O que está no centro da liturgia é em redor de toda Igreja

O que está no centro da liturgia é em redor de toda Igreja
Catecismo da Igreja Cat�lica

�NDICE ANAL�TICO

L.13��� LITURGIA

L.13.1Anjos na liturgia

335 Em sua Liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adora o Deus tr�s vezes Santo; ela invoca a sua assist�ncia (assim em In Paradisum deducant te Angeli... - Para o Para�so te levem os anjos, da Liturgia dos defuntos, ou ainda no "hino querub�nico" da Liturgia bizantina). Al�m disso, festeja mais particularmente a mem�ria de certos anjos (S�o Miguel, S�o Gabriel, S�o Rafael, os anjos da guarda).

L.13.2Fins da liturgia

1068 E este mist�rio de Cristo que a Igreja anuncia e celebra em sua liturgia, a fim de que os fi�is vivam e d�em testemunho dele no mundo: Com efeito, a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrif�cio da Eucaristia, "se exerce a obra de nossa reden��o", contribui do modo mais excelente para que os fi�is, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros o mist�rio de Cristo e a genu�na natureza da verdadeira Igreja.

L.13.3Igreja lugar pr�prio da ora��o lit�rgica

2691Lugares favor�veis � ora��o

A Igreja, casa de Deus, � o lugar pr�prio para a ora��o lit�rgica da comunidade paroquial. E tamb�m o lugar privilegiado da adora��o da presen�a real de Cristo no Sant�ssimo Sacramento. A escolha de um lugar favor�vel � importante para a verdade da ora��o:

* para a ora��o pessoal, pode ser um "recanto de ora��o", com as Sagradas Escrituras e imagens sagradas, para a� estar "no segredo" diante do Pai. Numa fam�lia crist�, essa esp�cie de peque no orat�rio favorece a ora��o em comum;

* nas regi�es onde existem mosteiros, a voca��o dessas comunidades � favorecer a partilha da Ora��o das Horas com os fi�is e permitir a solid�o necess�ria a uma ora��o pessoal mais intensa;

* as peregrina��es evocam nossa caminhada pela terra em dire��o ao c�u. S�o tradicionalmente tempos fortes de renova��o da ora��o. Os santu�rios s�o para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver "como Igreja" as formas da ora��o crist�.

2695 Os ministros ordenados, a vida consagrada, a catequese, os grupos de ora��o e a "dire��o espiritual" garantem na Igreja uma ajuda � ora��o.

L.13.4Liturgia celeste

�1090... QUE PARTICIPA DA LITURGIA CELESTE... "Na liturgia terrestre, antegozando participamos (j�) da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusal�m, para a qual, na qualidade de peregrinos, caminhamos. L�, Cristo est� sentado � direita de Deus, ministro do santu�rio e do tabern�culo verdadeiro; com toda a mil�cia do ex�rcito celestial cantamos um hino de gl�ria ao Senhor e, venerando a mem�ria dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, at� que ele, nossa vida, se manifeste e n�s apare�amos com ele na gl�ria."

1137 OS CELEBRANTES DA LITURGIA CELESTE O apocalipse de S�o Jo�o, lido na liturgia da Igreja, revela-nos primeiramente "um trono no c�u e, no trono, algu�m sentado": "o Senhor Deus" (Is 6,1). Em seguida, o Cordeiro, "imolado e de p�" (Ap 5,6): Cristo crucificado e ressuscitado, o �nico sumo sacerdote do verdadeiro santu�rio, o mesmo "que oferece e � oferecido, que d� e que � dado". Finalmente, "o rio de �gua da vida (...) que sa�a do trono de Deus e do Cordeiro" (Ap 22,1), um dos mais belos s�mbolos do Esp�rito Santo

1138 "Recapitulados" em Cristo, participam do servi�o do louvor a Deus e da realiza��o de seu des�gnio: as pot�ncias celestes, a cria��o inteira (os quatro viventes), os servidores da antiga e da nova alian�a (os vinte e quatro anci�os), o novo povo de Deus (os cento e quarenta e quatro mil), em especial os m�rtires "imolados por causa da Palavra de Deus" (Ap 6,9) e a Santa M�e de Deus (a mulher; a Esposa do Cordeiro), e finalmente "uma multid�o imensa, imposs�vel de se enumerar, de toda na��o, ra�a, povo e l�ngua" (Ap 7,9).

1139 � dessa liturgia eterna que O Esp�rito e a Igreja nos fazem participar quando celebramos o mist�rio da salva��o nos sacramentos.�1326

L.13.5Liturgia da palavra

1103 A anamnese. A celebra��o lit�rgica refere-se sempre �s interven��es salv�ficas de Deus na hist�ria. "A economia da revela��o concretiza-se por meio das a��es e das palavras intimamente interligadas.(...) As palavras proclamam as obras e elucidam o mist�rio nelas contido." Na liturgia da palavra, o Esp�rito Santo "recorda" � assembl�ia tudo o que Cristo fez por n�s. Segundo a natureza das a��es lit�rgicas e as tradi��es rituais das Igrejas, uma celebra��o "faz mem�ria" das maravilhas de Deus em uma anamnese mais ou menos desenvolvida. O Esp�rito Santo, que desperta assim a mem�ria da Igreja, suscita ent�o a a��o de gra�as e o louvor (doxologia).

1154 A liturgia da palavra � parte integrante das celebra��es sacramentais. Para alimentar a f� dos fi�is, os sinais da Palavra de Deus precisam ser valorizados: o livro da palavra (lecion�rio ou evangeli�rio), sua venera��o (prociss�o, incenso, luz), o lugar de onde � anunciado (amb�o), sua leitura aud�vel e intelig�vel, a homilia do ministro que prolonga sua proclama��o, as respostas da assembl�ia (aclama��es, salmos de medita��o, ladainhas, profiss�o de f�...).

1346 A liturgia da Eucaristia desenrola-se segundo uma estrutura fundamental que se conservou ao longo dos s�culos at� nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade b�sica:* a convoca��o, a Liturgia da Palavra, com as leituras,

* a homilia e a ora��o universal;

* a Liturgia Eucar�stica, com a apresenta��o do p�o e do vinho, a a��o de gra�as consecrat�ria e a comunh�o.

Liturgia da Palavra e Liturgia Eucar�stica constituem juntas "um s� e mesmo ato do culto"; com efeito, a mesa preparada para n�s na Eucaristia � ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor .

1349 A liturgia da Palavra comporta "os escritos dos profetas", isto �, o Antigo Testamento, e "as mem�rias dos Ap�stolos", isto �, as ep�stolas e os Evangelhos; depois da homilia, que exorta a acolher esta palavra como ela verdadeiramente �, isto �, como Palavra de Deus, e a p�-la em pr�tica, v�m as intercess�es por todos os homens, de acordo com a palavra do Ap�stolo: "Eu recomendo, pois, antes de tudo, que se fa�am pedidos, ora��es, s�plicas e a��es de gra�as por todos os homens, pelos reis e todos os que det�m a autoridade" (1Tm 2,1-2).

2183 "Por falta de ministro sagrado ou por outra causa grave, se a participa��o na celebra��o eucar�stica se tornar imposs�vel, recomenda-se vivamente que os fi�is participem da liturgia da Palavra, se houver, na igreja paroquial ou em outro lugar sagrado, celebrada segundo as prescri��es do Bispo diocesano, ou ent�o se dediquem � ora��o durante um tempo conveniente, a s�s ou em fam�lia, ou em grupos de fam�lias, de acordo com a oportunidade."

L.13.6Liturgia hebraica e crist�

1096 Liturgia judaica e liturgia crist�. Um conhecimento mais aprimorado da f� e da vida religiosa do povo judaico, tais como s�o professadas e vividas ainda hoje, pode ajudar a compreender melhor certos aspectos da liturgia crist�. Para os judeus e para os crist�os, a Sagrada Escritura � uma parte essencial de suas liturgias: para a proclama��o da Palavra de Deus, a resposta a esta palavra, a ora��o de louvor e de intercess�o pelos vivos e pelos mortos, o recurso � miseric�rdia divina. A Liturgia da palavra, em sua estrutura pr�pria, tem sua origem na ora��o judaica. A Ora��o das horas, bem como outros textos e formul�rios lit�rgicos, tem seus paralelos na ora��o judaica, o mesmo acontecendo com as pr�prias f�rmulas de nossas ora��es mais vener�veis, entre elas o Pai-Nosso. Tamb�m as ora��es eucar�sticas inspiram-se em modelos da tradi��o judaica. As rela��es entre liturgia judaica e liturgia crist� mas tamb�m a diferen�a de seus conte�dos s�o particularmente vis�veis nas grandes festas do ano lit�rgico, como a P�scoa. Crist�os e judeus celebram a P�scoa; P�scoa da hist�ria, orientada para o futuro, entre os judeus; P�scoa realizada na morte e na Ressurrei��o de Cristo, entre os crist�os, ainda que sempre � espera da consuma��o definitiva.

L.13.7Liturgia pascal

1217 Na liturgia da noite pascal, quando da b�n��o da �gua batismal, a Igreja faz solenemente mem�ria dos grandes acontecimentos da hist�ria da salva��o que j� prefiguravam o mist�rio do Batismo:

� Deus, pelos sinais vis�veis dos sacramentos realizais maravilhas invis�veis. Ao longo da hist�ria da salva��o, v�s vos servistes da �gua para fazer-nos conhecer a gra�a do Batismo.

L.13.8Liturgia terrestre

1088.. EST� PRESENTE NA LITURGIA TERRESTRE... "Para levar a efeito t�o grande obra" a saber, a dispensa��o ou comunica��o de sua obra de salva��o" Cristo est� sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas a��es lit�rgicas. Presente est� no sacrif�cio da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece pelo minist�rio dos sacerdotes � o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as esp�cies eucar�sticas. Presente est� por sua for�a nos sacramentos, a tal ponto que, quando algu�m batiza, � Cristo mesmo que batiza. Presente est� por sua palavra, pois � ele mesmo quem fala quando se l�em as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente est�, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que prometeu: 'Onde dois ou tr�s estiverem reunidos em meu nome, a� estarei no meio deles' (Mt 18,20)."

1089 "Na realiza��o de t�o grande obra, por meio da qual Deus � perfeitamente glorificado e os homens s�o santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua esposa direit�ssima, que o invoca como seu Senhor e por ele presta culto ao eterno Pai.

L.13.9Liturgias orientais

948 O termo "comunh�o dos santos" tem, pois, dois significados intimamente interligados: "comunh�o nas coisas santas (sancta)" e "comunh�o entre as pessoas santas (sancti)".

"Sancta sanctis!" (o que � santo para os que s�o santos): assim proclama o celebrante na maioria das liturgias orientais no momento da eleva��o dos santos dons, antes do servi�o da comunh�o. Os fi�is (sancti) s�o alimentados pelo Corpo e pelo Sangue de Cristo (sancta), a fim de crescerem na comunh�o do Esp�rito Santo (Koinonia) comunic�-la ao mundo.

1182 O altar da nova alian�a � a cruz do Senhor, da qual brotam os sacramentos do mist�rio pascal. Sobre o altar, que � o centro da igreja, se faz presente o Sacrif�cio da Cruz sob os sinais sacramentais. Ele � tamb�m a mesa do Senhor, para a qual o povo de Deus � convidado. Em certas liturgias orientais, o altar � tamb�m o s�mbolo do sepulcro (Cristo morreu de verdade e ressuscitou de verdade).

1240 Na Igreja latina, esta tr�plice infus�o � acompanhada das palavras do ministro: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Esp�rito Santo". Nas liturgias orientais, estando o catec�meno voltado para o nascente, o ministro diz: "O servo de Deus, N..., � batizado em nome do Pai, do Filho e do Esp�rito Santo". E � invoca��o de cada pessoa da Sant�ssima Trindade o ministro mergulha o candidato na �gua e o retira dela.

1623 Segundo a tradi��o latina, s�o os esposos que, como ministros da gra�a de Cristo, se conferem mutuamente o sacramento do Matrim�nio, expressando diante da Igreja seu consentimento. Nas tradi��es das Igrejas Orientais, os sacerdotes, Bispos ou presb�teros, s�o testemunhas do consentimento rec�proco dos esposos, mas tamb�m � necess�ria a b�n��o deles para a validade do sacramento.

L.13.10���������� Maria na liturgia

721 Maria, a M�e de Deus toda santa, sempre Virgem, � a obra prima da miss�o do Filho e do Esp�rito na plenitude do tempo pela primeira vez no plano da salva��o e porque o seu Esp�rito a preparou, o Pai encontra a Morada em, que seu Filho e seu Esp�rito podem habitar entre os homens. E neste sentido que a Tradi��o da Igreja muitas vezes leu, com rela��o a Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria: Maria � decantada e representada na Liturgia como o "trono da Sabedoria". Nela come�am a manifestar-se as "maravilhas de Deus" que o Esp�rito vai realizar em Cristo e na Igreja.�721

L.13.11���������� Participa��o na liturgia da Igreja

1273 Incorporados Igreja pelo Batismo, os fi�is receberam o car�ter sacramental que os consagra para o culto religioso crist�o. O selo batismal capacita e compromete os crist�os a servirem a Deus em uma participa��o viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercerem seu sacerd�cio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.

1389 A Igreja obriga os fi�is "a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos" e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se poss�vel no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconcilia��o. Mas recomenda vivamente aos fi�is que recebam a santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou ainda com maior freq��ncia, e at� todos os dias.

L.13.12���������� Religiosidade popular e liturgia

1674 A RELIGIOSIDADE POPULAR Al�m da liturgia sacramental e dos sacramentais, a catequese tem de levar em conta as formas da piedade dos fi�is e da religiosidade popular. O senso religioso do povo crist�o encontrou, em todas as �pocas, sua express�o em formas diversas de piedade que circundam a vida sacramental da Igreja, como a venera��o de rel�quias, visitas a santu�rios, peregrina��es, prociss�es, via-sacra, dan�as religiosas, o ros�rio, as medalhas etc.

1675 Estas express�es prolongam a vida lit�rgica da Igreja, mas n�o a substituem: "Considerando os tempos lit�rgicos, estes exerc�cios devem ser organizados de tal maneira que condigam com a sagrada liturgia, dela de alguma forma derivem, para ela encaminhem o povo, pois que ela, por sua natureza, em muito os supera".

L.13.13���������� Significa��o da palavra liturgia

1069 A palavra "liturgia" significa originalmente "obra p�blica", "servi�o da parte do povo e em favor do povo". Na tradi��o crist�. ela quer significar que O povo de Deus toma parte na "obra de Deus". Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa reden��o.

1070 A palavra "liturgia" no Novo Testamento � empregada para designar n�o somente a celebra��o do culto divino, mas tamb�m o an�ncio do Evangelho e a caridade em ato. Em todas essas situa��es, trata-se do servi�o de Deus e dos homens. Na celebra��o lit�rgica, a Igreja � serva � imagem do seu Senhor, o �nico "liturgo", participando de seu sacerd�cio (culto) prof�tico (an�ncio) e r�gio (servi�o de caridade): Com raz�o, portanto, a liturgia � tida como o exerc�cio do m�nus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sens�veis, � significada e, de modo peculiar a cada sinal, realizada a santifica��o do homem, e � exercido o culto p�blico integral pelo Corpo M�stico de Cristo, cabe�a e membros. Disto se segue que toda a celebra��o lit�rgica, como obra de Cristo sacerdote e de seu corpo que � a Igreja, � a��o sagrada por excel�ncia, cuja efic�cia, no mesmo titulo e grau, n�o � igualada por nenhuma outra a��o da Igreja.1069 A palavra "liturgia" significa originalmente "obra p�blica", "servi�o da parte do povo e em favor do povo". Na tradi��o crist�. ela quer significar que O povo de Deus toma parte na "obra de Deus". Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa reden��o.

1070 A palavra "liturgia" no Novo Testamento � empregada para designar n�o somente a celebra��o do culto divino, mas tamb�m o an�ncio do Evangelho e a caridade em ato. Em todas essas situa��es, trata-se do servi�o de Deus e dos homens. Na celebra��o lit�rgica, a Igreja � serva � imagem do seu Senhor, o �nico "liturgo", participando de seu sacerd�cio (culto) prof�tico (an�ncio) e r�gio (servi�o de caridade): Com raz�o, portanto, a liturgia � tida como o exerc�cio do m�nus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sens�veis, � significada e, de modo peculiar a cada sinal, realizada a santifica��o do homem, e � exercido o culto p�blico integral pelo Corpo M�stico de Cristo, cabe�a e membros. Disto se segue que toda a celebra��o lit�rgica, como obra de Cristo sacerdote e de seu corpo que � a Igreja, � a��o sagrada por excel�ncia, cuja efic�cia, no mesmo titulo e grau, n�o � igualada por nenhuma outra a��o da Igreja.

