Quais foram as consequências da invasão do Nordeste pelos holandeses?

Quais foram as consequências da invasão do Nordeste pelos holandeses?

Quais as principais consequências da expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro?

A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os mercados consumidores europeus.

Quais foram as causas da expulsão dos holandeses do Brasil?

A expulsão dos holandeses aconteceu por meio da mobilização popular contra os holandeses motivada pela Guerra de Restauração, que teve início em 1640.

Quais foram as consequências das invasões holandesas no Brasil?

Em conseqüência das invasões ao nordeste do Brasil, o capital neerlandês passou a dominar todas as etapas da produção de açúcar, do plantio da cana-de-açúcar ao refino e distribuição. Com o controle do mercado fornecedor de escravos africanos, passou a investir na região das Antilhas.

Como ocorreu a união ibérica e quais as suas consequências para os holandeses no Brasil?

Uma das consequências diretas da União Ibérica foi a invasão holandesa no nordeste. A Holanda possuía grande participação na produção do açúcar brasileiro por causa de sua relação amistosa com Portugal, todavia, a Espanha estava em guerra aberta contra a Holanda.

Por que os holandeses foram expulsos de Pernambuco?

As invasões holandesas foram motivadas pelo interesse holandês em tomar controle do negócio açucareiro e por conta da rivalidade entre Portugal e Holanda, e desta com a União Ibérica. ... O domínio teve fim em 1654, depois que Portugal e os colonos de Pernambuco mobilizaram-se para expulsar os holandeses de lá.

Como aconteceu a expulsão dos holandeses de Pernambuco?

Em 1645, no nordeste do Brasil, ocorreu a insurreição pernambucana, conflito onde os proprietários de terra da região se mobilizaram para a expulsão dos holandeses. Chegado o ano de 1640, a presença dos holandeses em território brasileiro esteve ameaçada pelo fim da União Ibérica. ...

Como ocorreu a expulsão dos holandeses no Brasil?

  • A expulsão dos holandeses aconteceu por meio da mobilização popular contra os holandeses ... A administração de Nassau foi um momento importante para o estabelecimento dos holandeses no Brasil.

Como ocorreu a expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro?

  • Tal conflito marcou a mobilização dos grandes proprietários de terra em favor da expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro. Nos anos de 16, a vitória nas batalhas ocorridas no Monte dos Guararapes determinou um grande avanço da população local contra os holandeses.

Como a Holanda estava envolvida com o negócio do açúcar no Brasil?

  • Até 1580, a Holanda tinha um envolvimento direto com o negócio do açúcar produzido no Brasil, pois foram eles que financiaram o desenvolvimento do negócio aqui e eles também participavam do refino e da comercialização do açúcar na Europa. Com a crise da dinastia de Avis, o rei da Espanha, Filipe II, acabou sendo coroado rei de Portugal.

Quando chegaram os holandeses a Pernambuco?

  • Os holandeses conquistaram a capitania de Pernambuco, em 1630, e instalaram uma colônia holandesa que existiu até 1654, quando os portugueses conseguiram expulsar os holandeses e retomar a região. O destaque da colônia holandesa ocorreu entre o período 16, quando Maurício de Nassau governou a região.

Invasão holandesa é o nome normalmente dado ao projeto de ocupação do nordeste brasileiro pelos Países Baixos durante o século XVII. Na verdade, tendo sido intentado pelos Países Baixos, o nome correto deveria ser “Invasão neerlandesa”.

História

Antecedentes

O conflito iniciou-se no contexto da chamada Dinastia Filipina (União Ibérica, no Brasil), período compreendido entre 1580 e 1640, quando Portugal e suas colônias estiveram inscritos entre os domínios da Coroa da Espanha.

À época, os Países Baixos lutavam pela sua emancipação do domínio espanhol, vindo a ser proclamada, em 1581, a República das Províncias Unidas, com sede em Amsterdã, separando-se da Espanha.

Uma das medidas adotadas por Filipe II de Espanha em represália, foi a proibição do comércio espanhol (e português) com os seus portos, o que afetava diretamente o comércio do açúcar do Brasil, onde os neerlandeses eram tradicionais investidores na agro-manufatura açucareira e onde possuíam pesadas inversões de capital.

Diante dessa restrição, os neerlandeses voltaram-se para o comércio no oceano Índico, vindo a constituir a Companhia das Índias Orientais (1602), que passava a ter o monopólio do comércio oriental, o que garantia a lucratividade da empresa.

O êxito dessa experiência levou os neerlandeses à fundação da Companhia das Índias Ocidentais (1621), a quem os Estados Gerais (seu órgão político supremo) concederam o monopólio do tráfico e do comércio de escravos, por 24 anos, na América e na África. O maior objetivo da nova Companhia, entretanto, era retomar o comércio do açúcar produzido no Nordeste do Brasil.

