Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?

De acordo com os dados do Censo 2010, no Brasil vivem 896.917 pessoas que se declaram como indígenas. Desse total de pessoas, 57,7% vivem em terras indígenas oficialmente reconhecidas.

Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?

O IBGE contabilizou 305 diferentes etnias indígenas no Brasil. Os principais troncos étnicos e suas ramificações são:

Macro-Jê - Boróro / Guató / Jê / Karajá / Krenák / Maxakali / Ofayé / Rikbaktsa / Yatê

Tupi - Arikém / Awetí / Jurúna / Mawé / Mondé / Mundurukú / Puroborá / Ramaráma / Tuparí / Tupi- Guarani

Com relação à língua falada, o Censo 2010 identificou 274 línguas indígenas no Brasil, sendo que 57,1% dos indígenas não falam a língua indígena, já 76,9% deles falam a Língua Portuguesa.

Entre os indígenas que vivem em Terras Indígenas esses percentuais se alteram, 57,3% falam alguma língua indígena e 28,8% não falam a Língua Portuguesa.

A maior parte dos indígenas são alfabetizados (76,6%). Inclusive os indígenas que vivem em Terras Indígenas são alfabetizados, em sua maioria (67,7%).

Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?

Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?
 


Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?
  Localidades indígenas na base territorial do próximo Censo: informações atualizadas.

Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?
 [PDF] Folder O Brasil indígena

Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?
  [PDF] Folder Distribuição espacial da população indígena 

Como vivem os povos indígenas atualmente no Brasil 2022?
Yanomami - Fragmentos de um diário de campo

Base de Informações Geográficas e estatísticas sobre os Indígenas e Quilombolas

Agência de notícias IBGE - dados antecipados sobre indígenas e quilombolas

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Num informe publicado nesta terça-feira na ONU, a relatoria sobre liberdade de religião e crença alerta sobre a ameaça espiritual, cultural e física que indígenas brasileiros enfrentam diante das atuais políticas do governo de Jair Bolsonaro.

As referências se contrastam com as promessas feitas ainda pela ex-ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, de que a preservação de povos indígenas e de suas culturas era uma das prioridades de sua pasta.

Colunistas do UOL

Ainda em 2019, a então ministra declarou que "o bem mais precioso da terra indígena é o índio, que precisa ser fortalecido". Mas falou em "progresso" e "desenvolvimento".

"Temos que criar oportunidades para que os povos se desenvolvam. E precisamos proteger aqueles que são de recente contato", disse, nas redes sociais. "O índio quer progresso, o índio quer inclusão, o índio quer produzir, quer estudar. O índio pode", defendeu.

No informe desta semana apresentado à Assembleia Geral da ONU, o Brasil é citado como um dos exemplos onde existe uma ameaça aos povos indígenas, no que se refere à sua sobrevivência cultural e espiritual.

De acordo com o texto, existem tratados que "proíbem explicitamente a coerção em questões de religião ou crença".
"No entanto, segundo os interlocutores, muitos povos indígenas ainda hoje estão sendo convertidos à força a religiões não indígenas "para sobreviver" em meio a ameaças de violência, hostilidade e discriminação por parte do Estado e instituições religiosas", disse.

Ao citar casos concretos, a relatoria da ONU apontam para violações desse princípio no México e Malásia. Mas há ainda uma denúncia clara contra o governo Bolsonaro.

"No Brasil, a sociedade civil levantou preocupações sobre o chefe da unidade do Departamento Federal de Assuntos Indígenas encarregado de proteger os grupos indígenas não contatados, temendo pressões impróprias para sua conversão".

Num outro trecho, mais uma denúncia contra o Brasil. "A ambivalência ou cumplicidade do Estado também é uma preocupação. A falta de regulamentação do governo brasileiro sobre fertilizantes agrícolas tem supostamente causado poluição das águas em território indígena, ameaçando águas espiritualmente significativas", disse.

Outro destaque se refere à violência contra os indígenas. De acordo com o informe, a proteção de ambientalistas - incluindo os povos indígenas - está "inerentemente ligada" à "proteção de suas comunidades e povos", incluindo sua liberdade de religião ou crença.

"No entanto, atores estatais e não estatais intimidam, torturam e até assassinam por defenderem seus direitos e proteção de terras sagradas, como os mineiros brasileiros alegadamente "abrem fogo com armas automáticas de lanchas rápidas" sobre os povos Yanomami", disse.

De uma forma geral, o informa aponta que, em 2021, 358 assassinatos de defensores de direitos humanos foram registrados em 35 países, 26% dos quais eram indígenas.

O documento cita ameaças em locais como Canadá, EUA, México e Colômbia.

"A discriminação histórica e contínua, a violência e a hostilidade ameaçam a sobrevivência espiritual, cultural e até física dos povos indígenas e violam seu direito à liberdade de religião ou crença", diz o relatório da ONU concluído.

"A discriminação e a marginalização severa, sistemática e sistêmica afetam a capacidade de sobrevivência dos povos indígenas, e muito menos de prosperar, exercendo suas mais íntimas convicções religiosas ou de crença", afirma o documento.

O informe explorou a "espiritualidade indígena" como um "modo de vida" tipicamente baseado na natureza, experiências documentadas dos detentores de direitos afetados - desde o deslocamento forçado à destruição ambiental - e propôs recomendações para proteger e promover a liberdade de religião ou crença dos povos indígenas, de acordo com o direito internacional.

"Enquanto os Estados restringem suas cerimônias sagradas, línguas e transmissão de conhecimentos tradicionais, os povos indígenas enfrentam desafios para exercer sua liberdade de religião ou crença por sua assimilação forçada e deslocamento, violência contra os defensores indígenas do meio ambiente e dos direitos humanos e destruição de locais sagrados", diz o relatório.

"Dada sua inextricável relação entre a terra e o sagrado, muitos povos indígenas acreditam que restringir o acesso e o uso de territórios ancestrais é o mesmo que proibir experiências espirituais", completa o documento.

Como vivem os povos indígenas do Brasil na atualidade?

A maioria dos povos indígenas vive completamente das florestas, através de uma mistura de caça, coleta e pesca. Eles cultivam plantas que utilizam como alimentos e medicamentos, e também usam a vegetação para construir casas e fazer objetos do cotidiano.

Como estão os povos indígenas hoje?

Os índios atuais absorveram diversas práticas que não pertencem à sua cultura. Muitas crianças indígenas frequentam escolas, mantidas nas aldeias pela Fundação Nacional do Índio, e aprendem o português. Mas isso não quer dizer que os indígenas tenham abandonado suas tradições, como os rituais religiosos e as danças.

Onde vivem os índios hoje em dia?

Cerca de 55% da população indígena vive na chamada Amazônia Legal. Essa região abrange os Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão. As Terras Indígenas localizadas nessa região são maiores do que aquelas existentes em outras regiões do país.

O que é ser índio em 2022?

são descendentes dos povos que habitavam o continente antes da chegada dos europeus; apresentam modos de vida que são transformações das antigas formas de viver das populações originárias das Américas.