Como é produzida a energia nuclear

O Brasil possui apenas duas usinas nucleares ativas em seu território. Ambas estão localizadas em Angra dos Reis e são responsáveis por 3% da energia consumida no país. 

Angra 1 entrou em operação em 1985 e Angra em 2001. Existe projeto para uma terceira usina que já está com 62% das obras concluídas. A construção está, atualmente, paralisada. 

Construção

Estar perto do mar é um dos motivos da localização das usinas de Angra. A água é utilizada em grande quantidade para resfriar o sistema, porém, ela não entra em contato com a radioatividade. 

A facilidade para a transmissão da energia produzida para grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo também foi levada em consideração na hora da construção. 

Geração

A energia é gerada pelo processo de fissão nuclear de urânio, uma quebra de átomos que ocorre dentro de um reator. Uma pequena quantidade de combustível nuclear gera quantidades elevadas de energia, por exemplo, apenas uma pastilha de urânio enriquecido consegue produzir o mesmo que 22 caminhões tanques de óleo diesel.

Reatores

Quando se fala em energia nuclear é normal pensar em casos como o de Chernobyl, mas no Brasil o sistema é mais seguro. Enquanto na antiga usina ucraniana era usado grafite para controlar o processo de fissura, em Angra é utilizado água pressurizada.

O grafite é um elemento inflamável e que após a explosão do reator causou um incêndio que durou 8 dias. O reator chamado PWR utilizado no Brasil não corre esse risco.

A fissão nuclear, isto é, a divisão do átomo de metais como o urânio e o plutônio, aconteceu pela primeira vez por volta de 1938.

Embora utilizada inicialmente para fins militares, depois das experiências catastróficas de Hiroshima e Nagasaki, a energia nuclear passou a ser utilizada, principalmente, para fins pacíficos.

Sua principal utilização é a produção de energia elétrica, através de usinas termonucleares. Essas usinas funcionam a partir da fissão (separação) nuclear, controlada dentro dos reatores. A fissão gera calor que aquece a água e a transforma em vapor. Esse vapor, em alta pressão, gira a turbina, que, por sua vez, aciona o gerador criando eletricidade, como se vê na figura abaixo:

O calor gerado pela fissão nuclear é bastante grande, como exemplo podemos citar que a energia gerada por 1 quilograma de urânio numa usina termonuclear, é a mesma produzida por 150 toneladas de carvão mineral numa usina termoelétrica. Esse exemplo mostra de forma clara a eficiência dessa matriz energética sobre outras matrizes como o carvão mineral, o gás natural e o petróleo.

O uso intensivo da energia nuclear é encontrado principalmente em países desenvolvidos (EUA, França, Japão, Alemanha e Reino Unido), pois é uma tecnologia bastante cara. Atualmente, países como China, Taiwan, Índia e Irã têm investido em usinas termonucleares.

Vantagens e riscos da energia nuclear

A escolha da produção de energia elétrica por termonucleares ocorre em países que necessitam de grande quantidade de energia e muitas vezes não possuem abundância de outras matrizes energética (petróleo, carvão, potencial hidráulico).

Os norte-americanos seguidos da França e do Japão lideram o ranking de países produtores de energia nuclear.

Apesar de todas as vantagens existentes, a utilização da energia nuclear encontra bastante resistência, principalmente, de grupos ecológicos que discutem o problema do lixo nuclear (o material utilizado no reator que não serve mais para gerar energia, mas continua radioativo), que pode contaminar o solo, o ar e as águas, portanto, é um problema. Atualmente, a maior parte do lixo atômico é depositado no fundo do mar.

Outro perigo existente é o escape de radiação de um reator nuclear em caso de defeito ou explosão o que pode causar uma contaminação radioativa podendo levar a morte seres humanos e animais além de contaminar o solo, as plantas e espalhar-se rapidamente através do vento em forma de nuvens radioativas, afetando áreas enormes e seus efeitos perdurando por dezenas de anos.

