Quais os riscos de praticar atividade física por conta própria sem nenhuma referência da maneira correta de realizar as repetições?

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Atividade f�sica sem orienta��o: riscos para quem pratica

Actividad f�sica sin orientaci�n: los riesgos para quien practica

Quais os riscos de praticar atividade física por conta própria sem nenhuma referência da maneira correta de realizar as repetições?

 

Professores Universo, Goi�nia

(Brasil)

Eduardo Fernandes Silveira

Sabrina Garcia Souza

Prof. Ademir Schmidt

 

Resumo

          Na atualidade, cresce mais o n�mero de praticantes de exerc�cios que treinam por conta pr�pria nas academias ou em suas pr�prias resid�ncias. Isto � causado pela facilidade de acesso a algumas informa��es sobre treinamento adquiridas pela pr�pria Internet, revistas, v�deos ou pela viv�ncia nas academias. A pr�tica de atividade f�sica � sempre importante para se ter uma boa qualidade de vida, mas feita de forma errada, pode trazer riscos de les�es. A import�ncia do profissional de Educa��o F�sica � extrema nesta �rea, pois ele � o �nico profissional habilitado e que tem conhecimento para ministrar a pr�tica da atividade f�sica e do esporte com seguran�a e coer�ncia na busca dos objetivos procurados pelo praticante. Por esse motivo o objetivo do presente estudo foi investigar a pr�tica de atividade f�sica sem orienta��o em um parque da cidade de Goi�nia-Go.Verificou-se que s� 14% dos praticantes s�o orientados e desses, apenas 27% por um professor de Educa��o F�sica.

          Unitermos

: Princ�pios do treinamento desportivo. Atividades f�sicas. Diabetes. Colesterol.  
Quais os riscos de praticar atividade física por conta própria sem nenhuma referência da maneira correta de realizar as repetições?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 19 - N� 192 - Mayo de 2014. http://www.efdeportes.com/

Quais os riscos de praticar atividade física por conta própria sem nenhuma referência da maneira correta de realizar as repetições?

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Introdu��o

    Na atualidade, cresce mais o n�mero de praticantes de exerc�cios que treinam por conta pr�pria nas academias ou em suas pr�prias resid�ncias. Isto � causado pela facilidade de acesso a algumas informa��es sobre treinamento adquiridas pela pr�pria internet, revistas, v�deos ou pela viv�ncia nas academias.

    A pr�tica de atividade f�sica � sempre importante para se ter uma boa qualidade de vida, mas feita de forma errada, pode trazer riscos de les�es.
As les�es podem ocorrer por gestos motores realizados incorretamente, onde as posturas incorretas colocam a coluna vertebral e as articula��es em descompensa��o de cargas, riscos de les�es articulares e desvios posturais, levando o corpo � fadiga muscular e mental, causando muitas vezes excessos de treinamento, o conhecido overtraining.

    A import�ncia do profissional de Educa��o F�sica � extrema nesta �rea, pois ele � o �nico profissional habilitado e que tem conhecimento para ministrar a pr�tica da atividade f�sica e do esporte com seguran�a e coer�ncia na busca dos objetivos procurados pelo praticante. Por esse motivo o objetivo do presente estudo foi investigar a pr�tica de atividade f�sica sem orienta��o em um parque da cidade de Goi�nia-Go.

Desenvolvimento

    O treinamento desportivo apresenta-se como uma atividade f�sica de longa dura��o, graduada de forma progressiva, individualizada, atuando especificamente nas fun��es humanas, fisiol�gicas e psicol�gicas, com objetivos de superar tarefas mais exigentes que as habituais (Bompa, 2002). O treinamento desportivo, quando aplicado adequadamente, provoca no organismo humano, adapta��es morfol�gicas e funcionais, elevando assim o n�vel de forma f�sica do indiv�duo. Para tanto, alguns princ�pios devem ser seguidos para que a aplica��o desse treinamento seja eficaz.

    O princ�pio da individualidade biol�gica determina que nenhum ser � igual ao outro. Segundo Wilmore e Costil (2001), nem todos os seres foram criados com a mesma capacidade de adapta��o ao treinamento f�sico, sendo que a gen�tica tem um papel importante em rela��o � capacidade de um determinado organismo, � adapta��o a um programa de exerc�cios f�sicos. Por isso que cada indiv�duo deve ter um treinamento de acordo com as suas capacidades fisiol�gicas.