L.13.14���������� Celebra��o lit�rgica

L.13.14.1������� Da Confirma��o

1297 A CELEBRA��O DA CONFIRMA��O Um momento importante que antecede a celebra��o da Confirma��o, mas que, de certo modo, faz parte dela, � a consagra��o do santo crisma. � o Bispo que, na Quinta-feira Santa, durante a missa do crisma, consagra o santo crisma para toda a sua diocese. Nas Igrejas do Oriente, esta consagra��o � at� reservada ao patriarca:

A liturgia de Antioquia exprime assim a epiclese da consagra��o do santo crisma (m�ron): [Pai... enviai o vosso Esp�rito Santo sobre n�s e sobre este �leo que est� diante de n�s e consagrai-o, a fim de que seja para todos os que forem ungidos e marcados por ele: m�ron santo, m�ron sacerdotal, m�ron r�gio, un��o de alegria, a veste da luz, o manto da salva��o, o dom espiritual, a santifica��o das almas e dos corpos, a felicidade imperec�vel, o selo indel�vel, o escudo da f� e o capacete terr�vel contra todas as obras do advers�rio.

1298 Quando a Confirma��o � celebrada em separado do Batismo, como ocorre no rito romano, a liturgia do sacramento come�a com a renova��o das promessas do Batismo e com a profiss�o de f� dos confirmandos. Assim aparece com clareza que a Confirma��o se situa na seq��ncia do Batismo. Quando um adulto � batizado, recebe imediatamente a Confirma��o e participa da Eucaristia [Cf CIC c�none 866.

1299 No rito romano, o Bispo estende as m�os sobre o conjunto dos confirmandos, gesto que, desde o tempo dos Ap�stolos, � o sinal do dom do Esp�rito. Cabe ao Bispo invocar a efus�o do Esp�rito:

Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela �gua e pelo Esp�rito Santo fizestes renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai-lhes o Esp�rito Santo Par�clito; dai-lhes, Senhor, o esp�rito de sabedoria e intelig�ncia, o esp�rito de conselho e fortaleza, o esp�rito da ci�ncia e piedade - e enchei-os do esp�rito de vosso temor. Por Cristo Nosso Senhor.

1300 Segue-se o rito essencial do sacramento. No rito latino, "o sacramento da Confirma��o � conferido pela un��o do santo crisma na fronte, feita com a imposi��o da m�o, e por estas palavras: 'Accipe signaculun doni Spitus Sancti, 'N, recebe, por este sinal, o selo do Esp�rito Santo, o dom de Deus. Nas Igrejas orientais de rito bizantino, a un��o do �vpov faz-se depois de uma ora��o de epiclese sobre as partes mais significativas do corpo: a fronte, os olhos, o nariz, os ouvidos, os l�bios, o peito, as costas, as m�os e os p�s, sendo cada un��o acompanhada da f�rmula: ": "Σφραγίς δωρεάς Пνεύματσς `Αγίου�, ", "Selo do dom do Espνrito Santo".

1301 O �sculo da paz, que encerra o rito do sacramento, significa e manifesta a comunh�o eclesial com o Bispo e com todos os fi�is.

1321 Quando a Confirma��o � celebrada em separado do Batismo, sua vincula��o com este e expressa, entre outras coisas, pela renova��o dos compromissos batismais. A celebra��o da confirma��o no decurso da Eucaristia contribui para sublinhar a unidade dos sacramentos da inicia��o crist�.

L.13.14.2������� Da Eucaristia

1330 Memorial da Paix�o e da Ressurrei��o do Senhor. Santo Sacrif�cio, porque atualiza o �nico sacrif�cio de Cristo Salvador e inclui a oferenda da Igreja; ou tamb�m santo sacrif�cio da Missa, "sacrif�cio de louvor" (Hb 13,15), sacrif�cio espiritual, sacrif�cio puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrif�cios da Antiga Alian�a.

Santa e divina Liturgia, porque toda a liturgia da Igreja encontra seu centro e sua express�o mais densa na celebra��o deste sacramento; � no mesmo sentido que se chama tamb�m celebra��o dos Santos Mist�rios. Fala-se tamb�m do Sant�ssimo Sacramento, porque � o sacramento dos sacramentos. Com esta denomina��o designam-se as esp�cies eucar�sticas guardadas no tabern�culo.

1345 A celebra��o lit�rgica da Eucaristia A MISSA DE TODOS OS S�CULOS Desde o s�culo II temos o testemunho de S. Justi�o M�rtir sobre as grandes linhas do desenrolar da Celebra��o Eucar�stica, que permaneceram as mesmas at� os nossos dias para todas as grandes fam�lias lit�rgicas. Assim escreve, pelo ano de 155, para explicar ao imperador pag�o Antonino Pio (138-161) o que os crist�os fazem:

"No dia 'do Sol', como � chamado, re�nem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades, quer dos campos. L�em-se, na medida em que o tempo o permite, ora os coment�rios dos Ap�stolos, ora os escritos dos Profetas. Depois, quando o leitor terminou, o que preside toma a palavra para aconselhar e exortar � imita��o de t�o sublimes ensinamentos. A seguir, pomo-nos todos de p� e elevamos nossas preces por n�s mesmos (...) e por todos os outros, onde quer que estejam, a fim de sermos de fato justos por nossa vida e por nossas a��es, e fi�is aos mandamentos, para assim obtermos a salva��o eterna.

Quando as ora��es terminaram, saudamo-nos uns aos outros com um �sculo. Em seguida, leva-se �quele que preside aos irm�os p�o e um c�lice de �gua e de vinho misturados.

Ele os toma e faz subir louvor e gl�ria ao Pai do universo, no nome do Filho e do Esp�rito Santo e rende gra�as (em grego: euchar�stia, que significa 'a��o de gra�as' longamente pelo fato de termos sido julgados dignos destes dons.

Terminadas as ora��es e as a��es de gra�as, todo o povo presente prorrompe numa aclama��o dizendo: Am�m

Depois de o presidente ter feito a a��o de gra�as e o povo ter respondido, os que entre n�s se chamam di�conos distribuem a todos os que est�o presentes p�o, vinho e �gua 'eucaristizados' e levam (tamb�m) aos ausentes".

1346 A liturgia da Eucaristia desenrola-se segundo uma estrutura fundamental que se conservou ao longo dos s�culos at� nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade b�sica:* a convoca��o, a Liturgia da Palavra, com as leituras,

* a homilia e a ora��o universal;

* a Liturgia Eucar�stica, com a apresenta��o do p�o e do vinho, a a��o de gra�as consecrat�ria e a comunh�o.

Liturgia da Palavra e Liturgia Eucar�stica constituem juntas "um s� e mesmo ato do culto"; com efeito, a mesa preparada para n�s na Eucaristia � ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor .

1347 Por acaso n�o � exatamente esta a seq��ncia da Ceia Pascal de Jesus ressuscitado com seus disc�pulos? Estando a caminho, explicou-lhes as Escrituras, e em seguida, colocando-se � mesa com eles, "tomou o p�o, aben�oou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles".

1348A SEQ��NCIA DA CELEBRA��O Todos se re�nem. Os crist�os acorrem a um mesmo lugar para a Assembl�ia Eucar�stica, encabe�ados pelo pr�prio Cristo, que � o ator principal da Eucaristia. Ele � o sumo sacerdote da Nova Alian�a. � ele mesmo quem preside invisivelmente toda Celebra��o Eucar�stica. � representando-o que o Bispo ou o presb�tero (agindo "em representa��o de Cristo-Cabe�a") preside a assembl�ia, toma a palavra depois das leituras, recebe as oferendas e profere a ora��o eucar�stica. Todos t�m sua parte ativa na celebra��o, cada um a seu modo: os leitores, os que trazem as oferendas, os que d�o a comunh�o e todo o povo, cujo Am�m manifesta a participa��o.

1349 A liturgia da Palavra comporta "os escritos dos profetas", isto �, o Antigo Testamento, e "as mem�rias dos Ap�stolos", isto �, as ep�stolas e os Evangelhos; depois da homilia, que exorta a acolher esta palavra como ela verdadeiramente �, isto �, como Palavra de Deus, e a p�-la em pr�tica, v�m as intercess�es por todos os homens, de acordo com a palavra do Ap�stolo: "Eu recomendo, pois, antes de tudo, que se fa�am pedidos, ora��es, s�plicas e a��es de gra�as por todos os homens, pelos reis e todos os que det�m a autoridade" (1Tm 2,1-2).�������

1350 A apresenta��o das oferendas (o ofert�rio): trazem-se ent�o ao altar, por vezes em prociss�o, o p�o e o vinho que ser�o oferecidos pelo sacerdote em nome de Cristo no Sacrif�cio Eucar�stico e ali se tornar�o o Corpo e o Sangue de Cristo. Este � o pr�prio gesto de Cristo na �ltima ceia, "tomando p�o e um c�lice". "Esta obla��o, s� a Igreja a oferece, pura, ao Criador, oferecendo-lhe com a��o de gra�as o que prov�m de sua cria��o. A apresenta��o das oferendas ao altar assume o gesto de Melquisedec e entrega os dons do Criador nas m�os de Cristo. E ele que, em seu sacrif�cio, leva � perfei��o todos os intentos humanos de oferecer sacrif�cios.

1351 Desde os in�cios, os crist�os levam, com o p�o e o vinho para a Eucaristia, seus dons para repartir com os que est�o em necessidade. Este costume da coleta, sempre atual, inspira-se no exemplo de Cristo que se fez pobre para nos enriquecer:

Os que possuem bens em abund�ncia e o desejam, d�o livremente o que lhes parece bem, e o que se recolhe � entregue �quele que preside. Este socorre os �rf�os e vi�vas e os que, por motivo de doen�a ou qualquer outra raz�o, se encontram em necessidade, assim como os encarcerados e os imigrantes; numa palavra, ele socorre todos os necessitados.

1352 A an�fora. Com a Ora��o Eucar�stica, ora��o de a��o de gra�as e de consagra��o, chegamos ao cora��o e ao �pice da celebra��o. No pref�cio, a Igreja rende gra�as ao Pai, por Cristo, no Esp�rito Santo, por todas as suas obras, pela cria��o, a reden��o, a santifica��o. Toda a comunidade junta-se ent�o a este louvor incessante que a Igreja celeste, os anjos e todos os santos cantam ao Deus tr�s vezes santo.

1353 Na epiclese ela pede ao Pai que envie seu Esp�rito Santo (ou o poder de sua b�n��o) sobre o p�o e o vinho, para que se tornem, por seu poder, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, e para que aqueles que tomam parte na Eucaristia sejam um s� corpo e um s� esp�rito (certas tradi��es lit�rgicas colocam a epiclese depois da anamnese). No relato da institui��o, a for�a das palavras e da a��o de Cristo e o poder do Esp�rito Santo tornam sacramentalmente presentes, sob as esp�cies do p�o e do vinho, o Corpo e o Sangue de Cristo, seu sacrif�cio oferecido na cruz uma vez por todas.

1354 Na anamnese que segue, a Igreja faz mem�ria da Paix�o, da Ressurrei��o e da volta gloriosa de Cristo Jesus; ela apresenta ao Pai a oferenda de seu Filho que nos reconcilia com ele.

Nas intercess�es, a Igreja exprime que a Eucaristia � celebrada em comunh�o com toda a Igreja do c�u e da terra, dos vivos e dos falecidos, e na comunh�o com os pastores da Igreja, o Papa, o Bispo da diocese, seu presbit�rio e seus di�conos, e todos os Bispos do mundo inteiro com suas igrejas.

1355 Na comunh�o, precedida pela ora��o do Senhor e pela fra��o do p�o, os fi�is recebem "o p�o do c�u" e "o c�lice da salva��o", o Corpo e o Sangue de Cristo, que se entregou "para a vida do mundo" (Jo 6,51):

Porque este p�o e este vinho foram, segundo a antiga express�o, "eucaristizados", "chamamos este alimento de Eucaristia, e a ningu�m � permitido participar na Eucaristia sen�o �quele que admitindo como verdadeiros os nossos ensinamentos e tendo sido purificado pelo Batismo para a remiss�o dos pecados e para o novo nascimento, levar uma vida como Cristo ensinou".

1363 No sentido da Sagrada Escritura, o memorial n�o � somente a lembran�a dos acontecimentos dos acontecimento do passado, mas a proclama��o das maravilhas que Deus realizou por todos os homens. A celebra��o lit�rgica desses acontecimentos toma-os de certo modo presentes e atuais. � desta maneira que Israel entende sua liberta��o do Egito: toda vez que � celebrada a P�scoa, os acontecimentos do �xodo tomam-se presentes � mem�ria dos crentes, para que estes conformem sua vida a eles.

L.13.14.3������� Da Ordem

1572 . A celebra��o deste sacramento A celebra��o da ordena��o de um Bispo, de presb�teros ou de di�conos, devido � sua import�ncia para a vida da Igreja particular, exige o concurso do maior n�mero poss�vel de fi�is. Dever� realizar-se de prefer�ncia num domingo e na catedral, com uma solenidade adaptada � circunst�ncia. As tr�s ordena��es - do Bispo, do padre e do di�cono - seguem o mesmo movimento. Seu lugar � no seio da Liturgia Eucar�stica.

1573 O rito essencial do sacramento da Ordem consta, para os tr�s graus, da imposi��o das m�os pelo Bispo sobre a cabe�a do ordenando e da ora��o consagrat�ria espec�fica, que pede a Deus a efus�o do Esp�rito Santo e de seus dons apropriados ao minist�rio para o qual o candidato � ordenado.

1574 Como todos os sacramentos, ritos anexos cercam a celebra��o. Variando consideravelmente nas diferentes tradi��es lit�rgicas, o que t�m em comum � exprimir os m�ltiplos aspectos da gra�a sacramental. Assim, os ritos iniciais no rito latino - a apresenta��o e a elei��o do ordinando, a alocu��o do Bispo, o interrogat�rio do ordinando, a ladainha de todos os santos - atestam que a escolha do candidato foi feita de conformidade com a pr�tica da Igreja e preparam o ato solene da consagra��o, depois da qual diversos ritos v�m exprimir e concluir, de maneira simb�lica, o mist�rio que acaba de consumar-se: para o Bispo e para o presb�tero, a un��o do santo crisma, sinal da un��o especial do Espirito Santo que torna fecundo seu minist�rio; entrega do livro dos Evangelhos, do anel, da mitra e do b�culo ao bispo, em sinal de sua miss�o apost�lica de an�ncio da Palavra de Deus, de sua fidelidade � Igreja, esposa de Cristo, de seu cargo de pastor do rebanho do Senhor; entrega da patena e do c�lice ao presb�tero, "a oferenda do povo santo" que ele deve apresentar a Deus; entrega do livro dos Evangelhos ao di�cono, que acaba de receber a miss�o de anunciar o Evangelho de Cristo.

1597 O sacramento da Ordem � conferido pela imposi��o das m�os, seguida de uma solene ora��o consecrat�ria que pede a Deus, para o ordenando, as gra�as do Esp�rito Santo, necess�rias para exercer seu minist�rio. A ordena��o imprime um car�ter sacramental indel�vel.

L.13.14.4������� Da Penit�ncia

1480 A celebra��o do sacramento da Penit�ncia Como todos os sacramentos, a Penit�ncia � uma a��o lit�rgica. S�o estes ordinariamente os elementos da celebra��o: sauda��o e b�n��o do sacerdote, leitura da Palavra de Deus para iluminar a consci�ncia e suscitar a contri��o, exorta��o ao arrependimento; confiss�o que reconhece os pecados e os manifesta ao padre; imposi��o e aceita��o da penit�ncia; absolvi��o do sacerdote; louvor de a��o de gra�as e despedida com a b�n��o do sacerdote.

1481 A liturgia bizantina conhece diversas f�rmulas de absolvi��o, forma depreciativa, que exprimem admiravelmente o mist�rio do perd�o: "Que o Deus que pelo profeta Nat� perdoou a Davi, que confessou seus pr�prios pecados; a Pedro, quando chorou amargamente; � prostituta, quando lavou seus p�s com l�grimas; ao publicano e ao filho pr�digo, que esse mesmo Deus vos perdoe, por mim, pecador, nesta vida e na outra, e vos fa�a comparecer em seu terr�vel tribunal sem vos condenar, Ele que � bendito nos s�culos dos s�culos. Am�m.

1482 O sacramento da Penit�ncia tamb�m pode ter lugar no quadro de uma celebra��o comunit�ria, na qual as pessoas se preparam juntas para a confiss�o e tamb�m juntas agradecem pelo perd�o recebido. Neste caso, a confiss�o pessoal dos pecados e a absolvi��o individual s�o inseridas numa liturgia da Palavra de Deus, com leituras e homilia, exame de consci�ncia em comum, pedido comunit�rio de perd�o, ora��o do Pai-Nosso e a��o de gra�as em comum. Esta celebra��o comunit�ria exprime mais claramente o car�ter eclesial da penit�ncia. Mas, seja qual for o modo da celebra��o, o sacramento da Penit�ncia sempre �, por sua pr�pria natureza, uma a��o lit�rgica, portanto eclesial e p�blica.

1483 Em casos de necessidade grave, pode-se recorrer � celebra��o comunit�ria da reconcilia��o com confiss�o e absolvi��o gerais. Esta necessidade grave pode apresentar-se quando h� um perigo iminente de morte sem que o ou os sacerdotes tenham tempo suficiente para ouvir a confiss�o de cada penitente. A necessidade grave pode tamb�m apresentar-se quando, tendo-se em vista o n�mero dos penitentes, n�o havendo confessores suficientes para ouvir devidamente as confiss�es individuais num tempo razo�vel, de modo que os penitentes, sem culpa de sua parte, se veriam privados durante muito tempo da gra�a sacramental ou da sagrada Eucaristia. Nesse caso, os fi�is devem ter, para a validade da absolvi��o, o prop�sito de confessar individualmente seus pecados graves no devido tempo. Cabe ao Bispo diocesano julgar se os requisitos para a absolvi��o geral existem. Um grande concurso de fi�is por ocasi�o das grandes festas ou de peregrina��o n�o constitui caso de tal necessidade grave.

