As eleições presidenciais previstas para 1938 não aconteceram por quê

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Eleição presidencial no Brasil em 1934
17 de julho (eleição indireta)
As eleições presidenciais previstas para 1938 não aconteceram por quê
As eleições presidenciais previstas para 1938 não aconteceram por quê
As eleições presidenciais previstas para 1938 não aconteceram por quê
Candidato Armando de Sales José Américo de Almeida Plínio Salgado
Partido UDB nenhum AIB
Natural de São Paulo, São Paulo Areia, Paraíba São Bento do Sapucaí, São Paulo

As eleições presidenciais previstas para 1938 não aconteceram por quê

Presidente do Brasil

Titular
Getúlio Vargas
nenhum partido

Eleito
ninguém
Eleição não realizada

A eleição presidencial brasileira de 1938 seria a décima quarta eleição presidencial e a décima segunda direta se tivesse ocorrido. Estava prevista para o dia 3 de janeiro e não foi realizada devido ao autogolpe de Getúlio Vargas, que instaurou o Estado Novo. Até aquele momento, haviam se apresentado três candidatos oficialmente.

Contexto histórico[editar | editar código-fonte]

Getúlio Vargas estava havia oito anos no poder. A eleição de 1930 havia sido invalidada, pois fora considerada uma fraude, e Vargas consequentemente conseguiu o poder pela Revolução de 1930.[1] Em 1934, a eleição havia sido indireta, pois era a primeira após promulgada a Constituição de 1934, e nela Getúlio havia sido eleito.

A política brasileira como um todo – o próprio Vargas, inclusive – caminhavam para a radicalização. Assim, surgiram grupos que expressavam essa radicalização do nosso país.

Ação Integralista Brasileira (AIB): grupo de extrema-direita que surgiu em São Paulo em 1932. Esse grupo possuía inspiração no fascismo italiano, expressando valores nacionalistas e até mesmo antissemitas. Tinha como líder Plínio Salgado.

Aliança Nacional Libertadora (ANL): frente de esquerda composta por setores de diversas organizações de caráter anti-imperialista, antifascista e antiintegralista (congregando comunistas, alguns tenentes, operários e intelectuais de esquerda). Seu presidente honorário era Luís Carlos Prestes.

A ANL, inclusive, foi a responsável por uma tentativa de tomada do poder no país em 1935. Esse movimento ficou conhecido como Intentona Comunista e foi deflagrado em três cidades (Rio de Janeiro, Natal e Recife), mas foi um fracasso completo. Após a Intentona Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e autoritárias.

Vargas não queria deixar o poder e, assim, anulou a eleição de 1938 com o golpe do Estado Novo. O golpe do Estado Novo teve como pretexto a divulgação de um documento falso conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma suposta conspiração comunista que estava em curso no país. O plano foi elaborado pelo capitão do exército Olímpio Mourão Filho, na época chefe do estado-maior da milícia da Ação Integralista Brasileira e chefe de seu serviço secreto.[2] Embora tenha sido usado politicamente como sendo fruto de uma conspiração comunista, seu conteúdo refere-se mais especificamente a uma conspiração judaico-comunista, incluindo elementos típicos do antissemitismo da época e uma série de traços em comum com outros documentos forjados com intenções semelhantes, como Os Protocolos dos Sábios de Sião.

Vargas instituiu uma nova Constituição para oficializar a ditadura.[3] Esta Constituição foi de caráter outorgada, ou seja, foi imposta a força por Vargas e seus aliados, sem a participação popular, o que fazia seus críticos questionarem a sua legitimidade.

Getúlio foi o mais destacado e fiel seguidor das idéias do positivista Júlio de Castilhos. O Estado Novo nada mais foi do que o transplante para nível nacional do castilhismo.

Candidatos[editar | editar código-fonte]

Foram apresentadas oficialmente três candidaturas:

  • Armando de Sales Oliveira, pelo partido oposicionista União Democrática Brasileira (UDB), então governador de São Paulo. Com o advento do Estado Novo, os líderes da UDB foram exilados. Entre eles, o ex-presidente Arthur Bernardes e Otávio Mangabeira, um dos fundadores e primeiro presidente da UDN.;
  • José Américo de Almeida, tido como o candidato do governo, era um escritor e havia sido ministro dos Transportes (1930-1934) nomeado por Getúlio Vargas;
  • Plínio Salgado, pela Ação Integralista Brasileira (AIB), era um jornalista de princípios nacionalistas e acreditava na democracia orgânica e no Estado corporativo. Inicialmente um adepto da ditadura de Getúlio Vargas, foi mais tarde preso e obrigado a se exilar em Portugal, acusado de promover levantes contra o governo.

Referências

  1. Revolução de 1930 (Brasil Escola) Visitado em 5/11/2011.
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :0
  3. Era Vargas – Estado Novo (Brasil Escola) Visitado em 5/11/2011.

Porque as eleições de 1938 não aconteceram?

A eleição presidencial brasileira de 1938 seria a décima quarta eleição presidencial e a décima segunda direta se tivesse ocorrido. Estava prevista para o dia 3 de janeiro e não foi realizada devido ao autogolpe de Getúlio Vargas, que instaurou o Estado Novo.

Quem é o presidente do Brasil em 1938?

Estado Novo, ou Terceira República Brasileira, foi uma ditadura brasileira instaurada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 29 de outubro de 1945. Foi caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo.

Como foi a eleição presidencial de 1934?

A Constituição de 1934 O voto se tornou obrigatório a todos os alfabetizados que fossem maiores de 18 anos de ambos os sexos, sendo o voto secreto. O cargo de vice-presidente foi extinguido, mas voltaria a existir em 1946.

Quando ocorreu às eleições para escolher o sucessor de Vargas?

Eleição presidencial no Brasil em 1945.