O que fazer quando esta com labirintite

A labirintite é a inflamação do labirinto. Essa é uma estrutura delicada que fica na parte mais interna do ouvido e que é responsável pela audição e equilíbrio. A maior parte dos casos se inicia após uma infecção viral comum, como um resfriado ou uma gripe. Mas existem outras causas para a labirintite. Vamos conhecer quais são e esclarecer outras dúvidas sobre o problema?

1. O que acontece na labirintite?

O labirinto é um órgão que tem 2 funções básicas: captar o estímulo sonoro do ambiente, e após transformar o estímulo, transmiti-lo ao cérebro; e perceber os movimentos que fazemos com nossa cabeça e corpo, com a finalidade de propiciar um equilíbrio corporal adequado e a estabilização da imagem que vemos.

Quando ocorre uma inflamação nesse local ele passa a enviar sinais confusos para o cérebro. É desse efeito que surgem sintomas como tonturas, náuseas ou a impressão de que se está em movimento quando, na verdade, você está parado. Dependendo da parte do labirinto que foi afetada pela infecção também é possível ter sintomas auditivos, como perda de audição, zumbido e sensação de ouvido entupido.

2. Quais são as causas?

A labirintite pode ter inúmeras causas, por isso seu diagnóstico costuma ser delicado e muitas vezes necessária uma avaliação complementar extensa. As causas mais comuns são infecciosas, sejam elas virais, como gripes e resfriados; herpes; infecções por bactérias, como em algumas otites (inflamação no ouvido) e sinusites; e até mesmo devido meningites.

3. Quem corre mais risco de sofrer com o problema?

A labirintite costuma ser mais comum em pessoas com idade acima de 40 anos. No entanto, existe uma série de fatores que podem predispor ao problema, ou então agravá-lo. E eles são bastante variados, veja só: valores de glicose sanguínea alterados, níveis altos de triglicérides e/ou colesterol, hipertensão, diabetes, infecções, alcoolismo, tabagismo, uso de certos medicamentos, problemas emocionais e até má alimentação.

4. Como reconhecer a labirintite?

O sinal mais conhecido da labirintite é a vertigem, quando você sente que tudo ao seu redor está se movimentando. Porém, existem outros sintomas que pedem atenção: tonturas, náuseas, suor excessivo, perda da audição, desequilíbrio, zumbido. Vale dizer que os sintomas começam de repente e podem durar minutos, horas ou dias. A avaliação clínica e o exame otoneurológico são essenciais para o diagnóstico.

5. É verdade que a alimentação influencia?

É verdade, sim. Há alimentos que podem piorar a labirintite de maneira direta (quando atuam junto ao labirinto) ou indiretamente (quando mudam o metabolismo sistêmico ou alterando a função do sistema nervoso central), tais como: açúcares, farinha branca, embutidos, bebidas alcoólicas, cafeína, alimentos muito salgados (devido a grande quantidade de sódio).

6. O que se deve fazer no meio de uma crise?

Durante uma crise de labirintite, é importante manter-se calmo, geralmente ficar deitado em uma posição confortável (de lado geralmente costuma ser melhor); evitar chocolate, café e álcool; suspender o tabagismo; evitar luzes de forte intensidade; e assim que possível procurar o atendimento médico especializado.

7. Qual é o tratamento?

O tratamento para labirintite deve ser prescrito por um médico, após saber as causas do problema. Em geral, são prescritos medicamentos para amenizar os sintomas. Além disso, são passadas orientações específicas para reduzir os incômodos e diminuir a reincidência do problema.

8. Existe alguma consequência grave?

A inflamação do labirinto pode deixar algumas sequelas, como redução da audição, tontura crônica, zumbido, sensação de mareio. Portanto, se você se identifica com o quadro de vertigem, náuseas, desequilíbrio e perda da audição, converse com um otoneurologista.

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O que fazer quando esta com labirintite
Saiba o que está por trás da sensação de vertigem e enjoo Foto: GI/Getty Images

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Labirintite é o nome popular que se dá a todos os transtornos do labirinto, uma estrutura interna do ouvido composta pela cóclea (imprescindível para a nossa audição), pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares (que têm papel na manutenção do nosso equilíbrio). Problemas na região podem afetar a capacidade de ouvir e, principalmente, geram tontura e quedas.

Apesar do termo “labirintite” ser comumente utilizado, do ponto de vista científico ele é pouco preciso. Ora, problemas que terminam em “ite” sugerem uma inflamação — e nem tudo o que compromete o labirinto envolve grandes processos inflamatórios.

De acordo com o otorrinolaringologista Paulo Roberto Lazarini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a forma mais correta de nomear a condição que causa crises de tontura seria labirintopatia ou distúrbio vestibular periférico. “Mas, como são termos mais complexos, a gente acaba usando ‘labirintite’ no dia a dia”, esclarece.

O que causa labirintite e quais são os fatores de risco?

“Perguntar isso é como questionar o que causa a dor de cabeça. A lista é enorme”, brinca Lazzarini.

Inflamações no interior do ouvido, que podem ser disparadas por inúmeras razões, estão entre as principais causas. Infecções virais, tumores, estresse e doenças circulatórias são outras. Até diabetes e hipertensão, por afetarem vasos sanguíneos e mais estruturas da região, às vezes disparam o quadro.

