Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?

Assista à nossa videoaula e conheça o quadro natural da Ásia. Entenda como se estabelecem os destaques no relevo, clima e vegetação. Conheça os aspectos relevantes da geografia do continente asiático.

O Extrativismo Vegetal no Brasil sempre foi uma constante, possuindo características que estão ligadas às respectivas regiões.

Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?
Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?

Foto: Dmitry Kalinovsky / Shutterstock.com

Desde o descobrimento do Brasil, nosso país esteve atrelado a atividades que envolviam o extrativismo. Este tipo de atividade consiste em obter da natureza os produtos que serão usados para comercialização direta ou indireta pelo homem. Ocorrem então dois tipos possíveis de extrativismo, o mineral e o vegetal.

A biodiversidade brasileira é uma das maiores do mundo, sua riqueza é incalculável. Mas as constantes atividades de extrativismo colocam em risco todo esse aparato natural disponível em território brasileiro, já que muitas vezes ocorre de forma ilegal ou então irregular. A exploração predatória coloca em risco de extinção várias espécies vegetais e animais. Hoje, pensa-se muito sobre o extrativismo sustentável, que consiste em explorar a natureza de maneira correta, impedindo que os recursos se esgotem e comprometam a humanidade do tempo presente e de gerações futuras.

O Extrativismo Vegetal no Brasil é bem menos importante do que as atividades de pecuária, por exemplo. Seja em valores de produção ou de mão-de-obra empregada. Porém a pecuária irresponsável acaba desmatando territórios com importantes recursos vegetais para fins de sua própria expansão. Em alguns lugares do Brasil, o Extrativismo Vegetal ainda possuem destaque, sendo que a madeira é o produto mais explorado. Além da madeira, há outros vários produtos integrantes do Extrativismo Vegetal no Brasil.

O Brasil é um país coberto por grandes porções de floresta que foram preservadas na colonização e no progresso de sua população. Por ser um país com vasta extensão territorial, há espaço suficiente para as reservas naturais. A Madeira é um dos produtos mais visados no Extrativismo Vegetal no Brasil. Normalmente, é extraída da Mata de Araucária ou Floresta Subtropical, com destino à produção de papel e celulose; da Mata Atlântica, que continua sendo explorada ilegalmente mesmo existindo proteção de lei; e da Floresta Amazônica, que gera muita madeira-de-lei. A extração de madeira está intimamente ligada com o problema do desmatamento no Brasil.

No leste do Pará, ocorre especialmente a extração da Castanha-do-pará que é um produto muito valorizado no Brasil e também na exportação.

Palmeiras típicas da região amazônica fornecem Açaí e Palmito que abastecem o mercado interno e servem ainda para exportação, já que dessas árvores se aproveita praticamente tudo.

O látex já teve importância bem maior em seu extrativismo para o Brasil. O produto obtido através da Seringueira ainda é utilizado na produção nacional de borracha, mas perdeu muito espaço com o avanço da tecnologia.

As madeiras menos nobres das florestas brasileiras são fontes para Lenha e produção de Carvão Vegetal, que possuem fins energéticos ou medicinais.

No Maranhão e em Tocantins, a extração do Babaçu é importante em aplicações industriais e alimentícias.

No Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a extração de Carnaúba feita em grandes palmeiras tem como destino várias aplicações industriais.

O Nordeste ainda conta com o extrativismo de Piaçava, utilizada em vassouras e cordas de navios; o Coco, que possui ampla utilização; a Castanha-de-caju, que gera um óleo com propriedades especiais; e o Buriti, que tem funções alimentícias e medicinais.

Leia também:

  • Extrativismo mineral
  • Extrativismo na Amazônia

Fontes:
http://www.scribd.com/doc/3371699/Geografia-Aula-12-Extrativismo-mineral-e-vegetal-no-Brasil
http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/2017156-brasil-extrativismo-vegetal/
http://fmostardeiro.vilabol.uol.com.br/extrativismo.htm

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/extrativismo-vegetal-no-brasil/

Por ser um país com grande diversidade natural, a atividade extrativista continua a ser muito importante na economia brasileira.

Extrativismo Vegetal

A atividade extrativista no Brasil remonta ao período de exploração pela coroa portuguesa.

Inicialmente, o extrativismo vegetal foi marcado pela retirada de pau-brasil, além de sementes e ervas medicinais. Esta foi a primeira atividade econômica da colonização portuguesa.

