque existem as coisas, mesmo que em sua realidade de validade apenas relativa, o que n�o a reduz, pois assim a mostra eterna, na grandiosa express�o de Leibniz, “em vez de existir apenas o nada”.

O nada � o vazio completo.

As coisas do nosso mundo cotidiano s� podem existir porque nada significam em seu fundamento.

Todas as coisas materiais s�o apenas movimentos, oscila��es pelo cont�nuo vazio extenso.

Os dados emp�ricos confirmam a homogeneidade do espa�o em sua forma mais ampla.

Confirmam a perfeita simetria do cont�nuo vazio extenso, a eternidade pelo tempo e a infinita extens�o pelo espa�o do Universo.

Isso explica porque o Universo � t�o uniforme.

O total de massa e energia em determinado volume de espa�o, a densidade de mat�ria-energia, determina a curvatura local do espa�o.

Na densidade cr�tica, igual � massa de cerca de cinco �tomos de hidrog�nio por metro c�bico, o espa�o fica perfeitamente plano, portanto sem curvatura.

Observa-se na pr�tica que o espa�o mais amplo n�o � recurvado, nem positiva, nem negativamente.

Medi��es precisas iniciadas pelo sat�lite Cobe e aprimoradas pelo WMAP ap�iam � afirma��o de que de modo geral, o espa�o � plano.

Um Universo espacialmente plano requer que a densidade da mat�ria-energia total seja igual � densidade cr�tica.

A densidade cr�tica medida � resultado da homogeneidade infinitamente extensa do vazio.

Quanto maior � a massa de um objeto a ser movida, de exato modo proporcional, maior ser� o esfor�o a ser feito.

A massa de um objeto representa a resist�ncia que ele oferece a um novo tipo de movimento.

A massa representa a resist�ncia de um objeto �s mudan�as no seu estado de movimento (o que significa dizer em si mesmo) � �s acelera��es.

De onde vem essa resist�ncia �s acelera��es?

A que se deve a in�rcia dos objetos?

No passado tentaram especificar um padr�o de repouso (e alguns tentam ainda hoje) em rela��o ao qual as acelera��es pudessem ser definidas.

Para Newton esse padr�o era o espa�o absoluto.

Para Mach eram as estrelas distantes.

Mas por que os objetos resistem �s acelera��es?

Nenhum deles, nem mesmo Einstein, especificou um mecanismo pelo qual o objeto adquire a sua massa, a sua in�rcia, o atributo que luta contra a acelera��o.

A resposta � que toda massa � apenas uma quantidade bem definida de movimento.

Massa em um determinado estado de movimento, � um tipo bem definido de movimento, e por isso oferece resist�ncia a quaisquer outros tipos de movimento diferentes do que ela �, resistindo �s acelera��es.

Sendo o Universo eterno e infinito, n�o h� nenhuma experi�ncia cient�fica in�dita no Universo. O fato de toda e qualquer experi�ncia cient�fica sempre se repetir com extrema perfei��o, � um forte argumento a favor da eternidade do Universo. N�s tamb�m somos “experi�ncias cient�ficas”, em qualquer situa��o em que nos encontremos, sempre estamos completamente sujeitos ao funcionamento da F�sica, e tamb�m somos eternos. Repetimo-nos em perfeitas c�pias aqui mesmo, neste Universo.

Muitos f�sicos, os sensatos, consideram o modelo padr�o do Big-Bang bastante artificial.

Esses cientistas n�o aceitam o fato do modelo do Big-Bang depender de condi��es iniciais homog�neas de regula��o muito dif�ceis, que n�o t�m nenhuma explica��o te�rica.

Contraditoriamente, segundo dizem eles, a melhor maneira de compreender a infla��o do Big-Bang � conceb�-la como um evento que acontece num Universo preexistente (!), e n�o como sendo a pr�pria cria��o do Universo.

O cen�rio imaginado para o “momento do surgimento do Universo”, o Big-Bang, ca�tico, feroz e energ�tico, na verdade n�o passa de um palpite.

Na verdade, nem os criadores do modelo Big-Bang sabem como foi, e sem essa informa��o n�o podem avaliar de maneira convincente a probabilidade da ocorr�ncia da infla��o.

H� um buraco negro no conhecimento sobre a grande explos�o.

Localmente, todas as gal�xias que conseguimos observar parecem estar se afastando umas das outras de forma cada vez mais r�pida.

Mas sequer os dados sobre essa informa��o s�o conclusivos.

Milhares de artigos foram escritos sobre esse esquema inflacion�rio.

Agita��es pelo espa�o s�o o que produzem aglomera��es de mat�ria.

Uma das grandes maravilhas da era cient�fica, da nossa era, � podermos compreender o Universo.

Podermos hoje responder a pergunta de Leibniz sobre o porqu� da pr�pria exist�ncia do Universo.

Atrav�s do uso de pura l�gica sobre informa��es emp�ricas, podemos explicar porque existe o Universo, e porque a F�sica � “comandada” pelo conjunto singular imut�vel pelo tempo e pelo espa�o de leis e princ�pios que conhecemos, e o Universo constitu�do pelos espec�ficos componentes que observamos.

Da continuidade infinitamente extensa do vazio prov�m toda a massa e energia que forma o Universo.

A tens�o formada pela continuidade do vazio extenso responde por que existem as coisas em vez do nada.

Porque existem os campos de for�as no espa�o.

De modo universal, as quantidades de mat�ria est�o distribu�das de maneira perfeitamente uniforme pelo espa�o.

Por que vemos um ovo espatifar-se, mas nunca o vemos “desespatifar-se”?

O mais importante � saber que um ovo pode fisicamente “desespatifar-se”, voltando a ficar inteiro com a casca intacta e a gema e a clara em seu interior separadas a partir de seus peda�os e mistura desorganizada, apesar da probabilidade de isto acontecer ser extremamente pequena.

N�o h� nenhuma lei da F�sica que pro�ba um ovo de “desespatifar-se”.

O conceito de entropia, a lei da F�sica que diz que a desordem sempre aumenta, � um conceito totalmente relativo.

O conceito de ordem, ou de desordem, � totalmente relativo a quem os v� e assim os qualifica.

A seta ou o sentido do passar do tempo indicada pela entropia funciona por pura estat�stica.

Os ovos espatifam-se na maior parte das vezes simplesmente porque h� bem maior probabilidade de isto acontecer.

Levando-se tudo em conta, da localidade � universalidade, pode-se observar um padr�o que vai do que parece ser complexo ao que parece ser simples, que parece ir da diversidade � unidade.

� poss�vel unificar todas as for�as f�sicas e toda a mat�ria em uma teoria �nica, capaz de descrever todos os fen�menos f�sicos.

� poss�vel reunir o eletromagnetismo e a Relatividade Geral em uma teoria �nica.

Na Relatividade Geral Einstein mostrou que a for�a gravitacional pode ser descrita por meio de curvas e ondula��es nas medidas do espa�o, que os campos gravitacionais podem manifestar-se por meio da forma ou da geometria relativa do espa�o, ou do espa�o-tempo de maneira mais completa.

O campo gravitacional � igual � forma das medidas do espa�o.

Agita��es significam que a forma das medidas do espa�o oscila aleatoriamente.

De modo geral, o espa�o vazio nos parece ser calmo e plano.

Mas, no comprimento muito curto de Planck, um milion�simo de bilion�simo de bilion�simo de bilion�simo de cent�metro, nossas no��es usuais de esquerda e direita, frente e tr�s, e em cima e embaixo, ficam t�o embaralhadas no tumulto microsc�pico que perdem todo o sentido.

At� a nossa no��o comum de antes e depois perde o significado em raz�o das agita��es nas escalas de tempo menores do que o tempo muito curto de Planck, cerca de um d�cimo de milion�simo de trilion�simo de trilion�simo de trilion�simo de segundo, que corresponde ao tempo que a luz leva para atravessar a dist�ncia de Planck.

Nas escalas menores que a dist�ncia de Planck e que o tempo de Planck, a incerteza qu�ntica torna a forma das medidas do espa�o-tempo t�o retorcida e distorcida que os nossos conceitos usuais de espa�o e de tempo n�o podem mais ser aplicados.

Estamos falando do mundo das part�culas de mat�ria.

A id�ia de Einstein de que a geometria do espa�o e do tempo � regular e um pouco curvada, � v�lida e eficaz para descrever nossa localidade nas escalas maiores, mas n�o � v�lida quando analisamos nossa localidade nas escalas de dist�ncia e de tempo extremamente curtas.

As vigorosas ou poderosas agita��es ultramicrosc�picas, fruto da continuidade, unidade e extens�o do vazio, n�o significam que o espa�o ultramicrosc�pico tem uma natureza diferente do nosso espa�o usual, mas sim que s�o essas agita��es as �nicas constituintes dos �tomos e mol�culas que formam o nosso mundo usual.

A natureza, origem e ess�ncia da mat�ria est� nessas micro agita��es, que por sua vez surgem da unidade, continuidade e extens�o do vazio.

Todo ponto no vazio � intimamente ligado a qualquer outro ponto, pela continuidade do vazio, e a dist�ncia entre eles gera tens�o.

Oscila��es na tens�o permitidas pela t�nue realidade dela mesma, s�o os movimentos.

Todo movimento � fruto da plena uni�o cont�nua, e da separa��o provocada pela extens�o simult�nea entre quaisquer pontos no espa�o vazio.

Quanto mais pr�ximos est�o os pontos entre si no vazio, desde que a dist�ncia entre eles seja diferente de zero, relativamente mais vigorosas ou poderosas s�o as agita��es entre eles.

Os el�trons e os quarks n�o s�o part�culas de tamanho zero ou pontos sem nenhuma extens�o espacial.

Cada part�cula de mat�ria pode ser vista como um micro filamento m�nimo e vibrante.

Esses fios vibrat�rios n�o t�m uma espessura fixa, apenas seu pequeno comprimento � que � importante, de maneira que podem ser tratados como se fossem unidimensionais, e s�o muito pequenos: cerca de cem bilh�es de bilh�es de vezes menores do que um n�cleo at�mico.

As diminutas e poderosas oscila��es no vazio, fruto de sua unidade, continuidade e extens�o, o que gera tens�o, s�o os componentes mais elementares de toda a mat�ria e energia que conhecemos.

S� h� um componente fundamental para a exist�ncia das realidades f�sicas locais: a oscila��o unidimensional pelo vazio.

Os diferentes tipos de part�culas simplesmente correspondem a diferentes padr�es vibrat�rios que podem oscilar sem anular-se completamente.

Diferentes padr�es vibrat�rios correspondem a diferentes tipos de part�culas de mat�ria.

Uma grande variedade de part�culas corresponde a uma grande variedade de padr�es vibrat�rios, todos praticamente unidimensionais enquanto dist�ncia entre dois pontos.

No vazio cont�nuo ultramicrosc�pico o espa�o � compar�vel a uma sinfonia de cordas, que pela vibra��o faz a mat�ria existir.

A teoria das cordas consegue fazer uma descri��o unificada, e explicar a exist�ncia de toda a mat�ria e de todas as for�as.

A principal caracter�stica da teoria das cordas � que o seu componente b�sico n�o � uma part�cula pontual de tamanho zero, mas sim um micro objeto com extens�o espacial, produzido pela unidade do vazio.

Em escalas cada vez menores de espa�o, a incerteza quanto � posi��o implica em relativas oscila��es cada vez maiores pelo espa�o.

O conceito essencial formador do movimento relativamente realizado pela mat�ria, e que � a pr�pria mat�ria, nas grandes escalas, s�o as flutua��es, as agita��es em escalas de dist�ncia muito pequenas.

A teoria das cordas coloca um limite m�nimo abaixo do qual n�o tem sentido falar em prosseguir.

Chegamos ao nada.

Apesar de em nossas grandes escalas usuais termos a correta no��o de que o espa�o-tempo � cont�nuo, n�o podemos dividir o espa�o-tempo em peda�os cada vez menores infinitamente, porque o pr�prio conceito de espa�o-tempo, e o conceito de “cada vez menores” deixa de ter uma validade, um sentido pr�tico, a partir de um certo tamanho m�nimo.

Os conceitos de espa�o e de tempo se diluem. Somem. E a id�ia de diminuir de tamanho nada mais significa.

O vazio completo unido pela continuidade e infinitamente extenso forma tudo o que observamos no Universo.

O vazio sem nenhuma extens�o pr�tica � o pr�prio nada.

Retirando-se a extens�o, a partir de certo ponto, as caracter�sticas como comprimento e dura��o nada mais significam.

Embora possamos dividir regi�es do espa�o e dura��es do tempo sucessivamente pela metade nas grandes escalas, abaixo da escala �nfima de Planck essa divis�o n�o tem nenhum sentido.

Abaixo do poss�vel observ�vel, o espa�o e o tempo perdem totalmente seus significados, desaparecem, assim como tamb�m n�o existem em nossa escala usual para algu�m que esteja inconsciente, ou que seja incapaz de interpretar ou comparar movimentos.

Nossas no��es comuns de espa�o e tempo n�o se estendem para onde n�o possam ser percept�veis os movimentos.

A massa de qualquer part�cula � o micro movimento vibrante entre dois pontos unidos pela continuidade e minimamente afastados pela extens�o do vazio.

Localmente, atrav�s dos movimentos, as medidas de espa�o podem desdobrar-se em mais dimens�es.

Podem apresentar at� sete dimens�es espaciais adicionais.

Na teoria das cordas, o espa�o pode apresentar at� dez dimens�es espaciais, ou onze dimens�es no espa�o-tempo.

Todas as dimens�es s�o geradas por movimentos.

A simetria universal das leis da F�sica leva essas leis a serem mutuamente compat�veis.

O n�mero de simetrias aumenta muito para objetos unidimensionais, as cordas, e cai tamb�m acentuadamente a partir da�.

H� objetos (oscila��es) bidimensionais, chamados de membranas.

Os objetos do nosso mundo cotidiano geralmente apresentam tr�s dimens�es espaciais, e embora mais dif�ceis de visualizar, h� ainda objetos com mais dimens�es espaciais, que pela teoria das cordas podem chegar at� dez.

O tempo � escancaradamente movimento, e encaixa-se com perfei��o e exata proporcionalidade nos movimentos que formam as dimens�es do espa�o, formando o espa�o-tempo de quatro dimens�es.

Para n�s, localmente, o espa�o-tempo � algo, e n�o apenas uma id�ia vaga ou abstrata.

Segundo esse ponto de vista, a realidade do nosso espa�o-tempo quadridimensional est� em p� de igualdade com a realidade que � um el�tron ou um quark.

A realidade do espa�o-tempo que vivenciamos diretamente torna-se �bvia para n�s quando compreendemos que localmente tudo tem a mesma natureza: o movimento.

Os el�trons, os quarks, e todos os outros tipos de part�culas de mat�ria s�o vibra��es de cordas abertas com pontas presas no tecido formado pela tens�o do espa�o.

An�lises matem�ticas indicam que os gr�vitons podem ser padr�es vibrat�rios em cordas fechadas, circulares.

Para o caso do Universo, a simetria � total.

Como n�o existe em lugar algum no Universo um referencial absoluto para o movimento, o que � impossibilitado pela continuidade do vazio, todo movimento � sempre tamb�m um perfeito repouso, assim, para o Universo, nossa id�ia ou no��o de movimento simplesmente n�o existe como algo diferente do repouso.

Podemos dizer que, para o Universo, existe total simetria ou identidade entre os conceitos de movimento e de repouso e, dessa forma, � como se nenhum movimento existisse ou fosse relevante ou importante.

Todos os movimentos que s�o t�o importantes para n�s, nada significam, s�o impercept�veis ao Universo.

Se para o Universo nenhum movimento existe pela total simetria que existe entre movimento e repouso de forma n�o-local, nossa id�ia ou no��o de mat�ria-energia tamb�m n�o existe para o Universo, pois a mat�ria � apenas uma quantidade reservada de movimento, e energia � a capacidade de realizar trabalho, o que significa tamb�m mover uma quantidade de mat�ria.

O tempo tamb�m n�o existe para o Universo. O tempo apenas � localmente uma medida padr�o de movimento.

As medidas do espa�o vazio tamb�m n�o existem para o Universo.

Para medir ou visualizar o espa�o � sempre necess�rio algum tipo de movimento.

Como para o Universo os movimentos simplesmente n�o existem por sua total identidade ao repouso, fruto da continuidade do vazio, n�o h� nada com o que construir o conceito de espa�o.

Para o Universo a simetria total entre os nossos aparentemente diferentes conceitos, leva-o a ser o nada absoluto.

Para o Universo s� o nada absoluto parece existir.

Est� respondida a quest�o de Leibniz.

N�s vivemos dentro do nada absoluto.

N�o h� nenhuma contradi��o nisso.

Apesar de todos os nossos conceitos serem v�lidos localmente, apresentarem exata ou perfeita proporcionalidade entre si localmente, a validade dos nossos conceitos simplesmente n�o se estende ao caso mais geral poss�vel.

A explica��o do porque dos conceitos existirem � que nossos diferentes e variados conceitos existem localmente porque todos eles n�o s�o diferentes e s�o todos a mesma coisa para o caso mais geral poss�vel.

Isso � o que permite a exist�ncia dos conceitos localmente e explica a exata proporcionalidade que sempre observamos ocorrer entre eles localmente.

Toda vez que observamos o Universo, por maior ou mais ampla que seja essa observa��o, observamos sempre apenas um pequeno peda�o do Universo.

A �nica forma de falar a respeito de todo o Universo que sempre � localmente infinito em suas medidas em extens�o pelo espa�o e eterno pelo tempo, � da maneira que acabamos de expor.

Tamb�m por essa raz�o as leis da F�sica localmente nunca foram e nunca ser�o diferentes do que s�o hoje.

A forma da F�sica funcionar localmente nunca foi e nunca ser� alterada.

A F�sica funciona de modo sempre igual em qualquer lugar do espa�o e em qualquer per�odo do tempo, pela maneira como descrevemos o Universo.

Localmente, o fundamento de todos os nossos conceitos est� na id�ia ou no��o de movimento.

N�o precisamos esperar ou temer que no mundo das escalas ultra pequenas, das escalas qu�nticas, as coisas funcionem de modo muito diferente de como funcionam em nosso mundo das escalas grandes.

Se aqui o fundamento dos nossos conceitos est� no movimento, l� tamb�m o est�.

O fundamento do mundo das part�culas de mat�ria, como aqui, tamb�m � o movimento.

N�o precisamos inventar nomes esquisitos nem atitudes fantasmag�ricas para os movimentos que acontecem no micro mundo das part�culas.

A diferen�a entre o pequeno mundo da escala de Planck e o nosso macro mundo m�trico, est� na quantidade ou intensidade dos movimentos.

Mas o que � que se move?

Se tudo que vemos localmente tem origem no movimento, inclusive as medidas do espa�o e do tempo, ent�o o qu� est� se movendo?

A inexist�ncia no Universo de um referencial absoluto para a determina��o dos movimentos como admitido por Einstein a partir de dados emp�ricos, � um sintoma claro da continuidade do espa�o vazio, do fato que o espa�o vazio � cont�nuo.

Tal continuidade que permite que quaisquer pontos localizados no espa�o vazio comuniquem-se instantaneamente independentemente da dist�ncia em que se encontram um do outro, faz do espa�o vazio um meio tenso cuja intensidade pode localmente variar em torno do seu valor m�dio, mas sem in�cio e sem fim em sua extens�o, e sem qualquer ponto intermedi�rio de exist�ncia absoluta, fazendo com que nenhum movimento possa ser um movimento de forma absoluta, fazendo com que todo e qualquer tipo de movimento seja sempre apenas relativo, que todos os movimentos sejam sempre tamb�m um perfeito estado de repouso.

O entendimento, o pensamento mais profundo sobre o funcionamento da F�sica, leva ao entendimento da vida.

Levando-se em conta o tempo, a experi�ncia comum confronta-nos com os fen�menos que t�m come�o, meio e fim.

Mas, sendo o Universo eterno, e uma prova disso � que as leis da F�sica s�o imut�veis no tempo, todos os fen�menos f�sicos s�o c�clicos, repetidos, como as esta��es do ano e o nascer e o p�r-do-sol.

Todos os seres vivos s�o como o Sol (afinal, fomos forjados nas estrelas): nascem, p�em-se, voltam a nascer e a p�r-se, eternamente.

Os fen�menos c�clicos parecem ter um come�o e um fim, mas os ciclos s�o infinitos, perp�tuos.

O Sol nasce e se p�e, a Terra gira em torno do seu pr�prio eixo imagin�rio em rela��o ao Sol e faz revolu��es ao redor do Sol em rela��o aos outros planetas h� cerca de cinco bilh�es de anos. Antes disso, o Sol e o sistema solar ainda n�o haviam se formado. E daqui h� uns cinco bilh�es de anos, o Sol terminar� e com ele a no��o de nascer e de p�r-do-sol (pelo menos, neste sistema solar).

Isso n�o significa que n�o haver� outro Sol exatamente igual ao nosso, que j� n�o houve outros s�is exatamente iguais ao nosso, e que n�o existem em lugares daqui distantes outros s�is exatamente iguais ao nosso.

Ao contr�rio. A perfeita identidade f�sica sempre existente entre repouso e movimento, fruto da continuidade do espa�o vazio, a eternidade do Universo e a imutabilidade das leis da F�sica indicam-nos que nada termina de fato.

Tudo se repete.

Todos os fen�menos f�sicos s�o c�clicos.

Sendo o Universo eterno, todo e qualquer fen�meno f�sico tamb�m � c�clico e eterno.

A evolu��o do nosso mundo local tamb�m � um processo c�clico.

Nunca h� de forma absoluta come�o, meio e fim.

Tudo muda atrav�s do tempo como a Lua muda atrav�s de suas fases. Ap�s passar por uma seq��ncia completa, repetem-se as condi��es para que tudo volte a come�ar e dar in�cio a um novo ciclo repetitivo de mudan�as.

Sendo localmente c�clico em todos os seus fen�menos f�sicos o Universo evita com eleg�ncia as irrespond�veis quest�es sobre uma definitiva origem dele mesmo.

O pr�prio conceito de origem � sempre totalmente relativo uma vez que o Universo sempre existiu e sempre continuar� a existir, assim como tudo que existe dentro dele.

Todos os ciclos repetem-se indefinidamente. A entropia tamb�m � um conceito totalmente relativo.

Por ser extenso e cont�nuo, e por isso tenso, ressalvadas suas apar�ncias, o espa�o � para n�s igual a mat�ria: � definitivamente algo.

Ernst Mach acreditava em um conceito apenas puramente relacional do espa�o.

Para Mach o espa�o proporcionava apenas a linguagem para especificar a localiza��o de um objeto em rela��o a outro, mas n�o era ele mesmo uma entidade independente.

Inicialmente Einstein foi um defensor da perspectiva de Mach porque esta representava o maior grau de relatividade a que podia chegar uma teoria que adotasse esse conceito.

Localmente, as medidas de espa�o podem se comportar como um redemoinho em rota��o.

As medidas de espa�o podem girar em rela��o a referenciais locais.

As medidas de espa�o podem ser arrastadas pelo movimento rotacional da mat�ria, e entrar em um redemoinho.

Medidas de espa�o em rota��o significam que localmente o espa�o � algo.

A mat�ria e a energia podem causar deforma��es locais no espa�o-tempo.

Pequenas ondas aparecem nas medidas do espa�o-tempo quando a mat�ria se agita para um lado e para o outro.

Exatamente da mesma forma que atirar uma pedra na �gua gera ondas na �gua que se espalham, a mat�ria oscilando gera ondas no espa�o que tamb�m se espalham.

De acordo com a teoria da Relatividade Geral a explos�o de uma estrela supernova � como uma pedra jogada na �gua do espa�o-tempo.

Ondas gravitacionais s�o distor��es andantes na geometria do espa�o-tempo.

Contrariando Mach as ondas gravitacionais ocorrem localmente de fato, e o espa�o pode ficar ondulado em sua geometria.

Com a passagem de cada crista e de cada vale a geometria distorcida de uma onda gravitacional estica as medidas do espa�o em uma dire��o e em seguida comprime as medidas do espa�o na dire��o perpendicular �quela.

Teoricamente � poss�vel detectar a passagem de uma onda gravitacional medindo-se repetidamente as dist�ncias entre diversas localiza��es e verificando-se que as rela��es entre essas dist�ncias modificam-se de um momento para o outro.

Uma onda gravitacional pode ser vista como um n�mero enorme de gr�vitons viajando de maneira coordenada, assim como uma onda eletromagn�tica tamb�m pode ser vista como um n�mero enorme de f�tons viajando de maneira coordenada.

Dobras na geometria do espa�o nada mais s�o do que ondas gravitacionais ou outro tipo de for�a.

Uma generaliza��o do racioc�nio de Einstein leva-nos a ver o espa�o-tempo como um bloco s�lido no qual todos os momentos est�o gravados, congelados, diferente da imagem do tempo como um rio que nos leva sempre adiante de um momento para o seguinte.

Os momentos congelados no bloco do espa�o-tempo representam diferentes “agoras” � eventos que acontecem ao mesmo tempo - que s�o diferentes de acordo com os diferentes estados de movimento dos observadores.

Se quis�ssemos fatiar o bloco do espa�o-tempo de acordo com as diferentes no��es de agora de cada observador, cortar�amos o bloco em diferentes �ngulos.

Os momentos, os eventos, os movimentos que comp�em o bloco do espa�o-tempo localmente existem.

Cada momento, cada evento ou acontecimento, existe assim como localmente existe cada ponto do espa�o-tempo.

Os momentos n�o existem apenas no instante em que s�o iluminados pelo holofote do tempo presente ou pela consci�ncia de um observador.

Essa id�ia da exist�ncia real apenas do momento presente est� de acordo com a nossa intui��o, mas n�o resiste a uma an�lise l�gica mais detalhada.

Uma vez iluminado qualquer momento permanece para sempre iluminado.

Localmente, os momentos acontecidos n�o podem mais mudar.

Mudar um momento, mudar o passado, � uma id�ia que localmente n�o corresponde � realidade.

A �nica possibilidade f�sica de mudar o passado � mudando o presente em um mundo c�pia, em uma perfeita c�pia do mundo.

Logicamente, o Universo faz sentido.

A �nica maneira fisicamente poss�vel de uma relativamente grande quantidade de mat�ria viajar ao passado � viajando para uma c�pia do mundo que esteja em uma �poca atrasada em rela��o ao nosso mundo.

