Qual a fase que a criança começa a perceber que sua identidade permanece intacta apesar de acontecer várias mudanças em sua volta quando elas aprendem o próprio nome?

Um dos maiores conhecimentos que Freud trouxe à psicologia foi quando mencionou que a experiência da infância tem uma forte influência sobre a personalidade adulta. “O desenvolvimento da personalidade envolve uma série de conflitos entre o indivíduo, que quer satisfazer os seus impulsos instintivos, e o mundo social (principalmente a família), que restringe este desejo.” (CLONINGER, 1999, p. 55).

Existem cinco fases universais do desenvolvimento que são chamadas de fases psicossexuais. Freud acreditava que a personalidade estaria essencialmente formada ao fim da terceira fase, por volta dos cinco anos de idade, quando o indivíduo possivelmente já desenvolveu as estratégias fundamentais para a expressão dos seus impulsos, estratégias essas que estabelecem o núcleo da personalidade.

Na fase oral, o desenvolvimento ocorre desde o nascimento aos doze meses de vida. Nesta fase a zona de erotização é a boca, as atividades prazerosas são em torno da alimentação (sucção). Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome, a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os outros. Uma fixação nessa fase provoca o desenvolvimento de um tipo de personalidade de caráter oral, do qual os traços fundamentais são o otimismo, a passividade e a dependência. Para Freud, os transtornos alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral.

A fase anal ocorre durante o segundo e o terceiro ano de vida, onde o prazer está no ânus. Nessa fase a criança tem o desejo de controlar os movimentos esfincterianos e começa também a entrar em conflito com a exigência social de adquirir hábitos de higiene. Uma fixação nessa fase pode causar conflitos para o resto da vida em torno de questões de controle, de guardar para si ou entregar. O caráter anal é caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.

Na fase fálica que ocorre dos três aos cinco anos, a área erógena fundamental do corpo é a zona genital. Freud sustenta que nessa fase o pênis é o órgão mais importante para o desenvolvimento, tanto dos homens quanto das mulheres, por isso Freud é fortemente criticado e acusado de ser falocêntrico. O desejo de prazer sexual expressa-se por meio da masturbação, acompanhada de importantes fantasias. Nessa fase fálica também ocorre o complexo de Édipo, que consiste no menino desejar a própria mãe, mas por medo da castração abandona esse desejo, igualmente ocorre com a menina mudando apenas os papéis, onde o pai seria o seu objeto de desejo. Uma não resolução nessa fase pode ser considerada como a causa de grande parte das neuroses.

A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica tem como conseqüência dificuldades na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. Dificuldades como a identificação de papéis sexuais podem derivar de dificuldades nesta fase. Freud propôs que os homens homossexuais tem uma forte angústia de castração, mas Freud é novamente criticado por não levar em conta as questões sociais que mudam de uma cultura para a outra e que influenciam o desenvolvimento das preferências sexuais. Ele acreditava também que a tendência homossexual poderia ser de caráter hereditário.

Freud declara que em grande parte a personalidade se forma durante esses primeiros três estágios psicossexuais, quando são estabelecidos os mecanismos essenciais do ego para lidar com os impulsos libidinais.

A fase de latência que ocorre desde os 5 anos e vai até a puberdade é considerado um período de relativa calma na evolução sexual, sendo que pouco é colocado por Freud com relação a tensão libidinal.

Na fase genital que tem início na puberdade, o indivíduo desenvolve a capacidade de obter satisfação sexual com um parceiro do sexo oposto. “O caráter genital é o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se desenvolve na ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio de uma psicanálise.” (CLONINGER, 1999, p.63). Contudo, o indivíduo livre de conflitos pré-edípicos significativos, aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a manifestação de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada fica disponível para o trabalho, que é prazeroso.

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Fases do desenvolvimento da criança

28 Janeiro 2019

O desenvolvimento físico e psicológico das crianças começa desde a fecundação, passando pela primeira infância, adolescência, juventude e segue por toda a vida. No entanto, conforme ressalta a Sociedade Brasileira de Pediatria, é nos três primeiros anos de vida que o cérebro evolui com maior intensidade. Por isso, o estímulo precoce traz fortes impactos e são fatores decisivos na transição da criança para a vida adulta, em relação à progressão de suas habilidades de aprendizagem cognitivas, afetivas e psicomotoras.

O relatório clínico da Academia Americana de Pediatria (AAP), O Poder da Brincadeira: Um Papel Pediátrico no Aprimoramento do Desenvolvimento em Crianças Pequenas, mostra que a brincadeira pode melhorar as habilidades das crianças para planejar, organizar, conviver com outras pessoas e controlar as emoções. Além disso, auxilia no desenvolvimento da linguagem, da matemática, das habilidades sociais e até ajuda as crianças a lidar com o estresse.