1484 "A confiss�o individual e integral seguida da absolvi��o continua sendo o �nico modo ordin�rio pelo qual os fi�is se reconciliam com Deus e com a Igreja, salvo se uma impossibilidade f�sica ou moral dispensar desta confiss�o." H� raz�es profundas para isso. Cristo age em cada um dos sacramentos. Dirige-se pessoalmente a cada um dos pecadores: "Filho, os teus pecados est�o perdoados" (Mc 2,5); ele � o m�dico que se debru�a sobre cada um dos doentes que t�m necessidade dele para cur�-los; ele os soergue e reintegra na comunh�o fraterna. A confiss�o pessoal �, pois, a forma mais significativa da reconcilia��o com Deus e com a Igreja.

L.13.14.5������� Da Un��o dos enfermos

1517 Como � celebrado este sacramento? Como todos os sacramentos, a Un��o dos Enfermos � uma celebra��o lit�rgica e comunit�ria, quer tenha lugar na fam�lia, no hospital ou na Igreja, para um s� enfermo ou para todo um grupo de enfermos. E de todo conveniente que ela se celebre dentro da Eucaristia, memorial da P�scoa do Senhor. Se as circunst�ncias o permitirem, a celebra��o do sacramento pode ser precedida pelo sacramento da Penit�ncia e seguida pelo sacramento da Eucaristia. Como sacramento da P�scoa de Cristo, a Eucaristia deveria sempre ser o �ltimo sacramento da peregrina��o terrestre, o "vi�tico" para a "passagem" � vida eterna.

1518 Palavra e sacramento formam um todo insepar�vel. A Liturgia da Palavra, precedida de um ato penitencial, abrir� a celebra��o. As palavras de Cristo, o testemunho dos ap�stolos despertam a f� do enfermo e da comunidade para pedir ao Senhor a for�a de seu Esp�rito.

1519 A celebra��o do sacramento compreende principalmente os elementos seguintes: "os presb�teros da Igreja (Cf Tg 5,14) imp�em - em sil�ncio - as m�os aos doentes; oram sobre eles na f� da Igreja. � a epiclese pr�pria deste sacramento. Realizam ent�o a un��o com �leo consagrado, que, se poss�vel, deve ser feita pelo Bispo. Essas a��es lit�rgicas indicam a gra�a que esse sacramento confere aos enfermos.

1531 O essencial da celebra��o deste sacramento consiste na un��o da fronte e das m�os do doente (no rito romano) ou de outras partes do corpo (no Oriente), un��o acompanhada da ora��o lit�rgica do presb�tero celebrante, que pede a gra�a especial deste sacramento.

L.13.14.6������� Das ex�quias

1684 A celebra��o dos funerais Os funerais crist�os s�o uma celebra��o lit�rgica da Igreja. O minist�rio da Igreja tem em vista aqui tanto exprimir a comunh�o eficaz com o defunto como fazer a comunidade reunida participar das ex�quias e lhe anunciar a vida eterna.

1685 Os diferentes ritos dos funerais exprimem O car�ter pascal da morte crist� e respondem �s situa��es e tradi��es de cada regi�o, mesmo com rela��o � cor lit�rgica.

1686 O Ordo exsequiarum (rito das ex�quias) (OEx) da liturgia romana prop�e tr�s tipos de celebra��o dos funerais, correspondendo aos tr�s lugares onde acontece (a casa, a igreja, o cemit�rio) e segundo a import�ncia que a ele atribuem a fam�lia, os costumes locais, a cultura e a piedade popular. Este esquema �, ali�s, comum a todas as tradi��es lit�rgicas e compreende quatro momentos principais:

1687 O acolhimento da comunidade. Uma sauda��o de f� abre a celebra��o. Os familiares do defunto s�o acolhidos com uma palavra de consola��o" (no sentido do Novo Testamento: a for�a do Esp�rito Santo na esperan�a). A comunidade orante que se re�ne escuta tamb�m "as palavras de vida eterna". A morte de um membro da comunidade (ou o dia de anivers�rio, o s�timo ou o trig�simo dia) � um acontecimento que deve fazer ultrapassar as perspectivas "deste mundo" e levar os fi�is �s verdadeiras perspectivas da f� em Cristo ressuscitado.

1688 A Liturgia da Palavra, por ocasi�o dos funerais, exige um prepara��o bem atenciosa, pois a assembl�ia presente ao ato podem englobar fi�is pouco ass�duos � liturgia e tamb�m amigos do falecido que n�o sejam crist�os. A homilia em especial deve "evitar g�nero liter�rio de elogio f�nebre" e iluminar o mist�rio da morte crist� com a luz de Cristo Ressuscitado.

1689 O Sacrif�cio Eucar�stico. Se a celebra��o se realizar na igreja, Eucaristia � o cora��o da realidade pascal da morte crist�. � ent�o que a Igreja exprime sua comunh�o eficaz com o defunto: oferecendo ao Pai, no Esp�rito Santo, o sacrif�cio da morte e ressurrei��o de Cristo, ela lhe pede que seu filho seja purificado de seus pecados e de suas c seq��ncias e que seja admitido � plenitude pascal da mesa do Reino. � pela Eucaristia assim celebrada que a comunidade dos fi�is, especialmente a fam�lia do defunto, aprende a viver em comunh�o com aquele que dormiu no Senhor", comungando do Corpo de Cristo, do qual � membro vivo, e rezando a seguir por ele e com ele.

1690 O adeus ("a Deus") ao defunto � sua "encomenda��o a Deus" pela Igreja. Este � o "�ltimo adeus pelo qual a comunidade crist� sa�da um de seus membros antes que o corpo dele seja levado � sepultura "; tradi��o bizantina o exprime pelo beijo de adeus ao falecido:

Com esta sauda��o final "canta-se por causa de sua partida desta vida e por causa de sua separa��o, mas tamb�m porque h� uma comunh�o e uma reuni�o. Com efeito, ainda que mortos, n�o estamos separados uns dos outros, pois todos percorremos o mesmo caminho e nos reencontraremos no mesmo lugar. Jamais estaremos separados, pois vivemos por Cristo, e agora estamos unidos a Cristo, indo em sua dire��o... estaremos todos reunidos em Cristo".

L.13.14.7������� Do Batismo

1234 O significado e a gra�a do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebra��o. � acompanhando, com uma participa��o atenta, os gestos e as palavras desta celebra��o que os fi�is s�o iniciados nas riquezas que este sacramento significa e realiza em cada novo batizado.

1235 O sinal-da-cruz no limiar da celebra��o, assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a gra�a da reden��o que Cristo nos proporcionou por sua cruz.

1236 O n�ncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembl�ia, e suscita a resposta da f�, insepar�vel do Batismo. Com efeito, o Batismo � de maneira especial "o sacramento da f�", uma vez que � a entrada sacramental na vida de f�.

1237 Visto que o Batismo significa a liberta��o do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um (ou v�rios) exorcismo(s) sobre o candidato. Este � ungido com o �leo dos catec�menos ou ent�o o celebrante imp�e-lhe a m�o, e o candidato renuncia explicitamente a satan�s. Assim preparado, ele pode confessar a f� da Igreja, � qual ser� "confiado" pelo Batismo.

1238 A �gua batismal � ent�o consagrada por uma ora��o de epiclese (seja no pr�prio momento, seja na noite pascal). A Igreja pede a Deus que, por seu Filho, o poder do Esp�rito Santo des�a sobre esta �gua, para que os que forem batizados nela "nas�am da �gua e do Esp�rito" (Jo 3,5).

1239 Segue ent�o o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Sant�ssima Trindade por meio da configura��o ao mist�rio pascal de Cristo. O Batismo � realizado da maneira mais significativa pela tr�plice imers�o na �gua batismal. Mas desde a antig�idade ele pode tamb�m ser conferido derramando-se, por tr�s vezes, a �gua sobre a cabe�a do candidato.

1240 Na Igreja latina, esta tr�plice infus�o � acompanhada das palavras do ministro: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Esp�rito Santo". Nas liturgias orientais, estando o catec�meno voltado para o nascente, o ministro diz: "O servo de Deus, N..., � batizado em nome do Pai, do Filho e do Esp�rito Santo". E � invoca��o de cada pessoa da Sant�ssima Trindade o ministro mergulha o candidato na �gua e o retira dela.

1241 A un��o com o santo crisma, �leo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Esp�rito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um crist�o, isto �, "ungido" do Esp�rito Santo, incorporado a Cristo, que � ungido sacerdote, profeta e rei.

1242 Na liturgia das Igrejas do Oriente, a un��o p�s-batismal � o sacramento da Crisma (Confirma��o). Na liturgia romana, por�m, esta primeira un��o anuncia outra, a do santo Crisma, que ser� feita pelo Bispo: o sacramento da Confirma��o, que, por assim dizer, "confirma" e encerra a un��o batismal.

1243 A este branca simboliza que o batizado "vestiu-se de Cristo": ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no c�rio pascal, significa que Cristo iluminou o ne�fito. Em Cristo, os batizados s�o "a luz do mundo" (Mt 5,14). O novo batizado � agora filho de Deus no Filho �nico. Pode rezar a ora��o dos filhos de Deus: o Pai-Nosso.

1244 A primeira comunh�o eucar�stica. Uma vez feito filho de Deus, revestido da veste nupcial, o ne�fito � admitido "ao festim das bodas do Cordeiro" e recebe o alimento da vida nova, o Corpo e o Sangue de Cristo. As Igrejas orientais mant�m uma consci�ncia viva da unidade da inicia��o crist� dando a Santa comunh�o a todos os novos batizados e confirmados, mesmo �s crian�as, lembrando-se da palavra do Senhor: "Deixai vir a mim as crian�as, n�o as impe�ais" (Mc 10,14). A Igreja latina, que reserva a Santa comunh�o aos que atingiram a idade da raz�o, exprime a abertura do Batismo para a Eucaristia aproximando do altar a crian�a rec�m-batizada para a ora��o do Pai-Nosso.

1245 A b�n��o solene conclui a celebra��o do Batismo. Por ocasi�o do batismo de rec�m-nascidos, a b�n��o da m�e ocupa um lugar especial.

1278 O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na �gua o candidato ou em derramar �gua sobre sua cabe�a, pronunciando a invoca��o da Sant�ssima Trindade, isto �, do Pai, do Filho e do Esp�rito Santo

L.13.14.8������� Do Matrim�nio

1621 A celebra��o do Matrim�nio No rito latino, a celebra��o do Matrim�nio entre dois fi�is cat�licos normalmente ocorre dentro da santa missa, em vista de v�nculo de todos os sacramentos com o mist�rio pascal de Cristo. Na Eucaristia se realiza o memorial da nova alian�a, na qual Cristo se uniu para sempre � Igreja, sua esposa bem-amada, pela qual se entregou. Portanto, � conveniente que os esposos selem seu consentimento de entregar-se um ao outro pela oferenda de suas pr�prias vidas, unindo-o � oferenda de Cristo por sua Igreja que se toma presente no Sacrif�cio Eucar�stico, e recebendo Eucaristia, a fim de que, comungando no mesmo Corpo e no mesmo Sangue de Cristo, eles "formem um s� corpo" nele.

1622 "Como gesto sacramental de santifica��o, a celebra��o lit�rgica do Matrim�nio ... deve ser v�lida por si mesma, digna e frutuosa." Conv�m, pois, que os futuros esposos se disponham � celebra��o de seu casamento recebendo o sacramento da Penit�ncia.

1623 Segundo a tradi��o latina, s�o os esposos que, como ministros da gra�a de Cristo, se conferem mutuamente o sacramento do Matrim�nio, expressando diante da Igreja seu consentimento. Nas tradi��es das Igrejas Orientais, os sacerdotes, Bispos ou presb�teros, s�o testemunhas do consentimento rec�proco dos esposos, mas tamb�m � necess�ria a b�n��o deles para a validade do sacramento.

1624 As diversas liturgias s�o ricas em ora��es de b�n��o e de epiclese para pedir a Deus a gra�a e a b�n��o sobre o novo casal, especialmente sobre a esposa. Na epiclese deste sacramento, os esposos recebem o Esp�rito Santo como comunh�o de amor de Cristo e da Igreja (Cf Ef 5,32). � Ele o selo de sua alian�a, a fonte que incessantemente oferece seu amor, a for�a em que se renovar a fidelidade dos esposos.

1631 � por esta raz�o que a Igreja normalmente exige de seus fi�is a forma eclesi�stica da celebra��o do casamento. Diversas raz�es concorrem para explicar esta determina��o:

* casamento-sacramento � um ato lit�rgico. Por isso, conv�m que seja celebrado na liturgia p�blica da Igreja.

* Matrim�nio foi introduzido num ordo eclesial, cria direitos e deveres na Igreja, entre os esposos e relativos � prole.

* Sendo o Matrim�nio um estado de vida na Igreja, � necess�rio que haja certeza a seu respeito (da� a obriga��o de haver testemunhas).

* car�ter p�blico do consentimento protege o m�tuo "Sim" que um dia foi dado e ajuda a permanecer-lhe fiel.

1663 Como o Matrim�nio estabelece os c�njuges num estado p�blico de vida na Igreja, conv�m que sua celebra��o seja p�blica no quadro de uma celebra��o lit�rgica diante do sacerdote (ou de testemunha qualificada da Igreja), das testemunhas e da assembl�ia dos fi�is.

L.13.14.9������� Minist�rios e celebra��o lit�rgica

1142 Mas "os membros n�o t�m todos a mesma fun��o" (Rm 12,4). Certos membros s�o chamados por Deus, na e pela Igreja, a um servi�o especial da comunidade. Tais servidores s�o escolhidos e consagrados pelo sacramento da ordem, por meio do qual o Esp�rito Santo os torna aptos a agir na pessoa de Cristo-Cabe�a para o servi�o de todos os membros da Igreja. O ministro ordenado � como o �cone de Cristo Sacerdote. J� que o sacramento da Igreja se manifesta plenamente na Eucaristia, � na presid�ncia da Eucaristia que o minist�rio do Bispo aparece primeiro, e, em comunh�o com ele, o dos presb�teros e dos di�conos.

1143 No intuito de servir �s fun��es do sacerd�cio comum dos fi�is, existem tamb�m outros minist�rios particulares, n�o consagrados pelo sacramento da ordem, e cuja fun��o � determinada pelos bispos de acordo com as tradi��es lit�rgicas e as necessidades pastorais. "Tamb�m os ajudantes, os leitores, os comentaristas e os membros do coral desempenham um verdadeiro minist�rio lit�rgico."

1144 Assim, na celebra��o dos sacramentos, a assembl�ia inteira � o "liturgo", cada um segundo sua fun��o, mas na "unidade do Esp�rito", que age em todos. "Nas celebra��es lit�rgicas, cada qual, ministro ou fiel, ao desempenhar sua fun��o, fa�a tudo e s� aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas lit�rgicas lhe compete."

L.13.14.10 Mist�rio Pascal de Cristo na celebra��o lit�rgica

1067 "Esta obra da reden��o humana e da perfeita glorifica��o de Deus, da qual foram prel�dio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mist�rio pascal de sua bem-aventurada paix�o, ressurrei��o dos mortos e gloriosa ascens�o. Por este mist�rio, Cristo, 'morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, recuperou nossa vida'. Pois do lado de Cristo adormecido na cruz nasceu o admir�vel sacramento de toda a Igreja." Esta � a raz�o pela qual, na liturgia, a Igreja celebra principalmente o mist�rio pascal pelo qual Cristo realizou a obra da nossa salva��o.

1068 E este mist�rio de Cristo que a Igreja anuncia e celebra em sua liturgia, a fim de que os fi�is vivam e d�em testemunho dele no mundo: Com efeito, a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrif�cio da Eucaristia, "se exerce a obra de nossa reden��o", contribui do modo mais excelente para que os fi�is, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros o mist�rio de Cristo e a genu�na natureza da verdadeira Igreja.

L.13.14.11 Mudan�a do rito dos Sacramentos

1125 E por isso que nenhum rito sacramental pode ser modificado ou manipulado ao arb�trio do ministro ou da comunidade. Nem mesmo a suprema autoridade da Igreja pode alterar a Liturgia ao seu arb�trio, mas somente na obedi�ncia da f� e no religioso respeito do Mist�rio da Liturgia.

L.13.14.12 Tradi��es lit�rgicas e catolicidade da Igreja

1200 DIVERSIDADE LIT�RGICA E UNIDADE DO MIST�RIO TRADI��ES LIT�RGICAS E CATOLICIDADE DA IGREJA Desde primeira comunidade de Jerusal�m at� a parusia, o mesmo mist�rio pascal � celebrado, em todo lugar, pelas Igrejas de Deus fi�is � f� apost�lica. O mist�rio celebrado na liturgia � um s�, mas as formas de sua celebra��o s�o diversas.