O ato da observa��o consciente � um elemento integrante da F�sica que realiza o resultado produzido a partir de um oceano de probabilidades.

Todos os mundos compat�veis com as leis da F�sica existem em algum lugar do Universo.

Todas as poss�veis vers�es de um mesmo momento existem em algum lugar no Universo.

H� um n�mero infinito de blocos do espa�o-tempo, e n�o apenas um.

Chegamos no mundo infinito das probabilidades.

A viagem no tempo para o passado s� � poss�vel para a mat�ria mais complexa sem ser desmontada ou destru�da, viajando-se no espa�o para outra Terra atrasada em sua �poca em rela��o a nossa Terra.

Com infinitos mundos c�pias existindo no Universo, cada seq��ncia de eventos fisicamente poss�vel acontece em algum dos mundos no Universo.

Uma viagem para outra vers�o da pr�pria Terra torna poss�vel uma relativa viagem no tempo ao passado.

Pode-se viajar ao passado indo-se a um mundo c�pia atrasado.

Embora os f�sicos geralmente concordem que as viagens ao passado s�o imposs�veis de ser realizadas diretamente, a teoria das c�pias supera com refinada eleg�ncia essa impossibilidade.

Se as viagens ao passado fossem poss�veis de outra forma, estar�amos inundados com visitantes vindos do nosso futuro.

Esta invas�o n�o acontece conosco simplesmente porque os outros planetas iguais ao nosso planeta Terra est�o muito longes de n�s pelo espa�o.

M�quinas do tempo capazes de fazer a mat�ria viajar ao passado destroem a fr�gil estrutura da mat�ria.

As medidas de espa�o e de tempo n�o s�o verdadeiramente fundamentais.

As quantidades medidas de espa�o e de tempo s�o sempre apenas relativas, sempre dependem do movimento.

Todo movimento � sempre uma relativa oscila��o na tens�o do extenso vazio cont�nuo, ou seja, nenhum movimento tem uma exist�ncia real de fato, mas sempre apenas relacional.

N�o h� nenhum paradoxo nisso.

O vazio, a aus�ncia, � o fundamento mais b�sico de todo o Universo.

� permitida a exist�ncia dos movimentos e de tudo o mais dentro do Universo, desde que esse tudo tamb�m n�o tenha uma exist�ncia real ou absoluta, que nada signifique de modo n�o-local.

A distin��o relativa entre o espa�o-tempo e a mat�ria-energia n�o existe de fato.

Tanto isto � verdadeiro que a prova � que as quantidades medidas desses conceitos apresentam-se sempre de modo exatamente proporcional relacionadas quanto �s suas varia��es devidas aos movimentos relativos.

As medidas de espa�o-tempo s�o fundadas em varia��es em torno do valor m�dio da tens�o do vazio.

Assim, s�o uma ilus�o em sentido mais amplo, assim como todo movimento s� � v�lido localmente para um observador, e n�o de forma absoluta ou para o Universo inteiro.

Essa ilus�o nos � dada pela validade apenas limitada de nossos conceitos, posto que fundados apenas em varia��es, nas oscila��es em torno do valor m�dio da tens�o do vazio.

O tamanho e a forma das medidas do espa�o-tempo podem mudar dependendo do movimento, assim como tamb�m pode variar o n�mero das dimens�es espaciais dependendo do tipo de movimento relacionado.

A forma das medidas do espa�o-tempo � muito mais uma proporcionalidade localizada relativa do que um elemento fundamental da realidade do Universo, mesmo que ocorra segundo uma regra comum em toda parte dentro do Universo.

As medidas do espa�o e do tempo dissolvem-se quando vistas a partir do ponto de vista mais fundamental da natureza: o vazio.

O espa�o com medidas finitas e o tempo dividido em quantidades n�o s�o componentes fundamentais do Universo.

T�m sempre validade apenas local e limitada.

Nossa no��o intuitiva em dividir as dist�ncias e as dura��es em unidades cada vez menores alcan�a um limite f�sico em rela��o a n�s mesmos, que tamb�m somos limitados, e este limite revela-nos que o espa�o com medidas finitas e o tempo divis�vel s�o ilus�rios se vistos de modo amplo, e n�o conceitos elementares ou construtores do Universo.

Se as medidas do espa�o-tempo fossem realmente elementares, se as medidas de espa�o-tempo fossem absolutas em qualquer situa��o, todos os observadores, independentemente da perspectiva ou da situa��o de movimento em que se encontrem, estariam sempre de acordo quanto a essas medidas.

Dependente dos movimentos, as medidas do espa�o-tempo s�o uma conseq��ncia derivada, secund�ria, localizada.

O que � um metro?

Um metro � a medida que a luz movimenta-se pelo espa�o vazio em 0,003 milion�simos de segundo.

Assim, para o espa�o (com medidas) existir para um observador, depende sempre do movimento.

O que � um segundo?

Um segundo � a medida de tempo em que o ponteiro dos segundos de um rel�gio em bom funcionamento movimenta-se em rela��o ao fundo fixo do rel�gio a dist�ncia angular de 6� (seis graus).

Tamb�m podemos definir um segundo como sendo a medida padr�o de tempo em que a luz movimenta-se trezentos mil quil�metros pelo espa�o vazio.

Assim, para existir o conceito de tempo tamb�m depende do movimento.

O que � velocidade?

Velocidade � uma medida movida ou percorrida pelo espa�o em rela��o a uma medida movida ou transcorrida de tempo.

Velocidade � uma medida de movimento em rela��o � outra medida de movimento.

O que � acelera��o?

Acelera��o � a mudan�a de velocidade em rela��o a outro movimento.

Acelera��o � uma compara��o ou composi��o de tr�s movimentos. Acelera��o � um movimento pelo espa�o em rela��o a um movimento pelo tempo em rela��o a outro movimento pelo tempo.

O que � for�a?

A for�a gravitacional, por exemplo, nada mais � que uma curvatura na geometria do espa�o-tempo produzida por um movimento rotacional na tens�o do espa�o vazio.

Quando uma for�a de qualquer tipo ocorre sempre h� algum tipo de movimento envolvido.

Da mesma forma que a acelera��o, uma for�a tamb�m � uma composi��o de movimentos.

O que � Trabalho?

Trabalho realizado em uma massa � a aplica��o de uma for�a multiplicada pelo movimento pelo espa�o que essa massa demonstra dessa aplica��o.

Da mesma forma que acelera��o e for�a, Trabalho tamb�m � uma composi��o de movimentos.

O que � energia?

Energia � a capacidade de realizar Trabalho.

Da mesma forma que acelera��o, for�a e Trabalho, energia tamb�m � uma composi��o de movimentos.

O que � a mat�ria?

Arist�teles em sua Lei Geral da Proporcionalidade enuncia: “um corpo de massa b atirado por um motor a, percorre (no solo) uma dist�ncia c em tempo d. Em compensa��o, um corpo de massa b/2 (ou seja, com metade da massa de b) atirado pelo mesmo motor a, percorre (no solo) a dist�ncia 2c (ou seja, o dobro da dist�ncia) no mesmo tempo d, ou percorre (no solo) a dist�ncia c em um tempo d/2 (ou seja, um corpo com metade da massa percorre a mesma dist�ncia na metade do tempo).”

Esta Lei de Arist�teles � auto-explicativa.

E cont�m toda a beleza da exata proporcionalidade matem�tica.

O assunto mais nobre para a F�sica � o movimento. O principal assunto da F�sica sempre � o movimento.

A exata proporcionalidade sempre verificada entre massas, deslocamentos, tempos e for�as, revela que todos estes conceitos t�m somente uma mesma e �nica natureza: o movimento.

A massa � um tipo de movimento, deslocamento � um tipo de movimento, tempo � um tipo de movimento, e for�a � um tipo de movimento.

A massa gravitacional de um objeto � sempre igual � massa inercial desse objeto.

A massa inercial � a quantidade de movimento que oferece resist�ncia � mudan�a no estado de movimento do objeto, que oferece resist�ncia a qualquer outro tipo de movimento diferente do movimento que todo objeto �.

Toda massa tem o seu equivalente em energia.

Toda massa pode ser convertida em energia.

Se convert�ssemos a massa de um objeto de um quilograma em energia, obter�amos cerca de noventa quatrilh�es de Joules.

Com estes noventa quatrilh�es de Joules poder�amos acelerar outro objeto de um quilograma de massa, do estado de repouso em rela��o a n�s at� pr�ximo da velocidade da luz em rela��o a n�s, milh�es de metros por segundo, ou milh�es de quil�metros por hora, que seria o novo estado de movimento dos inicialmente dois objetos que agora seriam apenas um.

A hip�tese do Big-Bang n�o � nem sim�trica, nem proporcional, nem exata, nem harm�nica.

O Big-Bang nega a simetria, proporcionalidade, exatid�o e harmonia da F�sica e do Universo.

Por que a for�a gravitacional depende do quadrado da dist�ncia?

A resposta est� diretamente ligada � geometria, ao n�mero de dimens�es espaciais utilizadas neste fen�meno.

A �rea de qualquer esfera no espa�o tridimensional � proporcional ao quadrado do seu raio e, portanto, proporcional ao quadrado da dist�ncia.

Isso significa que a densidade das linhas do campo de for�as que passam pela esfera, o n�mero total das linhas do campo dividido pela �rea da esfera diminui em propor��o ao quadrado da separa��o entre as massas.

A lei do inverso do quadrado da dist�ncia de Newton � assim uma proporcionalidade geom�trica das esferas em tr�s dimens�es espaciais.

“O homem n�o � infinito em sua percep��o, mas tem uma percep��o limitada.”

Paradoxo de Zen�o conforme exposto por Jorge Lu�s Borges:

“Aquiles, s�mbolo da rapidez, tem de alcan�ar a tartaruga, s�mbolo de lentid�o. Aquiles corre dez vezes mais depressa que a tartaruga e d�-lhe dez metros de vantagem. Aquiles corre esses dez metros, a tartaruga corre um; Aquiles corre esse metro, a tartaruga corre um dec�metro; Aquiles corre esse dec�metro, a tartaruga corre um cent�metro; Aquiles corre esse cent�metro, a tartaruga um mil�metro; Aquiles o mil�metro, a tartaruga um d�cimo de mil�metro, e assim infinitamente, de modo que Aquiles pode correr para sempre sem a alcan�ar.”

N�o h� nenhum erro, nenhum truque, na constru��o matem�tica desse racioc�nio conforme exposto por Borges.

O racioc�nio � logicamente claro.

De fato, Aquiles jamais alcan�aria a tartaruga se o espa�o e o tempo fossem entidades absolutas infinitamente divis�veis.

Mas n�o s�o.

As medidas de espa�o e do tempo s�o medidas completamente relacionais, relativas ao observador, e n�o existem para qualquer observador a partir de um limite m�nimo, que pode ser vari�vel.

Modelo matem�tico aceit�vel pelo observador que v� o encontro de Aquiles com a tartaruga: 1. Seja x1 a posi��o de Aquiles e x2 a posi��o da tartaruga. 2. Seja v a velocidade do simp�tico anf�bio, e portanto 10v a do her�i grego (de acordo com o enunciado). 3. Ent�o, as equa��es do movimento ser�o: x1 = 10vt e x2 = 10+vt. 4. Logo, igualando as duas equa��es do movimento determinamos que Aquiles apanha a tartaruga ao fim de exatamente t = 10/9v segundos. (Basta substituir o valor da velocidade da tartaruga para obter um resultado num�rico; se for v = 0,1 m/s, temos t = 11,1111111... segundos, por exemplo).

Podemos calcular o instante em que Aquiles alcan�a a pobre da tartaruga, ao fim de quantos metros.

O que o paradoxo pergunta �: como � que Aquiles chega at� a tartaruga ao metro tal ou ao instante tantos.

Russell que n�o pode ser acusado de ignorar a no��o de infinitesimal e j� conhecia a teoria da Relatividade, considerava que o paradoxo n�o est� resolvido. Apesar de ser um perfeito cont�nuo aos observadores, o tempo n�o � infinitamente divis�vel. Para existir o tempo depende da no��o de movimento. A no��o de tempo come�a a perder completamente o significado em torno do tempo de Planck, uma medida de tempo muito pequena. O mesmo ocorre com o espa�o. Quando voc� divide o espa�o em peda�os cada vez menores mesmo que imaginariamente, perceber� que a partir de certo ponto que para voc� j� n�o tem mais sentido quanto a no��o de volume, n�o faz mais sentido tentar continuar a dividir o espa�o. ������

Os conceitos da F�sica s�o todos locais, t�m validades localmente limitadas, dependem do homem para formul�-los, defini-los, interpret�-los, e existirem. Ao mostrar-se n�o infinitamente divis�vel, o tempo revela-nos a sua ess�ncia mais �ntima: termina em nada. O nada de que tudo � feito. Todo movimento � sempre tamb�m um perfeito repouso. Muitos f�sicos acreditam que o menor “peda�o” de espa�o que fa�a algum sentido como tal � o comprimento de Planck, que � muito, muito menor do que um mil�metro: 0,00000000000000000000000000000001616 mil�metros. ������

O homem � a medida do homem.

A divis�o do espa�o s� tem sentido para o homem (n�o tem para o pr�prio espa�o, por exemplo), e o homem � bastante limitado.

A id�ia de divis�o s� faz sentido para o homem, dentro de limites permiss�veis �s “ilus�es” humanas.

As coisas s� existem porque as vemos como coisas.

Para o Universo tudo � a mesma coisa.

A opera��o de dividir faz sentido para o homem at� certo limite. Mas nada significa para o Universo. Uma das id�ias fundamentais da Mec�nica qu�ntica � que a realidade n�o existe sem a medi��o, sem a observa��o. O ato de medir o tempo � que cria o pr�prio tempo. Einstein nos mostrou que o espa�o � igual ao tempo, que s�o exatamente proporcionais, complementares. ������ Quem acredita que as coisas existem por si s�, que o tempo existe por si s� de forma independente do observador, ser� sempre um escravo dessa realidade insuper�vel, que, perceba, � s� algo em que se acredita, e jamais conseguir� explic�-la ou entend�-la, tendo que simplesmente aceit�-la como acredita que ela �. A divis�o do espa�o s� faz sentido para o homem. � uma id�ia. A express�o “o menor peda�o que fa�a algum sentido como tal” refere-se �s limita��es humanas (tamanho das ondas de luz vis�veis pelo homem, velocidade de processamento da informa��o no c�rebro humano, etc.), aos limites da percep��o humana. Se voc� quer atravessar um n�mero infinito de pontos no espa�o em um segundo, sua velocidade ter� que ser infinita, a menos que os pontos sejam sem dimens�es. Pontos sem dimens�es s�o uma abstra��o matem�tica, n�o existem na realidade f�sica. ������

Se marcarmos os pontos A e B sobre as dist�ncias 1 cm e 2 cm de uma r�gua escolar, por exemplo, pelo que sabemos sobre as limita��es humanas, n�o podem existir fisicamente, infinitos pontos entre A e B. No caso dos pontos no espa�o n�o serem sem dimens�es, se coloc�ssemos o ponto A de um lado do Universo e o ponto B do outro lado do Universo, que � espacialmente infinito, tamb�m n�o funcionaria porque para termos infinitos pontos entre A e B, jamais conseguir�amos fixar o ponto B ou o ponto A. Trata-se de um caso limite, onde s� funciona a matem�tica (e a f�sica) que tende ao infinito. O homem cria a realidade em que acredita. A observa��o humana cria a F�sica. ������

Abaixo da pequena medida tempo de Planck, n�o h� mais tempo.

Localmente, instantes de dura��o zero, sem dimens�es, s� podem existir matematicamente, n�o fisicamente.

Quando o espa�o percorrido pela tartaruga torna-se muito pequenininho em rela��o ao espa�o percorrido por Aquiles, quando a no��o de espa�o percorrido pela tartaruga em rela��o a Aquiles deixa de existir para o observador, a tartaruga p�ra, e Aquiles alcan�a a tartaruga.

O problema tamb�m pode ser visto de outra forma: Como para o Universo n�o existe nenhuma diferen�a entre Aquiles, tartaruga, e espa�o percorrido, como para o Universo mat�ria e espa�o possuem a mesma natureza, conforme de modo claro exposto pelo grande Einstein, apesar da velocidade de Aquiles em rela��o ao ch�o ser de 1 m/s, e a velocidade da tartaruga em rela��o ao ch�o ser de 0,1 m/s, Aquiles pode, corretamente, admitir-se nesta situa��o estando sempre em um perfeito repouso em rela��o ao espa�o, e afirmar que � a tartaruga quem se aproxima dele com a velocidade de 0,9 m/s, o que obviamente os far� colidir do modo explicativo mais claro, direto e simples poss�vel.

Do paradoxo de Aquiles com a tartaruga podemos retirar quatro li��es importantes: 1) As medidas de espa�o e de tempo n�o s�o absolutas, n�o s�o infinitamente divis�veis, sempre dependem do observador, do comparador, para existir. 2) Abstra��es matem�ticas nem sempre est�o de acordo com a realidade f�sica. 3) A mat�ria e todos os outros conceitos da F�sica possuem sempre uma mesma natureza. 4) Temos que ter cuidado ao analisar composi��es de movimentos para evitar cair em paradoxos parciais.

O fato da mat�ria permanecer em movimento retil�neo uniforme para sempre na aus�ncia de for�as pelo espa�o vazio, responde uma pergunta fundamental sobre a mat�ria:

O que � a mat�ria?

A mat�ria � o movimento que apresenta.

A mat�ria n�o tem nenhuma outra subst�ncia, nenhuma outra natureza diferente do puro movimento.

Mat�ria � pura e simplesmente movimento.

O fato do movimento retil�neo uniforme ser sempre tamb�m um perfeito estado de repouso em rela��o ao espa�o vazio responde outra pergunta fundamental:

Mat�ria e espa�o s�o coisas diferentes?

O fato da mat�ria estar em movimento em rela��o a algum observador, em rela��o a algum referencial, e ao mesmo tempo estar sempre tamb�m em um perfeito repouso em rela��o � outro referencial, e essas duas situa��es serem sempre fisicamente completamente igualmente v�lidas ou equivalentes, revela que mat�ria e espa�o n�o s�o coisas totalmente diferentes de fato.

Mat�ria e espa�o possuem uma natureza comum.

Apesar da mat�ria poder deslocar-se pelo espa�o, ela nunca consegue deslocar-se em rela��o ao espa�o, pelo fato do espa�o ser cont�nuo.

O fato do espa�o e do tempo ser perfeitamente complementares de modo exato, o fato do espa�o e do tempo formarem um bloco exatamente proporcional para qualquer movimento, para a luz e para toda a mat�ria, explica porque a velocidade da luz � sempre constante, demonstra que toda mat�ria se desloca em velocidade sempre igual a da luz decomposta em velocidade pelo espa�o e velocidade pelo tempo, demonstra que a mat�ria � igual a luz em natureza.

A luz � mais simples do que a mat�ria por n�o conseguir apresentar composi��es de movimentos, o que a mat�ria, em velocidades mais baixas que a da luz pelo espa�o, consegue por parecer mais complexa que a luz enquanto movimento estacion�rio.

A luz � um dos tipos de movimento mais simples que conseguimos perceber do espa�o.

A luz n�o tem massa em repouso por ser um movimento muito simples e n�o conseguir apresentar composi��es de movimentos, o que, se acontecesse, implicaria em varia��es na velocidade da luz pelo espa�o.

Se a luz tivesse massa de repouso ou em repouso, seria igual a mat�ria e conseguiria apresentar composi��es de movimentos.

O bloco do espa�o-tempo � composto por movimentos.

Como todo movimento � sempre tamb�m um perfeito estado de repouso em fun��o da continuidade do espa�o vazio, o bloco do espa�o-tempo s� existe localmente, n�o existe para o Universo.

Pelo modo que a F�sica funciona, pela identidade sempre existente entre repouso e movimento (todo movimento � sempre tamb�m um perfeito estado de repouso), percebemos que o Universo como um todo nunca � afetado pelo tempo.

O tempo s� funciona localmente, n�o existe um tempo do Universo como um todo, o que Einstein demonstrou ao afirmar que cada observador tem o seu pr�prio tempo.

N�o existe o tempo universal.

A teoria Big Bang e outras teorias igualmente equivocadas sobre as origens do Universo dizem que esse tempo existe.

A teoria da Relatividade � bem clara ao afirmar que n�o existe a situa��o privilegiada, que n�o existe nenhum estado de movimento privilegiado, que n�o existe nenhum referencial privilegiado, que nenhum referencial � mais verdadeiro ou mais correto que os outros, enfim, que n�o existe o “mais verdadeiro” tempo do Universo.

Todo tempo medido ou observado depende sempre da situa��o do observador.

Assim, o Universo nunca teve um come�o.

Sendo o Universo eterno em rela��o a qualquer tempo, ele tamb�m � infinito no espa�o pela mesma raz�o.

O Universo n�o apresenta limites ou fronteiras absolutas nem em rela��o ao tempo nem em rela��o ao espa�o.

Vivendo em um Universo eterno, todo ser vivo, pelo modo que a F�sica funciona, tamb�m � eterno, intermin�vel, em perfeitas c�pias.

N�o podem haver fen�menos f�sicos in�ditos em um Universo eterno.

Em um Universo eterno tudo que existe hoje j� existiu exatamente da mesma forma alguma vez no passado, em outra �poca ou lugar, e sempre voltar� a existir da mesma forma novamente no futuro.

Em um Universo eterno tudo que � f�sico se repete em perfeitas c�pias.

A pr�pria Ci�ncia s� existe porque todos os fen�menos f�sicos e experi�ncias cient�ficas s�o perfeitamente repet�veis.

A eternidade de todos os seres vivos acontece aqui mesmo, dentro do Universo, e o modo como a F�sica funciona e sempre se repete nunca muda.

Assim como um fen�meno f�sico � sempre igual a outro fen�meno f�sico que se repete (a �gua congela sempre a 0� C, por exemplo), todo ser vivo � exatamente igual �s suas c�pias, que tamb�m se repetem.

Nossa consci�ncia depende do nosso f�sico.

A consci�ncia de cada ser vivo sempre est� atrelada ao seu f�sico.

Sendo o Universo eterno e pelo modo que a F�sica funciona o f�sico de cada ser vivo de tempos em tempos se repete em c�pias exatas, e a consci�ncia de cada ser vivo tamb�m se repete.

Nossa consci�ncia depende de nossas mem�rias.

Nossa mem�ria � um constitutivo de nossa personalidade.

Pela maneira que o Universo existe e que a F�sica funciona, nenhum de n�s � um indiv�duo. Somos todos multid�es.

Quando olhamos para um objeto f�sico em repouso vemos que ele apresenta determinado volume fixo, determinada posi��o fixa em rela��o a n�s, enquanto o tempo passa.

Se esse objeto passar a apresentar um movimento em rela��o a n�s, percebemos que o mesmo continua a apresentar o mesmo volume da situa��o anterior quando estava em repouso, apesar de agora sua posi��o no espa�o variar em rela��o a n�s.

Se tentamos visualizar o volume do corpo durante todo determinado intervalo de tempo decorrido, fazendo um somat�rio das posi��es do corpo durante o movimento que ele nos apresenta, chegamos ao conceito do que � chamado de bloco do espa�o-tempo, que nada mais � que a visualiza��o da posi��o do corpo no espa�o durante todo o tempo do movimento que ele nos apresenta.

O objeto, assim, parece ter seu volume aumentado em uma dire��o, esticado em uma dimens�o do espa�o que corresponde � dimens�o do espa�o por onde o corpo realizou o seu movimento em rela��o a n�s.

Se fizermos isto com todos os corpos em movimento que observamos obtemos o nosso bloco do espa�o-tempo local.

Esta visualiza��o do bloco do espa�o-tempo n�o � definitiva, n�o � absoluta, pois n�o � a �nica poss�vel.

Um observador situado na Lua ao olhar para o mesmo movimento em que n�s visualizamos o aumento do volume do objeto f�sico em uma dire��o para obtermos o nosso bloco do espa�o-tempo, ver� que al�m do aumento do volume do objeto na dire��o do movimento que n�s observamos, o volume do objeto tamb�m aumenta em mais uma dire��o (por causa do movimento da Lua em rela��o � Terra), e o volume do objeto aumenta bem mais na visualiza��o do bloco do espa�o-tempo visto da Lua.

J� um observador localizado no centro da Via L�ctea que observasse o mesmo movimento original que n�s observamos para obten��o do nosso bloco do espa�o-tempo, veria o volume do objeto aumentado ainda mais que o visto pelo observador situado na Lua, por causa do movimento do nosso Sistema Solar em rela��o � Via L�ctea.

E assim por diante.

A conclus�o sobre a situa��o mais geral poss�vel, a maior generaliza��o sobre o bloco do espa�o-tempo, � que o volume de qualquer corpo em movimento ocupa o volume do Universo inteiro, que � infinito.

A visualiza��o mais geral poss�vel do bloco do espa�o-tempo do movimento de um objeto f�sico qualquer, faz parecer que o volume desse corpo ocupa o Universo inteiro, que � infinito pelo espa�o e eterno pelo tempo.

A generaliza��o nos traz uma importante informa��o sobre a F�sica.

Nenhuma das visualiza��es relativas do bloco do espa�o-tempo � mais verdadeira ou mais correta que as demais.

Portanto, a informa��o importante que a generaliza��o da visualiza��o do bloco do espa�o-tempo nos traz dizendo-nos que um corpo em movimento ocupa todo o volume do Universo, � que espa�o, tempo, mat�ria, energia, movimento, etc., n�o s�o conceitos diferentes de fato, mas t�m uma mesma natureza f�sica comum.

A visualiza��o mais geral poss�vel do bloco do espa�o-tempo revela-nos a unidade da F�sica e do Universo.

A teoria Big Bang est� hoje entre os maiores atrasos que uma teoria cient�fica pode representar ao ser humano.

Baseada em dois argumentos nada definitivos quanto ao que sugerem (desvio para o vermelho na cor das gal�xias e radia��o de fundo em microondas) essa teoria disp�e sobre a hipot�tica origem do Universo.

Sendo a origem do Universo, sup�e ela sobre a origem de completamente tudo: espa�o, tempo, energia, mat�ria, etc.

O primeiro argumento em que se baseia a teoria Big Bang sobre a origem do Universo � que existe em todo lugar no Universo uma radia��o de fundo em microondas, que os autores da teoria argumentam ser um resqu�cio da alta temperatura que existia nos primeiros momentos do Universo.