Mas para que você acompanhe o desenvolvimento do seu bebê, elaboramos um roteiro de evolução média da criança até os 6 anos. Isso não quer dizer que se seu filho não seguir essa linha do tempo, haja algum problema em seu desenvolvimento, mas é importante que ele seja avaliado periodicamente pelo pediatra, profissional capaz de perceber qualquer irregularidade.

1 mês

Deitado de costas, já movimenta a cabeça para respirar melhor. Suas atividades são predominantemente reflexivas e a sua percepção visual é satisfatória apenas de perto. Já a mãe é reconhecida pelo cheiro.

2 a 4 meses

Nessa idade, começa a sugar o polegar e a reproduzir sons e fica imóvel ao ouvir uma voz conhecida. Reage ao seu nome, virando a cabeça. Nessa fase, a mãe é reconhecida visualmente.

5 meses

Senta-se com apoio e mantém as costas retas, assim como segura objetos e interage com eles. A criança imita gestos, sabe o momento de chamar a atenção e ri ao brincar.

6 meses

Permanece sentado, ainda com apoio, por um longo tempo. Distingue rostos estranhos de familiares, além de imitar a voz da mãe.

7 meses

Fica sentado sem apoio por alguns instantes, já começa a se arrastar e a se deslocar do lugar.

8 meses

Participa mais ativamente das brincadeiras e troca sinais com adultos. Começa a morder nessa fase.

9 meses

Fica parado sozinho em pé e se segura. Começa a engatinhar. Geralmente, é nesse período que reage corretamente a palavras e expressões familiares, como “pega”, “me dá” e “vem com a mamãe”, por exemplo. Passa a reconhecer seu nome.

10 a 11 meses

Age intencionalmente e utiliza brinquedos de encaixar. Além disso, tenta imitar os sons que ouve e compreende proibições.

1 ano

Tem bom equilíbrio sentado e começa a andar, segurando pela mão. Repete gestos e emite, no mínimo, três palavras diferentes.

1 ano e 3 meses

Anda sozinho, ajoelha-se, sobe escada com apoio das mãos e se alimenta com as mãos sem ajuda.

1 ano e 6 meses

Senta-se na cadeira sozinho, sobe e desce escadas, já se segurando no corrimão, salta com os dois pés e realiza atos coordenados complexos, como desenhar rabiscos espontaneamente.

2 anos

Chama-se pelo próprio nome. Comunica-se com gestos e atitudes, principalmente com outras crianças. Constrói frases de duas palavras e usa o “não” sistematicamente.

3 anos

Nessa fase a capacidade motora da criança é expandida. Ela já é capaz de correr, saltar, se sente mais segura ao subir e descer as escadas de forma ereta. É importante que, nessa etapa, os pais a incentivem a se vestir e a se alimentar sozinha.

4 a 5 anos

Essa fase é marcada pelo rápido desenvolvimento intelectual (a criança aprende tudo facilmente) e muscular, já que possui a coordenação semelhante à de um adulto e controla de forma eficaz os seus movimentos. O estímulo à aprendizagem de forma lúdica é fundamental para o seu desenvolvimento.

6 anos

A sua independência é confirmada nessa fase, já que ela rejeita ajuda para se vestir, além de ter controle total de sua higiene. Suas competências linguísticas são amplamente desenvolvidas e a aprendizagem encontra uma porta aberta para construir seu espaço, seja na escrita, na leitura ou na expressão oral.

Leia também:

A importância do brincar

As primeiras palavras do bebê

Texto: Fabiana Gonçalves | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes

Fonte: American Academy of Pediatrics / Sociedade Brasileira de Pediatria/ Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.

O que acontece na fase fálica?

Na fase fálica que ocorre dos três aos cinco anos, a área erógena fundamental do corpo é a zona genital. Freud sustenta que nessa fase o pênis é o órgão mais importante para o desenvolvimento, tanto dos homens quanto das mulheres, por isso Freud é fortemente criticado e acusado de ser falocêntrico.

Quais são as fases do desenvolvimento da personalidade?

O conceito de desenvolvimento da personalidade, para Freud, ocorre em sete fases: oral, anal, fálica, latência, adolescência, maturidade e velhice.

Quando começa a se formar a personalidade?

Mas desde quando uma personalidade começa a se formar? A personalidade infantil começa a ser construída desde que o bebê é bem pequenino. Então, sim, os fatores biológicos e hereditários contam nesse aspecto.

Qual é o estágio do desenvolvimento da personalidade o qual segundo Freud é a principal fonte de prazer e alimentação?

Durante a fase oral, a principal fonte de interação da criança ocorre através da boca, de modo que o reflexo de enraizamento e sucção é especialmente importante. A boca é vital para a alimentação, e o bebê recebe prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes como degustação e sucção.

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