Um problema que diz respeito, não apenas aos empresários e agricultores, mas à toda populaçãoDe acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), enquanto 821 milhões de pessoas passam fome no mundo, um terço dos alimentos produzidos são desperdiçados diariamente. Show
O que exatamente é o desperdício de alimento?Considera-se desperdício todo tipo de perda relacionada a decisão de descartar alimentos que ainda têm valor. O desperdício está principalmente associado ao comportamento de comerciantes e do consumidor. Deixar vencer alimentos nas prateleiras, comprar em excesso no mercado ou sobras de comida no prato, são alguns exemplos disso. O Brasil está na lista dos dez países que mais desperdiçam alimentos no mundo, gerando descarte de aproximadamente 30% de tudo que é produzido para o consumo. Isso gera um prejuízo para a economia de quase 940 bilhões de dólares por ano, afetando diversas classes trabalhadoras e o desenvolvimento do país. Mas, essa conta não diz respeito apenas ao setor agropecuário ou econômico. Esse problema é também uma questão cultural, que envolve toda a sociedade. Quem nunca ouviu falar a expressão “é melhor sobrar do que faltar”?Com abundância de recursos naturais e por nunca ter enfrentado os flagelos das guerras, a cultura de ostentar “mesa farta” ganhou força entre as famílias brasileiras. O ato de receber familiares e amigos com excesso e variedade de alimentos nas refeições, está associado não apenas ao zelo e cuidado familiar, mas também à boa hospitalidade e ao status.
O que acontece com os alimentos perdidos no campo?Existe uma diferença entre a perda e o desperdício de alimentos. Perda é quando o descarte não é intencional, ele ocorre por conta da falta de estrutura apropriada, como problemas na colheita, armazenamento ou transporte inadequado dos alimentos. As perdas acontecem em toda cadeia produtiva, envolvendo várias etapas do processo de produção e são mais frequentes em países subdesenvolvidos, pela precária infraestrutura que possuem. De acordo com relatório The State of Food and Agriculture 2019, a perda de alimentos no mundo é responsável por 14% do total descartado, enquanto o desperdício corresponde a 86%. No caso do Brasil, os índices de perdas também são altos e faz com que alie características de países em desenvolvimento, com hábitos de desperdício de países ricos. Veja no quadro abaixo exemplos do que é considerado perda e desperdício:
Muitos países têm desenvolvido campanhas para promover o consumo sustentável de alimentos, especialmente depois que o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e a FAO lançaram o “Save Food”, em 2013. Trata-se de uma iniciativa que reúne 250 sócios, empresas públicas, privadas e ONGs para realização de campanhas dirigidas a cada um dos setores da cadeia alimentar, no mundo todo. No Brasil, o Governo Federal lançou em 2018 a “Semana Nacional de Conscientização da Perda e Desperdício de Alimentos”, para educar a população sobre a importância de combater o desperdício em todas as etapas do processo de produção e no consumo. Essa iniciativa tem estimulado os governos locais a criarem programas e metas com foco no combate ao desperdício e à fome. Além disso, ONGs e instituições privadas têm reunido esforços para implementar ações de conscientização da população e desenvolvimento sustentável das comunidades.
Atuando há décadas com foco na alimentação sustentável e acessível, a Cargill formou em 2018 uma importante parceria com a Gastromotiva, a primeira ONG brasileira a direcionar seus esforços para a gastronomia social, com o foco na inclusão, fim do desperdício de alimentos e da fome. Além de valorizar o pioneirismo, a Cargill também está olhando para o futuro. No ano passado lançou um desafio para startups, empresas privadas e ONGs: apresentar soluções inovadoras que possam tirar, de maneira sustentável, pessoas da situação de fome. Os projetos selecionados participarão de um bootcamp em maio de 2020, no World Food Programme Inovation Acelerator, na Alemanha. Dois projetos da 5ª edição da Fundação Cargill atuam no combate ao desperdício de alimentos no Brasil. Confira mais detalhes das ações:
Veja também os outros projetos da 5ª edição do Edital da Fundação Cargill no Brasil e conheça outras iniciativas que estão fazendo a diferença no descarte de alimentos:
Se cada um fizer a sua parte, vamos projetar no futuro uma realidade mais justa, sustentável com reduzido desperdício de alimentos e erradicação da insegurança alimentar. Para saber mais informações clique nos links abaixo:https://alimentacaoemfoco.org.br/paises-que-mais-desperdicam-alimentos/ FONTES: Como o desperdício de alimento afeta a economia?O Brasil está na lista dos dez países que mais desperdiçam alimentos no mundo, gerando descarte de aproximadamente 30% de tudo que é produzido para o consumo. Isso gera um prejuízo para a economia de quase 940 bilhões de dólares por ano, afetando diversas classes trabalhadoras e o desenvolvimento do país.
Qual é o impacto financeiro do desperdício e das perdas de alimentos?Os custos econômicos diretos da perda de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados por ano podem chegar a US$ 750 bilhões de dólares por ano. Isso equivale a cerca de um terço da produção mundial.
Porque o desperdício de alimentos é um problema de toda a população?O desperdício de alimentos é um fator potencializador da insegurança alimentar e da fome no mundo. Segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), mais de 30% da produção mundial de alimentos é desperdiçada a cada ano entre as fases de pós-colheita e a venda no varejo.
Quais são as causas e as consequências do desperdício de alimentos?Quais as causas mais comuns do desperdício de alimentos?. grande quantidade de alimentos perecíveis;. manuseio incorreto dos alimentos;. condições de embalagem inadequadas;. ineficiência no transporte e armazenamento;. exigências em excesso por parte dos centros de distribuição;. |