Com o passar do tempo o Universo foi esfriando e aumentando de tamanho, chegando na homog�nea temperatura da radia��o de fundo que observamos atualmente em todo lugar.

Acontece que medi��es mais recentes revelam que a radia��o de fundo em microondas n�o tem nada de homog�nea.

Ela varia enormemente de lugar para lugar se comportando como mais um campo de for�as localizado qualquer.

Essa constata��o da enorme varia��o da temperatura da radia��o de fundos em microondas de lugar para lugar derruba o argumento do esfriamento homog�neo ocorrido no Universo desde a sua origem.

O segundo argumento apresentado pela teoria Big Bang para afirmar que o Universo teve uma origem � que todas as gal�xias para onde olhamos apresentam um desvio para a luz vermelha, o que pelo efeito Doppler significaria que todas as gal�xias est�o se afastando umas das outras � velocidades estupendas.

Sugerem os autores da teoria que se todas as gal�xias apresentam um desvio em sua cor para o vermelho � porque todas est�o se afastando umas das outras, e se todas est�o se afastando umas das outras houve um dia no passado em que elas estiveram todas bem juntinhas, num volume de espa�o menor do que a cabe�a de um alfinete (� isso mesmo o que diz a teoria), e que ent�o houve uma tremenda explos�o colossal que deu origem ao espa�o, ao tempo, � energia, � mat�ria, etc.

Devido �s enormes dist�ncias que nos separam de todas as outras gal�xias, qualquer movimento relativo no espa�o de qualquer gal�xia em rela��o a qualquer outra gal�xia, por menor ou m�nimo que seja, pela teoria da Relatividade de Einstein, provoca enorme descompasso temporal entre essas gal�xias, da ordem de milh�es ou bilh�es de anos.

Os eventos marcados aqui com uma data no tempo ser�o vistos muito no futuro em outras gal�xias, assim como quando olhamos para qualquer outra gal�xia vemo-la como ela era h� muito tempo no passado, devido � viagem da velocidade da luz finita pelo espa�o atrav�s de dist�ncias gigantescas.

� uma hip�tese, mas o desvio para o vermelho visto em toda gal�xia daqui observada, poderia ent�o n�o significar um descompasso espacial como indica o efeito Doppler, mas sim um descompasso temporal.

Ao inv�s de significar que as gal�xias mais distantes que observamos deslocam-se de n�s pelo espa�o a velocidades absurdas de milh�es de quil�metros por hora, o desvio para o vermelho pode significar simplesmente que todas as outras gal�xias est�o muito longe de n�s.

Uma outra hip�tese � que a luz perca energia na longu�ssima viagem.

Ao atravessar muitos e muitos campos de for�as atrav�s de dist�ncias gigantescas a luz perderia energia ao interagir com esses campos.

Da� o desvio para o vermelho que significa uma luz menos energ�tica, uma luz de menor freq��ncia, uma luz mais fria.

Quanto maior a dist�ncia pelo espa�o da gal�xia observada at� n�s, maior o desvio para o vermelho na cor da gal�xia observada.

Isto seria uma proporcionalidade fisicamente aceit�vel, e n�o um afastamento absurdo da gal�xia observada acima da velocidade da luz at�, o que n�o faz nenhum sentido pela Relatividade.

A perfei��o que sempre encontramos nas equa��es entre os conceitos da F�sica, a exata proporcionalidade sempre encontrada entre massas, velocidades, for�as, tempos decorridos, dist�ncias percorridas, etc., unida � teoria da Relatividade de Einstein que afirma n�o existir o tempo �nico do Universo, que afirma que n�o existe nenhum tempo privilegiado que rege o Universo, mas sim que infinitos tempos relativos de ritmos diferentes podem ser obtidos pelos observadores dentro do Universo, faz-nos acreditar que o Universo nunca teve uma origem, que ele � imune aos efeitos danosos provocados pelo passar do tempo como resfriamento do Universo como um todo, morte t�rmica do Universo, etc., enfim, faz-nos acreditar que o Universo � eterno pelo tempo.

O Universo sempre existiu e sempre existir�.

Nunca deixar� de existir.

Este fato leva tamb�m � eternidade dos seres vivos que est�o nesse Universo.

N�s vivemos sempre completando ciclos como o Sol que nos d� a vida: nascemos, morremos, voltamos a nascer, morrer, etc., de modo que nunca temos um fim definitivo ou absoluto.

Quem acredita no fim absoluto de um ser vivo, obrigatoriamente de modo l�gico tem que acreditar em um in�cio e um fim absolutos do Universo, e quem acredita em um in�cio e em um fim absolutos do Universo ainda n�o conseguiu entender como funciona a F�sica, a perfeita equival�ncia entre movimento e repouso em qualquer situa��o, a continuidade do espa�o vazio, a exata proporcionalidade entre os conceitos f�sicos, etc.

A consci�ncia da continuidade temporal do Universo e de todos os seres vivos quando atingida deve minimizar bastante a busca pelo imediatismo, pela satisfa��o urgente das vontades humanas.

Tal consci�ncia deve trazer mais harmonia aos seres vivos.

Explica��o do Princ�pio da Incerteza de Werner Heisenberg.

O Princ�pio da Incerteza de Werner Heisenberg afirma que quando conhecemos com precis�o a posi��o de uma part�cula subat�mica, de um el�tron, por exemplo, n�o podemos conhecer a velocidade desse el�tron com precis�o, e vice-versa.

Quando medimos com precis�o a velocidade de um el�tron torna-se imposs�vel saber a posi��o exata desse el�tron.

O Princ�pio afirma que n�o se trata de uma imperfei��o ou falha na medi��o desses dois conceitos quando medidos simultaneamente, mas sim que � uma caracter�stica fundamental da natureza, uma caracter�stica fundamental da F�sica que isso ocorra assim.

Logicamente o conceito de posi��o de um corpo s� pode ser conhecido com precis�o quando este corpo est� em repouso em rela��o ao observador.

N�o podemos esperar que um corpo em movimento em rela��o ao referencial de repouso em que se encontra o observador apresente uma posi��o precisa em rela��o ao observador uma vez que o conceito de movimento � justamente a mudan�a, a varia��o da posi��o do objeto observado em rela��o ao observador.

O conceito de velocidade de um objeto s� pode ser conhecido por um observador quando este objeto est� em movimento em rela��o ao observador.

N�o podemos esperar que um objeto em perfeito repouso em rela��o ao referencial em que se encontra o observador apresente uma velocidade diferente de zero em rela��o ao observador uma vez que o conceito de velocidade � justamente o movimento, a varia��o da posi��o do objeto em rela��o ao observador.

A explica��o l�gica do Princ�pio da Incerteza de Heisenberg est� no simples fato que � imposs�vel observar um corpo em repouso e em movimento em rela��o ao observador ao mesmo tempo, pelas conceitua��es que fazemos a respeito de movimento e de repouso.

Ou um corpo est� em movimento em rela��o ao observador, ou est� em repouso em rela��o ao observador.

N�o tem sentido l�gico dizer que um objeto est� em movimento-repouso em rela��o ao observador ao mesmo tempo assim como tamb�m n�o tem sentido l�gico dizer que uma part�cula est� em tal posi��o a tal velocidade.

Heisenberg dizia que el�trons s�o apenas n�meros, que n�o existe nada parecido com um el�tron em nosso macro mundo, que � imposs�vel apresentar qualquer analogia entre um el�tron e algo maior do nosso mundo cotidiano. Discordo dele.

N�meros representam e pura e simplesmente quantidades.

N�o h� nada de qualitativo em um n�mero.

Se me perguntassem: “um el�tron � uma quantidade de qu�?” com toda certeza eu responderia: “um el�tron � uma quantidade de movimento”.

Fundamentos da F�sica e do Universo:

Pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo, sem divis�es, localmente n�o existe um padr�o �nico de repouso em nenhum lugar do Universo.

Pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo, localmente n�o existe nenhum padr�o de repouso absoluto em nenhum lugar do Universo.

Por n�o existir em nenhum lugar do Universo uma situa��o padr�o absoluto de repouso, todo tipo de movimento relativo � localmente poss�vel no Universo, pois todo tipo de movimento relativo � sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso, uma vez que localmente n�o existe a situa��o padr�o.

Toda a F�sica, todos os conceitos da F�sica nada mais s�o do que varia��es do conceito ou da id�ia de movimento. Todos os conceitos da F�sica apenas s�o ou descrevem movimentos.

Toda a F�sica � formada apenas pelos movimentos.

A total inexist�ncia de referenciais absolutos para a defini��o dos movimentos faz com que os movimentos s� consigam existir localmente, por compara��o.

Para o Universo como um todo nenhum movimento existe, pois todo movimento � sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso.

O conceito f�sico de tempo tamb�m � um movimento.

Quando tudo est� congelado, parado, o tempo n�o passa, n�o existe.

Sendo um movimento o tempo s� existe localmente.

Para o Universo como um todo o tempo n�o existe.

Se o tempo n�o existe para o Universo como um todo uma vez que para o Universo como um todo, todo movimento � sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso, n�o faz sentido falar em origem do Universo.

O Universo como um todo est� fora do tempo.

O tempo s� consegue existir dentro do Universo, localmente.

O Universo como um todo �, portanto, eterno.

Para o Universo como um todo o tempo n�o passa.

Assim sendo o Universo como um todo sempre � localmente imut�vel em suas leis e princ�pios f�sicos de funcionamento.

A F�sica sempre foi pela eternidade igual como � hoje e sempre ser� pela eternidade igual como � hoje.

Mesmo que sejam observadas gal�xias se afastando de n�s, mesmo que houve no passado grandes explos�es colossais, isso n�o significa que houve uma origem do Universo.

Uma origem do Universo � um fato fisicamente imposs�vel uma vez que o Universo est� fora do tempo, n�o � afetado pelo tempo, n�o se sujeita ao tempo.

Todas as leis do movimento, toda a F�sica, s� funcionam e s� existem localmente.

N�o existem para o Universo como um todo, uma vez que todo movimento � sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso para o Universo pela continuidade do espa�o vazio.

A exata e constante proporcionalidade sempre presente entre quantidade de mat�ria e quantidade de movimento encontrada nas leis de Kepler, nas leis de Newton, nas leis de Einstein sobre o movimento, revela que a mat�ria n�o � outra coisa que puro movimento.

A mat�ria n�o tem outra natureza que o movimento.

Em um Universo eterno e infinito que est� fora do tempo (o tempo � sempre um evento localizado dentro do Universo) as leis e princ�pios da F�sica nunca mudam, funcionam sempre da mesma forma.

O repetir-se do funcionamento da F�sica e a eternidade do Universo tornam imposs�vel a exist�ncia de fen�menos f�sicos in�ditos, novos ou originais no Universo.

Todos os eventos f�sicos se repetem pela eternidade em c�pias exatas.

Enquanto corpo material o homem tamb�m � um fen�meno f�sico totalmente sujeito �s leis da F�sica e tamb�m se repete em c�pias exatas pela eternidade.

A consci�ncia de cada ser humano � totalmente atrelada ao seu corpo f�sico. A consci�ncia, as mem�rias dependem totalmente do corpo f�sico.

O Universo restaura qualquer tipo de consci�ncia perdida o tempo todo, restaura fielmente qualquer corpo f�sico.

A imutabilidade das leis e princ�pios da F�sica e a eternidade do Universo logicamente apontam para isso.

A teoria Big Bang � uma teoria superada por n�o ser sim�trica.

A teoria Big Bang enquanto pretensa origem do Universo � frontalmente contr�ria � teoria da Relatividade de Albert Einstein.

A teoria se baseia no fato de todas as gal�xias daqui observadas apresentarem um desvio em sua cor para o vermelho, o que pelo efeito Doppler, significaria que todas as gal�xias est�o se afastando umas das outras pelo espa�o.

A estranha hip�tese que a teoria Big Bang admite como correta � que o espa�o do Universo est� inflando, aumentando de tamanho desde que o Universo surgiu, da� o observado afastamento das gal�xias a velocidades absurdas.

Existem duas hip�teses diferentes que podem explicar o desvio para o vermelho observado na cor das gal�xias que descartam o afastamento entre todas as gal�xias pelo espa�o.

A primeira � que existe um deslocamento, uma diferen�a temporal, e n�o espacial a velocidades absurdas entre as gal�xias, pelo fato de todas estarem muito distantes entre si pelo espa�o.

Essa diferen�a temporal assim como as diferen�as espaciais (deslocamentos pelo espa�o entre os objetos) igualmente poderia ser captada pelo efeito Doppler.

A segunda hip�tese e talvez esta seja ainda mais forte � que a luz ao viajar grandes dist�ncias pelo espa�o perde parte de sua energia na enorme viagem.

Da� o desvio para o vermelho observado na cor das gal�xias para uma freq��ncia menos energ�tica do espectro luminoso.

Essa hip�tese tamb�m consegue explicar perfeitamente porque vemos o c�u apenas negro � noite, e n�o branco, como seria o esperado pela exist�ncia de bilh�es de gal�xias a nossa volta.

A luz emitida pelas gal�xias muito distantes de n�s simplesmente n�o consegue chegar at� n�s. Apaga-se pelo caminho.

A teoria da Relatividade de Einstein, que funciona perfeitamente em qualquer situa��o afirma que n�o h� nenhum referencial privilegiado, que n�o h� nenhum sistema de refer�ncia privilegiado ou mais verdadeiro ou mais correto que todos os demais, nem no tempo, nem no espa�o, em nenhum lugar do Universo.

Contrariamente � Relatividade, a teoria Big Bang afirma que houve um marco temporal zero, o inicial absoluto, no passado.

Se houve uma marca inicial absoluta no tempo, se houve o tempo zero como afirma o Big Bang, ent�o existiria uma escala de tempo privilegiada, absoluta, a escala temporal do Universo que remonta o tempo transcorrido desde a origem do Universo at� hoje. Negar a exist�ncia dessa escala absoluta seria negar o pr�prio Big Bang.

A teoria Big Bang afirma igualmente que existe um referencial privilegiado no espa�o.

Afirma que o Universo por estar se expandindo em todas as dire��es teria um ponto central fixo, est�tico, bem definido. Negar a exist�ncia deste ponto fixo no espa�o seria negar o pr�prio Big Bang.

De modo ainda mais ou igualmente absurdo, recentes medi��es no desvio para o vermelho na cor das gal�xias indicam que todas as gal�xias daqui observadas est�o se afastando de modo acelerado para cada vez mais longe.

De onde viria essa fant�stica expans�o inflacion�ria acelerada do espa�o?

A exata proporcionalidade sempre encontrada em todas as leis f�sicas, entre os diferentes conceitos da F�sica relacionados nessas leis, n�o admite que tal suposta expans�o espacial ocorra, nem que minimamente.

A teoria Big Bang n�o cont�m nenhuma explica��o para a infla��o do espa�o que sugere, apenas diz que ela ocorre, assim como tamb�m n�o explica de forma nenhuma como eram as condi��es iniciais, como era o Universo, em seu instante zero.

A teoria da Relatividade � muito mais harm�nica em seus princ�pios, muito mais sim�trica que a teoria Big Bang.

A harmonia sempre presente da exata proporcionalidade encontrada entre todos os conceitos nas leis da F�sica � muito mais cient�fica do que os indecifr�veis pontos obscuros e sem solu��o da teoria Big Bang.

A teoria Big Bang n�o s� � uma teoria cl�ssica no sentido de ser j� antiquada, e n�o atual, mas tamb�m � uma teoria falha.

O Universo eterno pelo tempo e infinito pelo espa�o � muito mais elegante logicamente.

Todo movimento retil�neo uniforme de acordo com o primeiro postulado de Einstein � tamb�m uma situa��o de repouso.

N�o h� nenhuma raz�o�f�sica para se supor que os movimentos acelerados difiram em ess�ncia dos movimentos retil�neos uniformes, sendo todo o conjunto dos movimentos relativos, ou seja, nenhum se d� de forma absoluta.

Apesar do envolvimento de for�as a�Relatividade Geral de Einstein nos mostra que nunca se pode afirmar que um corpo se movimenta acelerando de forma absoluta, pois isto � completamente equivalente a um campo gravitacional, por exemplo.

A explica��o do paradoxo dos g�meos da Relatividade se d� em rela��o � velocidade constante da luz.

A luz sempre se movimenta a uma taxa constante em rela��o a qualquer observador.

A corre��o se d� ent�o no ritmo particular do tempo.

Imaginemos dois foguetes cada um com um de dois irm�os-g�meos dentro.

Um foguete fica parado com os motores desligados, e o outro foguete liga os motores e gasta bastante combust�vel.

Posso afirmar que algum deles se movimentou de modo absoluto?

N�o, pois n�o existe dentro do Universo nenhum referencial de estado de movimento absoluto para eu afirmar isso, em virtude da continuidade do espa�o vazio.

Quando os g�meos se reencontram o g�meo que ficou no foguete com o motor desligado est� velho e o g�meo cujo foguete�ligou os motores est� jovem.

O foguete do g�meo jovem fez for�a pelo espa�o-tempo freando de modo proporcional seu rel�gio pr�prio em rela��o ao rel�gio do outro g�meo.

Tempo apenas � um tipo de movimento.

Quando um corpo faz for�a para movimentar-se se est� livre para isso sem encontrar obst�culos, o movimento que o tempo � n�o consegue passar t�o r�pido se visto�de outro referencial.

O conglomerado espa�o-tempo-movimento-mat�ria-energia se encaixa perfeitamente, igual �conta 1+1+1+1+1 = 5.

Cada vez que aumentamos ou diminu�mos um dos n�meros um, temos que aumentar ou diminuir tamb�m algum outro n�mero um, ou at� mais de um, de modo exatamente proporcional, para que o total da conta seja sempre�igual a cinco.

Esta sempre presente exata proporcionalidade prov�m do fato de tudo ter a mesma origem comum, de tudo ser movimento.

Quando imaginamos o espa�o j� estamos nos utilizando de movimentos para criar as medidas do espa�o.

Apenas com movimentos somos capazes de demarcar medidas para o espa�o.

O espa�o vazio n�o tem medidas sem os movimentos: � o nada, n�o existe.

Por isso o espa�o com medidas nunca � um referencial de repouso absoluto, porque depende dos movimentos para existir.

� sempre no m�ximo um referencial de repouso relativo.

Os objetos f�sicos n�o est�o�dentro do espa�o medido, mas ao lado.

O espa�o medido est�sempre ao redor, no entorno�dos objetos f�sicos.

A mat�ria n�o est� situada dentro do espa�o medido, mas sempre a seu lado, ou acima ou abaixo.

A mat�ria � vizinha do espa�o medido.

Medir a mat�ria � uma maneira de medir o espa�o que a mat�ria �. Mas medir a mat�ria � sempre medir a mat�ria, n�o medir o espa�o.

Se h� um espa�o vazio dentro de uma caixa vazia, e colocamos l� dentro uma bola de sinuca, o espa�o vazio onde agora est� a bola de sinuca n�o continua existindo. Considerar que o espa�o em que cabe exatamente uma bola de sinuca mais a bola de sinuca que agora est� ocupando este lugar, existem mutuamente, simultaneamente, n�o � uma id�ia totalmente correta porque isso leva a pensar que a bola e o espa�o possuem naturezas completamente diferentes, o que n�o � verdade.

Quando a bola entra na caixa n�o existe mais o lugar da bola feito de espa�o vazio, ou existe, mas na forma de bola de sinuca.

Porque a bola e o espa�o medido t�m uma mesma natureza, o movimento, o espa�o vazio fica situado sempre no entorno � bola.

O espa�o medido n�o cont�m os objetos f�sicos. Ele circunda tudo. �

Somente a compara��o entre movimentos relativos, oscila��es no valor m�dio da tens�o do vazio, � capaz de criar a realidade.

Tudo indica que a espessura temporal do presente sempre � de zero segundo.

Todo movimento observ�vel � um movimento criador do passado em nossas mem�rias, registra-se no passado, n�o no presente.

Apesar disso os movimentos conseguem existir no presente pela continuidade do espa�o vazio que une perfeitamente quaisquer pontos deste.

N�o existe dentro do Universo um referencial absoluto para os estados de movimento.

Todo movimento � sempre tamb�m um perfeito repouso.

Isaac Newton elaborou a partir da teoria corpuscular da mat�ria, a concep��o do espa�o real e absoluto (independente dos corpos), que determinou como infinito e eterno.

Considerar que o espa�o � totalmente independente dos corpos seria acreditar que o espa�o e a mat�ria possuem inconcili�veis ou distintas naturezas, o que leva a um beco sem sa�da l�gica.

A exata proporcionalidade sempre presente nas equa��es relativ�sticas que revelam que o aumento na massa quando em velocidade relativa ocorre sempre de modo exatamente proporcional � diminui��o do comprimento, por exemplo, ou mesmo a exata proporcionalidade inversa sempre presente na Segunda lei de Newton que revela que quanto maior � a massa menor � a acelera��o, menor � a varia��o na velocidade de um corpo em rela��o ao tempo, menor � a dist�ncia percorrida no espa�o pelo corpo para uma mesma for�a aplicada de m�dulo constante, demonstra claramente que o espa�o e a mat�ria possuem uma �nica natureza, sendo por isso que se relacionam entre si sempre de modo exatamente proporcional.

Se o espa�o e a mat�ria tivessem naturezas completamente diferentes ou independentes n�o haveria a menor necessidade de se relacionarem entre si sempre de modo exatamente proporcional.

O espa�o � real na medida em que seja visualizado ou medido por um observador.

Sem que haja um observador a pelo menos imaginar ou pensar o espa�o n�o tem nenhum sentido afirmar que o espa�o tem uma exist�ncia real independente mesmo porque como demonstra a Relatividade as medidas espaciais s�o sempre relativas, sempre dependem da situa��o de movimento envolvida com o observador que o mede.

O espa�o � infinito em extens�o no sentido que algu�m que mede o espa�o nunca chegar� a atingir um fim objetivo do espa�o no Universo.

Como o conceito de espa�o � criado pelo observador que o mede, pelo ato ou pelo movimento de medir o espa�o mesmo que isto seja feito apenas com os olhos, n�o h� nenhum fim objetivo do espa�o que se possa encontrar como realidade f�sica insuper�vel.

O Universo � eterno, baseando-se em que a Relatividade de Einstein n�o admite que possa existir um referencial absoluto para medir movimentos de forma absoluta, nem para medir o tempo de uma forma absoluta (tempo apenas � um tipo de movimento). Apenas medi��es relativas existem ou s�o poss�veis, o que mant�m a nulidade ou simetria do Universo sempre preservada.

N�o h� alternativa l�gica coerente a n�o ser a eternidade do Universo.

N�o entende a F�sica quem afirma o contr�rio, quem aceita a teoria Big Bang.

Sobre os corpos sob a a��o de uma for�a centr�peta, Newton mostrou que os volumes dos corpos s�o irrelevantes, o que importa s�o as dist�ncias entre seus centros e o valor de suas massas.

A quantidade de movimento de um corpo � o produto de sua massa por sua velocidade.

A in�rcia de um corpo � uma for�a, uma rea��o de um objeto a qualquer mudan�a em sua quantidade de movimento.

For�a � uma a��o exercida sobre um corpo de modo a alterar a sua quantidade de movimento.

H� duas maneiras de alterar o estado de movimento de um corpo: mudando a magnitude de sua quantidade de movimento ou mudando a dire��o de sua quantidade de movimento.

Galileu descobriu que se nada tocar um corpo em movimento ele assim continuar�, para sempre, em linha reta e com velocidade constante.

Na aus�ncia de for�as, um corpo permanece em repouso ou em movimento uniforme ao longo de uma linha reta. Esse fen�meno demonstra a perfeita equival�ncia f�sica sempre existente entre repouso e movimento, e tamb�m que o espa�o vazio � cont�nuo, raz�o dessa equival�ncia.

Se um corpo se encontra inicialmente em repouso, ele continua em repouso.

Se ele est� em movimento retil�neo uniforme, ele continua em movimento retil�neo uniforme.

N�o existe um “parar naturalmente” em rela��o a nada.

Em rela��o ao espa�o vazio tudo j� est� sempre parado, em raz�o da continuidade do espa�o.

A lei da In�rcia de Newton diz que um objeto em repouso permanece em repouso, da mesma forma que um objeto em movimento permanece em movimento retil�neo e com velocidade constante.

A caracter�stica do corpo que resiste � mudan�a chama-se in�rcia.

A medida da in�rcia de um corpo � o seu “momento”.

Newton definiu o “momento” de um objeto como sendo exatamente proporcional � sua velocidade.

A constante de proporcionalidade, que � a propriedade que resiste � mudan�a, � a sua massa.

P = mv = constante, se F = 0

A exist�ncia dessa constante proporcionalidade f�sica indica que no Universo todos os fen�menos, todas as experi�ncias, enfim tudo se repete de maneira exata.

O pr�prio fato de na F�sica todos os fen�menos, todas as experi�ncias, tudo se repetir com proporcionalidade exata � um fort�ssimo argumento contra a origem e um suposto fim do Universo.

Segunda lei de Newton

A taxa de varia��o da quantidade de movimento em rela��o ao tempo de um corpo em movimento � exatamente proporcional � for�a nele exercida.

O resultado de uma for�a que atua em um corpo em repouso ou em movimento uniforme � faz�-lo acelerar de acordo com a seguinte propor��o exata:

F = ma

Quanto maior � a massa do corpo a ser acelerado, maior � a for�a necess�ria para aceler�-lo de modo exatamente proporcional.

Pode ocorrer aumento ou diminui��o da velocidade do corpo ou altera��o da dire��o da velocidade do corpo, sempre de exato modo proporcional.

Quando a for�a resultante aplicada no corpo for diferente de zero, o corpo s� poder� estar acelerado.

Esta lei da for�a relaciona a mudan�a de velocidade do objeto com a for�a aplicada nele sempre de exato modo proporcional.

A for�a resultante aplicada em um objeto � igual a massa do objeto vezes a acelera��o causada ao corpo por esta for�a.

A acelera��o ocorre sempre exatamente na mesma dire��o da for�a aplicada.

Terceira lei de Newton

Para cada a��o existe uma rea��o igual e contr�ria.

N�o existe a��o sem rea��o.

A lei da a��o e rea��o diz que se um objeto exerce uma for�a sobre outro objeto, este outro objeto exerce uma for�a de intensidade igual em sentido contr�rio.

