Como a atividade física pode contribuir para a diminuição da pressão arterial?

Além de aumentar nossa resistência física e emocional para lidar com as pressões do dia-a-dia, a atividade física igualmente contribui com a redução da pressão arterial: recentes estudos demonstraram que, após uma semana de prática de exercícios aeróbios, como caminhada e natação, ocorre uma diminuição das substâncias que atuam no sistema nervoso e podem elevar a pressão. Não é à toa que os médicos preconizam que a atividade física é a grande aliada da saúde. Esclareça abaixo as dúvidas mais comuns a respeito do assunto e mexa-se!

Quais são os benefícios do exercício para quem tem pressão alta?
A atividade física contribui com a redução da pressão arterial e, assim, ajuda a controlar outros fatores de risco que normalmente estão associados à hipertensão, a exemplo da obesidade, dos níveis elevados de colesterol, do diabetes e do estresse. Para quem faz tratamento com anti-hipertensivos, a prática constante de exercícios pode resultar na diminuição da dose do remédio e, com um acompanhamento médico adequado, até na interrupção do uso do medicamento. A atividade física ainda tem ação preventiva nesse capítulo. Dados mostram que indivíduos ativos e com bom condicionamento físico apresentam menos risco de desenvolvimento da hipertensão arterial. Convém lembrar que as alterações fisiológicas promovidas pela atividade física ocorrem tanto durante quanto após o período de sua realização.

Que exercício é mais indicado para quem sofre de hipertensão?
Recentes estudos demonstraram os efeitos do exercício aeróbio (por exemplo, a caminhada e a natação) na queda da pressão arterial sistólica (máxima) e diastólica (mínima). Após uma semana de prática dessas atividades, há uma redução das substâncias denominadas catecolaminas, que atuam no sistema nervoso e são responsáveis pela elevação da pressão. Os níveis basais de uma dessas substâncias, a adrenalina, chega a cair 40% com o treinamento, enquanto a de noradrenalina pode diminuir 25%. Esse mecanismo, portanto, parece ser uma das explicações para o impacto positivo do exercício físico na qualidade de vida de quem sofre de hipertensão arterial.

A interrupção dos exercícios físicos faz com que a pressão arterial volte a subir nos hipertensos?
Sim. Quando o programa de exercícios é interrompido, seu efeito anti-hipertensivo rapidamente desaparece, o que reforça a ideia de que manter o treinamento regular é o melhor caminho para desfrutar dos benefícios dessa prática.

Fonte: http://www.fleury.com.br

Introdução

O desenvolvimento de diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a hipertensão arterial sistêmica (HAS), está associado a um estilo de vida não saudável, caracterizado quase sempre por má alimentação, baixos níveis de atividade física e estresse1,2. A HAS, caracterizada pela manutenção dos níveis de pressão arterial (PA) acima da normalidade, está associada a distúrbios hormonais e metabólicos3 e acomete 24% da população adulta no Brasil4, sendo responsável por 13,8% das mortes por doença cardiovascular, a maior causa de mortalidade dentre todas as doenças1.

O tratamento da HAS consiste em medidas medicamentosas, por meio de fármacos de diferentes classes, capazes de reduzir e controlar a PA, e medidas não medicamentosas, que incluem mudanças nos hábitos de vida5. O início do tratamento deve envolver modificações no estilo de vida e, dependendo da resposta ao tratamento não medicamentoso, dos níveis de PA apresentados e da estratificação de risco do paciente, fazse a prescrição de medicamentos antiipertensivos6. É possível considerar a hipótese de que muitos hipertensos não necessitariam utilizar fármacos no primeiro momento para controlar a PA, alcançando o controle apenas a partir de mudanças nos hábitos de vida, com destaque para a prática de atividades físicas regulares2. Desta maneira, ao menos em uma parcela dos hipertensos, os efeitos adversos dos medicamentos, tais como disfunções em órgãos específicos, depressão psíquica, alterações no metabolismo, poderiam ser evitados1,7 A prática regular de atividades físicas é uma medida de prevenção e tratamento que pode contribuir com a redução ou até mesmo evitar o uso de medicamentos, proporcionando melhora da saúde e redução dos custos com o tratamento da HAS8,9. Cornelissen e Smart10, ao analisarem estudos envolvendo a prática regular de exercícios aeróbios, observaram diminuição da pressão arterial sistólica (-8,3 mmHg) e diastólica (-5,2 mmHg), após programas de treinamento dessa modalidade em indivíduos com hipertensão.

