Quais os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado do lixo?

Quais os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado do lixo?
Crédito: Raphael Macedo

Os impactos ambientais causados pelo lixo trazem consequências para toda a sociedade. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, lançado pela Abrelpe, foi produzido cerca de 79 milhões de toneladas de lixo apenas em 2018. 

O principal foco do problema está no descarte inadequado dos resíduos. Isso reflete, especialmente, em alagamentos em dias de chuva, no aumento da poluição e em dificuldades sociais. Ou seja, se torna necessário enxergar além da realidade atual para encontrar maneiras de amenizar os danos e mudar hábitos. 

Quer saber mais? Vamos mostrar como diminuir os impactos ambientais causados pelo lixo. Acompanhe:

Entenda os principais impactos ambientais causados pelo lixo

Cerca de 2 bilhões de toneladas de lixo são produzidas anualmente em todo o planeta. No Brasil, acumulam-se diariamente mais de 130 mil toneladas de resíduos. Dessa forma, com números tão altos, osimpactos ambientais são preocupantes. Conheça os principais: 

  • proliferação de animais e doenças;
  • contaminação do solo e da água pelo chorume;
  • mau cheiro causado pelo lixo em decomposição;
  • entupimento de bueiros e aumento das enchentes;
  • aumento no número de incêndios causados pelos gases gerados pelo lixo em decomposição.

Boa parte dos problemas citados é resultado não apenas do excesso de lixo e resíduos, mas principalmente do descarte inadequado. E, quando se fala no lixo eletrônico (computadores, celulares, televisores etc.), a situação é ainda mais difícil.

A obsolescência programada, que acontece quando um produto é desenhado para se tornar ultrapassado em pouco tempo, contribui para o consumo cada vez mais alto de novos equipamentos em um curto espaço de tempo. Em função disso, as pessoas não se informam sobre o descarte correto, jogam esses aparelhos eletrônicos em vias abertas e aumentam os riscos para a saúde. 

Aprenda a diminuir os impactos 

A reciclagem é a chave para diminuir osimpactos ambientais causados pelo lixo. O processo de transformação física, química ou biológica de um produto que seria descartado em um novo produto ou matéria-prima diminui o desperdício e reduz o descarte.

O consumo consciente também é fundamental para incentivar novos hábitos positivos. Diminuir a utilização de embalagens plásticas e investir na compra de itens com opções retornáveis faz muita diferença quando o assunto é sustentabilidade. 

Além disso, evitar a compra de eletrônicos sem que, de fato, haja necessidade também é importante. Invista em produtos de boa qualidade que durem mais ou faça doações quando pensar em jogar fora algo que ainda esteja funcionando. 

Causas sociais 

Em algumas situações, é possível aliar a luta para diminuir os impactoscausados pelo lixo em apoio às causas sociais. A Lacre do Bem, por exemplo, recebe, armazena e beneficia lacres de latinhas de alumínio que são vendidos para indústria de reciclagem. O dinheiro arrecadado com a reciclagem dos lacres possibilita que o projeto realize a compra de cadeiras de rodas que são doadas para pessoas com deficiência ou entidades filantrópicas. 

Quais os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado do lixo?
Crédito: Amira Hissa

Como se vê, a responsabilidade pelos impactos ambientais causados pelo lixoé compartilhada. É dever de toda a sociedade fazer o seu papel na hora de diminuir os prejuízos, especialmente, os que envolvem saúde. Assim, fica mais simples incentivar o processo de conscientização e trabalhar por um mundo mais sustentável em diversos aspectos. 

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Planejador de Pauta: Andresa Araújo
Redator: Marcella Jeane Duarte
Revisão: Epic Content

Impactos causados por lixão incluem de contaminação ambiental até danos à saúde pública, entre outros

O lixão é uma forma inadequada de disposição final de rejeitos, que se caracteriza pelo simples descarte de lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública, segundo a definição do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Como os lixões são locais de descarte ilegal, não existe nenhum controle quanto ao local de disposição ou aos tipos de resíduos depositados. Resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade podem acabar sendo depositados junto com resíduos de alto poder poluidor, como os industriais e hospitalares.

Além disso, esses depósitos irregulares são utilizados pela população carente como uma forma de obter renda, por meio da coleta de materiais. Os catadores que trabalham em lixões ficam expostos a diversos riscos. Os lixões, portanto, causam problemas ambientais, de saúde pública e sociais.

Resíduos ou rejeitos?

Resíduo é tudo aquilo que pode ser reutilizado ou reciclado. Para isso, é preciso que os componentes de determinado produto sejam separados de acordo com sua composição. Já o rejeito é um tipo específico de resíduo sólido, aquele para o qual ainda não existe nenhuma possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem. Nesses casos, a solução ambientalmente correta é encaminhar o rejeito para um aterro sanitário licenciado.

É importante ressaltar que muitos resíduos podem e deveriam ter destinações melhores que lixões e aterros sanitários, como a coleta seletiva ou a compostagem.

Qual a diferença entre lixão e aterro sanitário?

A principal diferença entre os dois é que o aterro é uma estrutura planejada e construída para receber os resíduos sólidos que não possuem possibilidade de reciclagem. Já o lixão classifica-se como um vazadouro a céu aberto devido à forma inadequada de descartar os rejeitos, causando graves problemas socioambientais. Para saber mais sobre essas diferenças, confira a matéria a seguir:

Fim dos lixões

O descarte adequado dos rejeitos é atualmente um dos principais desafios enfrentados pelos municípios brasileiros. Com o objetivo de decretar a disposição ambientalmente correta para eles, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina ações como a extinção dos lixões e a substituição por aterros sanitários.