Gravita��o Universal

A for�a gravitacional entre dois corpos sempre � diretamente proporcional, de modo exato, ao produto de suas massas e inversamente proporcional, de modo exato, ao quadrado da dist�ncia entre os seus centros de gravidade.

Por ser capaz de alterar o estado de movimento de um corpo, � importante saber que a for�a gravitacional � um tipo de movimento, originado a partir dos relativos movimentos que s�o as massas dos corpos.

Por ser um tipo de movimento a for�a gravitacional � diretamente proporcional �s quantidades de movimento que lhe d�o origem: � diretamente proporcional ao produto das massas (quantidade de movimento vezes quantidade de movimento).

Toda massa nada mais � que uma reserva, um tipo de movimento; uma relativa quantidade de movimento reservada.

Pelo fato de um movimento influenciar o outro, pelo fato de um movimento agir sobre o outro (de uma massa agir sobre outra) e vice-versa, a for�a gravitacional � sempre diretamente proporcional ao produto das massas, e n�o � soma das massas o que seria o esperado caso a natureza das massas fosse est�tica, parada; o que n�o �.

O fato da for�a gravitacional ser inversamente proporcional ao quadrado da dist�ncia entre os centros de gravidade das massas revela como se d� a a��o de uma massa sobre a outra e vice-versa.

Os movimentos que s�o as massas sempre apresentam volumes, que s�o medidas ou quantidades espaciais proporcionais, mas as influ�ncias das massas, as suas intera��es, as suas colis�es, etc., sempre ocorrem atrav�s de suas �reas ou superf�cies de contato.

A superf�cie ou �rea de contato da for�a gravitacional, ou, como dito por Einstein, a curvatura do espa�o-tempo que � a gravidade, � uma curva, forma uma esfera.

O c�lculo da medida da superf�cie ou �rea da esfera aumenta ou diminui de acordo com o quadrado do seu raio (dist�ncia do centro � borda da esfera), assim como o c�lculo da �rea de um quadrado, da medida espacial de um quadrado, � tamb�m lado ao quadrado (lado vezes lado).

Quando dobramos nossa dist�ncia pelo espa�o at� um objeto qualquer, vemos este objeto diminu�do em seu tamanho aparente pela metade.

Um objeto qualquer parece ter a metade do seu tamanho quando dobramos nossa dist�ncia em rela��o a ele.

Da mesma forma se esse objeto tamb�m consegue medir o nosso tamanho aparente, com o mesmo aumento na dist�ncia para o dobro nosso tamanho tamb�m parecer-lhe-� diminu�do para a metade do que era quando nossa dist�ncia at� ele era a metade.

� por isso que a for�a gravitacional diminui de modo exatamente proporcional ao quadrado da dist�ncia, devido � for�a gravitacional ser um movimento que se distribui, age ou interage de modo exatamente proporcional � geometria dos corpos, ou �s medidas de suas superf�cies ou �reas de contato ou intera��o.

Leibniz considerava as “intera��es � dist�ncia” um conceito m�stico e inaceit�vel.

Mas a perfeita equival�ncia f�sica insuper�vel entre repouso e movimento em qualquer situa��o, resultado da continuidade do espa�o, bem como a natureza din�mica da gravidade, fazem das intera��es � dist�ncia uma realidade sempre localmente aceit�vel.

Por n�o sentir-se o efeito da for�a gravitacional quando se est� em queda-livre (na aus�ncia de atmosfera) Einstein corretamente mostrou que o espa�o e o tempo tornam-se curvos, que as suas medidas relativas variam de uma forma curva quando na presen�a de massa, o que leva ao movimento gravitacional dos corpos.

A explica��o de Einstein � equivalente � explica��o de Newton. S�o complementares. Einstein mostra que as medidas espaciais e temporais relativamente variam na gravita��o de modo proporcional � for�a gravitacional calculada por Newton.

O importante � saber que tudo varia de exato modo proporcional �s relativas quantidades de movimento rotacionais sempre presentes na situa��o gravitacional.

A gravidade apenas � uma situa��o de proporcionais varia��es nas quantidades medidas de movimento, de espa�o e de tempo, que t�m origem nas relativas quantidades de movimento que s�o as massas, e por isso ocorrem sempre de modo exatamente proporcional.

A inexist�ncia de uma situa��o padr�o absoluto de repouso no Universo faz com que seja sempre v�lida a perfeita equival�ncia entre repouso e movimento permitindo a exist�ncia da gravita��o em qualquer lugar no Universo.

Newton descreveu a acelera��o centr�peta (a que � direcionada ao centro) em �rbitas circulares da seguinte maneira:

Dada uma part�cula que se move em um c�rculo.

No instante ‘t’ a part�cula est� no ponto espacial ‘D’, com velocidade ‘v1’ na dire��o tangencial ‘DE’;

Conforme a primeira lei de Newton (lei da in�rcia), se n�o existisse uma for�a centr�peta agindo sobre o corpo, ele continuaria em movimento na dire��o ‘DE’.

Ap�s um intervalo de tempo ‘dt’, a part�cula que agora est� no ponto espacial ‘G’, percorreu a dist�ncia ‘v.dt’, com velocidade ‘v2’ de mesmo m�dulo que ‘v1’, mas em outra dire��o.

Considerando varia��es infinitesimais: ‘delta t = dt’, e ‘delta v = dv’;

Sendo ‘alfa’ o �ngulo entre o ponto espacial ‘D’ e o ponto espacial ‘G’; ‘alfa’ tamb�m � o �ngulo entre ‘v1’ e ‘v2’, j� que ‘v1’ � perpendicular a ‘OD’, e ‘v2’ � perpendicular a ‘OG’.

Das proporcionalidades das medidas geom�tricas de um tri�ngulo (trigonometria), tiramos que: alfa = v delta t / r = delta v / v ;

Sabendo que por defini��o acelera��o � a medida da varia��o da velocidade em rela��o a medida de tempo decorrido, ‘dv/dt’;

a = delta v / delta t ; substituindo matematicamente, a = v� / r ;

De F = ma, se a part�cula tem massa ‘m’, a for�a centr�peta necess�ria � acelera��o �:

F = mv� / r

“A fun��o da ci�ncia � descobrir leis universais e enunci�-las de forma precisa e racional.” (Newton)

A luz � uma das mais simples formas de mat�ria-prima, uma subst�ncia f�sica que se propaga a partir de sua fonte e da qual podemos visualizar as tr�s dimens�es do espa�o.

Para Descartes a luz � uma emiss�o de car�ter corpuscular ligada a uma emiss�o vibrat�ria.

No meu modo de ver, a emiss�o vibrat�ria, o simples movimento oscilat�rio que � a luz, � suficiente para conferir-lhe todo o car�ter ou todas as propriedades corpusculares que atribu�mos a ela.

Como sabemos, a luz tem massa quando em movimento, mas n�o tem massa de repouso.

O simples movimento oscilat�rio que � a luz � capaz de realizar press�o, deslocar ou desviar a trajet�ria de el�trons, colidir e criar part�culas com massa de repouso.

Francesco Grimaldi explicou que a forma��o de cores no momento que a luz atravessa o prisma � decorrente da mudan�a da velocidade do movimento vibrat�rio e que essas diferen�as de cor s�o produzidas pelas vibra��es que atuam sobre o olho com velocidades (freq��ncias) diferentes, assim como a diversidade dos sons � devida � vibra��o do ar de rapidez (freq��ncia) desigual.

Segundo Newton, se o vazio existe por si mesmo, o mesmo n�o acontece com a mat�ria, j� que sua causa criadora � a mesma que determina tanto a sua gravita��o como o movimento dos planetas num determinado sentido e numa trajet�ria direcional em rela��o ao corpo (de maior massa) em fun��o do qual gravitam.

Newton est� certo. Podemos dizer que a mat�ria existe por si mesma tanto quanto existe o vazio, tanto quanto o nada existe por si mesmo. Entretanto, h� situa��es em que a mat�ria existe para n�s, e outras em que s� o vazio existe, devido �s varia��es, �s oscila��es em torno do valor m�dio da tens�o do vazio.

N�o h� nada que constitua, nada que forme a mat�ria al�m do movimento na tens�o do vazio.

Toda mat�ria nada mais � do que a quantidade relativa de movimento que ela �.

O movimento orbital da Lua em torno da Terra revela-nos precisamente isso: A Lua n�o cai na Terra, n�o colide contra a Terra, e tamb�m n�o vai embora, porque a Lua � o movimento orbital que ela realiza mais a quantidade de movimento, a quantidade de energia que � a massa da Lua.

As leis de Kepler e de Newton que apresentam sempre exatas proporcionalidades entre massas e os movimentos que essas massas apresentam podem ser explicadas por esta raz�o: o �nico elemento formador da mat�ria � puro movimento.

Em n�o existindo no Universo nenhum referencial absoluto para o estado de repouso, em n�o existindo no Universo nenhum estado de repouso padr�o, resultado da continuidade do espa�o vazio, todo estado de movimento, todo tipo de movimento sempre pode ser perfeitamente admitido (e �) uma perfeita situa��o de repouso.

Isto � o que permite aos movimentos relativamente existirem no Universo.

A �nica causa formadora de toda mat�ria � o movimento relativo.

O que faz a gravita��o da mat�ria, o que faz a mat�ria gravitar de modo sempre exatamente proporcional entre massas e espa�o-tempo, � o puro movimento relativo, origem, natureza e demonstra��o de todos os conceitos envolvidos no fen�meno da gravita��o.

Voltaire argumentou que a gravidade de Newton, respons�vel pelo primeiro elemento formal na ci�ncia F�sica, era metaf�sica por si mesma, j� que n�o se definiu como se d� a sua “transmiss�o instant�nea”.

“A mat�ria segue uma eterna movimenta��o transformadora.” (Newton)

A constante e exata proporcionalidade sempre encontrada em todas as equa��es f�sicas entre mat�ria e movimento, assim como a exata e constante proporcionalidade sempre v�lida entre mat�ria e energia descrita por E = mc� descoberta por Einstein, bem como a exata e constante proporcionalidade sempre encontrada entre energia e movimento em todas as equa��es f�sicas que tratam desse assunto revela que a mat�ria n�o possui outra natureza em si mesma diferente do puro movimento.

Todas as equa��es f�sicas que versam sobre o tema revelam pela exata e constante proporcionalidade sempre encontrada entre mat�ria e movimento que a mat�ria nada mais � que uma relativa quantidade de energia reservada.

Energia � definida como sendo a capacidade de realizar Trabalho atrav�s da aplica��o de uma for�a em um outro corpo material qualquer, produzindo deslocamento deste pelo espa�o, produzindo movimento.

Pelo que se pode obter e aprender das equa��es f�sicas que tratam do assunto a mat�ria n�o tem nenhuma outra natureza, a mat�ria nada mais � que uma relativa capacidade de realizar movimento reservada. A mat�ria nada mais � que uma relativa quantidade de movimento reservada.

Toda mat�ria � movimento.

“A unidade � a variedade e a variedade na unidade � a lei suprema do Universo” (Newton)

� sempre v�lido o princ�pio da perfeita identidade ou equival�ncia entre repouso e movimento retil�neo uniforme.

N�o existe nenhuma experi�ncia f�sica capaz de diferenciar uma situa��o de repouso de uma situa��o de movimento retil�neo uniforme.

N�o h� nenhuma raz�o para acreditar que os movimentos acelerados sejam diferentes em ess�ncia dos movimentos retil�neos uniformes, conforme demonstra a Relatividade Geral ao afirmar que um movimento acelerado � completamente equivalente a um repouso em um campo gravitacional, por exemplo.

Apenas localmente � que todos os movimentos existem (a unidade � a variedade como diz Newton).

Para o Universo como um todo nenhum movimento existe, ou n�o t�m os movimentos para o Universo nenhuma import�ncia como tais, uma vez que todos eles podem ser considerados (e s�o) sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso, uma vez que n�o h� dentro do Universo nenhuma experi�ncia f�sica que permita distinguir uma situa��o de repouso de uma situa��o de movimento retil�neo uniforme em fun��o da continuidade do espa�o vazio. � a variedade na unidade.

“Tudo o que � exato refere-se � geometria” (Newton)

O espa�o vazio � a origem primeira de todo o Universo.

A geometria aliada � din�mica e � estat�stica, forma toda a F�sica.

A geometria nada mais � que o registro, a demonstra��o gr�fica ou matem�tica da sempre presente exata e constante proporcionalidade encontrada entre as varia��es, entre os movimentos, que � o que forma todos os demais conceitos da F�sica.

Segundo Newton “a geometria baseia-se na pr�tica mec�nica, e nada mais � que aquela parte da mec�nica universal que prop�e e demonstra com rigor a arte de medir. Acontece que vulgarmente se refira a geometria � grandeza, mas a mec�nica ao movimento. A mec�nica racional ser� a ci�ncia dos movimentos que resultam de quaisquer for�as, e das for�as exigidas para produzir esses movimentos, propostas e demonstra��es com exatid�o”.

Pode-se demonstrar matematicamente que as for�as tamb�m n�o t�m outra natureza que os movimentos.

Por serem exatamente proporcionais aos movimentos todas as for�as tamb�m apenas s�o tipos de movimentos.

For�as s�o apenas movimentos.

“A dificuldade prec�pua da filosofia (da filosofia natural, da f�sica) parece consistir em que se investiguem, a partir dos fen�menos dos movimentos, as for�as da natureza, demonstrando-se a seguir, por meio dessas for�as, os outros fen�menos.” (Newton)

Todos os fen�menos f�sicos, todas as for�as f�sicas s�o constitu�dos por movimentos.

A F�sica n�o trata de nenhum outro assunto, n�o h� nenhum outro assunto a se tratar em F�sica diferente do que apenas versar sobre os movimentos, seus muitos tipos ou muitas formas de manifesta��o.

Em F�sica tudo � movimento.

“Nos espa�os onde n�o existe ar para resistir a seus movimentos, todos os corpos se mover�o com o m�ximo de liberdade” (Newton)

Se se define liberdade como sendo a aus�ncia de oposi��o, ent�o � na total aus�ncia de oposi��o que se encontra o m�ximo de liberdade.

“Os termos quantidade, dura��o e espa�o s�o por demais conhecidos para poderem ser definidos atrav�s de outros termos.” (Newton)

S� � poss�vel definir-se uma certa quantidade em rela��o a alguma outra coisa, alguma outra quantidade.

S� � poss�vel definir-se uma certa dura��o temporal em compara��o com algum outro tipo de movimento, alguma outra quantidade de movimento.

S� � poss�vel definir-se o espa�o em rela��o a alguma outra coisa, alguma outra quantidade.

Defini��o I � Lugar � uma parte do espa�o que uma coisa enche. (Newton)

Um lugar do espa�o � um volume do espa�o.

Volume nenhum � lugar nenhum.

A sempre presente, constante e exata proporcionalidade entre mat�ria e espa�o percorrido das equa��es f�sicas que tratam sobre ambos nos revela que mat�ria e espa�o vazio n�o possuem diferentes naturezas.

Tendo mat�ria e espa�o medido apenas uma natureza comum, o movimento, e pelo fato do espa�o ser cont�nuo n�o � exatamente correto afirmar que a mat�ria ocupa lugar no espa�o, pois isto seria admitir que mat�ria e espa�o mensurado possuem distintas naturezas o que n�o corresponde �s equa��es f�sicas que versam sobre o tema.

Mais exato � afirmar que a mat�ria ocupa lugar do espa�o.

Tendo mesma natureza que o espa�o mensurado, a mat�ria exclui outra forma de espa�o de onde se encontra. Mais exato � dizer que o espa�o vazio circunda a mat�ria.

Espa�o mensurado e mat�ria s�o quantidades din�micas, s�o vizinhos, e nunca ocupam um mesmo lugar.

Defini��o II � Corpo � aquilo que enche um lugar.

Quando um corpo enche um lugar o espa�o vazio deixou de ocupar aquele mesmo lugar.

Pela sempre presente, constante e exata proporcionalidade encontrada em todas as equa��es f�sicas que tratam sobre o tema, tanto as cl�ssicas como as relativ�sticas, espa�o mensurado e mat�ria n�o possuem diferentes naturezas.

Espa�o mensurado e mat�ria possuem uma s� natureza. S�o conceitos dependentes do movimento.

“O corpo aqui definido constitui um ser extenso, m�vel e impenetr�vel”. (Newton)

Assim como o espa�o, por possuir mesma natureza que o espa�o mensurado, a mat�ria se constitui em corpos extensos, pass�veis de medi��o atrav�s de movimentos por compara��o.

Essa compara��o s� � poss�vel por tratar-se de quantidades de mesma natureza.

Todo corpo � m�vel pela inexist�ncia de uma situa��o de repouso absoluto padr�o no Universo.

Isso permite aos corpos relativamente movimentarem-se para sempre, desde que n�o colidam com nenhum obst�culo, porque eles s�o feitos de movimento.

A in�rcia dos corpos simplesmente representa as quantidades de movimentos das quais eles s�o feitos, � o que eles s�o.

Todos os corpos s�o as situa��es de movimento que apresentam.

Um corpo r�gido ou impenetr�vel significa uma quantidade de movimento fixa, constante, que n�o se modifica.

“Defino o movimento como sendo uma mudan�a de lugar. Podemos definir o movimento como um deslocamento de um corpo de um lugar para o outro.” (Newton)

N�o existe no Universo nenhuma experi�ncia f�sica capaz de distinguir uma situa��o de repouso de uma situa��o de movimento retil�neo uniforme.

Tamb�m n�o existe nenhuma experi�ncia f�sica capaz de distinguir essas duas situa��es, repouso e movimento retil�neo uniforme, de uma situa��o de queda-livre em um campo gravitacional, que � uma situa��o de movimento acelerado, bem como uma situa��o de repouso.

Apesar de localmente observarmos diversos tipos de movimentos, para o Universo como um todo devido � mesma natureza de todos os conceitos da F�sica e devido � continuidade do espa�o, n�o ocorre deslocamento algum. Tudo � sempre um mesmo e �nico repouso.

A validade de todos os conceitos da F�sica � sempre localmente limitada.

Depende sempre do referencial utilizado conforme nos mostra a Relatividade.

Apesar de para o Universo a defini��o de movimento como sendo mudan�a de lugar n�o significar coisa alguma ou n�o ter import�ncia alguma, localmente tal defini��o � sempre v�lida, e importante para n�s.

Dizer que um corpo se desloca de um lugar para o outro, dizer que um corpo muda de lugar no espa�o, devido � sempre mesma natureza desses conceitos envolvidos significa apenas comparar quantidades que parecem ser coisas diferentes mas que se revelam id�nticas ou equivalentes.

A compara��o sempre � permitida pela inexist�ncia de um padr�o r�gido, fixo, absoluto de repouso dentro do Universo, pela continuidade do espa�o vazio.

� particularmente interessante o fato da velocidade da luz ser sempre constante independentemente da velocidade relativa da fonte e do observador.

O fato do ritmo do tempo passar em diferentes velocidades conforme a composi��o de movimentos observada, sempre de modo exatamente inversamente proporcional � velocidade do corpo em movimento observado revela que o tempo � tamb�m um tipo de movimento, revela que existe uma identidade, igualdade ou equival�ncia profunda e insuper�vel entre o tipo de movimento que � a luz e os movimentos que s�o as part�culas que constituem os corpos.

A luz e a mat�ria s�o constitu�dos de apenas uma e mesma natureza: o movimento.

A velocidade da luz � sempre constante e independente da velocidade da fonte e do observador porque o movimento que � a luz � um movimento muito simples, t�o simples que sequer admite composi��es de movimentos, ao contr�rio da mat�ria.

“O espa�o � distinto do corpo. O movimento � algo que acontece com respeito �s partes desse espa�o, e n�o com respeito � posi��o dos corpos vizinhos.” (Newton)

Dificilmente Newton erra, mas neste caso errou completamente. Newton como n�s tamb�m � um ser humano.

O espa�o n�o � distinto, n�o � totalmente independente dos corpos materiais e vice-versa.

Caso fosse a mat�ria teria uma natureza distinta da natureza do espa�o, e se assim fosse seria improv�vel que uma situa��o de repouso fosse completamente equivalente fisicamente a uma situa��o de movimento retil�neo uniforme e a uma situa��o de queda-livre em um campo gravitacional na aus�ncia de ar.

Felizmente, para o bem da l�gica (e para o nosso tamb�m), a mat�ria tem mesma natureza que o espa�o.

Isso � demonstrado pela constante e exata proporcionalidade sempre presente nas equa��es da F�sica cl�ssica entre esses dois conceitos (acelera��o em rela��o � massa, por exemplo), bem como na constante e exata proporcionalidade entre esses dois conceitos sempre presente nas equa��es relativ�sticas (diminui��o do comprimento em rela��o ao aumento da massa quando em velocidade, por exemplo).

� imposs�vel definir-se o movimento em rela��o � “partes” do espa�o, mesmo porque partes do espa�o n�o existem. O espa�o � cont�nuo.

Todo movimento s� pode ser definido em rela��o a posi��es de corpos vizinhos.

Trata-se sempre de movimentos relativos, apenas, pois como afirma o Primeiro Postulado de Einstein: “o movimento absoluto uniforme n�o pode ser detectado”.

Na �poca de Newton os movimentos relativos eram vistos como movimentos falsos ou err�neos, como dito nas palavras do pr�prio Newton.

Hoje sabemos que os movimentos relativos s�o o �nico modo de existir dos movimentos, e estes s�o a ess�ncia de tudo que existe localmente. E sabemos que movimentos absolutos n�o existem e n�o s�o importantes para se poder entender a F�sica.

“O movimento, considerado no sentido pr�prio, s� pode ser referido aos corpos cont�guos ao corpo que se move.” (Descartes)

Descartes relativiza os movimentos. Fazendo isso chega a conclus�es mais pertinentes � solu��o de problemas espec�ficos.

Newton, gra�as � sempre presente constante e exata proporcionalidade entre os conceitos da F�sica, construiu um arsenal de id�ias rigoroso e exato de acordo com a experi�ncia, mais que qualquer outro antes proposto na hist�ria.

“Em que consiste o movimento, considerado no sentido pr�prio”. (Descartes)

O movimento considerado no sentido pr�prio quando o pr�prio corpo � o referencial inercial, � o repouso, sempre v�lido em qualquer situa��o.

“A Terra, falando em sentido pr�prio, n�o se move, nem tampouco os demais planetas, embora sejam carregados pelos c�us”. (Descartes)

Newton n�o se conforma com esta afirma��o. Chegou a esbravejar por escrito contra ela.

Mas Descartes est� certo ao relativizar o movimento, o que � sempre permitido e v�lido, e faz parte de modo fundamental da natureza do Universo.

A percep��o que temos de n�s mesmos est� ligada ao nosso corpo f�sico.

O menino que eu fui fisicamente era formado por outro corpo f�sico, diferente do corpo f�sico que tenho hoje.

As c�lulas do corpo humano continuamente se rep�em.

A comida que comemos al�m de nos fornecer energia fornece a mat�ria com a qual nosso corpo f�sico se renova.

Do menino que eu fui eu n�o tenho mais o mesmo corpo f�sico, mas tenho o mesmo DNA, o mesmo projeto de constru��o, e guardo grande parte das mem�rias dele (de certa forma o DNA tamb�m apenas � uma esp�cie de mem�ria).

Sabendo que somos eternos atrav�s de nossas perfeitas c�pias f�sicas, sabemos tamb�m que nossa consci�ncia depende, e muito, do nosso corpo f�sico.

Porque todos os dias as leis da F�sica s�o sempre exatamente as mesmas e nunca mudam, se repetem em todo lugar eternamente, o Universo faz c�pias perfeitas do corpo f�sico de qualquer ser vivo, o tempo todo.

Apesar de existirem outras perfeitas c�pias de mim mesmo feitas de corpos materialmente perfeitamente iguais ao meu (mesmos tipos de �tomos, tipos de part�culas, estados qu�nticos dessas part�culas) por todo o Universo, s� tenho consci�ncia de mim mesmo porque minha consci�ncia � formada pela associa��o das minhas experi�ncias e do meu corpo f�sico espec�fico, que mant�m e faz minha consci�ncia funcionar.

N�o me recordo das experi�ncias vividas por minhas c�pias assim como tamb�m n�o sinto o que minhas c�pias sentem. Pelo menos n�o geralmente.

Por outro lado, como disse no come�o, o menino que eu fui possu�a outro corpo f�sico diferente do que eu possuo hoje.

Ent�o o corpo f�sico n�o � a parte mais importante do processo. Claro que sem o corpo f�sico a consci�ncia n�o existe, mas n�o � fundamental saber que eu n�o tenho mais o corpo f�sico do menino que eu fui.

Mais interessante e fundamental do que isso � saber que o menino que eu fui est� vivo hoje em algum lugar, n�o na forma das lembran�as dele que trago gravadas em minha mente, mas fisicamente est� vivo hoje e para sempre na forma de outra c�pia minha, igual o que eu fui, e posso at�, em um lance de sorte, me encontrar com ele (ou comigo mesmo, como queiram).

Talvez n�o seja exato tratar minhas perfeitas c�pias como sendo eu mesmo.

Talvez eu devesse ser definido apenas como sendo eu mesmo enquanto ocupar este meu corpo f�sico.

Mas se nem o mesmo corpo f�sico do menino que eu fui eu tenho mais, fica dif�cil definir-me como sendo eu mesmo baseado apenas em meu corpo material.

A F�sica, o Universo, nos refaz eternamente em perfeitas c�pias de n�s mesmos.

N�o entende a F�sica quem ainda n�o despertou para esta realidade.

Estamos presos dentro do Universo para sempre, eternamente, sempre iguais a n�s mesmos na forma de nossas perfeitas c�pias (que funcionam sempre de modo perfeitamente igual ao modo que n�s sempre funcionamos).

O suic�dio n�o � uma maneira eficiente de dar fim a si mesmo.

De fato o suic�dio s� consegue dar fim a um dos corpos materiais que somos.

� totalmente incapaz o suic�dio de dar fim ao que somos enquanto c�pias perfeitas de n�s mesmos.

A �nica forma de nos libertarmos de n�s mesmos, a �nica forma de aliviar o peso que carregamos sendo n�s mesmos, � sendo menos ego�stas, menos individualistas, menos materialistas.

