Por que que os países menos desenvolvidos apresentam as maiores taxas de crescimento vegetativo?

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Crescimento vegetativo ou natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de um determinado local ou país geralmente expressa em porcentagem.

Segundo a teoria da transição demográfica que defende que a transição da sociedade pré-industrial para a pós industrial percorre três ou quatro fases distintas (de acordo com a classificação), o crescimento da população oscilaria de acordo com estas fases, variando com ele a taxa de crescimento vegetativo.

Na primeira fase ou fase “pré-industrial”, haveria um índice de crescimento vegetativo baixo devido aos altos índices de mortalidade e natalidade que iriam se equilibrar principalmente pelas baixas condições higiênico-sanitárias, por causa das guerras, epidemias, e etc.

Na segunda fase ou fase transicional, podemos identificar dois períodos distintos que até podem ser considerados como fases distintas. No primeiro período nota-se um crescimento populacional elevado devido a queda na taxa de mortalidade ocasionada pela melhora nas condições sanitárias e de segurança (fim das guerras, avanços tecnológicos). No segundo período (ou terceira fase, de acordo com a classificação), notar-se-ia a diminuição da taxa de natalidade ocasionada por medidas de controle como planejamento familiar e métodos anticoncepcionais, fazendo com que o crescimento vegetativo volta aos níveis mais baixos.

Numa terceira fase (ou quarta), a fase evoluída, tanto a taxa de natalidade quanto a de mortalidade voltam a se estabilizar, ocasionando uma taxa de crescimento vegetativo bastante pequena.

Há quem considere a hipótese de uma quinta fase de crescimento demográfico onde o crescimento vegetativo seria negativo devido aos altos custos de vida que inviabilizariam famílias muito grandes, ou as tornaria indesejáveis para as pessoas que quisessem manter seus altos padrões de vida. Esse efeito já pode ser notado em países com Alemanha, Inglaterra e outros países de industrialização desenvolvida. A principal desvantagem, segundo os especialistas é que com a taxa de natalidade baixa e a expectativa de vida cada vez maior, haverá um colapso nos sistemas previdenciários de muitos países que não foram elaborados para este tipo de situação.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/crescimento-vegetativo/

O deficit demográfico é um termo utilizado nos estudos sobre as populações para caracterizar aqueles territórios ou regiões que possuem um crescimento vegetativo negativo, ou seja, que apresentam taxas de mortalidade maiores do que as taxas de natalidade, de modo que esse valor não é compensado pelo saldo migratório. Isso significa dizer, em termos mais simples, que uma determinada localidade está, literalmente, perdendo habitantes. Essa situação faz-se presente em alguns países e pode ser uma tendência maior para a humanidade nos próximos anos.

O caso da Rússia

O deficit demográfico da Rússia é um dos exemplos mais comumente utilizados para ilustrar a questão dos países que perdem população. No caso russo, essa ocorrência está diretamente associada às transformações políticas e econômicas pelas quais o país vem passando desde o colapso da União Soviética no início da década de 1990.

No decênio em questão, além da profunda crise econômica pela qual o país passou, foi vivenciado um período de muitas incertezas em virtude da transição política para a abertura ao capitalismo e à economia de mercado, com o declínio do modelo de desenvolvimento com base em uma economia planificada. Com isso, a Rússia seguiu uma tendência histórica de diminuição nas suas taxas de natalidade, o que se agravou com a baixa expectativa de vida entre os homens, que não ultrapassava os 63 anos em 2010, ao passo que, entre as mulheres, a expectativa era de 75 anos.

Nos anos 1990, a população russa era de cerca de 148 milhões de habitantes. Atualmente, esse valor caiu para os 143 milhões, e a tendência, segundo as estimativas oficiais, é que a população diminua em 30 milhões até a década de 2050, a não ser que o país passe a adotar uma política natalista com maior rigor.

O caso japonês

O Japão é mais um dos países com baixo crescimento demográfico e está diante da iminência de um intensivo deficit para os próximos anos. Em 2005, o número de habitantes aumentou em apenas 280 mil pessoas, o menor valor registrado em todo o período do pós-guerra. O país vem procurando medidas para conter essa tendência a fim de diminuir a expectativa de recessão econômica futura como resultado desse cenário.

Essa realidade está ligada à perspectiva da transição demográfica, que obedece à seguinte sequência:

1) alta mortalidade e natalidade com crescimento vegetativo baixo;

2) queda na mortalidade e elevação abrupta no crescimento demográfico;

3) desaceleração do crescimento em razão da queda das taxas de natalidade;

4) Estabilização demográfica pelo relativo equilíbrio entre mortalidade e natalidade.