Periodização

Em linhas gerais, as invasões holandesas do Brasil podem ser recortadas em dois grandes períodos:

    * 1624-1625 – Invasão de Salvador, na Bahia

    * 1630-1654 – Invasão de Recife e Olinda, em Pernambuco

          o 1630-1637 – Fase de resistência ao invasor

          o 1637-1644 – Administração de Maurício de Nassau

          o 1644-1654 – Insurreição pernambucana

A resistência

A resistência, liderada por Matias de Albuquerque, concentrou-se no Arraial do Bom Jesus, nos arredores de Recife. Através de táticas indígenas de combate (campanha de guerrilhas), confinou o invasor às fortalezas no perímetro urbano de Olinda e seu porto, Recife.

As chamadas “companhias de emboscada” eram pequenos grupos de 10 a 40 homens, com alta mobilidade, que atacavam de surpresa os holandeses e se retiravam em velocidade, reagrupando-se para novos combates.

Entretanto, com o tempo, alguns senhores de engenho de cana-de-açúcar aceitaram a administração holandesa por entenderem que uma injeção de capital e uma administração mais liberal auxiliariam o desenvolvimento dos seus negócios.

O seu melhor representante foi Domingos Fernandes Calabar, considerado historiograficamente como um traidor ao apoiar as forças de ocupação e a administração neerlandesa.

Destacaram-se nesta fase de resistência luso-brasileira líderes militares como Martim Soares Moreno, Antônio Felipe Camarão, Henrique Dias e Francisco Rebelo (o Rebelinho).

O consulado nassoviano

Vencida a resistência portuguesa, com o auxílio de Calabar, a WIC nomeia o Conde João Maurício de Nassau para administrar a conquista.

Homem culto e liberal, tolerante com a imigração de judeus e protestantes, trouxe consigo artistas e cientistas para estudar as potencialidades da terra. Preocupou-se com a recuperação da agro-manufatura do açúcar, concedendo créditos e vendendo em hasta pública os engenhos conquistados.

Cuidou da questão do abastecimento e da mão-de-obra, da administração e promoveu ampla reforma urbanística no Recife (Cidade Maurícia). Concedeu liberdade religiosa, registrando-se a fundação, no Recife, da primeira sinagoga do continente americano.

A Insurreição pernambucana

Também conhecida como Guerra da Luz Divina, foi o movimento que expulsou os neerlandeses do Brasil, integrando forças lideradas pelo senhor de engenho André Vidal de Negreiros, pelo afro-descendente Henrique Dias e pelo indígena Felipe Camarão.

No contexto da Restauração portuguesa, o Estado do Brasil se pronunciou em favor do Duque de Bragança (1640), assinando-se uma trégua de dez anos entre Portugal e os Países Baixos.

No nordeste do Brasil, os engenhos de cana-de-açúcar viviam dificuldades num ano de pragas e seca, pressionados pela WIC, que sem considerar o testamento político de Nassau, passou a cobrar a liquidação das dívidas aos inadimplentes. Essa conjuntura levou à eclosão da Insurreição pernambucana, que culminou com a extinção do domínio neerlandês no Brasil.

De acordo com as correntes historiográficas tradicionais em História do Brasil, esse movimento assinala o início do nacionalismo brasileiro, pois os elementos étnicos brancos, africanos e indígenas fundiram os seus interesses na luta pelo Brasil e não por Portugal.

Conseqüências

Em conseqüência das invasões ao nordeste do Brasil, o capital neerlandês passou a dominar todas as etapas da produção de açúcar, do plantio da cana-de-açúcar ao refino e distribuição. Com o controle do mercado fornecedor de escravos africanos, passou a investir na região das Antilhas.

A açúcar produzido nessa região tinha um menor custo de produção devido, entre outros, à isenção de impostos sobre a mão-de-obra (tributada pela Coroa portuguesa) e ao menor custo de transporte. Sem capitais para investir, com dificuldades para aquisição de mão-de-obra e sem dominar o processo de refino e distribuição, o açúcar português não consegue concorrer no mercado internacional, mergulhando a economia do Brasil em crise que atravessará a segunda metade do século XVII até à descoberta de ouro nas Minas Gerais.

Cronologia

1599 – alguns autores computam uma primeira invasão, considerando que a frota do Almirante Oliver van Noort forçou a barra da baía da Guanabara, na Capitania do Rio de Janeiro, com intenções bélicas. Essa visão é incorreta, uma vez que aquele almirante, em trânsito para o Oriente (Índia, Ceilão e Molucas), apenas solicitou refrescos (suprimentos frescos) de vez que a sua tripulação se encontrava atacada por escorbuto.

Diante da negativa, premidos pela necessidade, registrou-se uma escaramuça (5 de fevereiro), na qual os neerlandeses foram repelidos, indo obter suprimentos um pouco mais ao sul, na Ilha Grande, então desabitada.

1609 – Países Baixos e Espanha assinam uma trégua de 10 anos. Durante esse período intensifica-se o comércio de açúcar na Europa, principalmente a partir de Amesterdã, um dos maiores centros de refino.