Esse efeito anti-hipertensivo advindo exclusivamente do treinamento físico parece semelhante àquele proporcionado pelo tratamento com medicamentos2. Todavia, ainda não estão bem estabelecidas quais características da prática de atividades físicas podem contribuir mais com o tratamento da HAS e com a menor dependência de fármacos anti-hipertensivos, visto que diversos estudos são divergentes com relação ao volume e à intensidade dessa prática11-14, bem como ao tempo mínimo necessário para que os efeitos crônicos sejam alcançados10,15,16. Diante do exposto, objetivou-se neste estudo analisar a associação de indicadores de atividade física com o uso de medicamentos antiipertensivos em adultos e idosos hipertensos usuários do Sistema Único de Saúde em Florianópolis, Santa Catarina.

Método

Trata-se de um estudo transversal, realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Florianópolis no ano de 2017. A população alvo envolveu adultos e idosos já diagnosticados com HAS que realizavam o acompanhamento na atenção primária à saúde. Como critérios de elegibilidade, foram incluídos homens e mulheres com idade superior a 40 anos, diagnosticados com HAS, residentes no município de Florianópolis, usuários do Sistema Único de Saúde e que frequentassem as UBS para a aquisição de medicamentos ou realização de consultas. A seleção de voluntários foi realizada a partir de convite presencial nas UBS. Após serem informados quanto aos objetivos e procedimentos do estudo, todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa foi conduzida de acordo com os preceitos da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e aprovada pelo Comitê de Ética local (parecer 2.256.029).

O cálculo do tamanho amostral levou em consideração a população total de adultos acima dos 25 anos residente em cinco bairros de diferentes regiões do município. Considerou-se também a prevalência de adultos hipertensos residentes em Florianópolis, segundo o Vigitel 201417. Os valores encontrados foram utilizados na equação para determinação do tamanho da amostra de estimativa populacional e ajustado com uma margem de erro de 0,10%, com o número mínimo de 95 participantes.

Os dados foram coletados por meio de uma entrevista com base no International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão reduzida18, para indicadores de atividade física nos domínios de lazer e deslocamento e o Brief Medication Questionnaire (BMQ)19 para informações medicamentosas, como dosagem, frequência, nomenclatura do medicamento e tempo de uso. Foram adicionadas questões sobre informações sociodemográficas (sexo e idade), massa corporal e estatura autorreferidos.

O uso de fármacos foi a variável dependente do estudo, mensurada a partir do seguinte questionamento: “O senhor (a) utiliza medicamentos para o controle da hipertensão?”.Com a resposta positiva, questiona-va-se os entrevistados sobre a quantidade de medicamentos usados por dia, o que foi, posteriormente, categorizado em até um e acima de dois fármacos. As variáveis independentes foram a prática de atividade física com categorização de “sim” e “não”, o nível de atividade física, em quantidades de dias na semana e o tempo total diário, categorizado em “inativo” (o min/semana), “insuficientemente ativo” (1 a 149 minutos/semana) e “ativo” (acima de 150 minutos semana), e, por fim, a intensidade de atividade física, categorizada em “leve”, “moderada” e “intensa”, categorizada de acordo com a percepção de esforço mensurada pelo IPAQ18.

Para análise estatística dos dados foi utilizado o software Stata, versão 13.0. Na análise descritiva, foram calculadas prevalências absolutas (n) e relativas (%), acompanhadas de seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Para a identificação da associação entre as variáveis dependentes (número de medicamentos utilizados) e independentes (prática de atividade física, nível de atividade física e intensidade da atividade física), aplicou-se regressão logística binária bruta e ajustada pelo sexo (feminino e masculino). Os resultados foram expressos em razão de odds (RO) com intervalo de confiança de 95% (IC95%), e os valores estatisticamente significativos adotados foram .≤0,05.

Resultados

Participaram do estudo 112 indivíduos, com média de idade de 64 ± 0,85 anos. A Tabela 1 apresenta a caracterização geral dos participantes do estudo. A maior parte da amostra foi composta por mulheres (61,6%), na faixa etária idosa (74,1%) e classificada com sobrepeso (54,5%).

Tabela 1

Caracterização da amostra de hipertensos usuários das unidades básicas de saúde do município de Florianópolis, de acordo com a faixa etária (n=112)

Como a atividade física pode contribuir para a diminuição da pressão arterial?

IMC = índice de massa corporal

*Variável com missing

Fonte: Os autores.

