Como se chama o novo método de dimensionamento de pavimentos brasileiros como ele difere do método que estava vigente desde a década de 60?

O método mecanístico-empírico MeDiNa é uma metodologia de dimensionamento de pavimentos flexíveis desenvolvida por pesquisadores brasileiros com a finalidade de substituir o tradicional método de dimensionamento de pavimento flexíveis do DNER. O novo método permite avaliar os efeitos da fadiga, bem como o emprego de solos tropicais na construção das camadas do pavimento. O objetivo central do trabalho é o estudo comparativo entre ambas as metodologias em um projeto básico de restauração em um trecho da RJ-168 na cidade de Macaé, que interliga a BR-101 até o perímetro urbano da cidade. O projeto possui como base de fundamentação teórica os manuais de projetos rodoviários disponibilizado pelo DNIT, sendo orçado conforme a lei 8.666 de licitações de obras públicas, contemplando a realização de estudos preliminares para projeto básico de pavimentação rodoviária e os projetos geométricos, projeto de pavimentação e projeto de drenagem. Destacam-se o projeto de pavimentação, dimensionado através do software MeDiNa desenvolvido pelo IPR e UFRJ, e os projetos geométricos e drenagem, onde utilizaram-se os softwares QGis, Google Earth, Mobile Topographer Pro©, AutoCAD Civil 3D, Infraworks, SisCCoH e Canal, além do programa MAYSA desenvolvido pelo próprio autor, buscando-se nesse projeto, utilizar ferramentas tecnológicas pertinentes, de forma a consolidar a tendência evolutiva da engenharia rodoviária nos tempos atuais. Ao final constata-se que a espessura do pavimento dimensionada pelo método MeDiNa foi menor, quando comparada ao dimensionamento realizado pelo método do DNER através da mesma sistemática construtiva, portanto, aconselha-se que ambas as metodologias sejam sempre comparadas em projetos de pavimentação, visando a busca pela alternativa mais econômica para a obra rodoviária.

Mais de oito milhões de quilômetros quadrados. O Brasil é o quinto maior país do planeta. Para efeito simples de comparação, a área dos 27 membros da União Europeia consiste na metade do território brasileiro. Fazemos parte, não à toa, de um seleto grupo de países com dimensões continentais. 

Uma grandeza que nos traz orgulho, mas que também cobra um preço. Caríssimo! 75% das nossas mercadorias são escoadas pela malha rodoviária. Nenhuma outra nação, entre as principais economias mundiais, é tão dependente do transporte pelas estradas. Por isso, a qualidade do nosso asfalto está intimamente ligada ao desenvolvimento do país. Uma rodovia em más condições aumenta o custo operacional das empresas e reduz a segurança no transporte das mercadorias.

E aí reside o X da questão. O dimensionamento do asfalto é um dos principais fatores que impactam na qualidade e na capacidade do pavimento.

O que é?

O dimensionamento determina a espessura e os materiais usados para compor as camadas do asfalto. Um trabalho que deve levar em conta um fator essencial: como o material pode reagir às variações climáticas, à temperatura e ao tráfego de veículos pesados? Dimensionar é, no fundo, preparar o pavimento para suportar as cargas e oferecer desempenho satisfatório às empresas de transporte. Pena que estamos distantes desta realidade. Quase metade das rodovias brasileiras apresenta algum defeito – de buracos a ondulações, de fissuras a trincas. 

Como fazer?

Os métodos de dimensionamento foram classificados basicamente de duas formas: empíricos e mecanístico-empíricos. O empírico é muito mais ligado à pura e simples observação. O profissional analisa as condições de evolução do pavimento, com base na chamada “experiência acumulada”.             

Já a abordagem mecanística-empírica é mais técnica e a mais indicada pelos especialistas. Ela usa conceitos de mecânica para analisar o comportamento estrutural do pavimento. Além disso, é possível prever a vida útil do material utilizado na obra para responder a uma questão básica: quanto tempo ele vai durar?

Método MeDiNa

O método vigente no Brasil é baseado no Manual de Pavimentação do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Desde 2018, o software MeDiNa, inspirado no engenheiro Jacques de Medina, tem revolucionado o dimensionamento de pavimentos no Brasil. Ao contrário do modelo antigo, o MeDiNa prevê tecnologias mais avançadas, como os asfaltos de borracha, e observa as condições (muitas) climáticas no nosso país. São variáveis que começaram a ser avaliadas, como possíveis rachaduras e trincas surgidas no pavimento com o passar dos anos. A ferramenta também mensura em quanto tempo as fissuras vão começar a surgir e qual o tipo de revestimento que apresentará o melhor desempenho.

A tecnologia demanda mais conhecimento técnico e informações sobre os solos existentes e materiais a serem utilizados. Em contrapartida, aumenta a vida útil do asfalto e diminui a necessidade de manutenção. Vale a pena, não?

Curso

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Quais os dois tipos de dimensionamento de pavimentos?

Os métodos de dimensionamento foram classificados basicamente de duas formas: empíricos e mecanístico-empíricos.

Quais são as metodologias disponíveis para o dimensionamento de pavimentos de concreto?

A partir destes dados foram empregados três métodos de dimensionamento de pavimento rígido para o caso abordado na pesquisa, o método da Portland Cement Association (PCA) – versão de 1984, o método da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) – Instrução de Projeto IP-07 (2004), e o método proposto pela Highways Agency ...

O que é o software MeDiNa?

O MeDiNa é um programa computacional que realiza a verificação do dimensionamento de estruturas de pavimentos mecanístico-empírico, por meio da rotina AEMC de análise de camadas de múltiplas camadas.

Qual o tipo de pavimento mais utilizado no Brasil?

O pavimento rígido (concreto) e flexível (asfalto) são os tipos de pavimentos mais utilizados no sistema viário brasileiro.

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