1201 A riqueza insond�vel do mist�rio de Cristo � tal que nenhuma liturgia � capaz de esgotar sua express�o. A hist�ria do surgimento e do desenvolvimento desses ritos atesta uma complementaridade surpreendente. Quando as Igrejas viveram essas tradi��es lit�rgicas em comunh�o na f� e nos sacramentos da f�, enriqueceram-se mutuamente e cresceram na fidelidade � tradi��o e � miss�o comum � Igreja toda.

1202 As diversas tradi��es lit�rgicas surgiram justamente em raz�o da miss�o da Igreja. As Igrejas de uma mesma �rea geogr�fica e cultural acabaram celebrando o mist�rio de Cristo com express�es particulares tipificadas culturalmente: na tradi��o do "dep�sito da f�", no simbolismo lit�rgico, na organiza��o da comunh�o fraterna, na compreens�o teol�gica dos mist�rios e nos tipos de santidade. Assim, Cristo, luz e salva��o de todos os povos, � manifestado pela vida lit�rgica de uma Igreja ao povo e � cultura aos quais ela � enviada e nos quais est� enraizada. A Igreja � cat�lica: pode integrar em sua unidade, purificando-as, todas as verdadeiras riquezas das culturas.

1203 As tradi��es lit�rgicas ou ritos atualmente em uso na Igreja s�o o rito latino (principalmente o rito romano, mas tamb�m os ritos de certas Igrejas locais como o rito ambrosiano, ou de certas ordens religiosas) e os ritos bizantinos, alexandrino ou copta, sir�aco, arm�nio, maronita e caldeu. "Obedecendo fielmente � tradi��o, o sacrossanto Conc�lio declara que a santa m�e Igreja considera como iguais em direito e em dignidade todos os ritos legitimamente reconhecidos, e que no futuro quer conserv�-los e favorec�-los de todas as formas."

L.13.14.13 CELEBRANTES DA LITURGIA CELE5TE

1137 OS CELEBRANTES DA LITURGIA CELESTE O apocalipse de S�o Jo�o, lido na liturgia da Igreja, revela-nos primeiramente "um trono no c�u e, no trono, algu�m sentado": "o Senhor Deus" (Is 6,1). Em seguida, o Cordeiro, "imolado e de p�" (Ap 5,6): Cristo crucificado e ressuscitado, o �nico sumo sacerdote do verdadeiro santu�rio, o mesmo "que oferece e � oferecido, que d� e que � dado". Finalmente, "o rio de �gua da vida (...) que sa�a do trono de Deus e do Cordeiro" (Ap 22,1), um dos mais belos s�mbolos do Esp�rito Santo

1138 "Recapitulados" em Cristo, participam do servi�o do louvor a Deus e da realiza��o de seu des�gnio: as pot�ncias celestes, a cria��o inteira (os quatro viventes), os servidores da antiga e da nova alian�a (os vinte e quatro anci�os), o novo povo de Deus (os cento e quarenta e quatro mil), em especial os m�rtires "imolados por causa da Palavra de Deus" (Ap 6,9) e a Santa M�e de Deus (a mulher; a Esposa do Cordeiro), e finalmente "uma multid�o imensa, imposs�vel de se enumerar, de toda na��o, ra�a, povo e l�ngua" (Ap 7,9).

1139 � dessa liturgia eterna que O Esp�rito e a Igreja nos fazem participar quando celebramos o mist�rio da salva��o nos sacramentos.

1140OS CELEBRANTES DA LITURGIA SACRAMENTAL � toda a comunidade, o corpo de Cristo unido � sua Cabe�a, que celebra. "As a��es lit�rgicas n�o s�o a��es privadas, mas celebra��es da Igreja, que � o 'sacramento da unidade', isto �, o povo santo, unido e ordenado sob a dire��o dos Bispos. Por isso, estas celebra��es pertencem a todo o corpo da Igreja, influem sobre ele e o manifestam; mas atingem a cada um de seus membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, of�cios e da participa��o atual efetiva." � por isso que "todas as vezes que os ritos, de acordo com sua pr�pria natureza, admitem uma celebra��o comunit�ria, com assist�ncia e participa��o ativa dos fi�is, seja inculcado que na medida do poss�vel, ela deve ser preferida � celebra��o individual ou quase privada".

1141 A Assembl�ia que celebra � a comunidade dos batizados, os quais, "pela regenera��o e un��o do Esp�rito Santo, s�o consagrados para serem casa espiritual e sacerd�cio santo e para poderem oferecer um sacrif�cio espiritual toda atividade humana do crist�o". Este "sacerd�cio comum" � o de Cristo, �nico sacerdote, participado por todos os seus membros:

A m�e Igreja deseja ardentemente que todos os fi�is sejam levados �quela plena, consciente e ativa participa��o nas celebra��es lit�rgicas que a pr�pria natureza da liturgia exige e � qual, por for�a do batismo, o povo crist�o, "gera��o escolhida, sacerd�cio r�gio, gente santa, povo de conquista" (1 Pd 2,9), tem direito e obriga��o.

1142 Mas "os membros n�o t�m todos a mesma fun��o" (Rm 12,4). Certos membros s�o chamados por Deus, na e pela Igreja, a um servi�o especial da comunidade. Tais servidores s�o escolhidos e consagrados pelo sacramento da ordem, por meio do qual o Esp�rito Santo os torna aptos a agir na pessoa de Cristo-Cabe�a para o servi�o de todos os membros da Igreja. O ministro ordenado � como o �cone de Cristo Sacerdote. J� que o sacramento da Igreja se manifesta plenamente na Eucaristia, � na presid�ncia da Eucaristia que o minist�rio do Bispo aparece primeiro, e, em comunh�o com ele, o dos presb�teros e dos di�conos.

1143 No intuito de servir �s fun��es do sacerd�cio comum dos fi�is, existem tamb�m outros minist�rios particulares, n�o consagrados pelo sacramento da ordem, e cuja fun��o � determinada pelos bispos de acordo com as tradi��es lit�rgicas e as necessidades pastorais. "Tamb�m os ajudantes, os leitores, os comentaristas e os membros do coral desempenham um verdadeiro minist�rio lit�rgico."

1144 Assim, na celebra��o dos sacramentos, a assembl�ia inteira � o "liturgo", cada um segundo sua fun��o, mas na "unidade do Esp�rito", que age em todos. "Nas celebra��es lit�rgicas, cada qual, ministro ou fiel, ao desempenhar sua fun��o, fa�a tudo e s� aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas lit�rgicas lhe compete."

L.13.14.13.1�� Cabe�a e membros �1142-1143

L.13.14.13.2�� Celebrantes da liturgia sacramental �1140-1144

L.13.14.13.3�� Comunidade e assembl�ia �1140-1141 �1144.

L.13.14.14 ELEMENTOS DA CELEBRA��O LIT�RGICA

L.13.14.14.1�� Canto e m�sica

1156CANTO E M�SICA "A tradi��o musical da Igreja universal constitui um tesouro de valor inestim�vel que se destaca entre as demais express�es de arte, principalmente porque o canto sacro, ligado �s palavras, � parte necess�ria ou integrante da liturgia solene." A composi��o e o canto dos salmos inspirados, com freq��ncia acompanhados por instrumentos musicais, j� aparecem intimamente ligados �s celebra��es lit�rgicas da antiga alian�a. A Igreja continua e desenvolve esta tradi��o: Recital "uns com os outros salmos, hinos e c�nticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso cora��o" (Ef. 5,19) . "Quem canta reza duas vezes."

1157 O canto e a m�sica desempenham sua fun��o de sinais de maneira tanto mais significativa por "estarem intimamente ligados � a��o lit�rgica", segundo tr�s crit�rios principais: a beleza expressiva da ora��o, a participa��o un�nime da assembl�ia nos momentos previstos e o car�ter solene da celebra��o. Participam assim da finalidade das palavras e das a��es lit�rgicas: a gl�ria de Deus e a santifica��o dos fi�is:

Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos c�nticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emo��o me causavam! Flu�am em meu ouvido, destilando a verdade em meu cora��o. Um grande el� de piedade me elevava, e as l�grimas corriam-me pela face, mas me faziam bem.

1158 A harmonia dos sinais (canto, m�sica, palavras e a��es) � aqui mais expressiva e fecunda por exprimir-se na riqueza cultural pr�pria do povo de Deus que celebra? Por isso, o "canto religioso popular ser inteligentemente incentivado a fim de que as vozes dos fi�is possam ressoar nos pios e sagrados exerc�cios e nas pr�prias a��es lit�rgicas, de acordo com as normas e prescri��es das rubricas. Todavia, "os textos destinados ao canto sacro h�o de ser conformes � doutrina cat�lica, sendo at� tirados de prefer�ncia das Sagradas Escrituras e das fontes lit�rgicas.

L.13.14.14.2�� Imagens sacras

1159AS SANTAS IMAGENS A imagem sacra, o �cone lit�rgico, representa principalmente Cristo. Ela n�o pode representar o Deus invis�vel e incompreens�vel; � a encarna��o do Filho de Deus que inaugurou uma nova "economia" das imagens:

Antigamente Deus, que n�o tem nem corpo nem apar�ncia, n�o podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (...) Com o rosto descoberto, contemplamos a gl�ria do Senhor.

1160 A iconografia crist� transcreve pela imagem a mensagem evang�lica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente:

Para proferir sucintamente nossa profiss�o de f�, conservamos todas as tradi��es da Igreja, escritas ou n�o-escritas, que nos t�m sido transmitidas sem altera��o. Uma delas � a representa��o pict�rica das imagens, que concorda com a prega��o da hist�ria evang�lica, crendo que, de verdade e n�o na apar�ncia, o Verbo de Deus se fez homem, o que � tamb�m �til e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente t�m sem d�vida um significado rec�proco.

1161 Todos os sinais da celebra��o lit�rgica s�o relativos a Cristo: s�o-no tamb�m as imagens sacras da santa m�e de Deus e dos santos. Significam o Cristo que � glorificado neles. Manifestam "a nuvem de testemunhas" (Hb 12,1) que continuam a participar da salva��o do mundo e �s quais estamos unidos, sobretudo na celebra��o sacramental. Por meio de seus �cones, revela-se � nossa f� o homem criado "� imagem de Deus" e transfigurado "� sua semelhan�a", assim como os anjos, tamb�m recapitulados em Cristo:

Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradi��o da Igreja cat�lica, que sabemos ser a tradi��o do Esp�rito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as vener�veis e santas imagens, bem como as representa��es da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra mat�ria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utens�lios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a pur�ssima e sant�ssima m�e de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.

1162 "A beleza e a cor das imagens estimulam minha ora��o. � uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espet�culo do campo estimula meu cora��o a dar gl�ria a Deus." A contempla��o dos �cones santos, associada � medita��o da Palavra de Deus e ao canto dos hinos lit�rgicos, entra na harmonia dos sinais da celebra��o para que o mist�rio celebrado se grave na mem�ria do cora��o e se exprima em seguida na vida nova dos fi�is.

L.13.14.14.3�� Palavras e a��es

1153PALAVRAS E A��ES Uma celebra��o sacramental � um encontro dos filhos de Deus com seu Pai, em Cristo e no Esp�rito Santo, e este encontro se exprime como um di�logo, mediante a��es e palavras. Sem d�vida, as a��es simb�licas j� s�o em si mesmas uma linguagem, mas � preciso que a Palavra de Deus e a resposta de f� acompanhem e vivifiquem estas a��es para que a semente do Reino produza seu fruto na terra f�rtil. As a��es lit�rgicas significam o que a Palavra de Deus exprime: a iniciativa gratuita de Deus e ao mesmo tempo a resposta de f� de seu povo.

1154 A liturgia da palavra � parte integrante das celebra��es sacramentais. Para alimentar a f� dos fi�is, os sinais da Palavra de Deus precisam ser valorizados: o livro da palavra (lecion�rio ou evangeli�rio), sua venera��o (prociss�o, incenso, luz), o lugar de onde � anunciado (amb�o), sua leitura aud�vel e intelig�vel, a homilia do ministro que prolonga sua proclama��o, as respostas da assembl�ia (aclama��es, salmos de medita��o, ladainhas, profiss�o de f�...).

1155 Insepar�veis enquanto sinais e ensinamento, a palavra e a a��o lit�rgicas s�o indissoci�veis tamb�m enquanto realizam o que significam. O Esp�rito Santo n�o somente d� a compreens�o da Palavra de Deus suscitando a f�; pelos sacramentos ele realiza tamb�m as "maravilhas" de Deus anunciadas pela palavra: torna presente e comunica a obra do Pai realizada pelo Filho bem-amado.

L.13.14.14.4�� Sinais e s�mbolos

1145 Como celebrar? SINAIS S�MBOLOS Uma celebra��o sacramental � tecida de sinais e de s�mbolos. Segundo a pedagogia divina da salva��o, o significado dos sinais e s�mbolos deita ra�zes na obra da cria��o e na cultura humana, adquire precis�o nos eventos da antiga alian�a e se revela plenamente na pessoa e na obra de Cristo.

1146 Sinais o mundo dos homens. Na vida humana, sinais e s�mbolos ocupam um lugar importante. Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais por meio de sinais e de s�mbolos materiais. Como ser social, o homem precisa de sinais e de s�mbolos para comunicar-se com os outros, pela linguagem, por gestos, por a��es. Vale o mesmo para sua rela��o com Deus.

1147 Deus ala ao homem por interm�dio da cria��o vis�vel. O cosmos material apresenta-se � intelig�ncia do homem para que este leia nele os vest�gios de seu criador. A luz e a noite, o vento e o fogo, a �gua e a terra, a �rvore e os frutos falam de Deus, simbolizam ao mesmo tempo a grandeza e a proximidade dele.

1148 Enquanto criaturas, essas realidades sens�veis podem tornar-se o lugar de express�o da a��o de Deus que santifica os homens, e da a��o dos homens que prestam seu culto a Deus. Acontece o mesmo com os sinais e os s�mbolos da vida social dos homens: lavar e ungir, partir o p�o e partilhar o c�lice podem exprimir a presen�a santificante de Deus e a gratid�o do homem diante de seu criador.

1149 As grandes religi�es da humanidade atestam, muitas vezes de maneira impressionante, este sentido c�smico e simb�lico dos ritos religiosos. A liturgia da Igreja pressup�e, integra e santifica elementos da cria��o e da cultura humana conferindo-lhes a dignidade de sinais da gra�a, da nova cria��o em Jesus Cristo.

1150 Sinais a alian�a. O povo eleito recebe de Deus sinais e s�mbolos distintivos que marcam sua vida lit�rgica: estes n�o mais s�o apenas celebra��es de ciclos c�smicos e gestos sociais, mas sinais da alian�a, s�mbolos das grandes obras realizadas por Deus em favor de seu povo. Entre tais sinais lit�rgicos da antiga alian�a podemos mencionar a circuncis�o, a un��o e a consagra��o dos reis e dos sacerdotes, a imposi��o das m�os, os sacrif�cios, e sobretudo a P�scoa. A Igreja v� nesses sinais uma prefigura��o dos sacramentos da Nova Alian�a.

1151 Sinais assumidos por Cristo. Em sua prega��o, o Senhor Jesus serve-se muitas vezes dos sinais da cria��o para dar a conhecer os mist�rios do Reino de Deus. Realiza suas curas ou sublinha sua prega��o com sinais materiais ou gestos simb�licos. D� um sentido novo aos fatos e aos sinais da Antiga Alian�a, particularmente ao �xodo e � P�scoa, por ser ele mesmo o sentido de todos esses sinais.

1152 Sinais sacramentais. Desde Pentecostes, � por meio dos sinais sacramentais de sua Igreja que o Esp�rito Santo realiza a santifica��o. Os sacramentos da Igreja n�o abolem, antes purificam e integram toda a riqueza dos sinais e dos s�mbolos do cosmos e da vida social. Al�m disso, realizam os tipos e as figuras da antiga alian�a, significam e realizam a salva��o operada por Cristo, e prefiguram e antecipam a gl�ria do c�u.

L.13.15���������� Interpreta��o da liturgia

L.13.15.1������� Liturgia atualiza os acontecimentos salvadores

1104O ESP�RITO SANTO ATUALIZA O MIST�RIO DE CRISTO A liturgia crist� n�o somente recorda os acontecimentos que nos salvaram, como tamb�m os atualiza, toma-os presentes. O mist�rio pascal de Cristo � celebrado, n�o � repetido; o que se repete s�o as celebra��es; em cada uma delas sobrev�m a efus�o do Esp�rito Santo que atualiza o �nico mist�rio.

L.13.15.2������� Liturgia a��o da Igreja.

1071 Al�m de ser obra de Cristo, a liturgia � tamb�m uma a��o de sua Igreja. Ela realiza e manifesta a Igreja corno sinal vis�vel da comunh�o entre Deus e os homens por meio de Cristo. Empenha os fi�is na vida nova da comunidade. Implica uma participa��o "consciente, ativa e frutuosa" de todos.

1072 "A liturgia n�o esgota toda a a��o da Igreja": ela tem de ser precedida pela evangeliza��o, pela f� e pela convers�o; pode ent�o produzir seus frutos na vida dos fi�is: a vida nova segundo o Esp�rito, o compromisso com a miss�o da Igreja e o servi�o de sua unidade.