A Figura 1 representa a distribuição do número de medicamentos utilizados pelos adultos (painel A) e idosos (painel B). Entre os adultos, a maior parte (57%) relatou utilizar até um medicamento, ao passo que, entre os idosos, a maioria (54%) relatou usar dois ou mais fármacos para o controle da pressão arterial.

Como a atividade física pode contribuir para a diminuição da pressão arterial?

Figura 1
Distribuição do número de medicamentos utilizados em adultos (A) e idosos (B) hipertensos usuários das Unidade Básicas de Saúde do município de Florianópolis (n=112)
Fonte: Os autores.

A Tabela 2 apresenta a associação do uso de medicamentos com indicadores de atividade física. Entre os adultos, não foi identificada nenhuma associação estatisticamente significante (P > 0,05). Entre os idosos, encontrou-se associação inversa entre o uso de medicamentos e o nível de atividade física, tanto na análise bruta (P = 0,023) quanto na ajustada (P = 0,034). Aqueles idosos classificados como fisicamente ativos tiveram menor odds de uso de medicamentos anti-hipertensivos (RO: 0,29 [IC95%: 0,09; 0,93]).

Tabela 2

Associação entre o uso de medicamentos para hipertensão e indicadores de atividade física, estratificados por idade, Florianópolis, 2017 (n=112)

Como a atividade física pode contribuir para a diminuição da pressão arterial?

*Análise ajustada para sexo. AF – atividade física.

Fonte: Os autores.

Discussão

O intuito neste estudo foi associar indicadores de atividade física com o uso de medicamentos anti-hipertensivos em adultos e idosos hipertensos usuários do sistema único de saúde de Florianópolis. Os principais achados indicaram uma associação inversa entre a quantidade de medicamentos utilizados e o nível de atividade física em idosos.

A prática regular de atividades físicas é vista como uma alternativa não medicamentosa benéfica na prevenção e no tratamento da HAS1, tanto em virtude dos efeitos crônicos quanto dos agudos. Esses efeitos podem reduzir ou cessar o uso de medicamentos para o controle da PA elevada, diminuindo o custo do tratamento e os prejuízos à saúde dos hipertensos8. No entanto, 75% dos hipertensos parecem ser responsivos à diminuição da PA com a prática regular de atividade física, sendo os homens e aqueles engajados em atividades de baixo volume os mais beneficiados20,21. Os achados deste estudo, todavia, apontaram uma associação inversa entre nível de atividade física e o uso de medicamentos apenas em idosos, independentemente do sexo.

A prática regular de atividade física induz efeitos fisiológicos positivos no sistema cardiovascular que devem ser experimentados ainda no início do tratamento, tais como a redução da resistência vascular e rigidez arterial, aumento na modulação parassimpática, angiogênese e alterações benéficas na regulação da vasoconstrição22. Além disso, essa prática contribui para a melhoria e/ou manutenção de outros componentes que auxiliam na melhora da saúde do hipertenso, de maneira geral. O aumento da força muscular decorrente de programas regulares de atividade física é de grande importância para hipertensos, visto que isso representa uma diminuição do esforço cardiovascular diante de situações em que é necessário mobilizar uma devida carga23.

Alguns componentes da atividade física, como volume, duração da sessão, intensidade e tempo de prática parecem influenciar na magnitude e ocorrência desses efeitos positivos. Em idosos, para que a prática de atividade física reduza a frequência cardíaca de repouso, parecem ser necessárias mais sessões de treinamento assim como um volume maior em cada sessão15. Outros autores apontam, ainda, que um programa de treinamento de até 24 semanas é capaz de surtir efeitos na PA de hipertensos com maior extensão quando comparados a programas com um período maior15. Por outro lado, no estudo de Bottcher e Kokubun16, que compararam a aptidão física de hipertensos e normotensos, concluiu-se que seis meses de atividades físicas regulares não foram suficientes para melhorar a aptidão física dos hipertensos. Assim, identifica-se que ainda não se tem clareza quanto ao tempo necessário de prática para que ocorram adaptações no sistema cardiovascular. A prática de atividade física de maneira regular, por sua vez, é fator determinante para que os efeitos sejam alcançados e, no atual estudo, isso se mostrou associado à utilização de medicamentos anti-hipertensivos em idosos. No entanto, os entrevistados não foram questionados em relação há quanto tempo praticavam atividades físicas regulares impossibilitando associar esse indicador à utilização de medicamentos. Quanto à intensidade da atividade física, não foi encontrada associação significativa com o menor uso de fármacos.