N�o estou com isso afirmando que temos que passar mal, que nos faltem as coisas materiais que suprem nossas necessidades f�sicas. Pelo contr�rio. Al�m disso, deve ser praticada a valoriza��o dos nossos semelhantes, a ajuda aos semelhantes necessitados, sempre dentro do poss�vel, � claro.

A solidariedade e a compaix�o � o �nico caminho capaz de levar � liberta��o.

Quando fazemos a pergunta: “O que � poss�vel afirmar sobre o nada?”, s� existe uma resposta logicamente definitiva: “O nada � a situa��o em que n�o se tem coisa alguma.”

As �nicas coisas permiss�veis no nada s�o coisas que n�o signifiquem coisa alguma, que nada signifiquem. Coisas que, no fundo, de modo geral, n�o se distinguem do nada.

Ora, se no nada n�o � poss�vel que se tenha coisa alguma, o nada � uma condi��o totalmente r�gida: o nada � a situa��o em que n�o se pode ter coisa alguma.

A� est� o nosso meio r�gido.

No nada, tudo � permitido, desde que esse tudo nada signifique de fato.

O puro movimento, a velocidade da luz, � o �nico referencial constante que existe no Universo para qualquer observador.

Mas a identidade insuper�vel no Universo entre repouso e movimento, o fato de todo movimento ser sempre tamb�m o mais perfeito repouso impede que a velocidade da luz ou qualquer outro movimento possa ser considerado um referencial absoluto, impede que a velocidade da luz ou qualquer outro movimento possa ser algo diferente do absoluto repouso, diferente do nada que tudo sempre tamb�m �.

Por n�o conseguir distinguir-se do vazio, do nada, de forma absoluta, por observarmos que todas as quantidades medidas em F�sica s�o sempre relativas, nenhum fen�meno f�sico tem uma natureza pr�pria, nenhum fen�meno f�sico tem uma natureza de fato diferente do vazio, do nada que tudo � ou significa.

Tudo � um, e esse um que tudo � nada significa.

O tempo n�o tem uma natureza “temporal” pr�pria, diferente da que lhe atribu�mos como sendo uma medida de movimento relativo.

Medimos o vazio e com o ato do movimento de medi-lo criamos as medidas do espa�o. Todas as medidas de espa�o s�o sempre apenas localmente v�lidas. N�o existem para o Universo.

O tecido do espa�o-tempo n�o tem uma natureza diferente do nada, n�o significa nada al�m dos significados que localmente lhes atribu�mos ou imputamos.

Para nosso consolo em nossas fr�geis, curtas e incompletas vidas entre cada nascimento e cada morte nossa, est� o fato de que as regras de funcionamento do jogo universal n�o podem, nunca foram, e nunca ser�o alteradas, o que leva � nossa eternidade por repeti��o.

O modo pelo qual tudo funciona dentro do Universo mostra isso.

A eterna repeti��o universal das regras f�sicas que s�o sempre as mesmas, sempre iguais, e de tudo o mais que n�o pode ser de fato alterado faz com que a morte nunca seja o fim definitivo de nenhum ser vivo.

Choramos na morte de um ser vivo por uma ignor�ncia prim�ria nossa a respeito do funcionamento do mundo.

Choram os que ficam pela separa��o. Em um Universo eterno e repetitivo a separa��o entre os seres vivos nunca pode ser definitiva.

A origem primeira, o fundamento de todos os conceitos da F�sica � o nada, o vazio, a aus�ncia.

O fundamento de todos os conceitos da F�sica � a aus�ncia de fundamento. Por isso, n�o existe nenhuma natureza concreta que possibilite a obten��o de medidas de quantidades f�sicas que n�o se anulem todas completamente de alguma forma.

O zero � o resultado mais exato, mais geral poss�vel de se obter quando se procura pelos fundamentos de todos os conceitos da F�sica.

Localmente todos os conceitos da F�sica podem ser expressos em quantidades de movimento.

Pela inexist�ncia no Universo de naturezas diferentes para os conceitos, e porque o fundamento primeiro de todas as coisas � o nada, o vazio, a aus�ncia, toda situa��o de movimento pode sempre ser admitida como sendo uma perfeita situa��o de repouso.

De modo geral, visto como um todo, o Universo sempre � o nada absoluto. A partir dessa id�ia, falar em uma origem do Universo � sempre algo dispens�vel.

Nenhum dos conceitos da F�sica, que s�o t�o importantes para n�s localmente, tem validade ou s�o reconhecidos pelo Universo como um todo como sendo de fato algo.

Visto de modo geral, tudo � algo �nico, apresentando zero como resultado.

Visto de modo geral o nada, o somat�rio de todas as coisas de resultado igual a zero que o Universo � nunca se altera, nunca muda.

Visto de modo geral o todo � fixo, e devemos consider�-lo como sendo um nada absoluto.

A inexist�ncia de um padr�o absoluto de repouso no Universo permite, mas por si s� n�o faria aparecer os movimentos.

Dentro do nada absoluto que o Universo � o nada � um imenso vazio.

Dentro do nada absoluto h� o completo vazio, a total aus�ncia, a plena falta.

Essa condi��o do nada, de ser pleno, vazio total, faz desse nada um meio r�gido, uma condi��o r�gida, pois sempre h� a condi��o obrigat�ria de ser o nada absoluto, pleno.

O fato do Universo como um todo obedecer � condi��o de ser o nada absoluto faz do vazio dentro do Universo, que � o nada, um meio tenso, condicionado a esta condi��o obrigat�ria, pois n�o h� como possa surgir outro algo absoluto a par do nada absoluto que aliviasse ou n�o for�asse sempre para esta condi��o.

Do nada s� pode sair tudo desde que esse tudo nada signifique.

Todo meio que � tenso, o � porque est� sob a a��o, sob for�a de uma condi��o obrigat�ria, que o impele.

Todo meio tenso pela a��o de uma condi��o obrigat�ria est� sempre sujeito a oscila��es, a varia��es, a movimentos provocados pela pr�pria tens�o do meio em n�o conseguir desviar-se de sua condi��o obrigat�ria enquanto sujeito a ela.

A tens�o gerada pela condi��o obrigat�ria estica o meio (o meio n�o consegue fugir da condi��o obrigat�ria. Est� condicionado, tenso).

Esse esticar, essa tens�o do meio, surge em forma de uma for�a, neste caso sujeita a oscila��es em sua intensidade m�dia resultado de sua origem vazia; faz aparecer vibra��es, as oscila��es ou movimentos, assim como uma corda amarrada vibra quando � esticada.

Pode parecer estranho falar em que seja poss�vel esticar o vazio, mas que haja uma tens�o no vazio cont�nuo sim � poss�vel, pela situa��o restringida, bitolada, que � o pr�prio nada.

Pela total relatividade de toda e qualquer oscila��o (toda oscila��o da forma +1 -1 apresenta sempre zero como resultado global), a condi��o obrigat�ria nunca � quebrada de modo geral.

A condi��o obrigat�ria sempre � respeitada no Universo como um todo.

O fato do nada absoluto ser a aus�ncia de todas as coisas faz-lo ser uma situa��o r�gida, condicionada, sujeita a tens�o dessa condi��o insuper�vel: ser o nada absoluto, a aus�ncia de tudo o mais que pudesse ter algum significado absoluto.

Ao vazio completo, infinito e tenso que medimos usando de oscila��es no valor da tens�o desse pr�prio meio oscilat�rio dentro do Universo, localmente chamamos de espa�o vazio.

�s oscila��es, varia��es, movimentos que utilizamos para formar os conceitos da F�sica chamamos de espa�o mensurado, de campos de for�as, de energia, de tempo, de mat�ria, de for�a, e de ainda outros conforme nossa interpreta��o pessoal ou o que chamamos de defini��o f�sica.

As oscila��es, os movimentos, nunca s�o absolutos em sua exist�ncia, pois o vazio sempre est� em seu fundamento.

Qualquer outro que fosse o fundamento das oscila��es produziria movimentos absolutos.

Qual � a dura��o do presente?

Quando olhamos uma cena qualquer notamos a presen�a dos movimentos.

Se prestamos aten��o a um desses movimentos notamos que nossa consci�ncia, nossa intelig�ncia, nossa mem�ria processa esse movimento lembrando-se de como ele foi h� poucos segundos no passado imediato e j� projeta como ele se dar� no imediato futuro (por onde ele vai, com que velocidade vai, etc.).

Nossa consci�ncia n�o enxerga somente o presente dos eventos f�sicos.

Agrega ao presente um pouco do passado e um pouco do futuro ao visualizar qualquer movimento.

Mas ent�o qual � a dura��o do presente?

Quando observamos um movimento conseguimos nos lembrar como ele era um d�cimo de segundo atr�s, o que j� faz parte do passado dele.

Tamb�m conseguimos nos lembrar como ele foi a um cent�simo de segundo atr�s que tamb�m j� faz parte do passado dele.

Tamb�m conseguimos nos lembrar como ele aconteceu a um mil�simo de segundo atr�s, o que tamb�m j� est� no passado.

Conseguimos nos lembrar como ele foi a um milion�simo de segundo atr�s, que tamb�m j� � passado? Provavelmente sim.

At� onde podemos chegar com esta subdivis�o?

Os movimentos se d�o de forma cont�nua, porque a exist�ncia dos movimentos pelo espa�o � cont�nua.

Quando penso em mim mesmo, considerando que estou em repouso, minha exist�ncia n�o se d� aos trancos, solavancos, oscila��es. Sentimo-nos sempre presente de maneira cont�nua, portanto, n�o somos descont�nuos quando estamos em repouso.

N�o somos pisca-piscas em nossas exist�ncias.

Esse fato poderia sugerir que n�o h� nenhum limite ao subdividir os movimentos deixando-os todos no passado, estabelecendo uma dura��o de tempo zero para o presente.

Entretanto, uma medida de tempo igual � zero, n�o tem significado enquanto grandeza f�sica, pois nada significa para um observador.

As grandezas f�sicas s� passam a existir para os observadores a partir de um certo limite m�nimo abaixo do qual simplesmente n�o faz sentido falar em grandeza f�sica.

Abaixo da medida tempo de Planck que � uma medida de tempo muito pequena n�o faz mais sentido falar no conceito de tempo, mesmo sendo essa medida maior que zero.

Mas qual � ent�o a dura��o do presente?

Se admitimos que a dura��o do presente � igual a zero estamos vendo o presente como o Universo “v�” o presente.

O Universo n�o reconhece o conceito de tempo.

Para o Universo tudo est� sempre em repouso porque todo movimento � sempre equivalente ao perfeito repouso pela completa inexist�ncia no Universo de um referencial absoluto para definir movimentos em raz�o da continuidade do espa�o.

Essa vis�o sobre a dura��o do presente n�o � errada.

� uma vis�o poss�vel sobre a dura��o do presente, afinal, podemos estar no presente em uma situa��o de pleno repouso, onde n�o percebemos nenhum movimento ocorrendo, e percebemos nossa exist�ncia sempre cont�nua e em repouso.

Apesar de n�o ser errada essa vis�o sobre a dura��o do presente (de dura��o igual � zero) sempre nos remete de modo for�ado ao estado de repouso quando pensamos sobre ela.

Agora vem o fato impressionante: mesmo que n�s admitamos que o presente tem dura��o igual � zero, mesmo que n�s admitamos que tal dura��o nos remete automaticamente � situa��o de repouso, a inexist�ncia no Universo de um referencial absoluto para o repouso pela continuidade do espa�o faz com que os movimentos existam mesmo quando o presente tem dura��o zero.

A continuidade do espa�o vazio permite a exist�ncia dos movimentos mesmo quando o tempo parece n�o passar.

N�o h� paradoxo.

Um f�ton viajando na velocidade da luz est� sempre parado no tempo para qualquer observador e ainda assim percorre dist�ncias enormes pelo espa�o, fato somente permitido pela continuidade do espa�o vazio.

Pela continuidade do espa�o vazio � perfeitamente poss�vel e n�o � errado em F�sica admitir-se que o presente sempre tem dura��o igual � zero no tempo.

Porque o tempo � um movimento, porque o tempo � uma quantidade, porque dividimos esta quantidade em passado, presente e futuro, ficamos com a sensa��o que se a dura��o do presente for igual a zero perdemos todo movimento, perdemos a pr�pria no��o de tempo.

No passado ficam os eventos que n�o podem mais ser mudados, que n�o podem ser modificados, que n�o podem mais ser movimentados.

No futuro ficam os eventos que ainda n�o aconteceram, que ainda n�o ocorreram que ainda n�o se realizaram.

Dessa id�ia vem que � somente no presente que tudo acontece, que � somente no presente que tudo se move que � somente no presente que ocorre a realidade.

A continuidade do espa�o vazio permite a exist�ncia dos movimentos, faz com que todo movimento seja sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso, permite que os movimentos existam mesmo quando se admite que o tempo n�o passa no presente, faz com que o tempo possa ser medido mesmo onde antes parecia que ele n�o havia.

H� duas vis�es ou interpreta��es poss�veis sobre uma mesma realidade que � �nica: Para n�s admitirmos o conceito de tempo precisamos respeitar uma quantidade m�nima de tempo abaixo da qual n�s n�o temos mais o conceito de tempo, abaixo da qual o conceito de tempo nada mais significa.

Mesmo assim podemos considerar que o que definimos como sendo o presente � apenas um ponto sem dimens�es em minha escala de tempo, um ponto que n�o conseguimos fixar exatamente nessa escala (mas conseguimos fixar aproximadamente), o que n�o impede os movimentos de continuarem acontecendo mesmo no presente, e tamb�m n�o impede os movimentos de n�o ocorrerem, de serem todos sempre um perfeito repouso, dependendo do ponto de vista adotado.

Tempo � movimento.

O presente pode ser admitido como um ponto de dura��o zero no tempo que isso

n�o impede a exist�ncia dos outros movimentos.

Suponhamos que a dura��o do momento presente fosse de um segundo.

Durante o transcorrer desse um segundo nenhum movimento, nenhuma varia��o no espa�o poderia ser medida, pois os movimentos, os eventos, transformam o presente em passado, criam, registram o passado, gravam o passado, por mais breves ou mais curtos que sejam (desde que possam ser percebidos).

Se o presente tivesse a dura��o de um segundo este um segundo teria que ser um segundo congelado, paralisado, pois o menor movimento observ�vel que houvesse cria o passado pelo registro do que se modificou em rela��o ao novo presente.

Poder�amos ir encurtando este um segundo at� chegarmos numa medida de tempo bem pequena, quase desprez�vel, em torno da medida chamada tempo de Planck, onde fisicamente j� passa a n�o fazer mais sentido falar em varia��o.

O tempo de Planck � uma medida t�o pequena de tempo que por volta dela o pr�prio conceito de tempo perde seu significado e deixa de existir para n�s.

Qualquer medida de tempo abaixo da medida tempo de Planck � na pr�tica uma medida de tempo de dura��o zero.

O fundamental � saber que nestas condi��es onde n�o faz mais sentido falar sobre o tempo, onde, portanto, n�o acontece mais o registro do passado, os movimentos n�o deixam de existir, os movimentos continuam existindo.

N�o �, portanto, todo tipo de movimento que cria ou registra o passado.

Para esta situa��o onde o passar do tempo n�o existe, onde a dura��o do tempo � zero, apesar de nela mesma os movimentos n�o deixarem de existir e continuarem existindo, chamamo-la de presente.

Como podem existir movimentos onde n�o h� o tempo? Como podem existir movimentos onde tudo � repouso?

A continuidade do espa�o vazio faz com que todo movimento seja sempre tamb�m um perfeito repouso e que todo repouso seja sempre tamb�m um ou mais de um movimento.

A quest�o do tempo na cosmologia aristot�lica

Em sua obra sobre Arist�teles, Ross aponta que o tempo � na concep��o daquele fil�sofo infinito em dois sentidos: do ponto de vista da adi��o, ou seja, n�o pode esgotar-se por nenhuma adi��o de partes, e do ponto de vista da divis�o, ou seja, � divis�vel ad infinitum.

Do ponto de vista da adi��o o tempo � de fato eterno, infinito, para tr�s e para frente porque o Universo tamb�m � eterno, infinito no tempo para tr�s e para frente.

Isso s� � poss�vel porque o tempo s� existe dentro do Universo.

O Universo est� fora do tempo.

O Universo n�o reconhece o que � o conceito de tempo (o tempo � sempre uma medida padr�o de movimento).

Arist�teles acertou no que se refere � adi��o. Mas ao contr�rio do que pensava Arist�teles,�o tempo n�o � infinitamente divis�vel.

Assim como o tempo n�o existe para o Universo, o conceito de tempo deixa de existir para os observadores a partir de certa�medida m�nima de tempo.

Em torno da pequena medida tempo de Planck n�o faz mais sentido falar em tempo, porque tempo � movimento, tempo � varia��o, e abaixo de uma varia��o m�nima chega-se a uma rigidez � percep��o humana: n�o � poss�vel mais se observar varia��o, n�o � poss�vel mais se observar movimento; n�o se observa mais o tempo.

O tempo deixa de existir ao observador.

Para Arist�teles a pr�pria impossibilidade de um come�o e um fim para o tempo � um argumento a favor da id�ia de infinito:

“O tempo n�o existe como um todo dado infinito, pois n�o est� na natureza de suas partes coexistir; mas, diferente da extens�o, o tempo � potencialmente infinito desde o ponto de vista da adi��o. O tempo, como a extens�o, � infinitamente divis�vel, mas n�o infinitamente dividido.” (Ross, op.cit., p. 126 tradu��o livre)

Hoje em dia sabemos que o que vale para o espa�o vale tamb�m para o tempo, e vice-versa como nos mostrou Einstein.

Teoricamente a realidade do bloco espa�o-tempo pode ser considerada v�lida como um todo, embora o que tenha validade mesmo � sempre a realidade percebida por cada observador individualmente.

Enquanto medida de movimento que � o que o tempo �, o tempo � sim infinito por adi��o, mas depende dos observadores para ser medido como tal.

Todo movimento, todo tempo, � relativo, sempre depende dos observadores para existir.

Simplesmente n�o faz sentido falar em tempo sem a presen�a dos observadores.

O tempo n�o tem uma natureza objetiva diferente da dos movimentos relativos, que s� existem para os observadores, pois s�o sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso em raz�o da continuidade do espa�o.

A exist�ncia do bloco do espa�o-tempo, do registro de todos os movimentos que criam as medidas locais do espa�o e de tempo, � localmente real, assim como os movimentos s�o localmente reais.

Cada observador enxerga o Bloco do espa�o-tempo apenas em um ponto chamado de agora.

O tempo n�o � diferente da extens�o, n�o � diferente do espa�o em natureza.

Nem o tempo nem o espa�o s�o infinitamente divis�veis.

Esses conceitos desaparecem quando submetidos a uma certa rigidez, pois s�o sempre varia��o.

O limite de observa��o limita a exist�ncia, que nunca � aut�noma, que nunca � absoluta, desses conceitos.

Como o espa�o, o tempo � tamb�m cont�nuo, pois sempre � um movimento cont�nuo.

O movimento por sua vez � cont�nuo porque se d� pelo espa�o cont�nuo.

A id�ia de anterior e posterior relaciona-se com o espa�o, com o movimento, e com o tempo.

Em rela��o ao tempo podemos distinguir um antes e um depois, ou seja, dois “agoras” com um intervalo (cont�nuo) entre eles.

Logicamente, nenhum cont�nuo pode ser composto de partes indivis�veis.

Mas as validades dos conceitos da F�sica dependem dos limites da observa��o.

Assim como todo repouso � um perfeito cont�nuo, assim como todo perfeito repouso � um nada, o tempo tamb�m � um cont�nuo, pois em sendo movimento, � sempre tamb�m um perfeito repouso, um nada, cont�nuo.

Disse Arist�teles: “o movimento, por sua vez, � cont�nuo porque se d� atrav�s de um espa�o cont�nuo”.

Se em virtude de seus agora o tempo � numerado, n�o devemos supor que os agora s�o partes do tempo, assim como tampouco supomos que os pontos s�o partes de uma linha.

Reca�mos no nada, na validade sempre relativa dos conceitos f�sicos.

O homem � limitado em sua observa��o.

Para o homem existe sim um tempo m�nimo, e existe sim uma linha m�nima.

Arist�teles relaciona o tempo ao movimento em geral, afirmando que o tempo � o aspecto numer�vel do movimento, o n�mero do movimento com respeito ao antes e depois.

Para Arist�teles o tempo e o movimento definem-se um ao outro.

Tempo � uma medida padr�o de movimento.

O movimento, a varia��o � o conceito mais b�sico, mais fundamental.

“N�o apenas medimos o movimento pelo tempo, mas tamb�m o tempo pelo movimento, porque eles se definem um ao outro. O tempo marca o movimento, visto que � seu n�mero, e o movimento marca o tempo.” �

Apesar da pequena “confus�o”, � poss�vel compreender-se o que quer dizer o fil�sofo.

O movimento cria o tempo.

Usamos o tempo como a medida padr�o de movimento que ele �, para medir outros movimentos.

Outro ponto importante assinalado por Ross � o fato de Arist�teles questionar-se quanto � possibilidade de o tempo existir na aus�ncia da alma (na nossa vers�o moderna leia-se consci�ncia, observa��o consciente), se o tempo poderia existir sem algu�m que o possa contar.

Para o fil�sofo nesta hip�tese o tempo em si n�o existiria, mas apenas o movimento, sem aspecto mensur�vel.

Hoje sabemos que o tempo n�o existe sem os observadores.

N�o existe o tempo em si.

Sem os observadores, pela continuidade do espa�o, todos os movimentos podem ser admitidos como sendo e s�o�uma perfeita situa��o de repouso, um perfeito nada.

Sem os observadores, o pr�prio Universo n�o existe.

Nossas mem�rias individuais n�o s�o importantes.

Quando uma vida, a vida de um ser vivo, chega ao seu final, s�o apagadas as mem�rias que estavam contidas naquela c�pia.

Nenhuma mem�ria nunca � perdida de forma definitiva, pois sempre ser�o revividas, recriadas, repetidas em outras perfeitas c�pias do mesmo ser vivo.

Mesmo durante a vida, mesmo enquanto um ser est� vivo, mem�rias s�o perdidas o tempo todo pelo simples fato do esquecimento.

O importante � saber que o Universo � eterno, e assim sendo que todo ser vivo � eterno.

O projeto de todo ser vivo, o DNA de cada ser vivo, � uma mem�ria que nunca se apaga de modo definitivo no Universo.

Nenhuma mem�ria pode ser perdida de forma definitiva em um Universo eterno em que todos os eventos f�sicos se repetem perfeitamente na forma de infinitas c�pias.

O fato do Universo ser eterno, o fato do Universo como um todo n�o reconhecer o conceito f�sico de tempo que s� � sempre localmente v�lido, e o fato da F�sica funcionar todos os dias exatamente da mesma forma; o fato das leis da F�sica nunca poderem ser alteradas garante uma exist�ncia eterna a todos os seres vivos, que s�o repetidos pela eternidade em c�pias exatas.

Fisicamente, todos os �tomos funcionam exatamente da mesma maneira.

Um �tomo de hidrog�nio � exatamente igual a todos os demais �tomos de hidrog�nio do Universo.

As regras de funcionamento da Mec�nica s�o rigorosamente iguais em todos os lugares do Universo.

Todos os demais �tomos maiores que o hidrog�nio s�o formados atrav�s da fus�o nuclear do hidrog�nio em alt�ssimas temperaturas, no centro das estrelas.

Todos n�s somos forjados no cora��o das estrelas.

Assim como os �tomos de que s�o formados, todos os seres vivos s�o perfeitas c�pias de si mesmos.

N�o pode haver seres vivos in�ditos, �nicos, individuais, em um Universo eterno.

Nenhuma vida � perdida de forma definitiva em um Universo que � eterno.

Todos n�s temos muitas, infinitas c�pias iguais a qualquer um de n�s espalhadas por todo o Universo.

Ningu�m � um ser s�.

Todos e cada um de n�s � sempre uma multid�o.

Entretanto a maior parte dessas nossas c�pias, assim como as outras perfeitas c�pias do planeta Terra est�o t�o longe de n�s no espa�o que � praticamente imposs�vel contat�-las.

A vida de um �nico ser vivo � algo muito pequeno e muito fr�gil, mas enquanto dura��o do seu projeto ou exist�ncia � muito grande, indestrut�vel e inacab�vel.

Por sua natureza din�mica, por serem estruturas baseadas no movimento, todos os seres vivos est�o sempre em evolu��o.

A evolu��o � a sobreviv�ncia do mais adaptado, do mais adequado ao ambiente que o cerca.

Apesar de todos os seres vivos estarem sempre em processo de evolu��o, o Universo, a F�sica, n�o est�o em evolu��o.

O Postulado de Einstein que diz que o movimento absoluto n�o pode nunca ser detectado que leva �s exatas e constantes proporcionalidades da teoria da Relatividade, � algo definitivo, fixo, � um princ�pio sempre v�lido, estabelecido, em todo lugar no Universo funciona sempre da mesma forma, n�o � algo que est� em evolu��o ou que possa ser mudado.

O mesmo acontece com a validade sempre apenas local do conceito de tempo e de qualquer outro tipo de movimento, que n�o existe nunca para o Universo como um todo, deixando o Universo com uma exist�ncia eterna.

Este princ�pio, este modo de funcionamento da F�sica n�o � algo que possa ser mudado ou que esteja em evolu��o.

Ao contr�rio, � uma regra definitiva, v�lida e inalter�vel sempre e em todo lugar no Universo.

As leis de Newton sobre o movimento tamb�m n�o s�o algo que est� em evolu��o, ou que podem ser alteradas.

Ao contr�rio, sendo exatamente perfeitas em suas proporcionalidades, s�o prontas, jamais funcionar�o de outra maneira em nenhum outro lugar ou �poca no Universo.

A perfeita e exata proporcionalidade v�lida em qualquer lugar e �poca no Universo entre massas, acelera��es e for�as, relacionados conforme a Segunda lei de Newton exp�e, � algo que est� pronto, definitivo, perfeito, n�o algo em evolu��o ou que pode ser em alguma outra �poca ou local no Universo alterado.

O mesmo acontece com as duas outras leis de Newton sobre o movimento, e com sua lei da Gravita��o Universal.

O funcionamento da F�sica, definitivamente, por ser perfeito, exato, em suas proporcionalidades e nulidades como �, n�o � algo em evolu��o, mas � algo inalter�vel, que sempre funcionou e sempre funcionar� exatamente da mesma maneira que encontramos hoje.