L.13.15.3������� Liturgia �pice para o qual tende a a��o da Igreja e fonte donde emana sua for�a

1074 "A liturgia � o �pice para o qual tende a a��o da Igreja, e ao mesmo tempo � a fonte donde emana toda a sua for�a." Ela �, portanto, o lugar privilegiado da catequese do povo de Deus. "A catequese est� intrinsecamente ligada a toda a��o lit�rgica e sacramental, pois � nos sacramentos, e sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude para a transforma��o dos homens."

L.13.15.4������� Liturgia elemento constitutivo da Tradi��o

�1124 A � da Igreja � anterior � f� do fiel, que � convidado a aderir a ela. Quando a Igreja celebra os sacramentos, confessa a f� recebida dos ap�stolos. Da� o ad�gio antigo: lex orandi, lex credendi ("a lei da ora��o � a lei da f�") (ou ent�o: legem credendi, lex statuat supplicandia lei do que suplica estabele�a a lei do que cr�, segundo Pr�spero de Aquit�nia [s�culo V). A lei da ora��o � a lei da f�, ou seja: a Igreja traduz em sua profiss�o de f� aquilo que expressa em sua ora��o. A liturgia � um elemento constitutivo da santa e viva Tradi��o.

L.13.15.5������� Liturgia lugar privilegiado da catequese

1074 "A liturgia � o �pice para o qual tende a a��o da Igreja, e ao mesmo tempo � a fonte donde emana toda a sua for�a." Ela �, portanto, o lugar privilegiado da catequese do povo de Deus. "A catequese est� intrinsecamente ligada a toda a��o lit�rgica e sacramental, pois � nos sacramentos, e sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude para a transforma��o dos homens."

L.13.15.6������� Liturgia resposta da f�

1083 Compreende-se ent�o a dupla dimens�o da liturgia crist� como resposta de f� e de amor �s "b�n��os espirituais" com as quais o Pai nos presenteia. Por um lado, a Igreja, unida a seu Senhor e "sob a a��o do Esp�rito Santo", bendiz o Pai "por seu dom inef�vel" (2Cor 9,15) mediante a adora��o, o louvor e a a��o de gra�as. Por outro lado, e at� a consuma��o do projeto de Deus, a Igreja n�o cessa de oferecer ao Pai "a oferenda de seus pr�prios dons" e de implorar que Ele envie o Esp�rito Santo sobre a oferta, sobre si mesma, sobre os fi�is e sobre o mundo inteiro, a fim de que pela comunh�o com a morte e a ressurrei��o de Cristo Sacerdote e pelo poder do Esp�rito estas b�n��os divinas produzam frutos de vida "para louvor e gl�ria de sua gra�a" (Ef 1,6).

L.13.15.7������� Renova��o da liturgia segundo as v�rias culturas

1204LITURGIA E CULTURAS Por isso a celebra��o da liturgia deve corresponder ao g�nio e � cultura dos diferentes povos. Para que o mist�rio de Cristo seja "dado a conhecer a todos os gentios, para lev�-los � obedi�ncia da f�" (Rm 16,26), deve ser anunciado, celebrado e vivido em todas as culturas, de sorte que estas n�o sejam abolidas, mas resgatadas e realizadas por ele". E mediante sua cultura humana pr�pria, assumida e transfigurada por Cristo, que a multid�o dos filhos de Deus tem acesso ao Pai, para glorific�-lo, em um s� Esp�rito.

1205 "Na liturgia, sobretudo na liturgia dos sacramentos, existe uma parte imut�vel - por ser de institui��o divina -, da qual a Igreja � guardi�, e h� partes suscet�veis de mudan�a, que ela tem o poder e, algumas vezes, at� o dever de adaptar �s culturas dos povos recentemente evangelizados.

1206 "A diversidade lit�rgica pode ser fonte de enriquecimento, mas pode tamb�m provocar tens�es, incompreens�es reciprocas e at� mesmo cismas. Neste campo, � claro que a diversidade n�o deve prejudicar a unidade. Esta unidade n�o pode exprimir-se sen�o na fidelidade � f� comum, aos sinais sacramentais que a Igreja recebeu de Cristo, e � comunh�o hier�rquica. A adapta��o �s culturas requer uma convers�o do cora��o e, se necess�rio, a ruptura com h�bitos ancestrais incompat�veis com a f� cat�lica."

L.13.16���������� Liturgia das Horas

1173 Quando, no ciclo anual, a Igreja faz mem�ria dos m�rtires e dos outros santos, "proclama o mist�rio pascal" naqueles e naquelas "que sofreram com Cristo e est�o glorificados com ele, e prop�e seu exemplo aos fi�is para que atraia todos ao Pai por Cristo e, por seus m�ritos, impetra os benef�cios de Deus"

�1174A LITURGIA DAS HORAS O mist�rio de Cristo, sua Encarna��o e sua P�scoa, que celebramos na Eucaristia, especialmente na assembl�ia dominical, penetra e transfigura o tempo de cada dia pela celebra��o da Liturgia das Horas, "o Of�cio Divino" Esta celebra��o, em fidelidade �s recomenda��es apost�licas de "orar sem cessar", "est� constitu�da de tal modo que todo o curso do dia e da noite seja consagrado pelo louvor de Deus" Ela constitui "a ora��o p�blica da Igreja", na qual os fi�is (cl�rigos, religiosos e leigos) exercem o sacerd�cio r�gio dos batizados. Celebrada "segundo a forma aprovada" pela Igreja, a Liturgia das Horas "� verdadeiramente a voz da pr�pria esposa que fala com o esposo, e � at� a ora��o de Cristo, com seu corpo, ao Pai".

�1175 A Liturgia das Horas � destinada a tornar-se a ora��o de todo o povo de Deus. Nela, o pr�prio Cristo "continua a exercer sua fun��o sacerdotal por meio de sua Igreja"; cada um participa dela segundo seu lugar pr�prio na Igreja e segundo as circunst�ncias de sua vida: os presb�teros, enquanto dedicados ao minist�rio da palavra; os religiosos e as religiosas, pelo carisma de sua vida consagrada; todos os fi�is, segundo suas possibilidades: "Os pastores de almas cuidar�o que as horas principais, especialmente as v�speras, nos domingos e dias festivos mais solenes, sejam celebradas comunitariamente na Igreja. Recomenda-se que os pr�prios leigos recitem o Of�cio divino, ou juntamente com os presb�teros, ou reunidos entre si, e at� cada um individualmente".

�1176 Celebrar Liturgia das Horas exige n�o somente que se harmonize a voz com o cora��o que reza, mas tamb�m "que se adquira um conhecimento lit�rgico e b�blico mais rico, principalmente dos Salmos".

�1177 Os hinos e as ladainhas da Ora��o das Horas inserem a ora��o dos salmos no tempo da Igreja, exprimindo o simbolismo do momento do dia, do tempo lit�rgico ou da festa celebrada. Al�m disso, a leitura da Palavra de Deus a cada hora (com os responsos ou os trop�rios que v�m depois dela) e, em certas horas, as leituras dos Padres da Igreja e dos mestres espirituais revelam mais profundamente o sentido do mist�rio celebrado, ajudam na compreens�o dos salmos e preparam para a ora��o silenciosa. A lectio divina, em que a Palavra de Deus � lida e meditada para tornar-se ora��o, est� assim enraizada na celebra��o lit�rgica.

�1178 A liturgia das Horas, que � como que um prolongamento da celebra��o eucar�stica, n�o exclui, mas requer de maneira complementar as diversas devo��es do Povo de Deus, particularmente a adora��o e o culto do Sant�ssimo Sacramento.

L.13.16.1������� Constitui��o da liturgia das Horas �1176-1177

L.13.16.2������� Efeitos da liturgia das Horas

1437 A leitura da Sagrada Escritura, a ora��o da Liturgia das Horas e do Pai-nosso, todo ato sincero de culto ou de piedade reaviva em n�s o esp�rito de convers�o e de penit�ncia e contribui para o perd�o dos pecados.

L.13.16.3������� Fins da liturgia das Horas �1174

L.13.16.4������� Lugares para celebrar a liturgia das Horas

� 2691 Lugares favor�veis � ora��o

A Igreja, casa de Deus, � o lugar pr�prio para a ora��o lit�rgica da comunidade paroquial. E tamb�m o lugar privilegiado da adora��o da presen�a real de Cristo no Sant�ssimo Sacramento. A escolha de um lugar favor�vel � importante para a verdade da ora��o:

* para a ora��o pessoal, pode ser um "recanto de ora��o", com as Sagradas Escrituras e imagens sagradas, para a� estar "no segredo" diante do Pai. Numa fam�lia crist�, essa esp�cie de peque no orat�rio favorece a ora��o em comum;

* nas regi�es onde existem mosteiros, a voca��o dessas comunidades � favorecer a partilha da Ora��o das Horas com os fi�is e permitir a solid�o necess�ria a uma ora��o pessoal mais intensa;

* as peregrina��es evocam nossa caminhada pela terra em dire��o ao c�u. S�o tradicionalmente tempos fortes de renova��o da ora��o. Os santu�rios s�o para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver "como Igreja" as formas da ora��o crist�.

L.13.16.5������� Ora��es de todo o povo de Deus �1173

L.13.16.6������� Origem da liturgia das Horas

�1096 Liturgia judaica e liturgia crist�. Um conhecimento mais aprimorado da f� e da vida religiosa do povo judaico, tais como s�o professadas e vividas ainda hoje, pode ajudar a compreender melhor certos aspectos da liturgia crist�. Para os judeus e para os crist�os, a Sagrada Escritura � uma parte essencial de suas liturgias: para a proclama��o da Palavra de Deus, a resposta a esta palavra, a ora��o de louvor e de intercess�o pelos vivos e pelos mortos, o recurso � miseric�rdia divina. A Liturgia da palavra, em sua estrutura pr�pria, tem sua origem na ora��o judaica. A Ora��o das horas, bem como outros textos e formul�rios lit�rgicos, tem seus paralelos na ora��o judaica, o mesmo acontecendo com as pr�prias f�rmulas de nossas ora��es mais vener�veis, entre elas o Pai-Nosso. Tamb�m as ora��es eucar�sticas inspiram-se em modelos da tradi��o judaica. As rela��es entre liturgia judaica e liturgia crist� mas tamb�m a diferen�a de seus conte�dos s�o particularmente vis�veis nas grandes festas do ano lit�rgico, como a P�scoa. Crist�os e judeus celebram a P�scoa; P�scoa da hist�ria, orientada para o futuro, entre os judeus; P�scoa realizada na morte e na Ressurrei��o de Cristo, entre os crist�os, ainda que sempre � espera da consuma��o definitiva.

L.13.16.7������� Participantes da liturgia das Horas �1175

L.13.16.8������� Significa��o da liturgia das Horas �1174 e �1178.

L.13.17���������� Pessoas divinas na liturgia

L.13.17.1������� Cristo na liturgia

1084CRISTO GLORIFICADO... "Sentado � direita do Pai" e derramando o Esp�rito Santo em seu Corpo que � a Igreja, Cristo age agora pelos sacramentos, institu�dos por Ele para comunicar sua gra�a. Os sacramentos s�o sinais sens�veis (palavras e a��es), acess�veis � nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a gra�a que significam em virtude da a��o de Cristo e pelo poder do Esp�rito Santo

1085 Na liturgia da Igreja, Cristo significa e realiza principalmente seu mist�rio pascal. Durante sua vida terrestre, Jesus anunciava seu Mist�rio pascal por seu ensinamento e o antecipava por seus atos. Quando chegou sua hora, viveu o �nico evento da hist�ria que n�o passa: Jesus morre, � sepultado, ressuscita dentre os mortos e est� sentado � direita do Pai "uma vez por todas" (Rm 6,10; Hb 7,27; 9,12). � um evento real, acontecido em nossa hist�ria, mas � �nico: todos os outros eventos da hist�ria acontecem uma vez e depois passam, engolidos pelo passado. O Mist�rio pascal de Cristo, ao contr�rio, n�o pode ficar somente no passado, j� que por sua morte destruiu a morte, e tudo o que Cristo �, fez e sofreu por todos os homens participa da eternidade divina, e por isso abra�a todos os tempos e nele se mant�m presente. O evento da cruz e da ressurrei��o permanece e atrai tudo para a vida.

�1086 ... A PARTIR DA IGREJA DOS AP�STOLOS... "Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, da mesma forma Ele mesmo enviou os ap�stolos, cheios do Esp�rito Santo, n�o s� para pregarem o Evangelho a toda criatura, anunciarem que o Filho de Deus, por sua Morte e Ressurrei��o, nos libertou do poder de Satan�s e da morte e nos transferiu para o reino do Pai, mas ainda para levarem a efeito o que anunciavam: a obra da salva��o por meio do sacrif�cio e dos sacramentos, em tomo dos quais gravita toda a vida lit�rgica."

1087 Dessa forma, Cristo ressuscitado, ao dar o Esp�rito Santo aos Ap�stolos, confia-lhes seu poder de santifica��o: eles tomam-se assim sinais sacramentais de Cristo. Pelo poder do mesmo Esp�rito Santo, os Ap�stolos confiam este poder a seus sucessores. Esta "sucess�o apost�lica" estrutura toda a vida lit�rgica da Igreja; ela mesma � sacramental, transmitida pelo sacramento da ordem.

�1088.... EST� PRESENTE NA LITURGIA TERRESTRE... "Para levar a efeito t�o grande obra" a saber, a dispensa��o ou comunica��o de sua obra de salva��o" Cristo est� sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas a��es lit�rgicas. Presente est� no sacrif�cio da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece pelo minist�rio dos sacerdotes � o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as esp�cies eucar�sticas. Presente est� por sua for�a nos sacramentos, a tal ponto que, quando algu�m batiza, � Cristo mesmo que batiza. Presente est� por sua palavra, pois � ele mesmo quem fala quando se l�em as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente est�, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que prometeu: 'Onde dois ou tr�s estiverem reunidos em meu nome, a� estarei no meio deles' (Mt 18,20)."

�1089 "Na realiza��o de t�o grande obra, por meio da qual Deus � perfeitamente glorificado e os homens s�o santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua esposa direit�ssima, que o invoca como seu Senhor e por ele presta culto ao eterno Pai.

�1090....QUE PARTICIPA DA LITURGIA CELESTE... "Na liturgia terrestre, antegozando participamos (j�) da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusal�m, para a qual, na qualidade de peregrinos, caminhamos. L�, Cristo est� sentado � direita de Deus, ministro do santu�rio e do tabern�culo verdadeiro; com toda a mil�cia do ex�rcito celestial cantamos um hino de gl�ria ao Senhor e, venerando a mem�ria dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, at� que ele, nossa vida, se manifeste e n�s apare�amos com ele na gl�ria."

1097 Na liturgia da nova alian�a, toda a��o lit�rgica, especialmente a celebra��o da Eucaristia e dos sacramentos, � um encontro entre Cristo e a Igreja. A assembl�ia lit�rgica tira sua unidade da "comunh�o do Esp�rito Santo", que congrega os filhos de Deus no �nico corpo de Cristo. Ela ultrapassa as afinidades humanas, raciais, culturais e sociais.

1136 Quem celebra? A liturgia � "a��o" do "Cristo todo" ("Christus totus"). Os que desde agora a celebram, para al�m dos sinais, j� est�o na liturgia celeste, em que a celebra��o � toda festa e comunh�o.

2665 A ora��o a Jesus

A ora��o da Igreja, alimentada pela Palavra de Deus, e a celebra��o da Liturgia nos ensinam a orar ao Senhor Jesus. Ainda que seja dirigida sobretudo ao Pai, ela inclui, em todas as tradi��es lit�rgicas, formas de ora��o dirigidas a Cristo. Certos Salmos, conforme sua atualiza��o na Ora��o da Igreja, e o Novo Testamento p�em em nossos l�bios e gravam em nossos cora��es as invoca��es desta ora��o a Cristo: Filho de Deus, Verbo de Deus, Senhor, Salvador, Cordeiro de Deus, Rei, Filho bem-amado, Filho da Virgem, Bom Pastor, nossa Vida, nossa Luz, nossa Esperan�a, nossa Ressurrei��o, Amigo dos homens...

L.13.17.2������� Cristo centro e sacerdote da liturgia

662 "E, quando eu for elevado da terra, atrairei todos os homens a mim" (Jo 12,32). A eleva��o na Cruz significa e anuncia a eleva��o da Ascens�o ao c�u. � o come�o dela. Jesus Cristo, o �nico Sacerdote da nova e eterna Alian�a, n�o "entrou em um santu�rio feito por m�o de homem... e sim no pr�prio c�u, a fim de comparecer agora diante da face de Deus a nosso favor" (Hb 9,24). No c�u, Cristo exerce em car�ter permanente seu sacerd�cio, "por isso � capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, visto que ele vive eternamente para interceder por eles" (Hb 7,25). Como "sumo sacerdote dos bens vindouros" (Hb 9,11) ele � o centro � o ator principal da liturgia que honra o Pai nos C�us.

