A juventude diz que tem mesmo é que trepar

Fazer amor. Fazer sexo. Para muitos, essas são apenas duas expressões diferentes para o mesmo ato. Afinal de contas, em ambas as situações, há uma ligação física entre corpos que ‘fazem faísca’. Então, qual será a grande diferença entre um e outro (se é que há uma)?

A coach de sexo e relacionamentos Myisha Battle explica à plataforma de bem-estar mindbodygreen que ‘fazer amor’ é outra forma de dizer ‘fazer sexo’, embora, normalmente, esteja implícito que o primeiro termo faz referência a um tipo de sexo que é mais íntimo, romântico ou até mesmo espiritual. “Em contraste, ‘fazer sexo’ é [visto como] mais utilitário ou menos conectado emocionalmente”.

Hoje em dia, continua especialista, a expressão ‘fazer amor’ costuma ser usada entre comunidades mais religiosas, espirituais ou tradicionais, ou pode ser uma maneira de falar sobre sexo sem dizer a palavra ‘sexo’, que algumas pessoas consideram muito vulgar. Por outro lado, também há quem evite usá-la conscientemente, porque esta pode criar uma hierarquia moral em torno da sexualidade, sugerindo que o sexo é mais valioso quando o amor romântico está envolvido o que não é verdade para todos.

A diferença entre ‘fazer amor’ e ‘fazer sexo’ é subjetiva, pois ambos podem envolver exatamente os mesmos atos, sensações, comportamentos e conexões sexuais. O grande fator diferencial está na intenção por detrás das relações íntimas: fazer amor é usar o sexo para expressar sentimentos de amor romântico.

Debra Winger – Foto: Getty Images

Por Karen Couto

Rosanna Arquette e Melanie Griffith, já ouviram falar? Pois bem, deusas de Hollywood que após adentrarem na idade da “Loba”, “Deusa”, “Madura” – não me faltam adjetivos para definir a maturidade majestosa desse período da vida – rodaram um documentário com o título “Procurando Debra Winger”, dirigido por Rosanna, que registrou as reuniões na casa de Melanie em denuncia à aposentadoria forçada, após os 40 anos, em Hollywood.

Winger, “musa” inspiradora do documentário, sofreu, por muitos anos, preconceitos e rejeições na meca do cinema mundial. A atriz de Ohio (EUA) resolveu se tornar atriz após se recuperar de um acidente que a deixou cega e parcialmente paralisada. Apesar de muitas rejeições, como Robert Evans – produtor de “O Poderoso Chefão” e “Chinatown”, “não transaria com ela nem com um pau de três metros”.

George Cukor, diretor de “Minha Bela Dama”,  “Essa voz… você não sabe cantar, não tem classe”. O próprio pai também argumentou contra dizendo que as estrelas eram muito bonitas… ao que ela respondeu: “Então, não serei uma estrela, serei uma atriz”.

Claramente não é privilégio de Debra se sentir rebaixada ou ter de lidar com pessoas que vão tentar minar nossa autoestima. Mas, felizmente, não é sempre assim. Na altura, o diretor de “Cowboy do Asfalto” (1980), James Bridges, “bateu o pé”. A cena de Debra Winger trepada no touro mecânico marcou eterna presença na simbologia erótica americana. E, nos anos oitenta, passou a ser a atriz que melhor personificava as mulheres da época. Simplicidade, genuína e trivial, onde o conteúdo superava a forma, interessantes e “gatas” pelo “estilo” despretensioso e pela vibração que emanavam.

“Você vê uma dúzia de Debras todos os dias: garotas da cidade, modernas e preocupadas; mais espertas do que os caras com quem saem; com carros que não arrancam; com apartamentos limpos e vidas desorganizadas; garotas interessantes que não sabem como são bonitas porque sua atração vem de sua energia, de sua aura de possibilidade. Debra Winger tem a presença mais autêntica e cotidiana que já se viu em uma estrela americana”, elogiou o crítico Henry Allen. A crítica Pauline Kael confessou que Winger era um dos motivos relevantes para continuar frequentando o cinema nos oitenta.

A atriz nunca se calou diante dos absurdos de Hollywood e a imprensa ficava pasma diante de sua integridade e coragem em denunciá-los. E aos 40, “pendurou as chuteiras” pois, 40 dias após o começo das filmagens de “Divine Rupture”, os produtores fugiram da Irlanda, onde haviam contratado os locais da aldeia Ballycotton sem pagar ninguém. Fugiram também Marlon Brando (recebeu US$ 1 milhão adiantado) e Johnny Depp… Já Debra pagou do seu bolso os que haviam trabalhado. Ali se despediu do sindicato dos atores e contou à “New York Magazine” em 2001 que colocou no seu espelho. “Há anos queria parar”.  “Nada é comparável à libertação que senti (…) Sem depender do julgamento dos outros”. “Minha própria vida era mais apaixonante do que qualquer história que pudesse viver nas telas.”

Hoje, com 65 anos recém-completados, está empenhada em desmitificar a industria e a si mesma, defendendo a causa das atrizes maduras e expondo as discriminações sexistas (desde os 80…).

Quantas de nós enfrentamos preconceitos com relação aos nossos padrões de beleza e idade? E por excesso de beleza? “Ah, você é bonita demais… vai causar distração no ambiente de trabalho!” CRUELDADE. Antes de estudar e trabalhar muitos anos na carreira de chef, escritora e palestrante, trabalhei como advogada (minha primeira formação) no mercado financeiro e com marketing em publicidade. Sofri preconceito ou comentários “sugestivos” em todas essas etapas. Na minha experiência era como se o talento de nós, mulheres, estivesse sempre à prova.

Que fique claro que não sou contra procedimentos de beleza, ao contrario, adoro me cuidar. Mas, não para obedecer à ditadura imposta pela sociedade. Portanto, por que não deixar as madeixas longas? Brancas? Onduladas? Volumosas? Por que não usar roupas soltas, confortáveis e se sentir sexy mesmo assim?

Sejamos mais nós! Os 60 são os novos 40, sim, senhor! Sim, senhora! Um brinde de luz às grisalhas. Bora se assumir com amor e aceitação. Conto com vocês para começarmos esse movimento de libertação! – confesso que sozinha não sou capaz. Liberdade ou morte!

“Meu único conselho, se envelhecer os preocupa, tenham menos espelhos em casa”, Debra Winger.

Minha inspiração para este texto veio de uma leitura, aqui.

Karen Couto é palestrante e consultora online. É pós-graduada em Gastronomia Funcional e escritora. Seu livro “Você Pode Ser Mais Feliz Comendo” foi nominado melhor livro do ano pela revista ”Prazeres da Mesa”.  Nele, ela oferece soluções saudáveis, aborda  o tema saúde de forma integral: autoconhecimento com harmonia e bem-estar para você atingir o seu verdadeiro propósito. Instagram @karencoutooficial e @bbeeclean por um mundo mais limpo.

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