    O princ�pio da adapta��o est� ligado a homeostase que � o estado de equil�brio inst�vel mantido entre os sistemas corporais e o meio ambiente. A homeostase pode ser rompida por fatores internos (geralmente oriundos do c�rtex cerebral) ou externos como calor, varia��o da press�o, esfor�o f�sico, traumatismo. Assim, sempre que a homeostase � rompida, o organismo dispara um mecanismo compensat�rio que procura restabelecer o equil�brio. Hussay (1956) apud Dantas (1985) estabeleceu uma diferencia��o entre as intensidades dos est�mulos:

  • Nos casos em que o est�mulo for muito fraco, n�o produzir� adapta��o satisfat�ria e ser� classificado como est�mulo D�bil;

  • Os est�mulos de baixa intensidade que apenas excitam o organismo e n�o produzem adapta��es posteriores s�o classificados como M�dios;

  • Os est�mulos Fortes s�o exatamente aqueles que proporcionam as adapta��es mais seguras, plenas e prolongadas. Busca-se no treinamento consciente e organizado, na maior parte do tempo, exatamente a manuten��o desta forma de est�mulo;

  • Os est�mulos Muito Fortes acarretam sens�veis danos ao organismo e podem seguramente causar les�es, caso n�o sejam controlados por meio de testes peri�dicos e avalia��es generalizadas pr�vias relacionadas ao estado biol�gico maturacional e tamb�m psicol�gico do indiv�duo.

    O objetivo do treinamento �, atrav�s de stress f�sico, "quebrar" essa homeostase, desencadeando um processo denominado de S�ndrome de Adapta��o Geral (SAG) que segundo Selye (1956) apud Schmidt (2012) � o estresse ou est�mulos capazes de provocar adapta��es ou danos no organismo.

    O princ�pio da sobrecarga � quando est�mulos mais fortes s�o aplicados por ocasi�o do final da assimila��o compensat�ria, que segundo Hegedus (1969) apud Schmidt (2012) � o per�odo de restaura��o (recupera��o), no qual � recompostas as energias e substratos depletados, fazendo com que o indiv�duo se prepare para cargas de trabalho mais fortes. Al�m disso, existe a restaura��o ampliada que � a energia que o organismo disp�e para novos est�mulos.

    Outro princ�pio importante � o da especificidade. Se o objetivo do indiv�duo � o aumento do volume muscular, o treinamento tem que ser baseado em est�mulos que proporcionem a hipertrofia muscular.

    O treinamento baseia-se na aplica��o de cargas crescentes, progressivamente assimiladas pelo organismo. Portanto, o treinamento precisa ser continuado para que seja poss�vel manter os ganhos adquiridos durante este processo. Por�m as contus�es, as faltas freq�entes e os per�odos muitos longos de recupera��o atuam negativamente sobre o processo da Continuidade.

    O treinamento f�sico � a base para o treinamento dos atletas, � atrav�s dele que os atletas condicionam seu corpo para a pr�tica esportiva, aumentando for�a e massa muscular, melhorando as suas capacidades aer�bia e anaer�bia, enfim melhorando seu condicionamento f�sico geral. Para tal existem alguns m�todos de treinamento que ir�o ajudar nesse processo. Eles devem ser usados de acordo com os objetivos e interesses de cada indiv�duo.

    Segundo Wilmore e Costil (1988) o m�todo de treinamento cont�nuo se baseia nos exerc�cios tipicamente aer�bios, tamb�m chamados de exerc�cios c�clicos, cuja dura��o � prolongada com intensidades baixas, moderadas ou altas (50 a 85% do VO2 m�x) em ritmo cadenciado, provocando uma melhora no transporte de oxig�nio at� o n�vel celular desenvolvendo a resist�ncia aer�bia. Geralmente este treinamento � aplicado abaixo do limiar anaer�bico, para evitar a produ��o excessiva de lactato, sendo assim, � considerado o melhor m�todo para iniciantes em atividades f�sicas e para indiv�duos que visam o desenvolvimento cardiorrespirat�rio, al�m de diminuir a gordura corp�rea, porque a atividade vai proporcionar muito gasto cal�rico.

    Segundo Bompa (2002), o m�todo de treinamento intervalado refere-se ao m�todo de repeti��o de est�mulos de v�rias intensidades, com um intervalo de descanso previamente planejado, durante o qual o atleta n�o se regenera completamente. Sua prescri��o fundamenta-se na intensidade e tempo de dura��o dos exerc�cios, menor volume e maior intensidade, nos respectivos intervalos de recupera��o, na quantidade de repeti��es do intervalo exerc�cio-recupera��o e freq��ncia de treinamento por semana (POWERS, 2000).

Metodologia

    A pesquisa se classifica como descritiva, que segundo Cervo e Bervian (2002, p. 66) caracterizam-se por observar, registrar, analisar e correlacionar vari�veis sem manipul�-las, procurando descobrir, com a precis�o poss�vel, a freq��ncia com que um fen�meno ocorre, sua rela��o e conex�o com outros, sua natureza e caracter�sticas.

    Participaram desta pesquisa 30 sujeitos (sendo 18 mulheres e 12 homens), com faixa et�ria entre 21 e 71 anos, praticantes de atividades f�sicas realizadas na Pra�a do Violeiro, em Goi�nia. Foi utilizado um question�rio contendo 15 perguntas, tais como idade, exerc�cio praticado com maior freq��ncia, se o exerc�cio � praticado com alguma orienta��o.

Resultados e discuss�o

Quais os riscos de praticar atividade física por conta própria sem nenhuma referência da maneira correta de realizar as repetições?

