Qual a importância das Diretrizes curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental?

Olá, leitor!

As Diretrizes Curriculares Nacionais são um conjunto de normas  e procedimentos obrigatórios para a Educação Básica que orientam o planejamento escolar da instituição de ensino e o seu sistema de ensino auxiliando na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.

As Diretrizes Curriculares Nacionais foram discutidas, elaboradas e determinadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

As Diretrizes Curriculares Nacionais foram originadas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que afirma ser responsabilidade da União “estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”.

O princípio das Diretrizes Curriculares Nacionais determina ainda a autonomia da escola e da proposta pedagógica, promovendo o incentivo às instituições de ensino a elaborar seu currículo, dentro das áreas de conhecimento exigidas, os conteúdos pertinentes a formação de uma determinada competência que estão descritas nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

Sendo assim, a escola precisa aplicar esse conteúdo presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais dentro do contexto mais adequado, sempre considerando o público atendido pela escola, bem como sua localização e outros aspectos que considerar relevantes para que todos tenham acesso ao ensino e seus princípios.

Vale ressaltar que as Diretrizes Curriculares Nacionais são diferentes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), enquanto o primeiro refere-se às leis que oferecem metas e objetivos que devem ser buscados e alcançados em cada curso, o segundo são apenas referências que devem ser consideradas na escola, mas sem o peso de uma Lei.

De acordo com o Conselho Nacional de Educação, as Diretrizes Curriculares Nacionais compreendem elementos considerados essenciais para cada área básica do conhecimento, bem como o campo do saber ou mesmo a profissão.

Seu objetivo central é promover no estudante a capacidade de desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente. Para que isso aconteça foram estabelecidas as seguintes Diretrizes Curriculares Nacionais:

  • Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
  • Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental;
  • Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
  • Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores.

Além disso, as Diretrizes Curriculares Nacionais buscam promover a equidade de aprendizagem, para que dessa maneira seja garantido que os conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos que pertençam a instituição, e obviamente, sem deixar de levar em conta os contextos nos quais esses alunos estão inseridos.

O que são e qual é a função das diretrizes curriculares?

Qual a importância das Diretrizes curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental?

Fonte: Shutterstock

As Diretrizes Curriculares Nacionais são um grupo de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica que orientam as escolas na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.

Para que as Diretrizes Curriculares Nacionais fossem elaboradas e definidas foram necessárias a participação de componentes das mais diversas esperas existentes em nossa sociedade.

Dentre elas destacam-se o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), bem como a presença de docentes, dirigentes municipais e estaduais de ensino, pesquisadores e equipe de representantes de escolas privadas.

As diretrizes curriculares preservam a autonomia dos professores?

As Diretrizes Curriculares Nacionais ainda tem como objetivo preservar a autonomia dentro das escolas e de sua proposta pedagógica.

Ela estimulas as instituições de ensino  a elaborarem seu próprio currículo de ensino dentro das áreas de conhecimento obrigatórias, que estão presentes nos conteúdos que lhes convêm para a formação daquelas competências explícitas nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

Sendo assim, as instituições de ensino precisam trabalhar o conteúdo programático básico presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais dentro do contexto que convêm naquele momento, sempre levando em consideração as necessidades dos alunos que atendem, a região em que estão inseridas e outros aspectos locais que podem ser considerados relevantes.

Diferenças entre Diretrizes Curriculares Nacionais e Parâmetros Curriculares Nacionais

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são diretrizes separadas por disciplinas elaboradas pelo governo federal e não obrigatórias por lei, ela pode ser considerada um material de apoio para a elaboração do conteúdo programático da instituição de ensino.

Elas visam subsidiar e orientar a elaboração ou revisão curricular; a formação inicial e continuada dos professores; as discussões pedagógicas internas às escolas; a produção de livros e outros materiais didáticos e a avaliação do sistema de Educação.

Os PCNs foram criados em 1997 e funcionaram como referenciais para a renovação e reelaboração da proposta curricular da escola até a definição das Diretrizes Curriculares Nacionais.

Por outro lado, as Diretrizes Curriculares Nacionais são normas obrigatórias, determinadas por Leis e direcionadas para a Educação Básica, que foi desenvolvida com o objetivo de orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, direcionando seus currículos e conteúdos mínimos.

Dessa forma, as Diretrizes Curriculares Nacionais  asseguram a formação básica, com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), definindo competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

Diferenças entre Diretrizes Curriculares e Expectativas de Aprendizagem (direitos de aprendizagem)

As expectativas de aprendizagem – também conhecida como direitos de aprendizagem – definem o que é esperado que todos os alunos aprendam após a conclusão de uma série e um nível de ensino.