Os achados neste estudo corroboram, em parte, outros estudos previamente publicados, mas os resultados não são universais. No estudo de Massa et al.24, o uso de fármacos em idosos das capitais brasileiras não variou de acordo com a prática suficiente de atividades físicas, independentemente de indicadores sociodemográficos, econômicos e comportamentais24. Em contrapartida, Silva et al.25 verificaram que quanto maior o nível de atividade física menor a frequência de utilização de medicamentos em indivíduos do sexo feminino com idade superior a 60 anos. Neste estudo, todas as mulheres classificadas como insuficientemente ativas estavam sob tratamento farmacológico, ao passo que, entre as fisicamente ativas e muito ativas, esse número cai para 88% e 69%, respectivamente, mostrando que a atividade física regular é inversamente proporcional ao uso de medicamentos25. O fato de ter sido encontrada associação estatisticamente significante entre atividade física e uso de medicamentos apenas entre os idosos pode ser atribuído, pelo menos em parte, à diferença na quantidade de fármacos consumidos por adultos e idosos, indicando uma possível relação proporcional do avanço da idade com o maior uso de medicamentos, corroborando outros estudos24,26,27 que indicaram um consumo três vezes maior em idosos quando comparados com adultos jovens, possivelmente relacionado ao agravo da doença.

Este estudo apresenta limitações, como o fato de os entrevistados não serem questionados sobre a presença de outras patologias ou sobre o uso de outros tipos de medicamentos. Esses aspectos, relacionados a uma saúde mais debilitada, podem influenciar os efeitos fisiológicos que a prática regular de atividade física promove e até mesmo a dependência dos fármacos analisados, diante de um quadro de interação entre atividade física, patologias e medicamentos. Outra limitação se refere ao fato de não haver uma investigação do tempo de aderência ao tratamento farmacológico e não farmacológico, o que pode interferir nos resultados encontrados, visto que os efeitos de ambos os tratamentos ocorrem após certo período. Ainda, sugere-se que futuros estudos sejam conduzidos com medidas objetivas da atividade física, para que se possa identificar, de maneira mais precisa, o nível, a intensidade e o volume total de atividade física dessa população em questão.

É importante ressaltar que a efetividade do tratamento da HAS é dependente da interação dos profissionais que atuam na área da saúde por meio da identificação, acompanhamento e controle da HAS, aliando o uso de fármacos com mudanças no estilo de vida1,28, o que reforça a importância de uma equipe multidisciplinar para a efetividade do tratamento anti-hipertensivo. Assim, salienta-se a importância da prática regular de atividades físicas, bem como de outras medidas relacionadas a hábitos saudáveis, que podem reduzir os riscos à saúde, minimizando o uso de medicamentos, evitando prejuízos à qualidade de vida do hipertenso e diminuindo os gastos do SUS com o tratamento da HAS.

Conclusão

A partir dos resultados, conclui-se que a prática regular de atividades físicas parece ser um fator de proteção para menor uso de medicamentos anti-hipertensivos em idosos usuários do SUS de Florianópolis. Diante disso, é fundamental que as mudanças no estilo de vida sejam cada vez mais incentivadas e que esse processo comece junto das equipes multidisciplinares, sendo necessário mais investimentos em políticas públicas de promoção da atividade física, prezando pela qualidade de vida e o êxito no tratamento, diminuindo os riscos à saúde e os gastos públicos gerados.

Agradecimentos

Os autores agradecem especialmente à Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis a autorização para realizar a pesquisa junto das Unidades Básicas de Saúde.

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Autor notes

Rua Três Marias, 351, Ingleses 88058-648 – Florianópolis, SC [Brasil]

Como a atividade física diminui a pressão arterial?

Assim, o exercício físico de baixa intensidade diminui a pressão arterial porque provoca redução no débito cardíaco, o que pode ser explicado pela diminuição na freqüência cardíaca de repouso e diminuição do tônus simpático no coração, em decorrência de menor intensificação simpática e maior retirada vagal(12,21,22).

Quais os principais benefícios que a atividade física promove para os indivíduos hipertensos?

A prática regular de atividade física provoca adaptações fisiológicas no sistema cardiovascular, como o aumento do volume de oxigênio máximo e consequentemente a diminuição da pressão arterial. Isso leva ao controle da pressão, alem de trazer vários benefícios à saúde e o bem estar.