Qual a mensagem do filme Para Sempre Alice traz para o estudante de enfermagem?

Alice Howland (Julianne Moore) é uma inteligente e bem sucedida professora de linguística, tem uma bela família, hábitos saudáveis... Tudo é posto à prova quando ela recebe o diagnóstico de Alzheimer de início precoce, doença degenerativa que causa demência. Com 50 anos, Alice começa a se preparar para perder tudo aquilo que conquistou, ver sua vida e a de seus filhos passando rápido e lidar com o fato de que sua vida tem um prazo de validade.

Para Sempre Alice mostra em detalhes uma vida passando rapidamente. Diferente de trabalhos de ficção científica, o longa mostra algo que realmente existe e pode nos afetar, se não pessoalmente, a um familiar próximo. É uma doença que traz um desgaste emocional e psicológico muito forte àqueles que estão ao redor do afetado e é com pequenas indicações de esquecimentos esporádicos que descobrimos os primeiros sintomas de Alice.

Primeiro são palavras, apagões de consciência e compromissos que somem da cabeça de Alice. O progresso da degeneração, no entanto, é rápido. Após poucos minutos (dentro dos 101 min do longa) depois do diagnóstico já começam as crises de mudança de humor e coisas mais importantes, como o nome e rosto de Lydia (Kristen Stewart), uma de suas filhas, fica para trás.

É agonizante acompanhar as perdas de Alice. Em algum momento do filme, Dr. Benjamin (Stephen Kunken) explica que pessoas com maior capacidade intelectual acabam perdendo a cognição com maior rapidez devido aos desvios e conexões criados, criando uma espécie de disfarce sobre a doença. Dentro das circunstâncias, a estudiosa Alice poderia estar doente há meses, talvez anos, e acabou tendo um diagnóstico tardio devido a sua habilidade de mascarar os primeiros sintomas.

Mesmo enfatizando sempre que a consciência de Alice está se esvaindo com rapidez, Para Sempre Alice peca em estabelecer um período temporal exato. Em uma conversa com seus filhos, John (Alec Baldwin) chega a dizer "que já faz dois meses", mas essa é uma das poucas menções à passagem temporal do longa. Não consigo dizer quanto tempo levou para Alice chegar de seu diagnóstico ao último momento do filme, se passaram meses ou anos.

Na tentativa de explorar com mais afinco a manifestação do Alzheimer, construindo uma cena de alguns minutos para mostrar que Alice esqueceu onde fica o banheiro, o longa deixa também de criar situações nas quais ela aproveita seus últimos anos sãos. Fica sempre subentendido que esses momentos existem, mas não os vemos em tela com tanta frequência quanto seus dolorosos problemas ligados à doença.

No mais, Para Sempre Alice não erra. Moore, que venceu o Oscar de melhor atriz pelo longa, entrega uma excelente atuação e, em certo momento, é até possível comparar uma Alice sã com a já afetada pelo Alzheimer - vê-se consideráveis diferenças não só na aparência, mas na fragilidade da personagem, que antes foi uma forte e decidida mulher. Além de Stewart e Baldwin, completam a família Howland Hunter Parrish como o filho do meio, Tom; e Kate Bosworth como Anna Howland-Jones, a mais velha. Com problemas reais e conversas normais, os cinco atores fazem um ótimo trabalho em compor um núcleo bem integrado.

Cheio de momentos emocionantes e situações verdadeiras, o filme serve como exemplo para qualquer um. Com ou sem doença, todos devemos seguir nos passos de Alice e aproveitar ao máximo cada momento. Amanhã tudo pode ter sumido.

Qual a mensagem do filme Para Sempre Alice traz para o estudante de enfermagem?

Para Sempre Alice | Crítica

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Qual a mensagem do filme Para Sempre Alice traz para o estudante de enfermagem?

