O que fazer em caso de convulsão

Convulsão

O que fazer em caso de convulsão

Convulsão é a contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. As convulsões acontecem quando há a excitação da camada externa do cérebro.

Causas:

– hemorragia;
– intoxicação por produtos químicos;
– falta de oxigenação no cérebro;
– efeitos colaterais provocados por medicamentos;
– doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais.

Sintomas:

– espamos incontroláveis;
– lábios azulados;
– olhos virados para cima;
– inconsciência;
– salivação abundante.

Como agir:

– coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos;
– introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua;
– levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
– afrouxe as roupas;
– caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
– quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;
– verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
– nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);
– não dê tapas;
– não jogue água sobre ela.

No caso de crianças, se houver febre alta, dê um banho morno de imersão, por mais ou menos dez minutos. Deite a criança envolta na toalha e chame imediatamente um médico.

Não se esqueça: quem presta os primeiros socorros deve conhecer suas próprias limitações, pois não substitui o médico; tenha sempre à mão os números de atendimento de emergência de sua cidade.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em junho de 2.004.

Fonte:

Ministério da Saúde e Confederação Nacional dos Transportes. Desmaio e convulsão: você sabe agir em caso de convulsão? (Folder impresso)

Imagine estar acompanhando uma pessoa e, de repente, ela cai dura no chão e começa a se debater. A pessoa está tendo uma convulsão. E agora, o que fazer? "É necessário deixar a pessoa livre, sem tentar segurar, apoiar a cabeça desse paciente para quer ele não se machuque e verificar quanto tempo a crise dura. Não se deve colocar a mão na boca do paciente, não colocar lenço na boca ou tentar puxar a língua, porque ninguém engole a língua na crise convulsiva", afirma o neurologista Roger Taussig, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

De acordo com o neurologista, a crise convulsiva é caracterizada por fases, sendo a primeira a fase tônica, na qual o paciente fica com o corpo enrijecido, seguida pela fase clônica, quando começam os movimentos corporais, que fazem com que a pessoa passe a se debater.

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Quando a crise começa a passar, e o paciente começa a recobrar a consciência, o médico aconselha que a pessoa seja colocada de lado para que, caso ela vomite, não se engasgue. Após recobrar a consciência, a pessoa pode ficar confusa e agitada. Taussig afirma que a melhor opção é acalmar e pessoa e deixá-la em repouso, ainda deitada e, depois, pode ser levantada. 

"É importante observar quanto tempo a crise convulsiva dura. Se a pessoa convulsionar por mais de cinco minutos, ou tem uma crise menor que esse tempo, mas logo volta a convulsionar, é necessário chamar uma ambulância para que leve esse paciente para um pronto-socorro. Essas crises prolongadas devem ser atendidas com urgência para que esse paciente não tenha uma lesão cerebral", afirma o médico.

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Já se a crise for única e durar menos de cinco minutos, não é necessário correr ao hospital, mas é importante investigar o que ocasionou a crise. O neurologista afirma que tais recomendações são válidas tanto para pessoas epilépticas quanto para não-epilépticas. 

Entre as causas de uma crise convulsiva estão a epilepsia, tumores cerebrais, sangramentos no cérebro, meningite, hipoglicemia, aneurismas, reações a medicamentos antidepressivos ou antibióticos e o uso de drogas.

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O neurologista afirma que, caso a pessoa tenha uma convulsão e não receba atendimento, ela pode correr o risco de morte. Entretanto, caso o socorro demore, a pessoa não deve ser levada ao hospital. "Mesmo que a ambulância demore, não se deve colocar a pessoa no carro e levá-la ao hospital porque isso é perigoso. A pessoa pode ter uma parada cardíaca, por exemplo, e no carro não terá suporte para isso. Ela deve mesmo esperar o resgate chegar", explica Taussig.

Ao chegar ao hospital, o paciente entra na emergência com prioridade. Lá, são feitos exames para identificar a causa da crise convulsiva e são checadas a pressão sanguínea, frequência cardíaca, glicemia e a respiração, além da realização de eletrocardiograma e, a partir daí, será traçado o tratamento adequado. 

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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O que fazer quando a pessoa tem uma convulsão?

O que fazer:.
Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor;.
Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;.
Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ela pode se debater e se machucar;.

O que não se deve fazer em caso de convulsão?

O que não se deve fazer Tentar imobilizar a pessoa ou amarrar os membros, pois pode resultar em fraturas ou outras lesões; Colocar a mão na boca da pessoa, assim como objetos ou panos; Dar de comer ou beber até que a pessoa esteja completamente alerta, mesmo que se desconfie de uma diminuição de açúcar no sangue.

O que leva uma pessoa a ter convulsão?

A crise acontece quando há uma falha nos impulsos elétricos do cérebro. Quando um tumor ou uma lesão cerebral é responsável pelos episódios convulsivos dá-se o nome de epilepsia sintomática ou secundária.

Quanto tempo pode durar uma crise convulsiva?

As convulsões costumam durar entre 1 e 2 minutos. Depois, algumas pessoas apresentam cefaleias, ficam temporariamente confusas e sentem-se muito cansadas. Esses sintomas podem durar de alguns minutos a horas. A maioria das pessoas não se lembra o que aconteceu durante a convulsão.