1621 – Com o encerramento da trégua, empreendedores neerlandeses fundam a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (WIC), que iniciará a chamada Guerra do Açúcar ou Guerra Brasílica (1624-54).

1624 – uma força de assalto da WIC, transportada por 26 navios sob o comando do Almirante Jacob Willekens, conquista a capital do Estado do Brasil, a cidade do São Salvador, na Capitania da Bahia. O Governador-Geral é detido e levado para os Países Baixos. A resistência portuguesa se reorganiza a partir do Arraial do Rio Vermelho, contendo os invasores no perímetro urbano de Salvador.

1625 – A Coroa espanhola reúne uma poderosa expedição (12.000 homens transportados em 52 navios), sob o comando de D. Fadrique de Toledo Osório. A expedição, conhecida como Jornada dos Vassalos, bloqueia o porto de Salvador, obtendo a rendição neerlandesa. Os reforços neerlandeses não chegaram em tempo hábil a Salvador, retornando ao perceberem que a capital havia sido perdida.

1629 – O Almirante neerlandês Pieter Hein captura a frota espanhola da prata, o que permitiu à WIC se capitalizar com os recursos necessários a uma nova expedição contra o nordeste do Brasil. Diante dos rumores da preparação de uma nova expedição neerlandesa para o Brasil, a Coroa espanhola envia Matias de Albuquerque para o Brasil, com a função de preparar a defesa.

1630 – nova força de assalto da WIC, transportada por 56 navios, sob o comando de Diederik van Waerdenburgh e Henderick Lonck, conquista Olinda e Recife, na Capitania de Pernambuco. Sem recursos para a resistência, Matias de Albuquerque retira a população civil e os defensores, e incendeia os armazéns do porto (Recife), evitando que o açúcar ali aguardando o embarque para o reino caísse em mãos do invasor. Imediatamente organiza a resistência, a partir do Arraial (velho) do Bom Jesus.

1632 – Domingos Fernandes Calabar, conhecedor das estratégias e recursos portugueses, passa para as hostes invasoras, a quem informa os pontos fracos da defesa na região nordeste do Brasil. Atribui-se a essa deserção a queda do Arraial (velho) do Bom Jesus (1635), permitindo às forças neerlandesas estenderem o seu domínio desde a Capitania do Rio Grande até a da Paraíba (1634).

1634 – Em retirada para a Capitania da Bahia, Mathias de Albuquerque derrota os neerlandeses em Porto Calvo e, capturando Calabar, julga-o sumariamente por traição e executa-o.

1635 – Forças holandesas, comandadas pelo coronel polonês Crestofle d’Artischau Arciszewski, capturam o Arraial do Bom Jesus, após um longo assédio. Quase ao mesmo tempo outra força, comandada pelo coronel Sigismundo von Schkoppe, cercava e capturava o Forte de Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho.

1637 – A administração dos interesses da WIC no nordeste do Brasil é confiada ao Conde João Maurício de Nassau Siegen, que expande a conquista até Sergipe (a sul).

1638 – Maurício de Nassau desembarca na Bahia, mas não consegue capturar Salvador.

1640 – Com a Restauração portuguesa, Portugal assinou uma trégua de dez anos com os Países Baixos. Nassau conquista os centros fornecedores de escravos africanos de Cabo Verde e de Angola.

1644 – Suspeito de improbidade administrativa, Nassau é chamado de volta aos Países Baixos pela WIC.

1645 – Descontente com a nova administração enviada pela WIC, eclode a chamada Insurreição Pernambucana ou Guerra da Luz Divina.

1648-1649 – Batalhas dos Guararapes, vencidas pelos luso-brasileiros.

1654 – Assinatura da Capitulação do Campo do Taborda, em frente ao Forte das Cinco Pontas, no Recife. Os neerlandeses deixam o Brasil.

1661 – Pela Paz de Haia, Portugal se comprometeu a indenizar os Países Baixos pelas despesas em que estes incorreram no Brasil. Em compensação pela devolução de Angola (e do tráfico de escravos africanos), os Países Baixos receberam ainda a Costa do Marfim.

Quais as consequências das invasões holandesas no Nordeste?

Consequências das invasões holandesas no Brasil Após a derrota no Nordeste brasileiro, em 1654, os holandeses foram para as Antilhas para produzir açúcar e manter seu êxito no comércio açucareiro na Europa. Dessa forma, a Holanda conseguiu recompor as perdas com as guerras contra os brasileiros.

Qual a consequência para o Brasil após a expulsão dos holandeses do Nordeste?

A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os mercados consumidores europeus.

Como foi a invasão holandesa no Nordeste?

Entre 1630 e 1637, os holandeses estenderam o seu domínio pelo Nordeste brasileiro e conquistaram regiões como a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Para isso, contaram com a preciosa ajuda de um colono chamado Domingo Fernandes Calabar. O conhecimento que ele tinha da terra foi crucial para o sucesso dos holandeses.