O Princ�pio da in�rcia, seu modo de funcionamento, a exata e perfeita equival�ncia sempre v�lida em qualquer lugar no Universo entre massa inercial e massa gravitacional, encontrado por Galileu, e as corretas leis sobre os movimentos dos planetas encontradas por Kepler, n�o s�o algo que j� possa ter funcionado de modo diferente no passado ou que possa vir a funcionar de modo diferente no futuro.

S�o propor��es entre os conceitos da F�sica perfeitamente estabelecidas em trocas exatas, diretamente ou inversamente proporcionais, que sempre levam � nulidade de modo geral.

S�o localmente sempre v�lidas em todo e qualquer lugar ou �poca no Universo, em raz�o da �nica e mesma natureza comum que d� origem a todos os conceitos da F�sica: o movimento relativo.

O funcionamento da F�sica sempre foi e sempre ser� igual ao que � hoje em toda �poca e em todo lugar no Universo: est� dado e pronto.

O funcionamento da F�sica no Universo sempre foi e sempre ser� da mesma forma, igual, dado e pronto.

A F�sica e o Universo nunca est�o em evolu��o.

Este fato deixa o Universo eterno, e faz que todos os fen�menos f�sicos no Universo, todos os processos evolutivos de todos os seres vivos, sempre se repitam, eternamente, levando � eternidade de cada ser vivo, do mais simples ao mais complexo, mesmo estando todos eles sempre em permanente evolu��o.

Por que a luz tem sempre a velocidade constante que ela tem?

A luz apresenta sempre a mesma velocidade aos observadores porque ela � um tipo de movimento muito simples, nunca uma composi��o de movimentos como � o caso dos objetos materiais, que por serem composi��es de movimentos relativos, conseguem variar a suas velocidades relativas em rela��o aos observadores.

A luz apresenta sempre a mesma velocidade constante em rela��o aos observadores porque os observadores s�o formados pela mesma natureza, pela mesma oscila��o na tens�o do vazio que a luz.

Toda mat�ria em seu constituinte mais b�sico � um tipo de movimento relativo igual � luz.

� por isso que percebemos a luz deslocando-se sempre na mesma velocidade em rela��o a n�s. Toda mat�ria � formada por um tipo de movimento n�o diferente da luz.

Por isso a velocidade da luz � t�o constante em compara��o com a mat�ria.

Enquanto seres racionais, n�s sentimos grande satisfa��o na presen�a de uma constru��o do pensamento em que a organiza��o do mundo se mostra em um conjunto l�gico, coerente, harm�nico e definitivo.

Temos o mesmo prazer e encontramos uma satisfa��o serena quando enxergamos ordem no caos da vida.

Toda verdade tem a sua beleza em sua justa aplica��o, em sua simetria, em sua proporcionalidade.

E o que � a “verdade”?

Formados a partir de um mundo de fen�menos aparentemente diferentes, de uma vis�o do mundo submetida a m�ltiplas condi��es, nossos conceitos, como os discerne e reconhece a filosofia, n�o s�o para uso transcendente, mas apenas imanente.

As coisas do mundo como nos ensinava o pensador grego Plat�o, n�o t�m exist�ncia verdadeira; sempre em “devir”, jamais s�o.

N�o valem como objetos do verdadeiro conhecimento, pois s� existe conhecimento que � em si, por si, sem a mudan�a.

Em sua multiplicidade aparente, na relatividade de seu ser de empr�stimo que bem se poderia chamar um n�o-ser, jamais podem ser sen�o o objeto de uma opini�o provocada por uma sensa��o.

Tudo s�o sombras.

O que s� � verdadeiramente, o que n�o cessa de ser sem jamais se transformar, nem se perder, � o nada, o vazio, o repouso que todo movimento do nada pelo nada sempre tamb�m �.

O vazio � tenso, posto que � uma op��o �nica: sempre � o estado de m�ximo vazio poss�vel (pelo menos quanto ao significado de tudo que vemos em nosso mundo aparente).

Tal estado limite, tal falta de op��o a esta situa��o, leva-o � sua pr�pria contradi��o mesmo que aparente e vazia: n�o s�o proibidas varia��es do vazio em rela��o ao pr�prio vazio, ondas, movimentos, etc., desde que todos esses movimentos sejam sempre aparentes, ou seja, que nada signifiquem de fato.

Dentro do vazio absoluto, os movimentos reais do vazio em rela��o ao pr�prio vazio formam arqu�tipos, projetos, plantas, realidades, a que as sombras correspondem: s�o id�ias eternas; prot�tipos de todas as coisas.

Tais prot�tipos s�o reproduzidos � exaust�o: cada um deles � �nico, � precisamente o original cujas c�pias ou sombras perfeitas n�o s�o mais que coisas ostentando o mesmo nome que ele sujeitas � temporalidade, perec�veis e semelhantes.

As id�ias n�o poderiam nascer nem desaparecer com eles, porque s�o atemporais e verdadeiramente existentes, mesmo que fundadas no vazio que � eterno, por�m localmente oscilat�rio j� que � tenso.

Para elas n�o h� “devir” nem aniquilamento, como para suas c�pias caducas.

Delas, pois, h� um conhecimento verdadeiro, como do que, em todos os tempos, e de todos os pontos de vista, �.

S�o eternas e em sua ess�ncia nada significam.

Ter esp�rito cient�fico e preparar-se para a ci�ncia � manifestamente subordinar-se � id�ia da multiplicidade dos fen�menos, combinar somente com ela a verdade e a aut�ntica realidade e firmemente se ater � abstra��o contemplativa que leva ao conhecimento.

Esta distin��o entre o fen�meno e o vazio, a mat�ria e o nada, o temporal e o eterno, representa um acontecimento na ordem da ci�ncia.

Esta eleva��o do “projeto eterno” dos fen�menos acima dos fen�menos ou de sua ef�mera multiplicidade ou fatalidade, se liga a uma id�ia profundamente moral, a valoriza��o do sens�vel pelo “espiritual”, do eterno em benef�cio do temporal.

Somente no eterno est� a verdade das intermin�veis c�pias dos fen�menos sujeitas ao tempo.

Com efeito, o tempo � simplesmente uma vis�o recortada e fragmentada em que um ser individual pode ter id�ias, as quais, situadas fora do tempo posto que significando sempre em ess�ncia nada, s�o eternas.

O tempo segundo uma bela f�rmula de Plat�o, � a imagem m�vel da eternidade.

Com isso apresenta-se tamb�m um atrativo inescap�vel. Com efeito, conceber o mundo como uma fantasmagoria.

Multicor e m�bil de imagens que deixam transparecer as id�ias, que s�o eternas.

Somos plenos de alegria sensorial.

Estamos presos para sempre aos fen�menos do mundo, �s imagens do mundo.

Pertencemos ao mesmo tempo ao mundo das id�ias, dos projetos, que � o mesmo mundo eterno onde ocorrem os fen�menos sujeitos ao tempo, e que nos aparecem atrav�s dos fen�menos.

Toda nossa experi�ncia do mundo - dizia Kant - est� submetida a tr�s leis e condi��es que s�o as formas em que necessariamente se elabora todo o nosso conhecimento.

Chamam-se tempo, espa�o, causalidade.

Mas n�o apreendem o mundo tal como ele pode ser em si e por si, independentemente de nosso esfor�o por perceb�-lo, a “coisa em si”; at�m-se somente � sua apar�ncia fenomenal, porque n�o s�o mais que as formas de nosso conhecimento.

Nenhuma multiplicidade, nenhuma apari��o e desapari��o, � poss�vel sen�o por elas tr�s; elas s�o, pois, sustentadas unicamente pela apar�ncia e absolutamente nada podem saber da “coisa em si”, � qual n�o se poderia de maneira alguma aplic�-las.

Isso se estende mesmo at� ao nosso pr�prio Eu: conhecemo-lo somente como apar�ncia, n�o em sua ess�ncia.

Em outros termos: espa�o, tempo, causalidade, s�o dispositivos de nossa intelig�ncia, e a concep��o das coisas que nos chega em imagem, condicionada por eles, se chama, pois imanente; transcendente seria a que poder�amos atingir se a raz�o, voltando-se sobre si mesma, se tornasse cr�tica da raz�o, depois de ter peneirado o car�ter de meros modos de conhecimento que essas tr�s formas interpostas t�m.

Essa � a concep��o fundamental de Kant.

V�-se que � muito parecida com a de Plat�o. Apresentam ambas o mundo vis�vel como uma apar�ncia, isto �, como uma apari��o inconsistente que s� adquire import�ncia e alguma realidade pelo que nela transparece e se exprime.

Para ambas, a verdadeira realidade se encontra acima, atr�s, em resumo, “para al�m” de sua apar�ncia e pouco importa, em suma, que se chame “id�ia” ou “coisa em si”.

O mundo das id�ias � incorrupt�vel porque eterno.

Mas este mundo, das id�ias, dos projetos, � o mesmo mundo dos fen�menos sujeitos ao tempo, que apesar de constantemente levados �s suas aniquila��es enquanto indiv�duos, se repetem exaustivamente em perfeitas c�pias ao seguirem sempre as proporcionalidades das trocas entre as quantidades f�sicas que os formam, levando-os assim �s suas eternidades.

A Forma��o da Realidade

O cen�rio da exist�ncia primeira, da exist�ncia mais fundamental, o mais simples, � o nada, o vazio completo.

O nada, vazio completo, n�o � um ambiente impenetr�vel ou s�lido. Antes, ao contr�rio, � a completa aus�ncia de qualquer impedimento, de qualquer obst�culo.

No completo vazio � poss�vel situar pontos, cuja exist�ncia s� pode ser sempre virtual ou imaginada, jamais real, uma vez que os pontos s�o situados no nada, no vazio completo.

N�o podem existir pontos reais no nada.

N�o podem existir pontos reais no mais completo vazio.

Mas, pontos de exist�ncia virtual, imaginados, s�o poss�veis, ou, n�o h� nada que os impe�a ou que os tornem proibidos.

O vazio completo � a total aus�ncia de coisas, fen�menos ou objetos reais, mas, tamb�m � o vazio completo a completa aus�ncia de impedimentos a todas as coisas, fen�menos ou objetos virtuais, imaginados ou de validade limitada ou restrita, posto que fundados no vazio, fundados no nada.

� poss�vel situar no vazio completo n�o apenas um, mas tantos pontos virtuais ou de validade local e limitada, quantos desejarmos.

Uma vez situado um ponto virtual no completo vazio, podemos situar outro, cujas exist�ncias nunca podem ser reais, uma vez que s�o pontos situados no vazio; situado a uma dist�ncia qualquer do primeiro ponto.

A separa��o distante no vazio entre dois pontos nunca � uma separa��o de forma definitiva, pois n�o h� nada que seja capaz de separar os pontos em sua natureza que � a mesma, igual e �nica, e que sempre os une pelo fato de ser a mesma, igual e �nica.

Por toda a sua extens�o o vazio completo tem sempre a mesma natureza.

Um ponto qualquer situado no vazio afastado de outro ponto, se mant�m sempre unidos por sua mesma e igual natureza que � cont�nua e por isso os une, mesmo quando estes pontos est�o localizados muito distantes um do outro.

Tal v�nculo natural � insuper�vel, no sentido de que jamais pode ser desfeito.

Esse fato f�sico de um ponto estar sempre perfeitamente ligado a qualquer outro ponto no vazio mesmo quando estes pontos est�o muito afastados ou distantes um do outro pelo espa�o, forma ou, mais acertadamente, mant�m a exist�ncia de um objeto f�sico virtual ou de validade apenas local e limitada quanto �s suas propriedades f�sicas: uma corda, que sempre mant�m unidos quaisquer pontos mesmo que distantes no vazio, pelo v�nculo de serem estes insepar�veis em sua natureza, que � cont�nua, e n�o formada por pontos reais e separados (a natureza dos pontos virtuais ou de validade f�sica sempre apenas local e limitada nunca poder� ser diferente ou distinta de fato entre eles).

O fato de estarem sempre unidos pelo seu v�nculo natural cont�nuo instantaneamente, por�m afastados pela imensid�o que � o vazio, estica, faz surgir uma tens�o na corda virtual ou de validade sempre apenas local e limitada que une esses pontos virtuais.

Por ser cont�nuo, o espa�o vazio jamais admitiria pontos de exist�ncia real ou absoluta.

A posi��o de um ponto no completo vazio n�o pode nunca ser uma posi��o totalmente fixa, uma vez que o ponto mesmo sendo virtual, nunca � diferente em sua natureza cont�nua de todos os outros demais infinitos pontos poss�veis de serem situados no vazio, que forma um todo �nico e coeso.

O vazio completo n�o � formado por individuais pontos discretos separados de fato, mas, � a imensid�o do vazio completo um meio cont�nuo onde se pode situar pontos virtuais ou de validade sempre apenas local e limitada que t�m sempre uma �nica e mesma natureza cont�nua: o nada, o completo vazio.

A imprecis�o ou incerteza natural na localiza��o exata de um ponto virtual ou de validade sempre apenas local e limitada no vazio cont�nuo faz continuamente variar a dist�ncia entre dois pontos quaisquer situados no vazio, fazendo com que a corda virtual tensa, a liga��o natural pelo vazio que sempre une quaisquer pontos situados nesse, ao sofrer esses pux�es provocados pela varia��o natural na dist�ncia entre quaisquer pontos, estique e encurte, oscilando naturalmente para cima e para baixo, com freq��ncia e comprimento de onda bem definidos.

Uma vez situado ou escolhido um ponto virtual qualquer na imensid�o do vazio cont�nuo, ocorrendo um deslocamento espont�neo desse ponto dado pela incerteza natural em estabelecer de fato a sua posi��o isolada em um meio cont�nuo, a tens�o ou for�a entre dois pontos unidos realiza trabalho, ou seja, entre dois pontos em deslocamento um em rela��o ao outro h� um movimento, ou, o que � a mesma coisa, h� uma varia��o de energia potencial.

Os pontos virtuais ou de validade sempre apenas local e limitada situados no vazio apresentam deslocamentos por sua natureza cont�nua de serem unidos ou insepar�veis mesmo quando se encontram muito afastados ou distantes um do outro.

Quando um ponto em relativo repouso se desloca espontaneamente pela sua natureza de posi��o incerta ou insepar�vel dos infinitos demais pontos virtuais do vazio, entre dois pontos quaisquer do vazio aparece uma diferen�a de potencial.

Ao vazio mensurado ou com medidas chamamos de espa�o.

Se o espa�o n�o fosse cont�nuo, se n�o mantivesse todos os infinitos pontos virtuais que podemos localizar nele sempre unidos de modo instant�neo formando um todo �nico em sua mais �ntima natureza, a F�sica n�o funcionaria e o Universo simplesmente n�o existiria.

Fortes evid�ncias indicam que toda mat�ria e toda energia que comp�em o nosso mundo s�o apenas movimentos oscilat�rios relativos em cordas virtuais que ligam dois pontos virtuais quaisquer pelo vazio.

O vazio cont�nuo infinitamente extenso � em sua forma mais geral totalmente sim�trico, igual em todo lugar e em todas as dire��es.

O Universo em sua infinita extens�o compartilha dessa regularidade do espa�o por estar baseado nela.

A primeira lei de Newton e o primeiro postulado de Einstein confirmam que tudo que existe no Universo e que forma o nosso mundo, existe apenas enquanto objeto relativo ou virtual: nenhum corpo material, nenhum campo de for�as e nenhuma forma de energia t�m uma natureza real diferente do movimento relativo que s� � v�lido quando comparado em rela��o aos demais pontos virtuais que podemos escolher no vazio.

A validade sempre apenas local do conceito de movimento faz do tempo um conceito inv�lido para o caso do Universo como um todo.

O tempo � um fen�meno f�sico de validade sempre apenas localizada dentro do Universo.

O tempo ocorre sempre em uma regi�o relativamente bem definida dentro do Universo, n�o existindo um tempo de ritmo �nico que sirva para se estabelecer medi��es temporais para o Universo como um todo: O Universo n�o est� sujeito ao tempo, est� fora do tempo, sendo por isso o Universo eterno no sentido de que o tempo n�o serve para regular ou marcar um ritmo que sirva para dizer coisa alguma sobre o Universo como um todo, como envelhecimento ou evolu��o do Universo, por exemplo.

O Universo como um todo � o vazio cont�nuo infinito em extens�o.

O vazio por ser cont�nuo e infinito em extens�o apresenta sempre uma tens�o relativa de valor m�dio bem definido entre quaisquer pontos virtuais localizados nele.

O valor da tens�o existente no vazio relativamente pode variar em torno de seu valor m�dio, uma vez que todo movimento relativo entre quaisquer pontos virtuais no vazio ocorrem sempre e apenas em rela��o ao vazio cont�nuo, ou seja, n�o h� nenhuma base s�lida, real, diferente al�m do vazio cont�nuo e extenso que esteja se movimentando para formar o que chamamos de nossa realidade.

A teoria especial da Relatividade se refere � compara��o de medidas feitas em diferentes sistemas inerciais movendo-se com velocidade constante relativamente um ao outro.

O fato de dois ou muitos sistemas inerciais moverem-se inercialmente uns em rela��o aos outros sem que haja qualquer preval�ncia do estado de movimento de nenhum sobre os demais revela duas caracter�sticas fundamentais do vazio: que o vazio � um cont�nuo; por isso um ponto em relativo deslocamento inercial pelo vazio nunca p�ra, pois � indiferente a posi��o que tal ponto ocupe em rela��o a todos os demais pontos localiz�veis no vazio; e que o vazio � sempre uniformemente tenso entre quaisquer pontos desse vazio; por isso um sistema inercial nunca perde sua forma nem altera sua relativa velocidade constante quando abandonado pelo vazio.

A teoria da Relatividade especial pode ser derivada de dois postulados propostos por Einstein:

1. O movimento absoluto uniforme n�o pode ser detectado.

N�o existe nenhum movimento que tenha validade maior que todos os demais.

Todos os movimentos s�o apenas igualmente relativos. N�o existe nenhum referencial no vazio em rela��o ao qual se possa determinar um movimento absoluto.

Este postulado revela que nenhum movimento, que nenhum objeto f�sico, tem uma exist�ncia real ou absoluta, ou uma natureza diferente que o vazio cont�nuo infinitamente extenso e uniformemente tenso.

2. A velocidade da luz � independente da fonte.

Para que qualquer observador em qualquer sistema inercial em diferentes velocidades constantes entre si encontre sempre o mesmo valor para a velocidade da luz, � necess�rio que o tempo e o espa�o medidos de qualquer referencial inercial proporcionalmente se ajustem com perfeita proporcionalidade de acordo com o movimento relativo de qualquer sistema inercial em rela��o aos demais, o que mostra que as medidas de tempo e de espa�o, que as medidas de todos os objetos ou corpos materiais e toda a energia, t�m a mesma natureza que o movimento inercial observado realizado pela luz.

Todas as ondas requerem um meio tenso para sua propaga��o.

A velocidade de qualquer onda sempre depende diretamente, de exato modo proporcional, da tens�o do meio em que ela se propaga.

Como surgiram as leis da F�sica e o Cosmos?

O nada em sua defini��o comum � o vazio mais completo que se possa imaginar, desprovido de todos os objetos f�sicos e de suas correspondentes leis ou regras f�sicas proporcionais.

A situa��o desse vazio completo � a de um repouso absoluto.

O nada assim definido � “algo”, do qual dele nada pode acontecer que tenha alguma exist�ncia real ou algum significado absoluto.

Entretanto, exist�ncias aparentes, atribu�das, ilus�rias, imaginadas ou relativamente limitadas em suas validades, s�o permitidas desde que nada signifiquem de modo absoluto. Vivemos em um mundo onde tudo que parece ser real � ilus�rio e que obedece a regras eternas.

O nada segue uma regra: nada, nenhum fen�meno que tenha uma validade absoluta pode acontecer.

O nada pensado ou definido ao falar-se sobre o nada � a situa��o mais simples poss�vel de se imaginar ou visualizar no que se refere a sua simetria.

� perfeitamente admiss�vel e aceit�vel que o completo vazio infinitamente extenso nenhum significado tem de modo absoluto.

No Universo, algo s� existe quando existe para algu�m que possa identific�-lo ou reconhec�-lo e interpret�-lo como tal.

Conceitos e grandezas f�sicas como part�culas, cordas, energia, tempo, espa�o com medidas, etc., com exist�ncia de validade sempre apenas limitada ou imagin�ria, porque de fato s�o insepar�veis de todo o mais restante em sua natureza, que � a mesma do vazio completo, s�o permitidos, desde que suas exist�ncias nenhum significado tenham de modo absoluto; desde que n�o tenham uma exist�ncia absoluta.

Mesmo o nada, o completo vazio, “sofre” de dois princ�pios complementares que lutam entre si: a sua continuidade, que une qualquer ponto imaginado situado no vazio completo a qualquer outro ponto situado nesse vazio do modo mais unificado poss�vel, de modo a tornar sempre quaisquer pontos tanto faz onde situados no vazio como sendo perfeitamente apenas uma corda, fazendo-os uma coisa s�, instantaneamente unidos e comunicados, como verificado na pr�tica na experi�ncia Einstein-Podolski-Rosen; e a infinita extens�o do vazio, que distancia esses pontos, que � capaz de afast�-los a enormes dist�ncias mas sem nunca conseguir separ�-los de fato.

Tal unidade e afastamento produzem uma relativa tens�o no vazio, uniformemente distribu�da por todo o espa�o do Universo.

Nada pode acontecer ou, o que � a mesma coisa, tudo pode acontecer desde que esse tudo nada signifique de modo absoluto.

� permitido que tudo exista desde que essa exist�ncia n�o se d� de fato ou de modo absoluto.

A exist�ncia virtual, atribu�da, de validade sempre apenas limitada ou imaginada, permite nossas diferencia��es relativas entre os fen�menos f�sicos, permite a nossa inven��o dos conceitos.

O nada, o vazio completo cont�nuo infinitamente extenso e uniformemente tenso � algo que existe concomitantemente ao Universo que ordinariamente vivenciamos.

O nada, o vazio completo, � a estrutura f�sica mais simples, mais sim�trica poss�vel.

O Universo n�o teve uma origem.

O Universo existe sempre concomitantemente ao nada.

N�o tem l�gica afirmar que um Universo onde todos os conceitos t�m validade relativa tenha tido uma origem.

O fato do nada seguir uma regra, uma simetria, o fato do vazio ser o vazio (cont�nuo, extenso e tenso) d� ao espa�o as caracter�sticas que tornam poss�vel a exist�ncia de todo o nosso Universo, cuja validade dos conceitos � sempre relativa ou limitada, atribu�da.

A defini��o do nada � o seu estado mais fundamental.

Todo o mais restante ou derivado, toda a f�ria ou agita��o dos movimentos que formam os fen�menos f�sicos de validade sempre apenas limitada, todo o mundo din�mico que observamos, coexiste sempre com um estado de repouso absoluto, o estado mais simples poss�vel.

Ao vazio com medidas chamamos de espa�o. A natureza perfeitamente cont�nua e infinitamente extensa do vazio nos informa que � o espa�o um meio relativamente r�gido, capaz de localmente apresentar ondas como a luz e como as ondas estacion�rias que formam a mat�ria (a velocidade das ondas em uma corda sempre depende diretamente da tens�o da corda).

O estado definido como o vazio completo � o mais perfeitamente sim�trico poss�vel de se visualizar, por apresentar sempre exatamente a mesma apar�ncia, tanto faz o eixo e a quantidade de rota��o com que se gire.

Esta perfeita simetria do nada nos informa que o vazio completo � tenso de modo exatamente uniforme: � o espa�o vazio um meio perfeitamente el�stico.

Isto � o que faz a Geometria e a F�sica serem exatamente proporcionais de modo direto ou inverso, em suas quantitativas proporcionalidades.

� a exata proporcionalidade da Geometria quem torna a F�sica poss�vel.

Ren� Descartes afirmou com grande orgulho: “Toda a minha F�sica nada mais � do que Geometria”.

O estado de um sistema de validade relativa, local e limitada, � algo que pode mudar, variar, desde que respeite sempre a regra mais geral, ou absoluta, desde que nunca v� contra a realidade do nada absoluto.

Uma regra absoluta � algo a que qualquer sistema deve sempre obedecer.

O estado do vazio completo de “n�o possuir conceitos ou grandezas f�sicas que tenham um significado absoluto, ou n�o-relativo, mas sempre apenas atribu�do, imaginado, relativo ou ilus�rio” � um estado imut�vel, permanente, uma regra que nunca pode mudar.

Essa regra nos diz que o estado do completo vazio � eterno, n�o se sujeita a mudan�as: o vazio completo est� fora do tempo.

Por existir de modo concomitantemente ao vazio completo perfeitamente cont�nuo, infinitamente extenso e uniformemente tenso, que � o seu elemento mais fundamental ou formador, � o Universo como um todo tamb�m eterno.

O Universo em sua forma mais geral ou ampla n�o se sujeita ao tempo.

Sempre apenas localmente � que o tempo existe. N�o existe o tempo do Universo. N�o existe um tempo que regule o funcionamento do Universo como um todo. N�o existe o tempo absoluto. O Universo como um todo n�o teve uma origem e n�o ter� um fim.

Todos os fen�menos f�sicos que t�m origem, meio e fim, s�o sempre c�clicos, e repetitivos para sempre, ocorrem de maneira apenas localizada por todo o Universo.

N�o tem nenhum sentido dizer que algo est� fora do Universo. O Universo em sua forma infinita � quem est� fora do tempo.

O nada, o vazio completo, em seu estado fundamental de repouso absoluto, n�o serve como referencial para nenhum tipo de obten��o de medidas, nem para os movimentos, nem para nenhum outro tipo de conceito, por ser imposs�vel compar�-lo com qualquer outro conceito f�sico.

Por estar livre de compara��es com as quantidades relativas, � que o nada � definido como sendo o nada.

S� conseguimos estabelecer compara��es ou medi��es entre fen�menos formados por movimentos relativos; confront�-los pelas diferentes quantidades que parecem apresentar uns em rela��o aos outros.

Como pela continuidade do espa�o vazio todo movimento relativo � sempre tamb�m uma perfeita situa��o de repouso, � imposs�vel compar�-los, por serem uma mesma coisa.

O nada � o estado mais simples poss�vel de se qualificar e quantificar. � o elemento formador mais fundamental do Universo. Por isso, n�o h� necessidade alguma de explica��es sobre sua origem.