�1070 A palavra "liturgia" no Novo Testamento � empregada para designar n�o somente a celebra��o do culto divino, mas tamb�m o an�ncio do Evangelho e a caridade em ato. Em todas essas situa��es, trata-se do servi�o de Deus e dos homens. Na celebra��o lit�rgica, a Igreja � serva � imagem do seu Senhor, o �nico "liturgo", participando de seu sacerd�cio (culto) prof�tico (an�ncio) e r�gio (servi�o de caridade): Com raz�o, portanto, a liturgia � tida como o exerc�cio do m�nus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sens�veis, � significada e, de modo peculiar a cada sinal, realizada a santifica��o do homem, e � exercido o culto p�blico integral pelo Corpo M�stico de Cristo, cabe�a e membros. Disto se segue que toda a celebra��o lit�rgica, como obra de Cristo sacerdote e de seu corpo que � a Igreja, � a��o sagrada por excel�ncia, cuja efic�cia, no mesmo titulo e grau, n�o � igualada por nenhuma outra a��o da Igreja.

�1088...EST� PRESENTE NA LITURGIA TERRESTRE... "Para levar a efeito t�o grande obra" a saber, a dispensa��o ou comunica��o de sua obra de salva��o" Cristo est� sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas a��es lit�rgicas. Presente est� no sacrif�cio da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece pelo minist�rio dos sacerdotes � o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as esp�cies eucar�sticas. Presente est� por sua for�a nos sacramentos, a tal ponto que, quando algu�m batiza, � Cristo mesmo que batiza. Presente est� por sua palavra, pois � ele mesmo quem fala quando se l�em as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente est�, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que prometeu: 'Onde dois ou tr�s estiverem reunidos em meu nome, a� estarei no meio deles' (Mt 18,20)."

L.13.17.3������� Deus Pai fonte e fim da liturgia

O Pai, fonte e fim da liturgia -

1077 "Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos aben�oou com toda sorte de b�n��os espirituais, nos c�us, em Cristo. Nele escolheu-nos antes da funda��o do mundo para sermos santos e irrepreens�veis diante dele no amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por Jesus Cristo, conforme o benepl�cito de sua vontade, para louvor e gl�ria de sua gra�a, com a qual ele nos agraciou no Bem-amado" (Ef 1,3-6).

1078 Aben�oar � uma a��o divina que d� a vida e da qual o Pai � a fonte. Sua b�n��o � ao mesmo tempo palavra e dom (benedictio, eulogia, pronuncie "euloguia"). Aplicado ao homem, esse termo significar a adora��o e a entrega a seu criador, na a��o de gra�as.

1079 Desde o in�cio at� a consuma��o dos tempos, toda a obra de Deus � b�n��o. Desde o poema lit�rgico da primeira cria��o at� os c�nticos da Jerusal�m celeste os autores inspirados anunciam o projeto de salva��o como uma imensa b�n��o divina.

1080 Desde o come�o, Deus aben�oa os seres vivos, especialmente o homem e a mulher. A alian�a com No� e com todos os seres animados renova esta b�n��o de fecundidade, apesar do pecado do homem, por causa do qual a terra � "amaldi�oada". Mas � a partir de Abra o que a b�n��o divina penetra a hist�ria dos homens, que caminhava para a morte, para faz�-la retomar � vida, � sua fonte: pela f� do "pai dos crentes" que acolhe a b�n��o, inaugura-se a hist�ria da salva��o.

1081 As b�n��os divinas manifestam-se em eventos impressionantes e salvadores: o nascimento de Isaac, a sa�da do Egito (P�scoa e �xodo), o dom da Terra Prometida, a elei��o de Davi, a presen�a de Deus no templo, o ex�lio purificador e o retomo de um "pequeno resto". A lei, os profetas e os salmos, que tecem a liturgia do povo eleito, lembram essas b�n��os divinas e ao mesmo tempo lhes respondem mediante as b�n��os de louvor e de a��o de gra�as.

1082 Na liturgia da Igreja, a b�n��o divina � plenamente revelada e comunicada: o Pai � reconhecido e adorado como a fonte e o fim de todas as b�n��os da cria��o e da salva��o; em seu Verbo, encarnado, morto e ressuscitado por n�s, ele nos cumula com suas b�n��os, e por meio dele derrama em nossos cora��es o dom que cont�m todos os dons: o Esp�rito Santo

�1083 Compreende-se ent�o a dupla dimens�o da liturgia crist� como resposta de f� e de amor �s "b�n��os espirituais" com as quais o Pai nos presenteia. Por um lado, a Igreja, unida a seu Senhor e "sob a a��o do Esp�rito Santo", bendiz o Pai "por seu dom inef�vel" (2Cor 9,15) mediante a adora��o, o louvor e a a��o de gra�as. Por outro lado, e at� a consuma��o do projeto de Deus, a Igreja n�o cessa de oferecer ao Pai "a oferenda de seus pr�prios dons" e de implorar que Ele envie o Esp�rito Santo sobre a oferta, sobre si mesma, sobre os fi�is e sobre o mundo inteiro, a fim de que pela comunh�o com a morte e a ressurrei��o de Cristo Sacerdote e pelo poder do Esp�rito estas b�n��os divinas produzam frutos de vida "para louvor e gl�ria de sua gra�a" (Ef 1,6).

L.13.17.4������� Esp�rito Santo na liturgia

�688 A Igreja, comunh�o viva na f� dos ap�stolos, que ela transmite, � o lugar de nosso conhecimento do Esp�rito Santo:

nas Escrituras que ele inspirou;

na Tradi��o, da qual os Padres da Igreja s�o as testemunhas sempre atuais;

no Magist�rio da Igreja, ao qual ele assiste;

na Liturgia sacramental, por meio de suas palavras e de seus s�mbolos, na qual o Esp�rito Santo nos coloca em Comunh�o com Cristo;

na ora��o, na qual Ele intercede por n�s;

nos carismas e nos minist�rios, pelos quais a Igreja � edificada;

nos sinais de vida apost�lica e mission�ria;

no testemunho dos santos, no qual ele manifesta sua santidade e continua a obra da salva��o.

1091 O Esp�rito Santo e a Igreja na liturgia - Na liturgia, o Esp�rito Santo � o pedagogo da f� do povo de Deus, o art�fice das "obras-primas de Deus", que s�o os sacramentos da nova alian�a. O desejo e a obra do Esp�rito no cora��o da Igreja � que vivamos da vida de Cristo ressuscitado. Quando encontra em n�s a resposta de f� que ele mesmo suscitou, realiza-se uma verdadeira coopera��o. Por meio dela a liturgia se toma a obra comum do Esp�rito Santo e da Igreja.

1092 Nesta comunica��o sacramental do mist�rio de Cristo, o Esp�rito age da mesma forma que nos outros tempos da economia da salva��o: prepara a Igreja para encontrar seu Senhor, recorda e manifesta Cristo � f� da assembl�ia, torna presente e atualiza o mist�rio de Cristo por seu poder transformador e, finalmente, como Esp�rito de comunh�o, une a Igreja � vida e � miss�o de Cristo.

O ESP�RITO SANTO PREPARA PARA ACOLHER A CRISTO 1093 Na economia sacramental o Esp�rito Santo leva � realiza��o as figuras da antiga alian�a. Visto que a Igreja de Cristo estava "admiravelmente preparada na hist�ria do Povo de Israel e na Antiga Alian�a", a liturgia da Igreja conserva como parte integrante e insubstitu�vel - tomando-os seus - alguns elementos do culto da Antiga Alian�a:

* principalmente a leitura do Antigo Testamento; /* a ora��o dos Salmos /* e sobretudo a mem�ria dos eventos salvadores e das realidades significativas que encontraram sua realiza��o no Mist�rio de Cristo (a Promessa e a Alian�a, o �xodo e a P�scoa, o Reino e o Templo, o ex�lio e a volta).

1094 � em tomo desta harmonia dos dois Testamentos que se articula a catequese pascal do Senhor, e posteriormente a dos Ap�stolos e dos Padres da Igreja. Esta catequese desvenda O que permanecia escondido sob a letra do Antigo Testamento: o mist�rio de Cristo. Ela � denominada "tipol�gica" porque revela a novidade de Cristo a partir das "figuras" (tipos) que a anunciavam nos fatos, nas palavras e nos s�mbolos da primeira alian�a. Por esta releitura no Esp�rito de verdade a partir de Cristo, as figuras s�o desveladas. Assim, o dil�vio e a arca de No� prefiguravam a salva��o pelo Batismo, o mesmo acontecendo com a nuvem e a travessia do Mar Vermelho, e a �gua do rochedo era a figura dos dons espirituais de Cristo; o man� do deserto prefigurava a Eucaristia, "o verdadeiro P�o do C�u" (Jo 6,32).

1095 � por isso que a Igreja, particularmente no advento, na quaresma e sobretudo na noite de P�scoa, rel� e revive todos esses grandes acontecimentos da hist�ria da salva��o no "hoje" de sua liturgia. Mas isso exige tamb�m que a catequese ajude os fi�is a se abrirem a esta compreens�o "espiritual" da economia da salva��o, tal como a liturgia da Igreja a manifesta e no-la faz viver.

�1096 Liturgia judaica e liturgia crist�. Um conhecimento mais aprimorado da f� e da vida religiosa do povo judaico, tais como s�o professadas e vividas ainda hoje, pode ajudar a compreender melhor certos aspectos da liturgia crist�. Para os judeus e para os crist�os, a Sagrada Escritura � uma parte essencial de suas liturgias: para a proclama��o da Palavra de Deus, a resposta a esta palavra, a ora��o de louvor e de intercess�o pelos vivos e pelos mortos, o recurso � miseric�rdia divina. A Liturgia da palavra, em sua estrutura pr�pria, tem sua origem na ora��o judaica. A Ora��o das horas, bem como outros textos e formul�rios lit�rgicos, tem seus paralelos na ora��o judaica, o mesmo acontecendo com as pr�prias f�rmulas de nossas ora��es mais vener�veis, entre elas o Pai-Nosso. Tamb�m as ora��es eucar�sticas inspiram-se em modelos da tradi��o judaica. As rela��es entre liturgia judaica e liturgia crist� mas tamb�m a diferen�a de seus conte�dos s�o particularmente vis�veis nas grandes festas do ano lit�rgico, como a P�scoa. Crist�os e judeus celebram a P�scoa; P�scoa da hist�ria, orientada para o futuro, entre os judeus; P�scoa realizada na morte e na Ressurrei��o de Cristo, entre os crist�os, ainda que sempre � espera da consuma��o definitiva.

�1097 Na liturgia da nova alian�a, toda a��o lit�rgica, especialmente a celebra��o da Eucaristia e dos sacramentos, � um encontro entre Cristo e a Igreja. A assembl�ia lit�rgica tira sua unidade da "comunh�o do Esp�rito Santo", que congrega os filhos de Deus no �nico corpo de Cristo. Ela ultrapassa as afinidades humanas, raciais, culturais e sociais.

1098 A assembl�ia deve se preparar para se encontrar com seu Senhor, deve ser "um povo bem-disposto". Essa prepara��o dos cora��es � obra comum do Esp�rito Santo e da assembl�ia, em particular de seus ministros. A gra�a do Esp�rito Santo procura despertar a f�, a convers�o do cora��o e a ades�o � vontade do Pai. Essas disposi��es constituem pressupostos para receber as outras gra�as oferecidas na pr�pria celebra��o e para os frutos de vida nova que ela est� destinada a produzir posteriormente.

1099 O ESP�RITO SANTO RECORDA O MIST�RIO DE CRISTO O Esp�rito e a Igreja cooperam para manifestar o Cristo e sua obra de salva��o na liturgia. Principalmente na Eucaristia, e analogicamente nos demais sacramentos, a liturgia � memorial do Mist�rio da Salva��o. O Esp�rito Santo � a mem�ria viva da Igreja.�1091-1109

L.13.17.5������� Liturgia obra da Trindade

1076A ECONOMIA SACRAMENTAL No dia de Pentecostes, pela efus�o do Esp�rito Santo, a Igreja � manifestada ao mundo. O dom do Esp�rito inaugura um tempo novo na "dispensa��o do mist�rio": o tempo da Igreja, durante o qual Cristo manifesta, toma presente e comunica sua obra de salva��o pela liturgia de sua Igreja, "at� que ele venha" (1 Cor 11,26). Durante este tempo da Igreja, Cristo vive e age em sua Igreja e com ela de forma nova, pr�pria deste tempo novo. Age pelos sacramentos; � isto que a Tradi��o comum do Oriente e do Ocidente chama de "economia sacramental"; esta consiste na comunica��o (ou "dispensa��o") dos frutos do Mist�rio Pascal de Cristo na celebra��o da liturgia "sacramental" da Igreja. Por isso, importa ilustrar primeiro esta "dispensa��o sacramental" (Cap�tulo I). Assim aparecer�o com mais clareza a natureza e os aspectos essenciais da celebra��o lit�rgica (Cap�tulo II.).

O Pai, fonte e fim da liturgia -

1077 "Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos aben�oou com toda sorte de b�n��os espirituais, nos c�us, em Cristo. Nele escolheu-nos antes da funda��o do mundo para sermos santos e irrepreens�veis diante dele no amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por Jesus Cristo, conforme o benepl�cito de sua vontade, para louvor e gl�ria de sua gra�a, com a qual ele nos agraciou no Bem-amado" (Ef 1,3-6).

1078 Aben�oar � uma a��o divina que d� a vida e da qual o Pai � a fonte. Sua b�n��o � ao mesmo tempo palavra e dom (benedictio, eulogia, pronuncie "euloguia"). Aplicado ao homem, esse termo significar a adora��o e a entrega a seu criador, na a��o de gra�as.

1079 Desde o in�cio at� a consuma��o dos tempos, toda a obra de Deus � b�n��o. Desde o poema lit�rgico da primeira cria��o at� os c�nticos da Jerusal�m celeste os autores inspirados anunciam o projeto de salva��o como uma imensa b�n��o divina.

1080 Desde o come�o, Deus aben�oa os seres vivos, especialmente o homem e a mulher. A alian�a com No� e com todos os seres animados renova esta b�n��o de fecundidade, apesar do pecado do homem, por causa do qual a terra � "amaldi�oada". Mas � a partir de Abra o que a b�n��o divina penetra a hist�ria dos homens, que caminhava para a morte, para faz�-la retomar � vida, � sua fonte: pela f� do "pai dos crentes" que acolhe a b�n��o, inaugura-se a hist�ria da salva��o.

1081 As b�n��os divinas manifestam-se em eventos impressionantes e salvadores: o nascimento de Isaac, a sa�da do Egito (P�scoa e �xodo), o dom da Terra Prometida, a elei��o de Davi, a presen�a de Deus no templo, o ex�lio purificador e o retomo de um "pequeno resto". A lei, os profetas e os salmos, que tecem a liturgia do povo eleito, lembram essas b�n��os divinas e ao mesmo tempo lhes respondem mediante as b�n��os de louvor e de a��o de gra�as.

1082 Na liturgia da Igreja, a b�n��o divina � plenamente revelada e comunicada: o Pai � reconhecido e adorado como a fonte e o fim de todas as b�n��os da cria��o e da salva��o; em seu Verbo, encarnado, morto e ressuscitado por n�s, ele nos cumula com suas b�n��os, e por meio dele derrama em nossos cora��es o dom que cont�m todos os dons: o Esp�rito Santo

1083 Compreende-se ent�o a dupla dimens�o da liturgia crist� como resposta de f� e de amor �s "b�n��os espirituais" com as quais o Pai nos presenteia. Por um lado, a Igreja, unida a seu Senhor e "sob a a��o do Esp�rito Santo", bendiz o Pai "por seu dom inef�vel" (2Cor 9,15) mediante a adora��o, o louvor e a a��o de gra�as. Por outro lado, e at� a consuma��o do projeto de Deus, a Igreja n�o cessa de oferecer ao Pai "a oferenda de seus pr�prios dons" e de implorar que Ele envie o Esp�rito Santo sobre a oferta, sobre si mesma, sobre os fi�is e sobre o mundo inteiro, a fim de que pela comunh�o com a morte e a ressurrei��o de Cristo Sacerdote e pelo poder do Esp�rito estas b�n��os divinas produzam frutos de vida "para louvor e gl�ria de sua gra�a" (Ef 1,6).

1084 CRISTO GLORIFICADO... "Sentado � direita do Pai" e derramando o Esp�rito Santo em seu Corpo que � a Igreja, Cristo age agora pelos sacramentos, institu�dos por Ele para comunicar sua gra�a. Os sacramentos s�o sinais sens�veis (palavras e a��es), acess�veis � nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a gra�a que significam em virtude da a��o de Cristo e pelo poder do Esp�rito Santo

1085 Na liturgia da Igreja, Cristo significa e realiza principalmente seu mist�rio pascal. Durante sua vida terrestre, Jesus anunciava seu Mist�rio pascal por seu ensinamento e o antecipava por seus atos. Quando chegou sua hora, viveu o �nico evento da hist�ria que n�o passa: Jesus morre, � sepultado, ressuscita dentre os mortos e est� sentado � direita do Pai "uma vez por todas" (Rm 6,10; Hb 7,27; 9,12). � um evento real, acontecido em nossa hist�ria, mas � �nico: todos os outros eventos da hist�ria acontecem uma vez e depois passam, engolidos pelo passado. O Mist�rio pascal de Cristo, ao contr�rio, n�o pode ficar somente no passado, j� que por sua morte destruiu a morte, e tudo o que Cristo �, fez e sofreu por todos os homens participa da eternidade divina, e por isso abra�a todos os tempos e nele se mant�m presente. O evento da cruz e da ressurrei��o permanece e atrai tudo para a vida.

