A vinagreira, também conhecida como agrião-de-guiné, azedinha, caruru-da-guiné, graxa-de-estudante, groselheira, hibisco ou papoula, é uma planta medicinal rica em vitamina A e C, ferro, fósforo e potássio, o que lhe garante ação antioxidante, antisséptica, tônica e vasodilatadora, podendo ser usada como forma de complementar o tratamento de diversas doenças, desde que indicado pelo médico. Show As folhas e cálice da vinagreira podem ser consumidos em forma de chás ou sucos, ou serem utilizados como temperos ou para preparar doces, geleias e vinagre, por exemplo. O seu nome científico é Hibiscus sabdariffa e pode ser encontrada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação e algumas feiras livres.
A vinagreira, embora não seja uma espécie nativa da flora brasileira, está enraizada na nossa história cultural gastronômica. Na culinária regional é utilizada como ingrediente do famoso Arroz de Cuxá, prato típico da culinária Maranhense. Seu nome deriva do sabor ácido das folhas e cálices florais, sendo conhecida também como azedinha, caruru-azedo, caruru-da-Guiné, flor-da-Jamaica, groselha, hibisco, hibiscus, quiabo-azedo, quiabo-de-Angola e rosele(a). Em inglês é chamada de indian-sorrel, jamaican-sorrel ou roselle; em francês l’oiselle e em árabe karkade.
Características botânicas: Pertencente à família botânica Malvaceae, planta anual com até 1,8 metros de altura. O caule tem coloração vermelho-escuro e pouco ramificado. As folhas são alternas, simples, com formato variando entre ovalado a alongado. As flores são solitárias, uma por axila foliar, as pétalas apresentam coloração variando entre rosa-claro e púrpura. Após fecundação, desenvolvem-se os cálices, de aspecto carnoso e coloração vermelho-brilhante e em seu interior, desenvolve-se o fruto com numerosas sementes.
Onde ocorre: A espécie ocorre naturalmente na Índia, Sudão e Malásia, citados na literatura como prováveis centros de origem, sendo disseminada posteriormente para a África e América Central. No Brasil, sua introdução foi associada ao tráfico de escravos e, atualmente, pode ser encontrada em quase todos os estados do país. Usos: É uma espécie de múltiplos usos. Na alimentação humana suas folhas e cálices são empregados como ingredientes da culinária regional em diversos pratos. O cálice floral é matéria-prima para a produção de doces, geleias, xaropes, aromatizante, vinagre e até um tipo de vinho. A geleia apresenta sabor ácido, porém delicioso, e pode ser consumida com pães, torradas ou com pratos salgados. Os cálices colhidos e secos em temperatura de até 43°C, podem ser consumidos na forma de chá, da mesma forma que outros Hibiscos.
As folhas e cálices são uma excelente fonte de antioxidantes, vitaminas A e C, ferro, proteínas e fósforo, sendo consideradas como importante complemento nutricional. Além do uso culinário e medicinal, a planta ainda pode ser utilizada como alimentação animal, as fibras extraídas do caule são empregada na indústria têxtil e de papel. Na medicina tradicional, seu uso é relatado como diurético, antisséptico, laxante, sedativo, tônico afrodisíaco e no tratamento de infinitas outras mazelas. Estudos fitoquímicos e farmacológicos relatam que a planta apresenta potencial como antioxidante. Características agronômicas: A espécie reproduz-se por sementes, as quais são produzidas em abundância e devem ser colhidas de frutos maduros. A semeadura pode ser realizada diretamente no local definitivo ou em bandejas, para posterior transplantio, este último o método mais recomendado. O solo deve ser rico em
matéria orgânica e bem drenado. Seu cultivo pode ser realizado em regiões tropicais e subtropicais, em condição
Referências bibliográficas CARMO, D.D.R.M. et al. Atividade antioxidante de Hibiscus sabdariffa L. em função do espaçamento entre plantas e da adubação orgânica. Ciência Rural, 41(8), 1331-1336, 2011. CASTRO, N.E.A. Épocas de plantio e métodos de colheita para maximização da produção de cálice de Hibiscus sabdariffa L. Universidade Federal de Lavras. 2014. LIMA-SALES, M.A. et al. Germinação da vinagreira em função de cinco níveis de salinidade da água de irrigação. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 9(1), 68-74, 2014. OLIVEIRA, C.A. et al. Progresso da seca da haste (Botrytis cinerea) do hibisco (Hibiscus sabdariffa) em quatro épocas e dois métodos de plantio. Summa Phytopathologica, 39(2), 110-116, 2013. TROPICOS. Hibiscus sabdariffa L. 2015. Disponível em: http://www.tropicos.org/Name/19600047 YAMAMOTO, N.T. et al. Desenvolvimento de (Hibiscus sabdariffa L.) Cultivadas em Diferentes Substratos. Revista Brasileira de Biociências, 5(S2), 771-773, 2008. Esta página foi uma sugestão da minha amiga maranhense Hannah Nemlas, a quem agradeço. Este blog foi criado com o objetivo de informar e entreter. Apresentar uma espécie vegetal seus usos, potencialidades e curiosidades, com informações mais detalhadas, para que as pessoas conheçam e contemplem a beleza de cada espécie.O conteúdo é destinado a toda comunidade e serão muito bem vindas, todas as colaborações daqueles que estejam dispostos a dividir seu conhecimento com quem tem sede de aprender sempre. Qual a diferença da vinagreira para o hibisco?No Norte, quem reina é a vinagreira. No Sul, é o hibisco. Na verdade, são a mesma planta: vinagreira é a folha, hibisco, as sépalas que envolvem o fruto. No Norte, a planta dá folhas e frutos o ano inteiro.
Para que serve o hibisco ou vinagreira?Ela pode ser usada de diversas maneiras, mas é especialmente conhecida por ajudar no tratamento de problemas no estômago. Seu nome científico é Hibiscus sabdariffa e, devido às propriedades, é uma planta de ação diurética, anestésica, digestiva, laxante e vasodilatadora.
Para que serve o chá de vinagreira?Tem propriedades digestivas, diuréticas e anti-inflamatórias
Toda a estrutura da planta em si possui propriedades digestivas, diuréticas e anti-inflamatórias. Ou seja, a planta ajuda a tratar dores, problemas digestivos e a curar possíveis focos de inflamação.
Como é a flor do hibisco vinagreira?As flores surgem no outono e inverno, e duram apenas um dia. Elas são solitárias, sésseis, brancas a amarelas, com um cálice robusto e carnoso na base, de cor vermelha intensa. O fruto é uma cápsula, de formato ovalado e cor vermelha, com três a quatro sementes pardas.
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