Aterro sanitário é tecnicamente recomendável para o destino final de resíduos sólidos

O que fazer com todos os resíduos orgânicos gerados pelos setores industrial e urbano? Para atender a demanda atual de consumo, as empresas encontram-se em uma difícil posição: precisam encontrar uma maneira de atender a legislação ambiental, tratando in loco ou destinando seus resíduos para uma alternativa adequada.

Há pouco tempo, lugares como aterros sanitários eram os principais destinos dos resíduos sólidos, mas com a evolução da legislação e da tecnologia no setor, hoje, há outras opções para o descarte de resíduos, como a compostagem.

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Empresas geradoras de resíduos orgânicos industriais e urbanos podem realizar o descarte em aterro sanitário ou enviá-los para compostagem. Entenda no que consiste cada alternativa:

Aterro Sanitário

Definidos como locais ou estruturas que têm como intuito servir para a deposição ou descarte de resíduos sólidos urbanos, os aterros sanitários ainda se consolidam como a opção mais utilizada no Brasil, respondendo por 58% do volume total de tratamento e disposição de resíduos públicos no País. Inclusive, essa é considerada uma solução prática e com um custo operacional relativamente baixo.

Diferentemente dos lixões, os aterros sanitários são uma obra de engenharia projetada sob critérios técnicos, cuja finalidade é garantir a disposição correta dos resíduos que não puderam ser reciclados, de modo que os descartes não causem danos à saúde pública ou ao meio ambiente.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, determinou que todos os lixões do país deveriam ser extintos até 2 de agosto de 2014 e o rejeito (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado) encaminhado para aterros sanitários adequados; porém o prazo foi prorrogado. As novas datas, definidas a partir do novo marco do saneamento básico em relação ao descarte do lixo, são: capitais e regiões metropolitanas têm até 2 de agosto de 2021 para acabar com os lixões, enquanto cidades com mais de 100 mil habitantes têm até agosto de 2022 como prazo final. Cidades entre 50 e 100 mil habitantes têm até 2023 para eliminar o problema e municípios com menos de 50 mil habitantes têm até 2024. 

Um ponto a ser lembrado é que resíduos orgânicos que não se enquadram na definição de rejeito e que seguem para o aterro sanitário deixam de ser reaproveitados, desperdiçando chances de valorização e transformação desses resíduos em produtos que agregam valor para outros segmentos, como o fertilizante orgânico composto, gerado a partir do processo de tratamento de compostagem em escala industrial.

Compostagem industrial

A compostagem é uma alternativa ambientalmente correta, segura e definitiva, que contribui diretamente para a redução dos passivos ambientais e atende à PNRS. Ao optar por essa destinação, o gerador deixa de ser corresponsável pelo resíduo, pois nesse processo há a transformação das características do material destinado para tratamento em um produto rico em nutrientes.

Nessa alternativa ocorre a transformação de resíduos em fertilizantes orgânicos compostos, considerados por especialistas uma ótima opção tanto para o meio ambiente quanto para a agricultura, já que trata-se de produto com altas concentrações de matéria orgânica, nitrogênio, potássio, fósforo e micronutrientes, melhorando as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e, consequentemente o aumento da produtividade onde é aplicado.

O envio de resíduos para uma empresa especializada permite à empresa geradora adequar-se legalmente ao descarte desse tipo de material, bem como avançar no cumprimento das metas de reciclagem estipuladas. Essas metas além de permitir a construção de uma imagem confiável e ambientalmente responsável, reduz drasticamente riscos sobre passivos ambientais, compartilhados por responsabilidade solidária.

Uma alternativa válida é a realização de parcerias com empresas que oferecem estrutura completa para receber e tratar adequadamente os resíduos orgânicos.

Entre os principais benefícios desta parceria estão:

  • Atendimento à legislação

Ressaltando o que falamos acima, atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é essencial para evitar multas e punições por parte dos órgãos governamentais como o IBAMA e Ministério Público.  

  • Redução da estrutura física

Ao destinar os resíduos para uma empresa especializada em compostagem, o investimento em infraestrutura não se faz necessário, permitindo que a empresa tenha apenas um gasto fixo com a destinação dos resíduos e transfira a responsabilidade de realizar a compostagem para terceiros.

  • Construção de uma imagem sustentável  

Nenhuma organização deseja ter sua imagem associada a um desastre natural ou denúncia de poluição, pois sabe que as consequências vão além das multas e punições legais (que já são ruins). Casos como o rompimento da barragem de Mariana (MG), o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e o derramamento de óleo no Golfo do México na plataforma DeepWater Horizon (EUA) demonstram como a imagem pode ficar gravemente  marcada pela sociedade e pela comunidade ambiental, sendo muito difícil reaver a confiança deles.

É importante ressaltar que para o recebimento na compostagem, o processo de segregação deve ser eficiente no local de geração, uma vez que lixo comum e embalagens não devem ser enviados para essa destinação, pois devem passar por separação e tratamento alternativo.

Em nosso dia a dia, percebemos que o tema ainda gera dúvidas relevantes sobre a diferença entre o aterro sanitário e a compostagem. O fato é que esse assunto envolve mais do que apenas o argumento ambiental, como também determinações legais e econômicas que o descarte ilegal ou inadequado provocam.

Entenda e compare as características de cada destinação:

Diante desses fatos fica claro que a gestão de resíduos orgânicos é uma atividade que deve ser incorporada na rotina produtiva das empresas, independentemente de seu tamanho ou setor. Atender a legislação deixou de ser um diferencial para empresas que desejam se destacar no mercado, gerando benefícios institucionais através da consolidação da marca e financeiros com incentivos fiscais e econômicos.

Tópicos: consciência ambiental, chorume de aterro sanitário, aterro sanitário, compostagem de resíduos

Qual o destino do lixo do aterro sanitário?

A base do aterro é coberta com uma camada impermeável de plástico, o que evita que o chorume produzido infiltre no solo e chegue aos lençóis freáticos. Essa manta é recolocada a cada 5 metros de lixo acumulados verticalmente.

Qual é o melhor destino para os resíduos sólidos?

“A forma de descarte mais indicada seria a dos aterros sanitários, mesmo que a maioria dos municípios sergipanos ainda apresentem lixões”, afirma Valdinete. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, de acordo com a superintendente, preconiza o encerramento dos lixões.

Quais as principais formas de disposição final de resíduos sólidos?

Vejamos algumas formas para destinação dos resíduos:.
Compostagem. ... .
Co-processamento em fornos de cimento. ... .
Reciclagem. ... .
Incineração. ... .
Aterro comum ou lixão. ... .
Aterro controlado. ... .
Aterro Sanitário. ... .
Você já ouviu falar em Aterro Zero?.

Está correto afirmar que aterro sanitário e aterro controlado são as melhores formas de disposição final de resíduos?

Aterro Sanitário É a principal forma de disposição final adequada existente hoje, visto que é uma técnica que não causa danos ou riscos à saúde pública e à segurança.

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