�1086 ... A PARTIR DA IGREJA DOS AP�STOLOS... "Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, da mesma forma Ele mesmo enviou os ap�stolos, cheios do Esp�rito Santo, n�o s� para pregarem o Evangelho a toda criatura, anunciarem que o Filho de Deus, por sua Morte e Ressurrei��o, nos libertou do poder de Satan�s e da morte e nos transferiu para o reino do Pai, mas ainda para levarem a efeito o que anunciavam: a obra da salva��o por meio do sacrif�cio e dos sacramentos, em tomo dos quais gravita toda a vida lit�rgica."

1087 Dessa forma, Cristo ressuscitado, ao dar o Esp�rito Santo aos Ap�stolos, confia-lhes seu poder de santifica��o: eles tomam-se assim sinais sacramentais de Cristo. Pelo poder do mesmo Esp�rito Santo, os Ap�stolos confiam este poder a seus sucessores. Esta "sucess�o apost�lica" estrutura toda a vida lit�rgica da Igreja; ela mesma � sacramental, transmitida pelo sacramento da ordem.

�1088 ... EST� PRESENTE NA LITURGIA TERRESTRE... "Para levar a efeito t�o grande obra" a saber, a dispensa��o ou comunica��o de sua obra de salva��o" Cristo est� sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas a��es lit�rgicas. Presente est� no sacrif�cio da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece pelo minist�rio dos sacerdotes � o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as esp�cies eucar�sticas. Presente est� por sua for�a nos sacramentos, a tal ponto que, quando algu�m batiza, � Cristo mesmo que batiza. Presente est� por sua palavra, pois � ele mesmo quem fala quando se l�em as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente est�, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que prometeu: 'Onde dois ou tr�s estiverem reunidos em meu nome, a� estarei no meio deles' (Mt 18,20)."

1089 "Na realiza��o de t�o grande obra, por meio da qual Deus � perfeitamente glorificado e os homens s�o santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua esposa direit�ssima, que o invoca como seu Senhor e por ele presta culto ao eterno Pai.

�1090 ... QUE PARTICIPA DA LITURGIA CELESTE... "Na liturgia terrestre, antegozando participamos (j�) da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusal�m, para a qual, na qualidade de peregrinos, caminhamos. L�, Cristo est� sentado � direita de Deus, ministro do santu�rio e do tabern�culo verdadeiro; com toda a mil�cia do ex�rcito celestial cantamos um hino de gl�ria ao Senhor e, venerando a mem�ria dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, at� que ele, nossa vida, se manifeste e n�s apare�amos com ele na gl�ria."

O Esp�rito Santo e a Igreja na liturgia - 1091 Na liturgia, o Esp�rito Santo � o pedagogo da f� do povo de Deus, o art�fice das "obras-primas de Deus", que s�o os sacramentos da nova alian�a. O desejo e a obra do Esp�rito no cora��o da Igreja � que vivamos da vida de Cristo ressuscitado. Quando encontra em n�s a resposta de f� que ele mesmo suscitou, realiza-se uma verdadeira coopera��o. Por meio dela a liturgia se toma a obra comum do Esp�rito Santo e da Igreja.

1092 Nesta comunica��o sacramental do mist�rio de Cristo, o Esp�rito age da mesma forma que nos outros tempos da economia da salva��o: prepara a Igreja para encontrar seu Senhor, recorda e manifesta Cristo � f� da assembl�ia, torna presente e atualiza o mist�rio de Cristo por seu poder transformador e, finalmente, como Esp�rito de comunh�o, une a Igreja � vida e � miss�o de Cristo.

1093 O ESP�RITO SANTO PREPARA PARA ACOLHER A CRISTO Na economia sacramental o Esp�rito Santo leva � realiza��o as figuras da antiga alian�a. Visto que a Igreja de Cristo estava "admiravelmente preparada na hist�ria do Povo de Israel e na Antiga Alian�a", a liturgia da Igreja conserva como parte integrante e insubstitu�vel - tomando-os seus - alguns elementos do culto da Antiga Alian�a:

* principalmente a leitura do Antigo Testamento; /* a ora��o dos Salmos /* e sobretudo a mem�ria dos eventos salvadores e das realidades significativas que encontraram sua realiza��o no Mist�rio de Cristo (a Promessa e a Alian�a, o �xodo e a P�scoa, o Reino e o Templo, o ex�lio e a volta).

1094 � em tomo desta harmonia dos dois Testamentos que se articula a catequese pascal do Senhor, e posteriormente a dos Ap�stolos e dos Padres da Igreja. Esta catequese desvenda O que permanecia escondido sob a letra do Antigo Testamento: o mist�rio de Cristo. Ela � denominada "tipol�gica" porque revela a novidade de Cristo a partir das "figuras" (tipos) que a anunciavam nos fatos, nas palavras e nos s�mbolos da primeira alian�a. Por esta releitura no Esp�rito de verdade a partir de Cristo, as figuras s�o desveladas. Assim, o dil�vio e a arca de No� prefiguravam a salva��o pelo Batismo, o mesmo acontecendo com a nuvem e a travessia do Mar Vermelho, e a �gua do rochedo era a figura dos dons espirituais de Cristo; o man� do deserto prefigurava a Eucaristia, "o verdadeiro P�o do C�u" (Jo 6,32).

1095 � por isso que a Igreja, particularmente no advento, na quaresma e sobretudo na noite de P�scoa, rel� e revive todos esses grandes acontecimentos da hist�ria da salva��o no "hoje" de sua liturgia. Mas isso exige tamb�m que a catequese ajude os fi�is a se abrirem a esta compreens�o "espiritual" da economia da salva��o, tal como a liturgia da Igreja a manifesta e no-la faz viver.

1096 Liturgia judaica e liturgia crist�. Um conhecimento mais aprimorado da f� e da vida religiosa do povo judaico, tais como s�o professadas e vividas ainda hoje, pode ajudar a compreender melhor certos aspectos da liturgia crist�. Para os judeus e para os crist�os, a Sagrada Escritura � uma parte essencial de suas liturgias: para a proclama��o da Palavra de Deus, a resposta a esta palavra, a ora��o de louvor e de intercess�o pelos vivos e pelos mortos, o recurso � miseric�rdia divina. A Liturgia da palavra, em sua estrutura pr�pria, tem sua origem na ora��o judaica. A Ora��o das horas, bem como outros textos e formul�rios lit�rgicos, tem seus paralelos na ora��o judaica, o mesmo acontecendo com as pr�prias f�rmulas de nossas ora��es mais vener�veis, entre elas o Pai-Nosso. Tamb�m as ora��es eucar�sticas inspiram-se em modelos da tradi��o judaica. As rela��es entre liturgia judaica e liturgia crist� mas tamb�m a diferen�a de seus conte�dos s�o particularmente vis�veis nas grandes festas do ano lit�rgico, como a P�scoa. Crist�os e judeus celebram a P�scoa; P�scoa da hist�ria, orientada para o futuro, entre os judeus; P�scoa realizada na morte e na Ressurrei��o de Cristo, entre os crist�os, ainda que sempre � espera da consuma��o definitiva.

1097 Na liturgia da nova alian�a, toda a��o lit�rgica, especialmente a celebra��o da Eucaristia e dos sacramentos, � um encontro entre Cristo e a Igreja. A assembl�ia lit�rgica tira sua unidade da "comunh�o do Esp�rito Santo", que congrega os filhos de Deus no �nico corpo de Cristo. Ela ultrapassa as afinidades humanas, raciais, culturais e sociais.

1098 A assembl�ia deve se preparar para se encontrar com seu Senhor, deve ser "um povo bem-disposto". Essa prepara��o dos cora��es � obra comum do Esp�rito Santo e da assembl�ia, em particular de seus ministros. A gra�a do Esp�rito Santo procura despertar a f�, a convers�o do cora��o e a ades�o � vontade do Pai. Essas disposi��es constituem pressupostos para receber as outras gra�as oferecidas na pr�pria celebra��o e para os frutos de vida nova que ela est� destinada a produzir posteriormente.

1099 O ESP�RITO SANTO RECORDA O MIST�RIO DE CRISTO O Esp�rito e a Igreja cooperam para manifestar o Cristo e sua obra de salva��o na liturgia. Principalmente na Eucaristia, e analogicamente nos demais sacramentos, a liturgia � memorial do Mist�rio da Salva��o. O Esp�rito Santo � a mem�ria viva da Igreja.

1100 A Palavra de Deus. O Esp�rito Santo recorda primeiro � assembl�ia lit�rgica o sentido do evento da salva��o, dando vida � Palavra de Deus, que � anunciada para ser recebida e vivida: Na celebra��o da liturgia � m�xima a import�ncia da Sagrada Escritura, pois dela s�o tirados os textos que se l�em e que s�o explicados na hom�lia e os salmos cantados. E de sua inspira��o e bafejo que surgiram as preces, as ora��es e os hinos lit�rgicos. E � dela tamb�m que as a��es e os s�mbolos tiram sua significa��o.

1101 � o Esp�rito Santo que d� aos leitores e aos ouvintes, segundo as disposi��es de seus cora��es, a compreens�o espiritual da Palavra de Deus. Por meio das palavras, das a��es e dos s�mbolos que formam a trama de uma celebra��o, o Esp�rito p�e os fi�is e os ministros em rela��o viva com Cristo, palavra e imagem do Pai, a fim de que possam fazer passar � sua vida o sentido daquilo que ouvem, contemplam e fazem na celebra��o.

1102 "E a palavra da salva��o que alimenta a f� no cora��o dos crist�os: � ela que faz nascer e d� crescimento � comunh�o dos crist�os." O an�ncio da Palavra de Deus n�o se limita a um ensinamento: quer suscitar a resposta da f�, como consentimento e compromisso, em vista da alian�a entre Deus e seu povo. E ainda o Esp�rito Santo que d� a gra�a da f�, que a fortifica e a faz crescer na comunidade. A assembl�ia lit�rgica � primeiramente comunh�o na f�.

1103 A anamnese. A celebra��o lit�rgica refere-se sempre �s interven��es salv�ficas de Deus na hist�ria. "A economia da revela��o concretiza-se por meio das a��es e das palavras intimamente interligadas.(...) As palavras proclamam as obras e elucidam o mist�rio nelas contido." Na liturgia da palavra, o Esp�rito Santo "recorda" � assembl�ia tudo o que Cristo fez por n�s. Segundo a natureza das a��es lit�rgicas e as tradi��es rituais das Igrejas, uma celebra��o "faz mem�ria" das maravilhas de Deus em uma anamnese mais ou menos desenvolvida. O Esp�rito Santo, que desperta assim a mem�ria da Igreja, suscita ent�o a a��o de gra�as e o louvor (doxologia).

1104 O ESP�RITO SANTO ATUALIZA O MIST�RIO DE CRISTO A liturgia crist� n�o somente recorda os acontecimentos que nos salvaram, como tamb�m os atualiza, toma-os presentes. O mist�rio pascal de Cristo � celebrado, n�o � repetido; o que se repete s�o as celebra��es; em cada uma delas sobrev�m a efus�o do Esp�rito Santo que atualiza o �nico mist�rio.

1105 A epiclese ("invoca��o sobre") � a intercess�o na qual o sacerdote suplica ao Pai que envie o Esp�rito Santificador para que as oferendas se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo, e para que ao receb�-los os fi�is se tomem eles mesmos uma oferenda viva a Deus.

1106 Juntamente com a anamnese, a epiclese est� no cerne de cada celebra��o sacramental, mais especialmente da Eucaristia: Perguntas como o p�o se converte no Corpo de Cristo e o vinho em Sangue de Cristo.

Respondo-te: o Esp�rito Santo irrompe e realiza aquilo que ultrapassa toda palavra e todo pensamento... Basta-te saber que isso acontece por obra do Esp�rito Santo, do mesmo modo que, da Sant�ssima Virgem e pelo mesmo Esp�rito Santo, o Senhor por si mesmo e em si mesmo assumiu a carne.

1107 O poder transformador do Esp�rito Santo na liturgia apressa a vinda do Reino e a consuma��o do mist�rio da salva��o. Na expectativa e na esperan�a ele nos faz realmente antecipar a comunh�o plena da Sant�ssima Trindade. Enviado pelo Pai que ouve a epiclese da Igreja, o Esp�rito d� a vida aos que o acolhem e constitui para eles, desde j�, "o penhor" de sua heran�a.

1108A COMUNH�O DO ESP�RITO SANTO O fim da miss�o do Esp�rito Santo em toda a a��o lit�rgica � colocar-se em comunh�o com Cristo para formar seu corpo. O Esp�rito Santo � como que a seiva da videira do Pai que produz seus frutos nos ramos. Na liturgia realiza-se a coopera��o mais �ntima entre o Esp�rito Santo e a Igreja. Ele, o Esp�rito de comunh�o, permanece indefectivelmente na Igreja, e � por isso que a Igreja � o grande sacramento da Comunh�o divina que congrega os filhos de Deus dispersos. O fruto do Esp�rito na liturgia � inseparavelmente comunh�o com a Sant�ssima Trindade e comunh�o fraterna entre os irm�os.

1109 A epiclese � tamb�m a ora��o para o efeito pleno da comunh�o da assembl�ia com o mist�rio de Cristo. "A gra�a de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunh�o do Esp�rito Santo" (2Cor 13,13) devem permanecer sempre conosco e produzir frutos para al�m da celebra��o eucar�stica. A Igreja pede, pois, ao Pai que envie o Esp�rito Santo para que fa�a da vida dos fi�is uma oferenda viva a Deus por meio da transforma��o espiritual � imagem de Cristo, (por meio) da preocupa��o pela unidade da Igreja e da participa��o da sua miss�o pelo testemunho e pelo servi�o da caridade.

L.13.18���������� Tempo lit�rgico

1163Quando celebrar? O TEMPO LIT�RGICO "A Santa m�e Igreja julga seu dever celebrar com piedosa recorda��o, em certos dias fixos no decurso do ano, a obra salv�fica de seu divino esposo. Em cada semana, no dia que ela passou a chamar 'dia do Senhor', recorda a ressurrei��o do Senhor, celebrando-a uma vez por ano, juntamente com sua sagrada paix�o, na solenidade m�xima da P�scoa. E desdobra todo o mist�rio de Cristo durante o ciclo do ano (...) Recordando assim os mist�rios da Reden��o, franqueia aos fi�is as riquezas das virtudes e dos m�ritos de seu Senhor, de maneira a torn�-los como que presentes o tempo todo, para que os fi�is entrem em contato com eles e sejam repletos da gra�a da salva��o."

1164 O povo de Deus, desde a lei mosaica, conheceu festas fixas a partir da p�scoa para comemorar as a��es admir�veis do Deus salvador, dar-lhe gra�as por elas, perpetuar-lhes a lembran�a e ensinar �s novas gera��es a conformar sua conduta com elas. Na era da Igreja, situada entre a p�scoa de Cristo, j� realizada uma vez por todas, e a consuma��o dela no Reino de Deus, a liturgia celebrada em dias fixos est� toda impregnada da novidade do mist�rio de Cristo.

1165 Quando celebra o mist�rio de Cristo, h� uma palavra que marca a ora��o da Igreja: hoje!, fazendo eco � ora��o que seu Senhor lhe ensinou e o apelo do Esp�rito Santo'. Este "hoje" do Deus vivo em que O homem � chamado a entrar � "a hora"; da P�scoa de Jesus que atravessa e leva toda a hist�ria:

A vida estendeu-se sobre todos os seres, e todos ficam repletos de uma generosa luz; o Oriente dos orientes invadiu o universo, e aquele que era "antes da estrela da manh�" e antes dos astros, imortal e imenso, o grande Cristo brilha sobre todos os seres mais que o sol! � por isso que, para n�s que cremos nele, se instaura um dia de luz, longo, eterno, que n�o se apaga: a p�scoa m�stica'.

1166 O DIA DO SENHOR"Devido tradi��o apost�lica que tem origem no pr�prio dia da ressurrei��o de Cristo, a Igreja celebra o mist�rio pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com raz�o o dia do Senhor ou domingo. " O dia da ressurrei��o de Cristo � ao mesmo tempo "o primeiro dia da semana", memorial do primeiro dia da cria��o, e o "oitavo dia", em que Cristo, depois de seu "repouso" do grande s�bado, inaugura o dia "que O Senhor fez", o "dia que n�o conhece ocaso". A "Ceia do Senhor" � seu centro, pois � aqui que toda a comunidade dos fi�is se encontra com o Senhor ressuscitado, que Os convida a seu banquete:

O dia do Senhor, o dia da ressurrei��o, o dia dos crist�os, � o nosso dia. E por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pag�os o denominam dia do sol, tamb�m n�s o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justi�a cujos raios trazem a salva��o.