Atualmente, dentre os elementos que integram o extrativismo vegetal, podemos citar a madeira, os frutos e em menor escala, a borracha.

Madeira

Apesar da retirada de madeira ser questionada e debatida, a prática continua e constitui uma fonte de riqueza para as regiões envolvidas. A madeira é destinada à construção, produção de papel e celulose.

No entanto, parte do território da floresta amazônica diminui todos os anos por conta do corte de árvores e sua posterior substituição das áreas por pasto.

Não podemos esquecer que a exploração predatória contribuiu para o esgotamento e a quase desaparição da Mata Atlântica.

Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?
Aspecto de uma madeireira na floresta amazônica

Floresta Plantada

Entre as alternativas para suprir a matéria-prima destinada à celulose, o Brasil incentivou a instalação de empresas que atuam com as chamadas florestas plantadas.

A planta mais utilizada neste sistema é o eucalipto, cujo crescimento demanda grande oferta hídrica. As regiões dominadas pelo plantio controlado de eucalipto são denominadas "desertos verdes", pois a oferta de água tende a diminuir naquela área.

Afinal, o eucalipto é uma das árvores que mais necessita água para sobreviver e acaba esgotando os mananciais ao seu redor.

Borracha

Diferente da celulose, cuja oferta garante o suprimento de diversas empresas, não foi encontrada solução para elevar a produção da borracha.

O látex, extraído da seringueira, foi um produto de extrema importância para a economia nacional no começo do século XX e este período foi denominado Ciclo da Barrocha. Hoje, a concorrência com a produção asiática e a borracha sintética limita a oferta nacional.

Entretanto, a exploração da borracha ocorre em seringais espalhado em 12 estados do Brasil e não somente na região Norte. Em 2014, segundo o IBGE, a produção brasileira alcançou 320 mil toneladas.

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Castanha

Também da região Norte sai a castanha, especialmente do Pará, sendo o produto mais exportado da região.

A castanha-do-pará ou castanha-do-Brasil é rica em fibras, proteína, ferro, cálcio, potássio, ácido fólico, selênio, zinco e vitaminas. Sua coleta representa a renda familiar de centenas de famílias na região amazônica.

Além da utilização como alimento, o produto é base para cosméticos, como shampoos, óleos corporais, cremes e sabonetes.

Palmito

Em várias regiões do Brasil, é extraído o palmito, cujo esgotamento está preocupando as autoridades. Em geral, o tempo de crescimento da planta não é respeitado e a formação de sementes é comprometida. Há pontos de coleta em que a planta já é considerada extinta.

Uma das soluções é privilegiar o consumo da espécie de palmito pupunha que tem maior capacidade regenerativa que a do palmito juçara. Para isso, basta conferir a informação no rótulo do produto.

Buriti

No Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará, Minas Gerais, Distrito Federal e Mato Grosso é encontrada a palmeira de buriti, cujo fruto é base para cosméticos e óleos. Da palmeira, se utiliza a fibra para trabalhos artesanais e arquitetônicos.

Carnaúba

A árvore nativa do nordeste é aproveitada em sua totalidade. Sua madeira serve para a construção, do seu fruto se faz farinha e a raiz tem propriedades medicinais.

No entanto, são as suas folhas que produzem cera, as quais são mais valorizadas no mercado internacional. Em 2015, o Brasil exportou 18 000 toneladas de cera para Japão, Alemanha e Estados Unidos. Além disso, quase todos os vernizes e ceras levam a carnaúba em sua composição.

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Extrativismo Mineral

O extrativismo mineral se constitui numa importante pauta para a balança comercial brasileira e são os produtos que o Brasil mais exporta para outros países.

A oferta é ampla, pois no território nacional são encontrados: alumínio, cobre, estanho, ouro, ferro, níquel, cromo, manganês, prata, tungstênio e zinco.

As mais importantes reservas de minério do Brasil estão localizadas na Serra dos Carajás (PA), no Quadrilátero Ferrífero (MG) e no Maciço do Urucum (MS).

Ferro

O Brasil detém 75% da produção de minério de ferro do mundo. A principal zona de produção está no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Do local, também são extraídos bauxita, manganês e ouro.