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    A grande maioria das pessoas pesquisadas, 30% tem mais de 60 anos, ou seja, s�o considerados idosos e a pr�tica de atividades f�sicas � important�ssima para eles. Segundo Otto (1987), o idoso tem perda de at� 5% da capacidade f�sica a cada 10 anos e pode recuperar 10% atrav�s de atividades f�sicas adequadas, que tamb�m atuam como antidepressivos.

    28% s�o obesos, o que � bastante preocupante. Constatino e Lopez (1999) alertam que a preval�ncia da obesidade cresce e preocupa os m�dicos, mostrando a necessidade de combat�-la e control�-la desde a inf�ncia e a adolesc�ncia, pois a obesidade � um dist�rbio do metabolismo energ�tico e o melhor caminho para n�o se tornar obeso � prevenir, uma vez que envolve um fator de risco e em condi��es cr�nicas levam � incapacidade e � perda de produtividade, al�m de comprometer a qualidade de vida. Outra complica��o que os indiv�duos apresentaram foi a diabetes, com 20% e a atividade f�sica � de vital import�ncia para eles, pois aumenta a sensibilidade � a��o da insulina.

    A caminhada tem como grande vantagem poder ser praticada por qualquer pessoa, independente de idade ou sexo e por ser uma forma natural e saud�vel de exercitar-se em baixo impacto e intensidade e 60% das pessoas praticam a caminhada. De acordo com Pollock e Wilmore (1993), essa atividade possui os melhores �ndices de ades�o, devidos, dentre outros fatores, ao risco de les�es osteoarticulares e ligamentares ser praticamente inexistente, assim como, pela sensa��o de alto prazer e camaradagem experimentada entre os praticantes destes programas. Por�m a atividade f�sica n�o pode ficar somente restrita a caminhada ou corrida, pois restringem outras capacidades funcionais como a for�a muscular, a sa�de �ssea e a flexibilidade. � importante que o indiv�duo tamb�m pratique outras atividades para poder complementar o seu treino.

    � necess�rio o aux�lio de um profissional de educa��o f�sica nas atividades para evitar les�es, levando em considera��o, � forma de execu��o dos exerc�cios, para que estes sejam realizadas corretamente sem colocar a estrutura corporal em risco e mantendo o aluno apto para o treinamento sem que este fique acometido de dores na coluna e nas articula��es, assim como orienta��es tamb�m quanto � sobrecarga de treino, tempo de repeti��o e s�ries utilizadas em cada aula e somente 14% tem orienta��o e dessas pessoas 60% s�o orientadas por um m�dico, 27% por um Professor de Educa��o F�sica e 13 por um amigo.

Conclus�o

    Conhecer e aplicar os PDT corretamente � fundamental para que o Professor de Educa��o F�sica possa desenvolver um treino cientificamente seguro para que o indiv�duo alcance os seus objetivos. Por�m observou-se que a grande maioria treina sem orienta��o, o que � bastante preocupante pois o treino por conta pr�pria n�o traz muitos benef�cios, muito pelo contr�rio, uma vez que sem acompanhamento profissional adequado, o indiv�duo pode demorar a atingir suas metas, sejam elas f�sicas ou mentais, al�m do risco de les�es, que pode afast�-lo por um longo tempo da pratica de atividade f�sica, afetando assim no seu processo de desenvolvimento.

    � importante ressaltar que o aluno n�o orientado, pela aus�ncia de conhecimento fisiol�gico e anat�mico do exerc�cio, tem grande risco de morte por carga excessiva no sistema card�aco e respirat�rio

Refer�ncias

  • BOMPA, T.O. Periodiza��o: teoria e metodologia do treinamento. 4� ed. S�o Paulo: Phorte Editora, 2002.

  • CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia cient�fica. 5� ed. S�o Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.

  • CONSTANTINO, C.F.; LOPEZ, F.A. Obesidade infanto-juvenil. Unifesp � Comunica��o/Clipping, Folha de S�o Paulo/SP, jan, 1999.

  • DANTAS, Est�lio Henrique M. A Pr�tica da Prepara��o F�sica, Rio de Janeiro. Sprint. 1985.

  • OTTO, Edna Ruth de Castro. Exerc�cios f�sicos para a terceira idade. S�o Paulo: Manole, l987.

  • POLLOCK, M.L.; WILMORE, J.H. Exerc�cio na sa�de e na doen�a: avalia��o e prescri��o para preven��o e reabilita��o. 2� Rio de Janeiro: MEDSI, 1993

  • POWERS, Scoot K; HOWLWY, Edwards T. Fisiologia do exerc�cio. Teoria e aplica��o ao condicionamento e ao desempenho. 3� ed. S�o Paulo: Manole, 2000.

  • SCHMIDT, Ademir. Treinamento esportivo I. 2012. Curso de Educa��o F�sica. Universidade Salgado de Oliveira Campus Goi�nia, Goi�nia-Goi�s.

  • WILMORE, J. H. and COSTILL, D. L. Training for Sporting and Activity, Dubuque, IA: WM. C. Brown publishers.1988.

  • WILMORE, J. H; COSTILL, D. L. Fisiologia do esporte e do exerc�cio. Manole, S�o Paulo, 2001.

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