Para Sempre Alice

Still Alice

Para Sempre Alice

Still Alice

Ano: 2014

País: EUA, França

Classificação: 12 anos

Direção: Richard Glatzer

Roteiro: Richard Glatzer

Elenco: Julianne Moore, Kate Bosworth, Shane McRae, Hunter Parrish, Alec Baldwin

Qual a mensagem do filme Para Sempre Alice traz para o estudante de enfermagem?
Julianne Moore em 'Para Sempre Alice': aos 50 anos, a professora de linguística descobre que tem uma forma hereditária de Alzheimer VEJA.com/Divulgação/Divulgação

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A primeira palavra que escapou da memória de Alice Howland foi “léxico”, durante uma palestra que ela conferia sobre linguística. Professora universitária e pesquisadora, Alice dedicou sua carreira ao estudo da fala e da comunicação. A mente afiada era motivo de admiração e orgulho, e sua ligação com o vocabulário ia além do trabalho – um de seus passatempos prediletos era um jogo de palavras cruzadas pelo celular.

Aquele lapso de memória poderia ter sido fruto do stress ou, como ela alega diante da plateia, do champanhe que havia tomado. Mas uma sucessão de episódios acende o farol vermelho, como quando Alice se perde durante sua corrida diária pelo campus onde lecionava. Assim são retratados os primeiros sinais do Alzheimer no filme Para sempre Alice, baseado no livro homônimo da neurocientista americana Lisa Genova e recém-chegado aos cinemas brasileiros.

Interpretada por Julianne Moore, que ganhou um Oscar pela atuação, Alice tem apenas 50 anos quando é diagnosticada com Alzheimer. Os médicos descobrem que ela possui um tipo raro da doença, desencadeado por uma mutação genética dominante e hereditária.

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Os desafios da longevidade

Casos como o da personagem são minoritários no universo de pacientes com a doença. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), essa demência afeta 35,6 milhões de pessoas no mundo, das quais 1,2 milhão no Brasil. Com o aumento da longevidade, o número de pacientes deve dobrar até 2030 e triplicar até 2050. Nos Estados Unidos, já é a sexta maior causa de morte na população.

Forma mais comum de demência senil, o Alzheimer é causado pelo depósito de placas de proteínas beta-amiloides e tau no cérebro. A doença não tem cura e os medicamentos administrados ajudam a preservar a função cerebral e a tratar sintomas como insônia e depressão. Em estágios avançados, os doentes podem apresentar dificuldade de locomoção, comunicação e deglutição, além de incontinência urinária e fecal.

Para Sempre Alice traz à tona alguns aspectos relacionados à moléstia. Qual é a probabilidade de uma pessoa desenvolver Alzheimer aos 50 anos? De que modo a ciência genética pode impedir que um indivíduo transmita o gente da doença ao seu filho? Em que medida atividades intelectuais protegem o cérebro contra a demência? É possível que apenas dois anos após o diagnóstico o doente já esteja completamente dominado pelo Alzheimer? Neurocientistas, geneticistas e neurologistas entrevistados pelo site de VEJA elucidam essas e outras dúvidas sobre a doença.

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Qual a mensagem do filme Para Sempre Alice traz para o estudante de enfermagem na disciplina de Psicologia?

Para refletir Há no filme também a preocupação de mostrar o quanto uma doença grave como o Mal de Alzheimer modifica o cotidiano familiar sem deixar de enfatizar, no entanto, que acima de qualquer coisa, deve prevalecer o sentimento forte que une as pessoas quando uma delas mais precisa, como no caso de Alice.

Qual a mensagem do filme Para Sempre Alice?

A única prevenção possível para o Alzheimer, e para tantas outras doenças e perdas na vida, é o cuidado e a dedicação às pessoas no presente. O filme mostra que o Mal de Alzheimer faz com que até nossos mais profundos sentimentos por alguém sejam esquecidos e deletados de nossa lembrança.

Como foi feito o diagnóstico do filme Para Sempre Alice?

O filme Para Sempre Alice (2014) – foi inspirado no livro da neurocientista Lisa Genova, retratando a história da inteligente professora universitária, pesquisadora e palestrante Alice Howland (interpretada por Julianne Moore), diagnosticada com Alzheimer aos 50 anos – o que é uma doença rara para a idade.

Como a doença impactou diretamente na vida dos familiares de Alice?

Sendo assim, os sintomas do Mal de Alzheimer em Alice acarreta uma mudança estrutural da família, pois a perda de memória, o distanciamento da realidade, a falta de autonomia, dentre outros sintomas da doença, modificam o funcionamento da família.