Por imprudência humana, a região de Minas Gerais, sofreu em 2015, um grande impacto ambiental devido ao rompimento da barragem do rio Doce, em Mariana (MG). A terra que era condicionada na barragem provinha da exploração de minério de ferro.

A Serra dos Carajás, no Pará, rica em minério de ferro, oferece, ainda, bauxita, cobre, cromo, estanho, manganês, ouro, prata, tungstênio e zinco.

Veja também: Região Norte

Ouro

Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?
Aspecto da extração do ouro com jatos de água na floresta amazônica

A extração do ouro marcou época na história colonial com o Ciclo do Ouro. Igualmente foi por conta da atividade dos Bandeirantes, que se embrenhavam na mata em busca de índios e pedras preciosas que as fronteiras no Tratados de Tordesilhas foram expandidas.

O Brasil, em 2012, ocupava o posto de número 47, em reservas mundiais de ouro guardadas no Banco Central. A produção brasileira perfaz 70 toneladas anuais, o que deixa o país como 13º produtor mundial, segundo os dados do IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração.

No entanto, a atividade de garimpo está entre as que causam maior impacto negativo na natureza. Os rios, muitas vezes, tem seu curso alterado e as águas são envenenadas com a utilização de produtos químicos que ajudam a separar o metal precioso.

Da mesma maneira, as escavações alteram de maneira profunda o espaço, o que torna difícil a recuperação do solo.

Entre os pontos que mais sofreram danos como consequência deste tipo de exploração estão Minas Gerais e Serra Pelada, no Pará, cuja atividade foi encerrada em 1992.

Petróleo

A exploração do petróleo é realizada pela companhia estatal Petrobras, criada nos anos 50. A maioria dos campos de petróleo do Brasil está localizada nas chamadas bacias de águas ultraprofundas, na região denominada pré-sal.

A exploração de petróleo pelo Brasil ocupa o 15º lugar com a oferta anual de 12.860 bilhões de barris. Do montante, 90% está localizado no Oceano Atlântico, nas costas de oito estados.

No ritmo de extração atual, o Brasil deve ser até 2020 o responsável por 50% da produção mundial de petróleo.

Sal

Os minerais não-metálicos, como o sal, estão localizadas no Rio de Janeiro, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Este último é responsável por 92,5% da produção brasileira que perfaz de 5 a 6 milhões de toneladas por ano.

Deste montante, apenas 400 mil toneladas vão para o mercado externo e o restante é vendido no Brasil.

Extrativismo Animal

Os peixes são os únicos animais em que a legislação brasileira permite a retirada atualmente. Para evitar o esgotamento das espécies de peixes oferecidas pela natureza, o governo oferece o "seguro-defeso". O objetivo é manter a remuneração dos pescadores artesanais durante o período de reprodução.

Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?
Pesca do pirarucu, um dos peixes de água doce mais explorados no Brasil

As tentativas de manter a oferta de espécies, contudo, não conseguem acompanhar a remoção e há várias espécies como a sardinha, que tem que ser importadas ou criadas em cativeiro.

Os animais silvestres são protegidos por lei e sua caça somente está permitida aos povos indígenas e algumas comunidades que dependem da atividade para se alimentar.

Leia mais:

  • Economia do Brasil
  • Ciclos Econômicos do Brasil
  • Pecuária
  • Economia da Região Norte
  • Economia da Região Sudeste
  • Extrativismo
  • Brasil
  • Desastre de Mariana

Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal por quê?

Juliana Bezerra

Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.

Em que região geográfica predomina o extrativismo vegetal porque?

No entanto, essa atividade, chamada de extrativismo vegetal, ainda é praticada. Corresponde à coleta de produtos retirados da natureza. Na região Norte, essa atividade foi por tempo a única fonte de renda. Hoje, outras atividades são praticadas, como a mineração, a agricultura e a pecuária.

Qual região brasileira se destaca no extrativismo vegetal?

No Brasil, em especial na Região Norte, é muito comum o extrativismo de madeiras, castanhas, açaí e látex (que é uma seiva extraída da seringueira), muito utilizado para a fabricação de borracha.

Em que região predomina o extrativismo animal?

A principal zona de produção está no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais.

Por que na região Norte o extrativismo vegetal é mais intenso?

Resposta. Resposta: A coleta de frutos e raízes constitui uma das mais primitivas maneiras de extração dos meios de subsistência do homem.