Elas foram previstas pelo Conselho Nacional de Educação, nas diretrizes gerais da Educação Básica.

Diferentemente das Diretrizes Curriculares Nacionais, que são mais amplas e genéricas, as expectativas correspondem as recomendações existentes sobre os conhecimentos que devem ser abordados em cada disciplina dentro das instituições de ensino.

Entretanto, as expectativas de aprendizagem não correspondem a uma listagem de conteúdos, competências e habilidades, e sim de um conjunto de orientações que tem a função de auxiliar o planejamento dos professores, como materiais adequados, tempo de trabalho e condições necessárias para colocá-lo em prática.

No momento, as expectativas de aprendizagem (direitos de aprendizagem) estão em discussão no MEC.

Diretrizes Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental e Médio

A carga horária mínima prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais para esse período escolar é de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos.

Os componentes curriculares obrigatórios do ensino fundamental serão organizados em relação às seguintes áreas de conhecimento: linguagens (língua portuguesa, língua materna para populações indígenas, língua estrangeira moderna, arte e educação física); matemática; ciências da natureza; ciências humanas (história e geografia) e ensino religioso.

As novas Diretrizes Curriculares Nacionais que foram fixadas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) foram publicadas no Diário Oficial da União em 15/12/2010.

O documento define princípios fundamentais e procedimentos definidos para orientar as políticas públicas educacionais do país.

As aulas devem ser dadas em português no ensino regular e na língua da respectiva etnia, no caso das comunidades indígenas.

O ensino de história deve levar em consideração as diferenças étnicas e culturais do povo brasileiro, bem como a história indígena e afro-brasileira serem obrigatórias nas salas de aula.

As Diretrizes Curriculares Nacionais determina ainda, que o ensino médio incorpore a divisão das matérias por áreas do conhecimento. Entre as novidades que traz a resolução está a flexibilização da duração máxima do ensino médio regular noturno.

De acordo com o texto, as escolas que oferecem essa modalidade aos alunos devem “atender, com qualidade, a sua singularidade, especificando uma organização curricular e metodológica diferenciada, e pode, para garantir a permanência e o sucesso destes estudantes”.

O Ministério da Educação publicou, na edição de 31/01/2012 do “Diário Oficial da União”, a resolução que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio nas escolas públicas e particulares.

As Diretrizes Curriculares Nacionais devem ser aplicadas a todas as modalidades do ensino fundamental regular, bem como a educação no campo, a educação escolar indígena e a educação escolar quilombola.

Entre os princípios destacados no documento estão os objetivos previstos para essa etapa de escolarização, como o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio de leitura, escrita e cálculo.

O ensino fundamental de nove anos abrange crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Crianças com 6 anos completos até 31 de março do ano em que ocorre a matrícula, devem ser inscritas no ensino fundamental, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais.

Caso o aniversário seja depois desse mês, ela deve ser matriculada na educação infantil (pré-escola).

O texto, que substitui as Diretrizes Curriculares Nacionais em vigor desde 1998, contém 23 artigos relacionados à organização curricular, às formas de oferta de ensino, ao projeto político-pedagógico das escolas e aos sistemas de ensino.

A carga horária do turno noturno, de acordo com as diretrizes, é a mesma que a do diurno: 2.400 horas, cumpridas em no mínimo três anos. Um adendo na resolução, porém, permite “ampliar a duração do curso para mais de três anos, com menor carga horária diária e anual”.

A resolução ainda define que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deve, progressivamente, compor o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), assumindo as funções de avaliação sistêmica para subsidiar as políticas públicas para a educação básica; servir para dar certificado de conclusão do ensino médio; servir de acesso para as universidades e outras instituições de ensino superior.

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Até logo!

Qual a importância das diretrizes curriculares nacionais?

As diretrizes curriculares visam preservar a questão da autonomia da escola e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu currículo, recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe convêm para a formação daquelas competências explícitas nas DCNs.

O que são diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental?

Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na organização, na articulação, no ...

Qual o objetivo das Diretrizes curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos?

18 O currículo do Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração exige a estruturação de um projeto educativo coerente, articulado e integrado, de acordo com os modos de ser e de se desenvolver das crianças e adolescentes nos diferentes contextos sociais.

Quais são as diretrizes para o Ensino Fundamental?

As Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental, ou DCNs, são um conjunto de parâmetros, princípios, fundamentos e procedimentos que servem para nortear a educação básica, do primeiro ao nono ano da criança.