A energia nuclear no Brasil

O Brasil possui um programa de energia nuclear que começou em 1967, (PNB) - Programa Nuclear Brasileiro; a 1ª usina termonuclear do Brasil, Angra 1 foi inaugurada em 1985, é equipada com um reator norte-americano, fabricado pela Westinghouse e durante os primeiros cinco anos de funcionamento sofreu 25 paralisações devido a defeito no reator.

Esse problema levou governo brasileiro a fazer uma nova parceria, desta vez com uma empresa alemã, responsável pelas usinas de Angra 2 em operação desde de 2000 e Angra 3.

Atualmente, as usinas Angra 1 e 2 são gerenciadas pela Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, e juntas produziram em 2001, 14,4 mil MWh, o suficiente para abastecer o Rio de Janeiro ou 3% da energia elétrica produzida no país.

Mais usinas

O governo, através da Eletrobrás, estuda a viabilidade da instalação de outras usinas termonucleares no país, muito embora haja uma pressão maior em direção à produção de energia elétrica de matrizes renováveis e limpas (eólica, solar e biomassa).

O país possui a sexta maior reserva mundial conhecida de urânio. Hoje todo o urânio prospectado no Brasil vem da jazida de Caetité na Bahia. Essa reserva e mais a tecnologia 100% nacional de enriquecimento de urânio dará ao país num futuro próximo 2007-2008 autonomia para a produção do combustível nuclear e aumentará a produção de radioisótopos para os setores industrial, médico e de pesquisa.

Vale lembrar, ainda, que o Brasil participa do tratado de não proliferação de armas nucleares e possui dispositivos constitucionais que resguardam a não fabricação de artefatos nucleares e sua circulação pelo território nacional.

20 anos de Chernobyl

Em 26 de abril de 1986, ocorreu em Chernobyl, cidade a 120 Km de Kiev, capital da Ucrânia, o maior acidente nuclear da história.

O reator número 4 da usina explodiu causando um vazamento de radiação que causou a morte imediata de 32 pessoas, segundo fontes oficiais. Contudo milhares de pessoas foram afetadas e morreram ou sofrem com os efeitos cumulativos da radiação, segundo dados da OMS nesses 20 anos 9 mil pessoas morreram com doenças causadas pela radiação.

Na época do acidente a nuvem de radiação atingiu a Ucrânia, a Rússia e outras repúblicas soviéticas, a Europa Oriental, Setentrional e Central, que tiveram seus animais, pastos e plantações contaminadas.

Autoritarismo e segredo

Por ocasião o acidente a região era comandada pela ex-URSS que era socialista, um regime fechado, e somente três dias após o acidente ter ocorrido é que os demais países foram informados.

Esse acidente levou a uma reformulação do sistema termonuclear, que acabou gerando novas tecnologias e métodos mais rígidos de controle das usinas e do processo de obtenção da energia elétrica, além do aumento da segurança contra falhas humanas e vedação de reatores em caso de acidentes.

Ao lembrar os 20 anos de Chernobyl muitas organizações internacionais de direitos humanos ressaltam que a população atingida na área não recebe qualquer ajuda governamental ou indenizações pelos problemas e danos sofridos pelo acidente.

Como é o processo de produção de energia nuclear?

A energia nuclear é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. A energia nuclear, também chamada atômica, é obtida a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia. A energia nuclear mantém unidas as partículas do núcleo de um átomo.

Onde e como é produzida a energia nuclear?

A produção desse tipo de energia é realizada a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio, que se fraciona em duas ou mais partículas, liberando uma enorme quantidade de energia térmica.

Como é produzida a energia nuclear no Brasil?

A energia é gerada pelo processo de fissão nuclear de urânio, uma quebra de átomos que ocorre dentro de um reator. Uma pequena quantidade de combustível nuclear gera quantidades elevadas de energia, por exemplo, apenas uma pastilha de urânio enriquecido consegue produzir o mesmo que 22 caminhões tanques de óleo diesel.

Como funciona a produção de energia nuclear Brainly?

A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius -, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica.

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