Porém, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil ainda possui cerca de três mil lixões. A falta de recursos financeiros por parte dos municípios tem impedido avanços mais acelerados nessa área.

Inicialmente, a legislação determinava que todos os lixões deveriam ser fechados até o dia 2 de agosto de 2014. As dificuldades de implementação de aterros sanitários, junto com pressões políticas, fizeram com que o prazo fosse prorrogado, segundo as características dos municípios.

As capitais e municípios de suas regiões metropolitanas tiveram até o dia 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios de fronteira e os que contam com mais de 100 mil habitantes, segundo o Censo de 2010, tiveram um ano a mais que as capitais para implementar os aterros sanitários.

Pelas atuais previsões, cidades com 50 a 100 mil habitantes teriam até o dia 31 de julho de 2020. Já para os municípios com menos de 50 mil habitantes o prazo negociado foi 31 de julho de 2021.

Impactos dos lixões

Os lixões caracterizam-se pela simples deposição de rejeitos em uma área aberta. Ao serem depositados dessa forma, eles não são analisados previamente, o que torna impossível saber quais substâncias são lançadas no meio ambiente e o grau de poluição e contaminação que elas podem provocar. Além disso, alguns rejeitos podem atrair animais e vetores de doenças.

Um levantamento feito pelo Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) aponta que a queima irregular de rejeitos descartados em lixões libera cerca de seis milhões de toneladas de gases de efeito estufa ao ano. É a mesma quantidade emitida por três milhões de carros movidos a gasolina no mesmo período.

Qual o impacto ambiental gerado pelo lixo?

Os principais impactos ambientais causados pelo descarte incorreto de rejeitos no lixões são:

  • Contaminação do solo pelo chorume, líquido escuro e nesse caso tóxico proveniente da decomposição da matéria orgânica;
  • Contaminação das águas subterrâneas do lençol freático com a penetração do chorume no solo;
  • Mau cheiro;
  • Aumento do número de doenças, já que os lixões atraem animais e vetores de doenças;
  • Emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pela intensificação do aquecimento global;
  • Aumento do número de incêndios causados pelos gases que são gerados a partir da decomposição dos resíduos depositados nos lixões.

Vale ressaltar que o chorume produzido em aterros sanitários e lixões é diferente do liberado pela composteira doméstica, que não é tóxico e pode ser utilizado como fertilizante de solo e pesticida natural.

Na composteira, o chorume resulta da decomposição de matéria orgânica pura, enquanto em aterros e lixões os vários tipos de descarte são decompostos juntos e liberam um chorume contaminado e cujo descarte exige atenção.

Além dos impactos ambientais, os lixões também provocam diversos problemas sociais. Esses locais são frequentemente visitados pela população carente para a catação de materiais recicláveis ou reutilizáveis que foram descartados incorretamente e podem ser vendidos.

Essas pessoas em geral não utilizam equipamentos de segurança ao manipular o lixo e ficam sujeitas a acidentes, como cortes com vidros quebrados ou lascas de madeira, e à contaminação por agentes encontrados nos lixos, como líquidos que vazam de pilhas, herbicidas e metais pesados.

Os catadores também se expõem à ação de agentes causadores de doenças e são socialmente excluídos por conta de sua ocupação profissional, o que gera impactos psicológicos.

Soluções para a gestão de resíduos

Mas, então, o que devemos fazer para cuidar do lixo? Entre as medidas necessárias para mitigar os impactos provocados pela destinação incorreta de resíduos, segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), destacam-se o fim dos lixões ainda existentes no Brasil e a construção de aterros sanitários capazes de realizar a gestão ambientalmente correta dos rejeitos.

Dados da entidade e da empresa de consultoria PwC apontam que mais da metade das cidades brasileiras ainda destinam incorretamente seus resíduos para lixões, quando poderiam ser reciclados ou reutilizados.

Por isso, são necessárias medidas punitivas mais severas para o avanço da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e o fim definitivo dos lixões.

Faça sua parte e destine o seu lixo adequadamente. Aprenda a forma correta de separar seus resíduos e encontre postos de descarte no mecanismo de busca gratuito do Portal eCycle.

Quais são os impactos causados pelo descarte inadequado do lixo?

Alagamentos e inundações, aumento da poluição, desperdício de recursos públicos, desvalorização de imóveis, obstrução de vias públicas, prejuízos ao turismo e transtornos com saúde pública são apenas alguns dos principais problemas causados pelo descarte incorreto do lixo.

Qual impacto o descarte inadequado pode causar no meio ambiente?

Na maioria dos casos, as agressões ambientais em função do descarte indevido de lixo geram consequências como, obstrução do passeio público, contaminação do solo e lençóis freáticos, alagamentos em períodos de chuva, poluição visual e aumento dos gastos públicos com limpeza urbana.

Qual é o impacto do lixo no meio ambiente?

Além da poluição do ar, terra e água, a má gestão dos resíduos tem efeitos prejudiciais à saúde pública (devido à poluição ambiental e à possível transmissão de doenças infecciosas transportadas por vetores) e à degradação ambiental em geral, bem como aos impactos paisagísticos.

Quais os principais impactos ambientais do descarte inadequado dos resíduos sólidos?

Os impactos da má gestão dos resíduos sólidos causam poluição atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo e poluição visual, e, além disso, dependendo do tipo de resíduos, podem causar doenças para população, ocasionando o dano a saúde das pessoas.