Os fatores de risco em geral estão relacionados aos agentes causadores da labirintite:

• Sedentarismo
• Idade avançada
• Consumo de bebidas alcoólicas e cigarro
• Ansiedade
• Infecções no ouvido

“Indivíduos que fazem atividade física e ingerem alimentos saudáveis certamente têm menor probabilidade de desenvolver distúrbios no labirinto”, pontua Lazarini. Isso porque, com a saúde em ordem, o risco de inflamações por ali cai significativamente.

Diante de uma crise de labirintite, consulte um médico.

Sintomas de labirintite

O mais comum é a tontura mesmo. “Dependendo do motivo, ela vem acompanhada da sensação de ouvido tampado, zumbido e perda auditiva. Nos quadros mais agudos, o indivíduo sofre com náuseas e vômitos”, informa Lazzarini.

As crises de labirintite podem durar minutos ou se arrastar por horas. Há inclusive episódios que seguem por dias antes de desaparecerem completamente.

Diagnóstico de labirintite

O especialista que normalmente detecta e trata a condição é o otorrinolaringologista, embora o clínico geral possa identificá-la.

Antes de confirmar o diagnóstico e as causas por trás dele, é necessária uma avaliação detalhada. “Começamos colhendo dados gerais, como pressão arterial, frequência cardíaca e toda a parte clínica”, afirma Lazzarini.

Depois, são realizadas análises do ouvido para verificar se há sinal de infecção ou inflamação. O estado da audição também é testado. “Então, fazemos testes específicos de equilíbrio. Tudo isso no consultório”, informa o profissional.

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Além disso, há a possibilidade de recorrer a um método mais específico: o exame otoneurológico. “Observamos o labirinto em situações de movimento. Ou seja, enquanto o paciente fica em uma cadeira giratória ou acompanha com os olhos um pêndulo balançando, por exemplo”, relata Lazzarini.

Em determinados casos, o doutor também lança mão de tomografia e ressonância magnética. Mas para que tudo isso? Ora, as tonturas podem ser sintoma de diferentes enfermidades — e é preciso descartá-las antes de confirmar um caso de labirintite.

Labirintite tem cura? Como funciona o tratamento

Muitas vezes, ela pode ser curada. Para isso, é importante ter o diagnóstico certo, controlar eventuais fatores de risco e remediá-la adequadamente.

Em geral, o tratamento envolve remédios para crise de labirintite que reduzem a estimulação do labirinto, diminuem a tontura e amenizam o enjoo. “Às vezes, é preciso internar o paciente e medicá-lo pela veia, deixando-os algumas horas em observação no pronto-socorro”, conta Lazarini.

Em quadros mais leves, drogas orais são indicadas. E, claro, a pessoa deve estar sempre acompanhada para não levar tombos.

Também há a possibilidade de recorrer a exercícios de reabilitação do labirinto. Comumente, essa tática já resolve a situação e dispensa o uso de fármacos.

Situações específicas podem exigir uma cirurgia no ouvido interno. Pessoas com tumores na região, que alteram a função do labirinto, estão entre as que se beneficiam da estratégia.

Além disso, é fundamental tratar doenças crônicas que disparam as crises de tontura. Isso vale para diabetes e hipertensão, por exemplo.

Apesar de haver cura, os possíveis estragos da labirintopatia na audição não somem na maioria das vezes. Ou seja, a doença vai embora, porém a capacidade de ouvir fica prejudicada — principalmente se o tratamento demorar para começar.

“A chance de regeneração das células auditivas é mínima. Nesses casos, os indivíduos usam aparelhos para conseguir ouvir”, avisa o expert.

Quais são as complicações

As quedas ocasionadas pela tontura, principalmente na velhice, são um dos grandes temores. Isso porque, conforme os ossos perdem rigidez com a idade, um tombo pode culminar em fraturas sérias.

Ao sinal de tontura constante, não deixe de buscar ajuda médica.

Como prevenir a labirintite

Para evitar a labirintite, é necessário investir em um estilo de vida saudável. Pratique atividade física regularmente, alimente-se bem, fique longe do cigarro e maneire no álcool.

As pessoas que já foram diagnosticadas com labirintite ainda devem aderir a medidas adicionais para fugir das crises. “Em geral, elas precisam evitar café, chá preto, chocolate, bebidas alcoólicas e refrigerantes do tipo cola. Tudo isso estimula o labirinto e agrava o problema”, finaliza Lazarini.

O que fazer quando esta com labirintite

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O que fazer para aliviar a tontura da labirintite?

O que fazer durante uma crise de labirintite?.
Deite e descanse quando os sintomas se manifestarem..
Retorne à atividade gradualmente..
Evite mudanças de posição repentinas..
Não tente ler quando os sintomas surgirem..
Evite luzes fortes..

O que é bom para aliviar a tontura?

O que fazer em caso de tontura.
Tomar um ar. ... .
Beber água. ... .
Ficar sentado. ... .
Deitar e deixar as pernas mais elevadas. ... .
Comer alguma coisa salgada. ... .
Comer um doce. ... .
Redução no nível de glicose. ... .
Queda de pressão..

O que provoca uma crise de labirintite?

A maior parte dos casos são decorrentes de uma infecção viral, que faz com que o labirinto fique inflamado. Diversos vírus podem causar a doença, mas geralmente ela inicia após uma infecção viral comum, como um resfriado ou uma gripe (contudo, existem outras causas).

Que que é bom para tomar para labirintite?

O vasodilatador mais indicado pelos médicos para labirintite é o dicloridrato de betaistina (Labirin ou Betadine), que deve ser tomado por via oral, de preferência junto com uma refeição para reduzir o risco de efeitos colaterais como náuseas, vômitos ou dor abdominal.