O nada, o vazio completo perfeitamente cont�nuo infinitamente extenso e uniformemente tenso � o pr�prio Universo, que � definido como sendo o conjunto de tudo que existe de modo relativo, de significado atribu�do, ilus�rio ou imagin�rio.

O Universo sempre existiu e as regras ou leis de funcionamento da F�sica sempre foram exatamente as mesmas, iguais como s�o hoje.

Todos os fen�menos f�sicos sempre se repetem em perfeitas c�pias exatas, indistingu�veis umas das outras, assim como o vazio completo � um perfeito cont�nuo.

N�s tamb�m somos fen�menos f�sicos que funcionam exatamente de acordo com as regras da F�sica, de modo estrito.

A gera��o espont�nea de part�culas no v�cuo, de uma part�cula e da sua respectiva anti-part�cula, ocorre no Universo n�o como um evento sem nenhuma causa ou princ�pio f�sico, n�o como algo totalmente inexplic�vel, mas respeita sempre as regras da Estat�stica em fun��o da tens�o existente no meio.

O espa�o vazio perfeitamente cont�nuo e infinitamente extenso � tenso por simultaneamente sempre apresentar essas duas caracter�sticas.

A resposta para a pergunta: “Como surgiram as leis da F�sica e o nosso Cosmos?”, � que eles nunca surgiram. Sempre foram exatamente como s�o.

O espa�o vazio, o vazio completo, a aus�ncia de todas as coisas que tenham algum significado absoluto, o nada, por ser completo, total e �nico, apresenta duas caracter�sticas: a unidade (por toda parte o vazio � sempre o mesmo, � �nico, tem sempre mesma natureza, apresenta uma mesma uniformidade); e a extens�o (o vazio preenche todo lugar, estende-se infinitamente, abrange o todo, � infinito na medida total que chamamos de comprimento e volume).

Esses dois alicerces formadores de toda nossa realidade, fundamentos �nicos do Universo, a unidade e a extens�o, fazem dois pontos quaisquer marcados no espa�o vazio estarem permanentemente em perfeita comunica��o instant�nea, pois t�m eles uma unidade entre si que os torna insepar�veis, formando algo �nico, cont�nuo, e n�o algo que se d� em partes ou de fato separadas de modo absoluto; e, ao mesmo tempo, separa, afasta, mas nunca completamente, dois pontos quaisquer marcados no espa�o vazio cont�nuo em dist�ncias que tendem a infinita.

O cont�nuo que o espa�o vazio � comunica qualquer ponto marcado nesse cont�nuo com qualquer outro ponto, mesmo que muito distante, instantaneamente, formando sempre um todo �nico coeso.

O fato do vazio estar por sua natureza que � em todo lugar a mesma, em todo o infinito, permite que dois pontos quaisquer possam encontrar-se muito distantes, a enormes dist�ncias um do outro, mas nunca de modo absoluto separados no espa�o.

Essa dicotomia da comunica��o instant�nea a dist�ncias infinitas, leva o espa�o vazio a ser permanentemente um meio tenso, esticado por for�as (geradas pela comunica��o versus afastamento) capazes de fazer os pontos escolhidos no espa�o vazio oscilarem suas posi��es, tremerem, ante seus repuxos.

Qualquer outra que fosse a ess�ncia do Universo que n�o o vazio, produziria fen�menos f�sicos de exist�ncia absoluta, e n�o fen�menos de natureza completamente relativa como s�o todos os que formam o nosso mundo.

Quando acendemos uma luz qualquer, por exemplo, interagimos com uma dan�a, uma varia��o na localiza��o de pontos de energia potencial pelo espa�o vazio.

Mesmo tal dan�a tendo uma natureza totalmente virtual, afinal, apesar de sua correta defini��o espacial, � relativa sua realidade, pois pontos imaginados localizados no mais completo vazio cont�nuo n�o podem ser considerados algo que tenha de fato uma natureza real.

Entretanto, � apenas este o constituinte mais fundamental da forma��o de toda nossa realidade f�sica.

Todas as part�culas materiais, todas as part�culas formadoras da mat�ria, nada mais s�o do que, como a luz, ondas, oscila��es na localiza��o de pontos virtuais de energia potencial no vazio.

Todas as part�culas materiais correspondem apenas a diferentes freq��ncias e comprimentos de onda entre pontos virtuais localizados muito pr�ximos no espa�o vazio.

Todas as part�culas materiais, toda a mat�ria, todos os objetos materiais, viajam sempre na mesma velocidade em que a luz viaja, em seu deslocamento relativo combinado pelo espa�o e pelo tempo, o que revela a mesma natureza desses conceitos.

Al�m de nos informar que mat�ria e energia s�o a mesma coisa, ou que t�m a mesma natureza, tal fato mostra-nos que o espa�o vazio cont�nuo infinito apresenta sempre a mesma tens�o em torno de um valor m�dio por todo lugar, que o espa�o vazio � igual em sua natureza em todo lugar, que o Universo � infinito em extens�o pelo espa�o, e que nunca houve um come�o e nem nunca haver� um fim do Universo.

Id�ias como expans�o ou infla��o do espa�o vazio s�o err�neas, e n�o correspondem a realidade. S�o id�ias desnecess�rias, assim�tricas, portanto n�o s�o gerais e belas.

No mundo microsc�pico das agita��es produzidas pela tens�o do vazio encontramos as part�culas ou oscila��es que, combinando-se, formam todo o nosso mundo material.

Por uma raz�o estat�stica e geom�trica, a maior parte dessas part�culas permanece agitando-se continuamente no meio vazio tenso em que se encontram.

Todas as leis estat�sticas da F�sica, que s�o todas as leis da F�sica, funcionam perfeitamente do mesmo modo como as conhecemos hoje eternamente pelo tempo e infinitamente pelo espa�o em todo lugar e �poca, sempre exatamente da mesma forma, pela exata proporcionalidade existente na geometria do completo vazio uno, cont�nuo e extenso.

O presente n�o tem dura��o f�sica no tempo.

O presente � o fato que o vazio infinito existe; com todos seus infinitos pontos comunicando-se, unidos, por�m separados (de uma forma imperfeita), variando, mudando-se no presente.

O fato do infinito vazio existir � sempre presente.

O movimento, a varia��o, a mudan�a, a oscila��o, � sempre presente.

A lembran�a, o registro de como se deu o movimento presente cria o passado, e usamos de movimentos presentes para planejar o futuro.

Para uma pedra o que � a realidade?

Para uma pedra o que � o Universo?

Uma pedra � afetada pelo ambiente. O ambiente pode estremecer, sacudir, fazer vibrar uma pedra; por�m essa oscila��o sofrida pela pedra, para a pedra, nada significa, porque a pedra � incapaz de processar, avaliar, perceber e analisar tal situa��o.

Para uma pedra nossa realidade nada significa.

Para uma pedra, e para algu�m inconsciente, o Universo � o nada.

T�o v�lida quanto as nossas grandiosas defini��es, � a constata��o que o Universo sem a percep��o e o processamento de informa��es, � o nada.

A tens�o do espa�o vazio produzida pela perfeita uni�o entre quaisquer pontos localizados no espa�o contra o afastamento imperfeito existente entre eles produzido pela dist�ncia, apresenta sempre um mesmo valor m�dio por todo o Universo, � uma constante.

� por isso que a velocidade da luz � sempre a mesma para qualquer observador em qualquer lugar no Universo.

Qualquer teoria que v� contra a perfeita simetria da distribui��o do vazio pelo Cosmo infinito, n�o merece ser levada a s�rio.

O tempo � sempre uma compara��o, uma rela��o entre quantidades de movimento.

N�o tem cabimento e � contra a l�gica considerar que uma compara��o que � sempre somente relativa, e que apresenta valores diferentes para observadores diferentes, tenha um in�cio ou um fim absoluto.

Sendo como �, funcionando da maneira relativa como funciona o tempo, o Universo � eterno no tempo.

O Universo nunca teve uma origem absoluta e nunca ter� um fim absoluto.

Da maneira como a F�sica funciona, podemos afirmar tranquilamente que a F�sica nunca funcionou de modo diferente, nem nunca funcionar� de modo diferente de como funciona hoje.

As estat�sticas que registramos e que nos permitem afirmar que a F�sica funciona de determinada maneira em tal situa��o, de modo geral sempre foram v�lidas no infinito passado, e sempre ser�o v�lidas no futuro infinito.

Localmente, podem ocorrer exce��es, mas sem nunca contrariar as id�ias mais gerais sobre o funcionamento da F�sica que sempre foram e sempre ser�o as mesmas que conhecemos hoje.

Em um per�odo de tempo infinito � estatisticamente imposs�vel que existam fen�menos f�sicos novos ou in�ditos.

Em um Universo eterno, que tem um passado infinito e onde toda a F�sica funciona sempre da mesma forma de modo geral, � imposs�vel que aconte�am fatos ou eventos f�sicos que j� n�o tenham acontecido de modo exatamente igual em alguma �poca.

Nenhum ser vivo � um evento �nico, fisicamente in�dito.

Sendo tamb�m fen�menos f�sicos, as estat�sticas de funcionamento da F�sica tamb�m s�o perfeita e completamente v�lidas para n�s; cada um de n�s � sempre uma perfeita c�pia de si mesmo.

Somos sempre clones de n�s mesmos, r�plicas perfeitas que se repetem infinitamente, no passado para tr�s bem como para todo o futuro. Nenhum de n�s � um ser individual de fato.

Para uma pedra, ou para qualquer outro ser incapaz de interpretar informa��es, o que s�o os nossos conceitos?

Nada.

Todos os nossos conceitos e defini��es, nada significam para quem � totalmente incapaz de interpret�-los, ou atribuir-lhes algum significado.

Tudo no Universo se torna em nada (ou apresenta este significado que � perfeitamente igualmente v�lido, ou pode assim tamb�m ser perfeitamente admitido) quando n�o h� quem interprete as coisas ou os fen�menos do mundo, o que fazemos sempre por compara��o.

Nossa maneira de definir as coisas � sempre as comparando, medindo-as com outras coisas.

Esse modo das coisas obterem seus significados, apenas por compara��o, mostra que todas as coisas no Universo t�m uma exist�ncia que � sempre apenas relativa, jamais absoluta.

Mostra tamb�m que tudo ou qualquer coisa somente consegue obter seu significado existencial de modo sempre apenas relativo, que a diferen�a provinda da mudan�a, do movimento, � o conceito constituinte mais b�sico de todos os outros conceitos que obtemos ou constru�mos sempre por compara��o.

Algu�m que se dispusesse a medir o tamanho do espa�o vazio no Universo, jamais encontraria algum obst�culo f�sico que pudesse ser considerado definitivo, absoluto, intranspon�vel, imut�vel ou insuper�vel, que n�o tivesse apenas uma exist�ncia ou um significado atribu�do dentro da id�ia de que tudo tamb�m sempre nada significa.

Esta verdade de que tudo tamb�m sempre nada significa � sempre v�lida, sempre pode ser considerada verdadeira ou pode ser aplicada em qualquer situa��o no Universo.

O nada, o espa�o vazio � infinito em extens�o no Universo porque tudo ou qualquer coisa sempre pode ser perfeitamente considerada como nada.

N�o � necess�ria uma explica��o a respeito da origem do nada. O nada sempre foi. Sempre �.

� uma hip�tese bem razo�vel considerar que a exist�ncia do nada, a exist�ncia do espa�o vazio, � a �nica exist�ncia poss�vel, infinita em medida, totalizante e absoluta, sem que qualquer outro tipo de exist�ncia verdadeiramente absoluta possa existir de fato.

Apenas exist�ncias relativas que n�o t�m validade em todas as situa��es s�o poss�veis ou permitidas a todos os demais conceitos formulados pelo homem.

O conceito de “cheio”, por exemplo, � sempre um conceito apenas relativamente v�lido, pois sempre se pode encher mais qualquer coisa que j� esteja considerada cheia, o que torna o conceito de cheio, na realidade, vazio.

N�o existe nenhuma diferen�a absoluta, intranspon�vel ou insuper�vel entre nenhum dos nossos sempre apenas aparentemente diferentes conceitos da F�sica.

N�o existe nenhuma diferen�a absoluta ou insuper�vel entre mat�ria e espa�o vazio.

Quando se busca encontrar os tijolos mais fundamentais constituintes da mat�ria, n�o se encontra tijolo algum que tenha alguma exist�ncia absoluta, apenas o espa�o vazio tenso aparece.

H� muitas situa��es na F�sica em que a mat�ria pode ser tratada como sendo energia, e vice-versa.

Tamb�m � verificada sempre a exist�ncia de uma constante e exata proporcionalidade sempre presente entre quantidades de espa�o vazio, quantidades de mat�ria, e quantidades de energia na grande maioria das situa��es f�sicas, o que revela a natureza comum, a perfeita unidade sempre existente entre esses aparentemente diferentes conceitos.

A luz se propaga pelo espa�o vazio.

A luz � uma perturba��o, uma oscila��o, um movimento no vazio.

Isto s� � poss�vel porque � o espa�o vazio um meio tenso; � uma caracter�stica do espa�o vazio o fato de que cada ponto localizado no vazio estar sempre perfeitamente unido, em constante comunica��o instant�nea com qualquer outro ponto do espa�o vazio, uma vez que o espa�o vazio � por todo lugar igual em sua constitui��o.

� todo o espa�o vazio um mesmo algo �nico, indivis�vel, insepar�vel de modo absoluto.

� o espa�o vazio um meio cont�nuo, e n�o algo formado por partes de fato separadas, por pontos realmente separados, formados por naturezas diferentes, individuais, ou incomunic�veis entre si de modo absoluto.

A hip�tese do espa�o vazio ser um meio descont�nuo ou qu�ntico em sua forma��o mais profunda est� descartada, pois n�o corresponde aos fen�menos f�sicos observados.

Por estar todo ponto do espa�o vazio sempre unido a qualquer outro ponto do espa�o vazio por sua mesma natureza, mesmo quando relativamente afastados pela dist�ncia que aparentemente os separa, � o espa�o vazio sempre um meio tenso, cont�nuo.

As dist�ncias que percebemos “separando” dois pontos quaisquer localizados no espa�o vazio s�o sempre relativas, sempre dependem do observador para existir, ou, dito em outras palavras, n�o existem de modo definitivo ou absoluto.

Podemos imaginar um Universo onde todo o espa�o vazio tenha apenas o tamanho de um ponto sem dimens�es.

A pergunta ent�o seria: O que h� em torno desse ponto?

Se a resposta for o nada, ca�mos na mesma amplia��o que fazemos ao medir o espa�o vazio para longe de qualquer ponto sem dimens�es.

Somos n�s que criamos a id�ia e o conceito, criamos o pr�prio espa�o vazio ao medi-lo, observ�-lo, perceb�-lo.

Quando nenhum observador mede o espa�o vazio do Universo, n�o � errado admitir que todo o espa�o vazio do Universo tem apenas uma exist�ncia do tamanho de um ponto sem dimens�es.

Se admitimos que todo o espa�o vazio do Universo tem apenas o tamanho de um ponto sem dimens�es, e que em torno dele existe somente o nada, e que esse nada � infinitamente extenso, por�m monol�tico, s�lido, completamente duro, tenso, nada mais estamos fazendo do que definindo o nada de uma forma parecida de como o nosso espa�o vazio se comporta quando admitimos que � o espa�o vazio infinito em extens�o.

Toda part�cula elementar de mat�ria, toda unidade fundamental de mat�ria que assim pode ser tratada ou considerada, nada mais � que uma onda relativamente estacion�ria localizada no espa�o vazio.

A teoria das cordas tem um quadro contendo todos os tipos de part�culas de mat�ria conhecidos, todas as fam�lias de part�culas, onde acertadamente discrimina que cada tipo diferente de part�cula elementar de mat�ria apenas corresponde a diferentes tipos de freq��ncia ou comprimentos de onda em cordas (uni�o entre dois pontos) existentes no espa�o vazio.

Muito do que conquistamos com essa teoria deve-se ao trabalho inicial do grande f�sico De Broglie.

A exist�ncia dessas micro cordas no espa�o vazio pode ser explicada pela dicotomia unidade contra extens�o do espa�o vazio, que s�o as duas principais caracter�sticas dele.

Por apresentar essas duas caracter�sticas, unidade e extens�o, � o espa�o vazio um meio cont�nuo.

A principal diferen�a entre um meio cont�nuo e um meio descont�nuo � que um meio cont�nuo n�o � formado por pontos ou partes de fato separadas de modo definitivo, mas sim que suas “partes” ou os pontos localizados nesse meio formam um todo �nico, indivis�vel, insepar�vel de fato ou de modo absoluto.

Essa caracter�stica faz com que qualquer ponto localizado nesse meio esteja sempre em constante e intensa comunica��o instant�nea com qualquer outro ponto localizado nesse meio.

A essa comunica��o constante e cont�nua entre quaisquer pontos localizados no meio chamamos tamb�m de tens�o do meio.

Um meio descont�nuo � formado por partes ou pontos independentes, de fato separadas, n�o havendo necessariamente nenhum tipo de v�nculo, contato, ou comunica��o entre nenhum dos pontos ou partes que s�o sempre independentes entre si de modo definitivo.

N�o � assim que se apresenta o espa�o vazio com o qual temos familiaridade.

No espa�o vazio todas as experi�ncias realizadas mostram que sempre existe sim uma perfeita e plena comunica��o entre quaisquer pontos localizados nesse meio.

A velocidade da luz no v�cuo ou no espa�o vazio � sempre a mesma para qualquer observador, independentemente do local ou da situa��o de movimento deste no Universo.

Isso mostra que o espa�o vazio � um meio cont�nuo.

A luz � uma onda, comporta-se como tal.

O fato da luz conseguir deslocar-se pelo espa�o vazio mostra que � o espa�o vazio um meio tenso, assim como ondas mec�nicas s� conseguem se deslocar em uma corda amarrada quando ela est� tensa, esticada.

A velocidade de uma onda mec�nica em uma corda amarrada sempre depende diretamente da for�a ou tens�o que estica a corda, e da massa ou densidade espec�fica da corda, que � a rela��o entre a massa da corda dividida pelo seu comprimento.

A densidade de mat�ria/energia, tamb�m chamada de densidade cr�tica encontrada em determinado volume de espa�o vazio para o caso do Universo, � igual � massa de aproximadamente cinco �tomos de hidrog�nio (cerca de dez elevados a menos vinte e tr�s gramas) por metro c�bico.

N�o por coincid�ncia, � neste �nico valor para a densidade cr�tica, que o espa�o vazio apresenta-se geometricamente plano, sem curvatura, nem positiva, nem negativa, que � o caso mais geral, do Universo como um todo.

Calculando-se ent�o o valor da tens�o do espa�o vazio utilizando-se a velocidade da luz como a velocidade da onda em uma corda tensa, obtemos o valor constante de uma for�a entre dois pontos quaisquer localizados no espa�o vazio de nove vezes dez elevados a menos dez Newtons (F = 0,0000000009 N), que a primeira vista pode parecer um valor bem pequeno, mas que tamb�m pode ser considerado um valor espantosamente alto quando se considera que tal tens�o une dois pontos localizados no espa�o vazio atrav�s de uma corda cuja espessura pode ser considerada muito pr�xima � zero.

Toda mat�ria, todo corpo material, toda part�cula material, viaja sempre na mesma velocidade em que a luz tamb�m sempre viaja se consideramos o deslocamento combinado pelo espa�o e pelo tempo desses corpos materiais.

Corpos materiais que viajam muito rapidamente pelo espa�o, viajam de exato modo inversamente proporcional muito lentamente pelo tempo (o tempo para esses corpos passa mais devagar), e corpos que viajam muito lentamente pelo espa�o, gastam de exato modo inversamente proporcional todo o seu deslocamento viajando pelo tempo (quando um objeto parece estar em repouso no espa�o � quando ele envelhece mais rapidamente, pois o tempo desse objeto passa em velocidade m�xima para um observador).

Esta exata complementaridade inversamente proporcional sempre encontrada entre deslocamento pelo espa�o e deslocamento pelo tempo foi descoberta por Einstein em sua Relatividade, e � devida � mesma natureza de todos os aparentemente diferentes tipos de movimento, que t�m seu fundamento b�sico na unidade cont�nua do espa�o vazio contra a sua infinita e proporcional extens�o geom�trica, que faz do espa�o vazio um meio tenso.

A permanente tens�o do espa�o vazio faz com que cada ponto localizado no espa�o vazio atraia, puxe, una-se a qualquer outro ponto tamb�m localizado nesse meio quantitativamente infinito em extens�o, em condi��o de planura, ou seja, quando o espa�o vazio pode ser considerado geometricamente plano, que � o caso universal mais comum ou mais amplamente encontrado no Universo, com uma for�a de um valor m�dio aproximadamente constante de F = 0,0000000009 N, sendo essa a raz�o de todos os movimentos ocorrerem sempre na mesma velocidade da luz em seus deslocamentos combinados pelo espa�o e pelo tempo.

J� a for�a da gravidade � uma for�a que varia de intensidade de exato modo inversamente proporcional �s dist�ncias existentes entre os corpos materiais (mais precisamente aos quadrados dessas dist�ncias, por uma raz�o apenas tamb�m geom�trica), sendo essa for�a totalmente dependente da geometria, das dist�ncias de espa�o vazio existentes entre os corpos.

A for�a eletromagn�tica funciona exatamente do mesmo modo que a for�a gravitacional, sendo as equa��es utilizadas para os c�lculos de suas intensidades praticamente a mesma equa��o, substituindo-se apenas os similares conceitos envolvidos, os diferentes nomes que usamos para definir as quantidades de movimento.

Toda a Eletrodin�mica tamb�m tem apenas em seu fundamento a exata proporcionalidade da geometria do espa�o vazio.

Todas as quantidades de todos os conceitos encontrados em todas as equa��es e f�rmulas matem�ticas da Eletrodin�mica, demonstram sempre apenas rela��es quantitativas geom�tricas, dependentes diretamente da geometria do espa�o vazio de modo exatamente ou inversamente proporcional.

De fato, toda a F�sica tem por base e � constru�da �nica e exclusivamente sobre a constante e exata proporcionalidade sempre presente da geometria do espa�o vazio, fruto de sua equidade, continuidade e extens�o.

Toda a exist�ncia do Universo constitui-se sobre o vazio.

Qualquer ponto situado no espa�o vazio atrai qualquer outro ponto situado no espa�o vazio com uma for�a de valor m�dio aproximadamente constante (a constante de Horst).

A uni�o, a liga��o entre dois pontos quaisquer situados no espa�o vazio com uma for�a de valor m�dio aproximadamente constante, gera a exist�ncia do mais simples objeto f�sico poss�vel: uma corda, quase que unidimensional.

Estes objetos f�sicos simples primordiais, as cordas, s�o os respons�veis pela exist�ncia de toda forma de energia e de mat�ria que percebemos no Universo.

Todas as cordas s�o tensas, mas n�o s�o totalmente r�gidas ou fixas.

As cordas n�o se comportam como hastes r�gidas ou barras fixas, mas sim como cordas.

A uni�o, a liga��o entre quaisquer pontos no espa�o vazio que � a corda, � uma liga��o t�o perfeita formada pela mesma natureza desses pontos, que n�o � errado admitir que dois pontos situados no espa�o vazio mesmo que situados distantes um do outro, formam um s� objeto, um s� corpo, uma s� corda.

A uni�o entre dois pontos que forma uma corda tensa, a atra��o entre esses dois pontos pode ser descrita corretamente tamb�m como sendo um movimento linear unidimensional em ambos os sentidos da corda.

Se o espa�o vazio fosse um meio discreto, descont�nuo ou formado por pontos de fato totalmente separados, desunidos ou independentes, uma for�a que atuasse de modo igual em todas as dire��es poss�veis manteria todos os pontos constituintes do espa�o vazio em um perfeito equil�brio est�tico, r�gido, fixo.

Mas ao contr�rio, sendo o espa�o vazio um cont�nuo como �, a tens�o existente entre quaisquer pontos situados no espa�o vazio que n�o ocupam posi��es totalmente fixas pelo fato do espa�o vazio n�o ser formado por diversos pontos independentes, mas ser um todo geom�trico extenso �nico unido por sua mesma natureza em todo lugar, permite que pontos escolhidos no espa�o relativamente oscilem, viagem, movimentem-se, por serem eles mesmos, os pontos, entes f�sicos de exist�ncia sempre imagin�ria ou relativa (o que existe de fato � o espa�o vazio infinitamente extenso. Pontos, assim como cordas, e todo o restante da F�sica t�m sempre uma exist�ncia apenas relativa, uma vez que todos os conceitos da F�sica s�o constru�dos ou fundados sobre o vazio).

Pontos localizados muito pr�ximos um do outro no espa�o vazio em determinadas dist�ncias proporcionais em rela��o �s suas altas freq��ncias oscilat�rias, podem formar micro cordas muito dif�ceis de desarmar, ou de meia-vida muito longa: s�o essas as part�culas elementares formadoras da mat�ria.

Cada part�cula elementar de tipo diferente corresponde apenas a um tipo diferente de disposi��o geom�trica ou de comprimento da micro corda em rela��o � freq��ncia da onda oscilat�ria da corda, o que tamb�m provoca um tempo de dura��o (meia-vida) diferente para diferentes tipos de part�culas.

A velocidade das ondas nas micro cordas que s�o as part�culas elementares de mat�ria, � a mesma velocidade com que a luz percorre enormes dist�ncias ou gigantescas cordas pelo espa�o vazio at� chegar aos nossos olhos, mostrando assim que todos os conceitos da F�sica possuem sempre uma �nica e mesma natureza.

O tempo n�o � discreto, descont�nuo, formado por segundos (ou por qualquer outra unidade de medida) indivis�veis.

A raz�o disso est� no fato do espa�o vazio ser cont�nuo.

Assim como n�s rotulamos o tempo, rotulamos tamb�m os diversos “agoras”.

De fato, fisicamente os “agoras” n�o existem.

Mas n�s os inventamos, os criamos, quando “congelamos” a realidade cuja natureza � a mudan�a, a transmuta��o, porque se d� de maneira cont�nua, mesmo em um intervalo de tempo igual a zero.

Quem rotula, quem batiza as mudan�as em A, B ou C, � o homem.

Quem conta o tempo, quantificando-o, � o homem.

Fisicamente tais quantidades n�o existem de modo absoluto, por nunca poderem ser separadas do restante de fato.