1167 O domingo � o dia por excel�ncia da assembl�ia lit�rgica, em que os fi�is se re�nem "para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da paix�o, ressurrei��o e gl�ria do Senhor Jesus, e darem gra�as a Deus que os 'regenerou para a viva esperan�a, pela ressurrei��o de Jesus Cristo de entre os mortos"

Quando meditamos, � Cristo, as maravilhas que foram operadas neste dia de domingo de vossa santa ressurrei��o, dizemos: Bendito � o dia do domingo, pois foi nele que se deu o come�o da cria��o (...) a salva��o do mundo (...) a renova��o do g�nero humano.(...) E nele que o c�u e a terra rejubilaram e que o universo inteiro foi repleto de luz. Bendito � o dia do domingo, pois nele foram abertas as portas do para�so para que Ad�o e todos os banidos entrem nele sem medo.

1168 O ANO LIT�RGICO Partindo o tr�duo pascal, como de sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurrei��o enche todo o ano lit�rgico com sua claridade. Aproximando-se progressivamente de ambas as vertentes desta fonte, o ano � transfigurado pela liturgia. � realmente "ano de gra�a do Senhor". A economia da salva��o est� em a��o moldura do tempo, mas desde a sua realiza��o na P�scoa de Jesus e a efus�o do Esp�rito Santo o fim da hist�ria � antecipado, "em antegozo", e o Reino de Deus penetra nosso tempo.

1169 Por isso, a p�scoa n�o � simplesmente uma festa entre outras: � a "festa das festas", "solenidade das solenidades", como a Eucaristia � o sacramento dos sacramentos (o grande sacramento). Santo Atan�sio a denomina "o grande domingo como a semana santa � chamada no Oriente "a grande semana". O mist�rio da ressurrei��o, no qual Cristo esmagou a morte, penetra nosso velho tempo com sua poderosa energia at� que tudo lhe seja submetido.

1170 No Conc�lio de Nic�ia (em 325), todas as Igrejas chegaram a um acordo acerca de que a p�scoa crist� fosse celebrada no domingo que segue a lua cheia (14 Nisan) depois do equin�cio de primavera. Por causa dos diversos m�todos utilizados para calcular o dia 14 de m�s de Nisan, o dia da P�scoa nem sempre ocorre simultaneamente nas Igrejas ocidentais e orientais. Por isso busca-se um acordo, a fim de se chegar novamente a celebrar em uma data comum o dia da Ressurrei��o do Senhor.

1171 O ano lit�rgico � o desdobramento dos diversos aspectos do �nico mist�rio pascal. Isto vale muito particularmente para o ciclo das festas em tomo do mist�rio da encarna��o (Anuncia��o, Natal, Epifania) que comemoram o come�o de nossa salva��o e nos comunicam as prim�cias do Mist�rio da P�scoa.

1172 O SANTORAL NO ANO LIT�RGICO "Ao celebrar o ciclo anual dos mist�rios de Cristo, a santa Igreja venera com particular amor a bem-aventurada m�e de Deus, Maria, que por um v�nculo indissol�vel est� unida � obra salv�fica de seu Filho; em Maria a Igreja admira e exalta o mais excelente fruto da reden��o e a contempla com alegria como pur�ssima imagem do que ela pr�pria anseia e espera ser em sua totalidade."

1173 Quando, no ciclo anual, a Igreja faz mem�ria dos m�rtires e dos outros santos, "proclama o mist�rio pascal" naqueles e naquelas "que sofreram com Cristo e est�o glorificados com ele, e prop�e seu exemplo aos fi�is para que atraia todos ao Pai por Cristo e, por seus m�ritos, impetra os benef�cios de Deus"

1174A LITURGIA DAS HORAS O mist�rio de Cristo, sua Encarna��o e sua P�scoa, que celebramos na Eucaristia, especialmente na assembl�ia dominical, penetra e transfigura o tempo de cada dia pela celebra��o da Liturgia das Horas, "o Of�cio Divino" Esta celebra��o, em fidelidade �s recomenda��es apost�licas de "orar sem cessar", "est� constitu�da de tal modo que todo o curso do dia e da noite seja consagrado pelo louvor de Deus" Ela constitui "a ora��o p�blica da Igreja", na qual os fi�is (cl�rigos, religiosos e leigos) exercem o sacerd�cio r�gio dos batizados. Celebrada "segundo a forma aprovada" pela Igreja, a Liturgia das Horas "� verdadeiramente a voz da pr�pria esposa que fala com o esposo, e � at� a ora��o de Cristo, com seu corpo, ao Pai".

1175 A Liturgia das Horas � destinada a tornar-se a ora��o de todo o povo de Deus. Nela, o pr�prio Cristo "continua a exercer sua fun��o sacerdotal por meio de sua Igreja"; cada um participa dela segundo seu lugar pr�prio na Igreja e segundo as circunst�ncias de sua vida: os presb�teros, enquanto dedicados ao minist�rio da palavra; os religiosos e as religiosas, pelo carisma de sua vida consagrada; todos os fi�is, segundo suas possibilidades: "Os pastores de almas cuidar�o que as horas principais, especialmente as v�speras, nos domingos e dias festivos mais solenes, sejam celebradas comunitariamente na Igreja. Recomenda-se que os pr�prios leigos recitem o Of�cio divino, ou juntamente com os presb�teros, ou reunidos entre si, e at� cada um individualmente".

1176 Celebrar Liturgia das Horas exige n�o somente que se harmonize a voz com o cora��o que reza, mas tamb�m "que se adquira um conhecimento lit�rgico e b�blico mais rico, principalmente dos Salmos".

1177 Os hinos e as ladainhas da Ora��o das Horas inserem a ora��o dos salmos no tempo da Igreja, exprimindo o simbolismo do momento do dia, do tempo lit�rgico ou da festa celebrada. Al�m disso, a leitura da Palavra de Deus a cada hora (com os responsos ou os trop�rios que v�m depois dela) e, em certas horas, as leituras dos Padres da Igreja e dos mestres espirituais revelam mais profundamente o sentido do mist�rio celebrado, ajudam na compreens�o dos salmos e preparam para a ora��o silenciosa. A lectio divina, em que a Palavra de Deus � lida e meditada para tornar-se ora��o, est� assim enraizada na celebra��o lit�rgica.

1178 A liturgia das Horas, que � como que um prolongamento da celebra��o eucar�stica, n�o exclui, mas requer de maneira complementar as diversas devo��es do Povo de Deus, particularmente a adora��o e o culto do Sant�ssimo Sacramento.

L.13.18.1������� ANO LIT�RGICO

1168 O ANO LIT�RGICO Partindo o tr�duo pascal, como de sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurrei��o enche todo o ano lit�rgico com sua claridade. Aproximando-se progressivamente de ambas as vertentes desta fonte, o ano � transfigurado pela liturgia. � realmente "ano de gra�a do Senhor". A economia da salva��o est� em a��o moldura do tempo, mas desde a sua realiza��o na P�scoa de Jesus e a efus�o do Esp�rito Santo o fim da hist�ria � antecipado, "em antegozo", e o Reino de Deus penetra nosso tempo.

L.13.18.1.1���� Explica��o do mist�rio pascal

1171 O ano lit�rgico � o desdobramento dos diversos aspectos do �nico mist�rio pascal. Isto vale muito particularmente para o ciclo das festas em tomo do mist�rio da encarna��o (Anuncia��o, Natal, Epifania) que comemoram o come�o de nossa salva��o e nos comunicam as prim�cias do Mist�rio da P�scoa.

L.13.18.1.2���� Interpreta��o dos tempos pela liturgia

�1095 � por isso que a Igreja, particularmente no advento, na quaresma e sobretudo na noite de P�scoa, rel� e revive todos esses grandes acontecimentos da hist�ria da salva��o no "hoje" de sua liturgia. Mas isso exige tamb�m que a catequese ajude os fi�is a se abrirem a esta compreens�o "espiritual" da economia da salva��o, tal como a liturgia da Igreja a manifesta e no-la faz viver.

L.13.18.1.3���� Mem�ria da Virgem Maria

�1172 O SANTORAL NO ANO LIT�RGICO "Ao celebrar o ciclo anual dos mist�rios de Cristo, a santa Igreja venera com particular amor a bem-aventurada m�e de Deus, Maria, que por um v�nculo indissol�vel est� unida � obra salv�fica de seu Filho; em Maria a Igreja admira e exalta o mais excelente fruto da reden��o e a contempla com alegria como pur�ssima imagem do que ela pr�pria anseia e espera ser em sua totalidade."

1370 � oferenda de Cristo unem-se n�o somente os membros que est�o ainda na terra, mas tamb�m os que j� est�o na gl�ria do c�u: � em comunh�o com a sant�ssima Virgem Maria e fazendo mem�ria dela, assim como de todos os santos e santas, que a Igreja oferece o Sacrif�cio Eucar�stico. Na Eucaristia, a Igreja, com Maria, est� como que ao p� da cruz, unida � oferta e � intercess�o de Cristo.

L.13.18.1.4���� Mem�ria dos santos

�1173 Quando, no ciclo anual, a Igreja faz mem�ria dos m�rtires e dos outros santos, "proclama o mist�rio pascal" naqueles e naquelas "que sofreram com Cristo e est�o glorificados com ele, e prop�e seu exemplo aos fi�is para que atraia todos ao Pai por Cristo e, por seus m�ritos, impetra os benef�cios de Deus"

L.13.18.1.5���� Mist�rio Pascal fundamento da interpreta��o do ano lit�rgico

1168 O ANO LIT�RGICO Partindo o tr�duo pascal, como de sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurrei��o enche todo o ano lit�rgico com sua claridade. Aproximando-se progressivamente de ambas as vertentes desta fonte, o ano � transfigurado pela liturgia. � realmente "ano de gra�a do Senhor". A economia da salva��o est� em a��o moldura do tempo, mas desde a sua realiza��o na P�scoa de Jesus e a efus�o do Esp�rito Santo o fim da hist�ria � antecipado, "em antegozo", e o Reino de Deus penetra nosso tempo.

1169 Por isso, a p�scoa n�o � simplesmente uma festa entre outras: � a "festa das festas", "solenidade das solenidades", como a Eucaristia � o sacramento dos sacramentos (o grande sacramento). Santo Atan�sio a denomina "o grande domingo como a semana santa � chamada no Oriente "a grande semana". O mist�rio da ressurrei��o, no qual Cristo esmagou a morte, penetra nosso velho tempo com sua poderosa energia at� que tudo lhe seja submetido.

L.13.18.2������� Domingo

O DIA DO SENHOR 1166 "Devido tradi��o apost�lica que tem origem no pr�prio dia da ressurrei��o de Cristo, a Igreja celebra o mist�rio pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com raz�o o dia do Senhor ou domingo. " O dia da ressurrei��o de Cristo � ao mesmo tempo "o primeiro dia da semana", memorial do primeiro dia da cria��o, e o "oitavo dia", em que Cristo, depois de seu "repouso" do grande s�bado, inaugura o dia "que O Senhor fez", o "dia que n�o conhece ocaso". A "Ceia do Senhor" � seu centro, pois � aqui que toda a comunidade dos fi�is se encontra com o Senhor ressuscitado, que Os convida a seu banquete:

O dia do Senhor, o dia da ressurrei��o, o dia dos crist�os, � o nosso dia. E por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pag�os o denominam dia do sol, tamb�m n�s o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justi�a cujos raios trazem a salva��o.

1167 O domingo � o dia por excel�ncia da assembl�ia lit�rgica, em que os fi�is se re�nem "para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da paix�o, ressurrei��o e gl�ria do Senhor Jesus, e darem gra�as a Deus que os 'regenerou para a viva esperan�a, pela ressurrei��o de Jesus Cristo de entre os mortos"

Quando meditamos, � Cristo, as maravilhas que foram operadas neste dia de domingo de vossa santa ressurrei��o, dizemos: Bendito � o dia do domingo, pois foi nele que se deu o come�o da cria��o (...) a salva��o do mundo (...) a renova��o do g�nero humano.(...) E nele que o c�u e a terra rejubilaram e que o universo inteiro foi repleto de luz. Bendito � o dia do domingo, pois nele foram abertas as portas do para�so para que Ad�o e todos os banidos entrem nele sem medo.

L.13.18.2.1���� Celebra��o das outras festividades

A EUCARISTIA DOMINICAL

�2177 A celebra��o dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor est� no cora��o da vida da Igreja. "O domingo, dia em que por tradi��o apost�lica se celebra o Mist�rio Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excel�ncia."

"Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascens�o e do Sant�ssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, M�e de Deus, de sua Imaculada Concei��o e Assun��o, de S�o Jos�, dos Santos Ap�stolos Pedro e Paulo e, por fim, de Todos os Santos."

L.13.18.2.2���� Dia do Senhor

1166O DIA DO SENHOR "Devido tradi��o apost�lica que tem origem no pr�prio dia da ressurrei��o de Cristo, a Igreja celebra o mist�rio pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com raz�o o dia do Senhor ou domingo. " O dia da ressurrei��o de Cristo � ao mesmo tempo "o primeiro dia da semana", memorial do primeiro dia da cria��o, e o "oitavo dia", em que Cristo, depois de seu "repouso" do grande s�bado, inaugura o dia "que O Senhor fez", o "dia que n�o conhece ocaso". A "Ceia do Senhor" � seu centro, pois � aqui que toda a comunidade dos fi�is se encontra com o Senhor ressuscitado, que Os convida a seu banquete:

O dia do Senhor, o dia da ressurrei��o, o dia dos crist�os, � o nosso dia. E por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pag�os o denominam dia do sol, tamb�m n�s o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justi�a cujos raios trazem a salva��o.

1167 O domingo � o dia por excel�ncia da assembl�ia lit�rgica, em que os fi�is se re�nem "para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da paix�o, ressurrei��o e gl�ria do Senhor Jesus, e darem gra�as a Deus que os 'regenerou para a viva esperan�a, pela ressurrei��o de Jesus Cristo de entre os mortos"

Quando meditamos, � Cristo, as maravilhas que foram operadas neste dia de domingo de vossa santa ressurrei��o, dizemos: Bendito � o dia do domingo, pois foi nele que se deu o come�o da cria��o (...) a salva��o do mundo (...) a renova��o do g�nero humano.(...) E nele que o c�u e a terra rejubilaram e que o universo inteiro foi repleto de luz. Bendito � o dia do domingo, pois nele foram abertas as portas do para�so para que Ad�o e todos os banidos entrem nele sem medo.

L.13.18.2.3���� Import�ncia da celebra��o eucar�stica dominical

2177 A EUCARISTIA DOMINICAL

A celebra��o dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor est� no cora��o da vida da Igreja. "O domingo, dia em que por tradi��o apost�lica se celebra o Mist�rio Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excel�ncia."

"Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascens�o e do Sant�ssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, M�e de Deus, de sua Imaculada Concei��o e Assun��o, de S�o Jos�, dos Santos Ap�stolos Pedro e Paulo e, por fim, de Todos os Santos."

2178 Esta pr�tica da assembl�ia crist� data dos in�cios da era apost�lica. A Ep�stola aos Hebreus lembra: "N�o deixemos as nossas assembl�ias, como alguns costumam fazer. Procuremos animar-nos sempre mais" (Hb 10,25).

A Tradi��o guarda a lembran�a de uma exorta��o sempre atual: "Vir cedo � Igreja, aproximar-se do Senhor e confessar seus pecados, arrepender-se na ora��o...Participar da santa e divina liturgia terminar a ora��o e n�o sair antes da despedida... Dissemos muitas vezes: este dia vos � dado para a ora��o e o repouso. E o dia que o Senhor fez. Exultemos e alegremo-nos nele"

2179 "Par�quia � uma determinada comunidade de fi�is, constitu�da de maneira est�vel na Igreja particular, e seu cuidado pastoral � confiado ao p�roco, como a seu pastor pr�prio, sob autoridade do bispo diocesano." E o lugar onde todos os fi�is podem ser congregados pela celebra��o dominical da Eucaristia. A par�quia inicia o povo crist�o na express�o ordin�ria da vida lit�rgica, re�ne-o nesta celebra��o, ensina a doutrina salv�fica de Cristo, pratica a caridade do Senhor nas obras boas e fraternas.

N�o podes rezar em casa como na Igreja, onde se encontra o povo reunido, onde o grito � lan�ado a Deus de um s� cora��o. H� ali algo mais, a uni�o dos esp�ritos, a harmonia das almas o v�nculo da caridade, as ora��es dos presb�teros.

M�e e Virgem de Guadalupe interceda por n�s, vigie-nos com os seus olhos maternos

O que faz parte da liturgia?

"A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis."

Qual é o centro do ano litúrgico?

Mas o ano Litúrgico tem um Centro, É o Domingo, O dia do Senhor.

Quem faz parte da equipe de liturgia?

OS MEMBROS DA EQUIPE DE LITURGIA - São membros de uma equipe litúrgica: o acólito, o ministro extraordinário da comunhão, o leitor, o salmista, o grupo dos cantores ou coral, o cantor (ou animador do canto), o organista, o comentarista, os que acolhem os fiéis, os que fazem as coletas ou delas cuidam, como ainda o ...

É a celebração central de toda a liturgia?

A manifestação central da liturgia é a celebração do mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo e a prestação de culto a Deus.

Quais são as partes que compõem a liturgia da Palavra?

A Liturgia da Palavra é composta pelas leituras da Sagrada Escritura, homilia, profissão de fé e oração universal. Nas leituras, exceto aos domingos e solenidades, temos uma leitura do Antigo Testamento (exceto no Tempo Pascal ou Natal), um Salmo e o Evangelho.