No caso japonês, a transição demográfica completou-se e encontra-se na quarta fase. No entanto, mesmo com uma das maiores expectativas de vida do mundo (baixa mortalidade), as taxas de natalidade são baixas o suficiente para provocar uma queda no número de habitantes, conforme os dados acima citados. Mesmo assim, as dificuldades geográficas do país (poucos lugares disponíveis para a habitação) fazem com que existam grandes aglomerações humanas, com destaque para a Megalópole de Tóquio que envolve um grande conjunto de municípios que abrangem mais de 30 milhões de pessoas.

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Outros países com crescimento demográfico negativo

Além dos dois casos acima citados, existem vários outros países com crescimento demográfico negativo ou com uma taxa positiva muito baixa, em que a perspectiva é de diminuição da população em um futuro próximo. Entre eles, podemos dar um maior destaque para Moldávia (0,90%), Geórgia (-0,79%), Ucrânia (-0,76%), Bulgária (-0,72), Croácia (-0,09), Alemanha (0,07), Itália (0,13) e Portugal (0,37) – dados das Nações Unidas referentes ao final da década de 2000.

Os efeitos do deficit demográfico

A questão do deficit demográfico gera profundos efeitos na composição econômica e até cultural de um país. O primeiro grande impacto é a redução da População Economicamente Ativa (PEA), que envolve a população empregada ou que procura por emprego, geralmente abarcando uma faixa etária entre 16 e 65 anos. Com isso, a economia passa por uma desaceleração de seu crescimento e diminuição de sua produtividade.

Um segundo impacto do deficit demográfico é o imediato envelhecimento populacional, embora isso só aconteça naqueles países em que a expectativa de vida é alta. Assim, as baixas taxas de natalidade e o grande número de idosos fazem com que exista uma proporção muito baixa entre adultos e jovens para a quantidade de pessoas com idade mais avançada.

Para evitar ou conter esse problema, alguns países da Europa, como Portugal, França e Alemanha, vêm adotando medidas para impulsionar o crescimento vegetativo, incluindo o pagamento de salários para aqueles casais que desejam ter um terceiro filho, o que, ao menos por enquanto, não tem gerado os efeitos desejados.

Um terceiro efeito do deficit demográfico é a gradativa mudança da composição étnica da população, o que acontece quando há certo volume migratório, como é o caso da própria Europa. Em outras palavras, aumenta-se a quantidade de estrangeiros residentes no país e diminui-se o número de pessoas do próprio continente que se reproduzem, o que causa uma gradativa mudança nos traços culturais e pessoais da população em geral.

O Brasil não está livre do problema do deficit populacional. Segundo dados do IBGE, o ritmo de crescimento da população brasileira também vem diminuindo gradativamente, seguindo a tendência da transição demográfica. A perspectiva, realizada com base em projeções do próprio IBGE, é que a população brasileira cresça até o ano de 2042 quando, a partir de então, começará a diminuir, o que dependerá, é claro, das medidas governamentais adotadas para combater essa tendência até lá.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Por que os países menos desenvolvidos apresentam a maior taxa de crescimento vegetativo?

Países subdesenvolvidos apresentam elevadas taxas de natalidade em decorrência da ineficácia das políticas públicas relacionadas à saúde, à educação e ao mercado de trabalho. Boa parte da população enfrenta condições de vida miseráveis e falta de acesso a recursos básicos.

Quais são os fatores que influenciam no crescimento vegetativo?

O crescimento natural ou vegetativo é fruto da diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Seu cálculo é resultante da subtração entre os índices de natalidade e mortalidade de uma população. O resultado do seu indicador implica um valor positivo ou negativo de aumento da população.

Qual é a diferença do crescimento vegetativo entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos?

Já os países desenvolvidos tendem a ter um crescimento vegetativo muito menor, pois as famílias passam a ter menos filhos. Aliás, este é um dos principais obstáculos dos países desenvolvidos. Com uma população envelhecida, há escassez de mão-de-obra profissionalmente ativa para movimentar a economia do país.

O que é taxa de crescimento vegetativo?

De maneira geral, é possível dizer que o crescimento natural vegetativo corresponde ao cálculo da diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de um determinado território. Juntamente do índice migratório, essa taxa determinará o nível de crescimento demográfico de uma região.