N�o existe nenhum processo f�sico irrevers�vel, no sentido de que seja fisicamente imposs�vel de se reverter.

A seta entr�pica do tempo � uma ilus�o, s� tem valor relativo, n�o absoluto.

Ela � sim muito �til para n�s, mas tem sempre uma validade local e limitada apenas.

Assim como existe uma constante intera��o entre todos os objetos f�sicos, existe sempre tamb�m uma constante intera��o entre todos os pontos do espa�o vazio.

O fato de ser fisicamente imposs�vel de separar definitivamente um ponto do espa�o vazio de qualquer outro ponto do espa�o vazio�faz com que esses pontos sejam algo �nico, n�o sejam dois pontos separados, mas sim uma linha �nica, unindo-os, que � o que permite que existam os movimentos, as oscila��es, as varia��es, as trocas entre esses dois pontos.

A natureza do movimento, dos objetos f�sicos, e do espa�o vazio, � uma s�.

O deixar de “existir” na posi��o anterior para passar a “existir” na pr�xima, como ocorre nos movimentos, nunca � livre, separado, isolado, independente.

Uma posi��o no espa�o vazio sempre est� fisicamente perfeitamente unida, ligada a todas as demais outras.

Isto � o que permite a exist�ncia dos movimentos mesmo no presente de dura��o temporal igual a zero, e faz com que todo movimento seja sempre tamb�m totalmente equivalente a uma perfeita situa��o de repouso, porque se olhamos um�movimento qualquer de modo global, percebemos que apesar de aparentemente o objeto�se deslocar do ponto A at� o ponto B, globalmente, visto de modo geral, o objeto nunca deixa de estar ligado ao ponto A, assim como tamb�m sempre esteve j� ligado ao ponto B.

Como fisicamente � imposs�vel de se romper essas liga��es, movimento � um conceito que tem uma validade conceitual sempre apenas local e limitada, relativa, nunca absoluta.

Movimento � um conceito que n�o existe de modo absoluto.

Falar em um “movimento absoluto” � dizer um paradoxo.

O que existe de modo absoluto � o repouso, que � sempre perfeitamente equivalente a todos os movimentos locais e relativos.

O tempo nunca existe de modo absoluto, s� de modo relativo.

Por isso o Universo como um todo � eterno. Para ele o tempo n�o existe.

J� localmente, relativamente, o tempo � infinito, nunca teve um in�cio absoluto, e nunca ter� um fim absoluto.

O tempo � uma compara��o de um movimento qualquer com um outro movimento estabelecido como padr�o, como os movimentos dos ponteiros de um rel�gio, por exemplo.

O fundamento de toda a realidade � o espa�o vazio.

� um tanto dif�cil classificar a realidade como sendo “real” mesmo, tendo toda ela esse fundamento vazio. Mas, � a �nica que temos, e a �nica que sempre teremos.

Se afirmamos que s� o espa�o vazio existe realmente, n�o estamos errados.

J� as trajet�rias no espa�o vazio existem sempre de modo relativo.

Velocidade absoluta n�o existe porque n�o existe movimento absoluto.

Movimento � um conceito de validade sempre apenas local e limitada.

A Continuidade dos Seres Vivos

A explica��o sobre a exist�ncia dos movimentos, que s�o a base de toda a F�sica, e que s�o todos sempre relativos, exige e demonstra que o espa�o vazio � um meio cont�nuo, �nico, unido, coeso, perfeitamente interligado, e n�o formado por micro peda�os de espa�o individuais, de fato separados, ou independentes.

� imposs�vel explicar a exist�ncia dos movimentos na hip�tese de se considerar o espa�o vazio um meio discreto ou descont�nuo.

A exist�ncia dos movimentos, que s�o sempre todos relativos, nos revela e explica como � o espa�o vazio.

Por tudo que vimos sobre como funciona a F�sica, sobre como � a exist�ncia do Universo, chegamos a uma importante conclus�o a respeito da exist�ncia dos seres vivos.

O modo como a F�sica funciona localmente, em qualquer lugar ou �poca no Universo, nunca foi diferente de como � hoje, e nem nunca ser�.

Os princ�pios gerais de funcionamento da F�sica, as leis da F�sica, as estat�sticas que sempre dominam o funcionamento da F�sica, sempre foram e sempre ser�o iguais como s�o hoje, por toda a eternidade do Universo.

Pelo modo como a F�sica funciona localmente podemos saber que o Universo como um todo nunca teve um in�cio absoluto, e nunca ser� destru�do de um modo absoluto.

Destrui��o e in�cio s�o dois conceitos completamente relativos, que s� conseguem existir e funcionar localmente.

A eternidade do Universo como um todo, o funcionamento sempre igual dos princ�pios ou estat�sticas da F�sica, leva para mais uma eternidade: a eternidade dos seres vivos.

Todos os seres vivos s�o objetos da F�sica.

Todos os seres vivos est�o sempre sujeitos aos princ�pios e estat�sticas de funcionamento da F�sica.

Em sendo a F�sica sempre igual por todo lugar e �poca no Universo, em funcionando a F�sica sempre da mesma maneira repetitiva, todos os seres vivos tamb�m sempre se repetem, em c�pias exatas, por toda a eternidade.

Os ciclos de vida de todos os seres vivos individuais: nascimento, crescimento, morte; s�o verdadeiramente c�clicos, sem nenhum in�cio e nenhum fim absolutos.

S�o ciclos eternos, sem nenhum come�o ou fim absolutos no tempo, intermin�veis.

Em sendo o funcionamento dos princ�pios e estat�sticas da F�sica sempre iguais como s�o em todo lugar e �poca no Universo, o ciclo de vida cont�nuo de todo e qualquer ser vivo individual �: ..., nascimento, crescimento, morte, nascimento, crescimento, morte, nascimento, crescimento, morte, etc.

O �nico modo poss�vel do Universo ser eterno no tempo (e ele �), � quando todos os eventos e fen�menos f�sicos se repetem infinitamente em c�pias exatas, de modo sempre igual.

� imposs�vel que o Universo seja eterno no tempo sem que nenhum fen�meno f�sico se repita perfeitamente, em perfeitas c�pias exatas.

� imposs�vel que o Universo seja eterno no tempo (e ele �) e que todos os eventos, fen�menos, seres vivos e outros objetos da F�sica sejam �nicos, individuais, n�o-repet�veis.

Sendo o funcionamento dos princ�pios e estat�sticas da F�sica sempre os mesmos, iguais por todo lugar e �poca do Universo, sendo o Universo eterno no tempo, nenhum ser vivo �, de fato, individual ou �nico.

Todos os indiv�duos s�o sempre perfeitas c�pias de si mesmos.

Todo e qualquer ser vivo t�m infinitas outras c�pias perfeitamente iguais a si mesmo em alguma outra �poca no Universo.

Por que ent�o cada ser vivo � sempre ele mesmo, e n�o � uma outra c�pia perfeita sua em outro lugar no Universo?

Pelo fato do espa�o vazio ser cont�nuo, �nica hip�tese em que � poss�vel explicar a exist�ncia dos movimentos e consequentemente de toda realidade, nenhum ser vivo termina ou tem um fim no entorno a si mesmo.

Pelo fato de no Universo tudo estar perfeitamente conectado ou interligado pela continuidade do espa�o vazio, cada ser vivo sempre � todo o Universo ao mesmo tempo. Veremos a conclus�o l�gica sobre isto logo mais adiante.

O conceito de movimento est� na base de toda a F�sica.

J� foi dito que o conceito de movimento � o mais importante conceito da F�sica.

Percebemos que um objeto f�sico se move quando muda a sua posi��o no espa�o em rela��o a outros objetos f�sicos.

Objetos f�sicos t�m a liberdade de mudar de posi��o no espa�o uns em rela��o aos outros.

Tal fen�meno f�sico s� � poss�vel ou permitido porque � o espa�o vazio um meio cont�nuo.

Pontos localizados no espa�o nunca s�o pontos fisicamente independentes ou de fato separados, mas contrariamente � defini��o individual de pontos, formam eles sim um todo extenso �nico, perfeitamente unido pela continuidade, resultado de sua igualdade: o vazio �nico e infinitamente extenso.

Se o espa�o vazio fosse um meio discreto ou descont�nuo, formado por partes de fato individualmente separadas, nenhum movimento seria poss�vel.

Os movimentos s� existem ou s�o permitidos porque � indiferente, � igual, ou ainda n�o � de fato fisicamente diferente a posi��o que um objeto f�sico ocupa do espa�o em rela��o a todas as demais que ele possa vir a ocupar.

Dizer que um objeto f�sico ocupa lugar no espa�o n�o � uma express�o totalmente exata.

Por ser formado a partir do espa�o vazio, por ter sempre a mesma natureza que o espa�o vazio, todo e qualquer objeto f�sico ocupa sempre lugar do espa�o, e n�o no espa�o.

O movimento � o evento ou fen�meno f�sico da mudan�a de posi��o ou de lugar de objetos em rela��o a outros objetos.

O movimento � um evento ou fen�meno f�sico que ocorre no espa�o vazio.

A possibilidade de um objeto mudar sua posi��o do ponto A para o ponto B, � permitida pela continuidade f�sica perfeitamente aglutinadora desses dois pontos, que os torna um meio �nico, indistingu�veis ou insepar�veis de fato.

� imposs�vel explicar satisfatoriamente o conceito de movimento em um cen�rio onde o espa�o vazio � discreto ou descont�nuo, ou onde tenha um ponto A e um ponto B fisicamente independentes de fato, incomunic�veis ou realmente separados.

A perfeita unidade do vazio entre quaisquer pontos localizados nesse meio faz aparecer sempre uma uni�o aglutinadora, uma tens�o, uma for�a de atra��o sempre existente entre quaisquer desses pontos.

Tal for�a atrativa entre pontos localizados no espa�o vazio faz aparecer objetos f�sicos muito simples, em forma de uma linha esticada.

Independentemente do seu comprimento, todos os pontos localizados sobre uma mesma linha ou corda pelo espa�o vazio sempre se encontram instantaneamente comunicados.

Uma perturba��o ou varia��o na tens�o da linha tende a viajar pela linha, pois � indiferente a posi��o que essa oscila��o ocupa na linha em rela��o � natureza da pr�pria linha, pela continuidade ou igualdade constituinte entre todas as posi��es da linha.

Todo objeto f�sico sempre � uma composi��o de oscila��es relativas em linhas do espa�o vazio.

Todo objeto f�sico sempre tende a viajar pelo espa�o vazio, sendo que isto nunca significa um efetivo deslocamento em rela��o ao pr�prio espa�o vazio, em raz�o de sua continuidade.

Toda viagem de qualquer objeto f�sico pelo espa�o vazio nunca � um deslocamento absoluto em rela��o ao pr�prio espa�o vazio, pela continuidade do espa�o vazio impedir completamente a distin��o ou separa��o do espa�o vazio em diferentes posi��es realmente separadas.

N�o tem sentido considerar que um ponto, que uma localiza��o bem definida no espa�o vazio, possa se mover em rela��o a quaisquer outros pontos tamb�m localizados na infinita extens�o do espa�o vazio.

O que pode relativamente variar entre as “diferentes” posi��es no espa�o vazio � o valor da tens�o do espa�o vazio.

Se um ponto do espa�o vazio fosse capaz de se deslocar de modo absoluto em rela��o aos demais infinitos outros pontos localizados no espa�o vazio, esse ponto deixaria de ser uma localiza��o bem definida, e se tornaria outra.

Se o ponto A do espa�o vazio fosse realmente capaz de se deslocar at� o ponto B de modo absoluto, o ponto A n�o seria mais o ponto A e passaria a ser o ponto B.

O ponto A deixaria de existir nessa situa��o.

Todo movimento, toda varia��o na posi��o que percebemos ocorrer em rela��o aos pontos no espa�o, ocorre somente na tens�o, na for�a que une os pontos do espa�o.

A for�a ou tens�o que une todos os infinitos pontos do espa�o formando objetos f�sicos lineares ou cordas, � sim vari�vel por sua pr�pria natureza dual.

Apesar das cordas formadas pela tens�o do vazio unirem pontos do vazio pela continuidade natural deste, a intensidade da tens�o que une os pontos do espa�o vazio � naturalmente vari�vel pelo vazio unir pontos onde simplesmente n�o h� nada.

A varia��o no valor da tens�o do vazio � o que permite a exist�ncia do conceito de movimento.

Essa natureza fugidia do conceito de movimento � que tamb�m explica o porqu� de todo movimento ser sempre apenas relativo, nunca absoluto.

Todo movimento � sempre apenas relativo, e nunca absoluto, porque a origem de todo movimento � vazia em sua fundamenta��o, em seu fundamento b�sico.

� por isso tamb�m que toda situa��o de movimento � sempre fisicamente equivalente a uma perfeita situa��o de repouso.

Atrav�s da perfei��o exatamente proporcional da Segunda Lei do movimento de Newton (F = ma), por exemplo, podemos saber que toda energia, que toda mat�ria, nada mais � em sua natureza mais fundamental do que puro movimento.

Por isso tamb�m, toda quantidade de energia, toda quantidade de mat�ria, s�o quantidades sempre completamente relativas, nunca absolutas.

A natureza da mat�ria e da energia n�o nos permite nunca tratar esses conceitos como sendo formados por quantidades absolutas ou indestrut�veis.

Toda quantidade de mat�ria e de energia medida ou percebida por um observador sempre depende da situa��o de movimento desse observador para existir.

Apesar de sua origem muito simples, apesar de ser formada por uma relativamente fraca e vari�vel tens�o existente entre pontos do espa�o vazio, tanto a mat�ria como a energia podem apresentar-se em quantidades relativamente grandes em fun��o do espa�o vazio ser infinito em sua extens�o.

A natureza vari�vel ou oscilat�ria da tens�o do espa�o vazio que d� origem a todos os movimentos, a toda mat�ria e a toda energia, � perfeitamente exata em sua proporcionalidade em virtude da extens�o do espa�o vazio tamb�m ser exatamente proporcional em suas “subdivis�es” ou quantidades proporcionais por sua natureza igualit�ria.

De fato, � imposs�vel dividir o espa�o vazio de modo real ou absoluto, mas, relativamente, s�o perfeitamente sim�tricas ou proporcionais as divis�es aparentes entre quantidades locais do espa�o vazio, e tamb�m de mat�ria e de energia, consequentemente.

A hip�tese do Universo ser eterno � a menos discutida em nossa �poca.

O imediatismo, o consumismo, o individualismo, o ego�smo, o infantilismo, entre outras, que s�o caracter�sticas dominantes de nossa sociedade atual, exercem uma press�o importante pelo descaso com a hip�tese eterna.

Quando se fala no Universo, um dos temas mais fortemente ligado ao assunto � a “origem” do Universo.

A hip�tese da cria��o, motivada ou n�o, ocupa o lugar n�mero um na prefer�ncia popular.

E a hip�tese da origem do Universo, para o caso de uma avalia��o l�gica ou cient�fica, � a mais absurda, a que n�o encontra nenhum fundamento: um perfeito tiro na �gua.

Todos os pesquisadores, inclusive os pr�prios autores da teoria Big Bang, concordam que ela � uma teoria que, em determinado momento, carece de qualquer fundamento cient�fico.

Pura hip�tese. Puro chute. Puro blefe.

A teoria Big Bang com toda sua pompa e circunst�ncia, n�o � mais cient�fica do que a hist�ria de Alice no pa�s das Maravilhas.

O modo como a F�sica funciona, o fato de todas as leis da F�sica funcionarem todos os dias sempre da mesma maneira, a repeti��o insistente e constante sempre obtida em todos os eventos e experi�ncias f�sicas, � um fort�ssimo argumento a favor da eternidade do Universo.

Muito pouca gente acorda todos os dias esperando que todos os objetos caiam em dire��o aos tetos de suas casas, ou que a �gua que sai pela torneira subitamente se transforme em ouro.

Apesar de tais acontecimentos n�o serem fisicamente imposs�veis, todos sabemos o que devemos esperar dos eventos f�sicos que experimentamos por experi�ncia, por repeti��o.

A F�sica � uma ci�ncia 100% conservadora.

Nunca espere que o que chamamos de leis da F�sica possam ser revogadas ou modificadas, por qualquer motivo que for.

A teoria da Relatividade de Einstein, um dos pilares da explica��o do mundo como o conhecemos hoje, retirou toda a import�ncia da individualidade de todos os conceitos da F�sica.

Tornou-os, todos, relativos.

O tempo, antes considerado um regente, um marco, um absoluto, foi relegado � sua verdadeira condi��o de quantidade relativa.

Como poder considerar v�lida uma discuss�o sobre a origem do Universo, se nem o pr�prio tempo � um conceito que consegue ter uma validade absoluta?

Se � fisicamente imposs�vel determinar quanto tempo decorreu desde a “origem” do Universo, uma vez que o pr�prio tempo � um conceito totalmente relativo e sempre depende do observador que o mede para ser definido e para existir, a pr�pria origem do Universo tamb�m n�o pode ser vista como sendo um evento absoluto.

Se a origem do Universo n�o pode ser vista como sendo um evento absoluto, ela n�o foi a origem, e n�o pode ser considerada como tal.

Se � imposs�vel fisicamente que o Universo tenha tido uma origem, se o Universo nunca teve uma origem, ent�o ele � eterno, repetitivo, c�clico, pois � imposs�vel que em um Universo eterno aconte�am fen�menos f�sicos totalmente in�ditos.

� imposs�vel que existam fatos, fen�menos, eventos ou experi�ncias f�sicas in�ditas em um Universo que cont�m a eternidade do tempo.

Quanto mais longo � o intervalo de tempo, maior � a probabilidade que ocorram perfeitas repeti��es de eventos f�sicos.

Sendo o Universo eterno, todos os eventos, fen�menos, fatos ou experi�ncias f�sicas nele contidos tamb�m s�o eternos.

Tudo se repete em quantidade infinita de repeti��es.

O pr�prio conceito de indiv�duo � um conceito falho e carente de fundamento l�gico em um Universo de conceitos de validade relativa apenas.

Fisicamente, � imposs�vel separar de fato um indiv�duo do Universo que o rodeia.

A separa��o, o ponto onde termina o indiv�duo para come�ar o que lhe cerca � totalmente arbitr�rio, convencional, e n�o carrega consigo nenhuma separa��o f�sica insuper�vel.

Se o pr�prio conceito de indiv�duo � relativo, se a individualiza��o � uma abstra��o relativa, ningu�m � um indiv�duo de fato.

N�o sendo de fato individual fisicamente, nada impede que infinitas repeti��es ou perfeitas c�pias f�sicas dos indiv�duos, que de individual nada t�m fisicamente, ocorram infinitamente no Universo.

Quando tentamos definir os conceitos individualmente, por exemplo, respondendo as perguntas: “o que � uma janela?”, “o que � um carro?”, “o que � uma �rvore?”, notamos que uma janela, por exemplo, parece ser um objeto em si mesmo.

Por�m uma janela s� � uma janela se estiver fazendo parte de uma constru��o, em uma parede de um quarto ou de uma sala, por exemplo.

Uma arma��o de metal preenchida com vidros, abandonada no lixo, � somente um monte de metal e vidro.

O mesmo ocorre com um carro: um carro s� � um carro de fato quando exerce a sua fun��o de meio de transporte, a sua liga��o com tudo que lhe cerca.

Parado abandonado em qualquer canto por muito tempo, um carro nada mais � do que um amontoado de ferro e pl�stico.

Quando vemos uma �rvore, n�o nos damos conta de que a mesma � sempre um processo cont�nuo, que depende do sol, que depende do solo, que depende do lugar, e mesmo estando aparentemente parada, est� sempre em uma constante intera��o com todo o meio que a cerca. Uma �rvore n�o pode ser separada do restante e continuar sendo uma �rvore.

Toda �rvore � sempre um processo cont�nuo onde � imposs�vel determinar exatamente onde come�a ou termina a �rvore. � imposs�vel separ�-la de tudo que a cerca e ela continuar sendo uma �rvore.

A continuidade, a impossibilidade de uma separa��o f�sica definitiva entre os objetos f�sicos e tudo mais que os cerca, � outro fort�ssimo argumento a favor da eternidade do Universo e de todos os seres vivos, processos, eventos, fatos, fen�menos e experi�ncias f�sicas que ele cont�m.

Quando separados do todo, do Universo que os envolve, os objetos f�sicos individuais n�o s�o mais do que meros conceitos parciais e falhos, capengas, pois mutilados de sua liga��o com todo o mais restante, n�o conseguem exprimir a sua realidade de um modo verdadeiramente adequado.

Para entendermos a realidade n�o podemos separar de fato os objetos do todo que os envolve.

Quando fazemos isso criamos no m�ximo conceitos mutilados que representam partes incompletas da totalidade.

Devemos lembrar sempre que cada objeto separado do todo � apenas um conceito parcial, de validade limitada.

Qualquer conceito separado do restante nunca consegue definir perfeitamente a sua realidade.

Fisicamente � imposs�vel separar qualquer objeto da totalidade em que se insere.

A continuidade pr�tica de tudo no Universo, o modo como tudo funciona fisicamente no Universo, � frontalmente contr�ria a hip�tese da origem do Universo.

Sendo imposs�vel em nosso mundo dividir ou separar de fato fisicamente a totalidade em partes, o pr�prio conceito de causa primeira perde totalmente a sua for�a conceitual.

Por ser o Universo um todo indivis�vel, come�o e fim s�o sempre conceitos parciais, ou de validade limitada apenas.

Sendo cont�nuo, infinito e indivis�vel como nos deixa transparecer, o Universo n�o pode come�ar nem acabar.

E n�o s� ele.

Fisicamente o espa�o vazio, o nada, apresenta duas caracter�sticas: a infinita extens�o (somente o nada, ou o que nada signifique de fato, � poss�vel existir em todo lugar), e a continuidade (o nada � igual em natureza em todo lugar no Universo).

O espa�o vazio � um cont�nuo.

S� assim � poss�vel explicar e entender como funciona a F�sica.

A hip�tese contr�ria, do espa�o ser discreto, descont�nuo, granulado, est� descartada, pois n�o consegue explicar satisfatoriamente a exist�ncia do conceito de campo de for�as, nem o funcionamento do princ�pio da teoria da Relatividade: a perfeita equival�ncia f�sica entre os conceitos de repouso e movimento.

Essas duas caracter�sticas bem definidas, a continuidade e a extens�o, provenientes que s�o de uma condi��o muito simples, do espa�o vazio, fazem com que quaisquer dois pontos localizados no espa�o vazio, mesmo que estejam muito distantes um do outro, estejam permanentemente unidos, atraindo-se.

� o espa�o vazio por sua igualdade f�sica em todo lugar um meio unido por uma permanente tens�o, de m�dulo m�dio bem definido.

Por sua caracter�stica cont�nua ou de apresentar-se sem divis�es ou separa��es f�sicas absolutas, que une o nada a coisa nenhuma, apresenta a tens�o do espa�o vazio um m�dulo ou intensidade relativamente vari�vel em torno do seu valor m�dio.

Isso � o efeito f�sico que chamamos de movimentos.

A exist�ncia do nada, que coexiste conjuntamente com todo nosso colossal Universo, leva ao conceito que chamamos de espa�o vazio.

Do espa�o vazio, por sua infinita extens�o e perfeita uni�o cont�nua, surge o conceito que chamamos de tens�o.

Por unir o nada a coisa nenhuma, por unir o espa�o vazio, a tens�o do espa�o vazio apresenta uma for�a de m�dulo relativamente vari�vel em torno do seu valor m�dio, sendo capaz de apresentar oscila��es relativas locais.

A essas varia��es locais na intensidade da tens�o do espa�o vazio, chamamos de movimentos, e a alguns tipos de movimentos, chamamos de ondas.

Toda a mat�ria do Universo, e isto pode ser matematicamente demonstrado utilizando-se a Segunda Lei de Newton, por exemplo, nada mais � do que quantidades relativas de puro movimento.

Na Segunda Lei de Newton, a quantidade de mat�ria � sempre exatamente inversamente proporcional � acelera��o, que nada mais � do que apenas um tipo bem definido de movimento ou varia��o de sua posi��o no espa�o em rela��o �s posi��es de outros objetos f�sicos.

Toda massa (toda quantidade de mat�ria) tem sempre uma onda associada a si, ou pode ser perfeitamente vista ou tratada como tal sem nenhuma perda do ponto de vista conceitual.

Por existir essa completa identidade entre todos os conceitos da F�sica, podemos admitir sem nenhum medo de errar que a teoria da Relatividade de Einstein � perfeita ao afirmar que observadores em diferentes situa��es ou estados de movimento, obt�m medidas diferentes de quantidades de conceitos f�sicos que s�o baseados todos no conceito de movimento.

Se todas as quantidades da F�sica dependem do conceito de movimento para existir, nada mais natural que observadores em diferentes situa��es de movimento obtenham diferentes medidas dessas quantidades.

Um f�ton, uma part�cula ou um pacote de luz, uma quantidade bem definida de onda, ou de movimento, pode surgir espontaneamente do espa�o vazio devido a sua tens�o, desde que surja junto com ele a sua anti-part�cula, que tamb�m � chamada de f�ton, de modo que as duas se postas juntas, desaparecem novamente.

Dois f�tons de alta energia ao colidirem podem transformar-se em um pr�ton e um anti-pr�ton, ou em um n�utron e um anti-n�untron, ou ainda em um el�tron e um anti-el�tron ou p�sitron.

Quando um pr�ton une-se a um n�utron forma o n�cleo de um �tomo de hidrog�nio.

Este, ao capturar um el�tron livre, forma um �tomo de hidrog�nio.

Tal experi�ncia f�sica simples acontece todos os dias infinitas vezes no Universo.

Absurda portanto a alega��o sugerida por alguns, de que todos os �tomos de hidrog�nio existentes no Universo s�o remanescentes do Big Bang.

Tal hip�tese s� teria algum valor se fosse imposs�vel unir fisicamente um pr�ton livre a um n�utron livre hoje em dia.

No cora��o das estrelas, �tomos de hidrog�nio fundem-se todos os dias, em quantidades infinitas no Universo, transformando-se em �tomos de elementos mais pesados, como os que formam os nossos corpos e o nosso planeta.

Somos todos feitos de poeiras das estrelas.

A eternidade � uma hip�tese real. �

©2012 — Rodrigo Horst

Vers�o para eBook
eBooksBrasil

__________________
Mar�o 2012