Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Este arquivo faz parte do banco de materiais do Blog Física no Enem: http://fisicanoenem.blogspot.com/ . A ideia é aumentar este banco, aos poucos e na medida do possível. Para isto, querendo ajudar, se houver erros, avise-nos: serão corrigidos. Lembre-se que em Word costumam ocorrer problemas de formatação. Se quiser contribuir ainda mais para o banco, envie a sua contribuição, em Word, o mais detalhada possível para ser capaz de Ensinar a quem precisa Aprender. Ela será disponibilizada também, com a devida referência ao autor. Pode ser uma questão resolvida, uma apostila, uma aula em PowerPoint, o link de onde você a colocou, se já estiver na rede. Comente à vontade no blog. Afinal, é justamente assim que ensinamos a nossos alunos.

Perguntas Mensais e Melhores Respostas



Pergunta do m�s de Mar�o (valeu 1 ponto): Por que gelo � mantido congelado (isto �, sem derreter) mais tempo se envolto em jornal �mido?

Melhor resposta: Luis Eugenio Corr�a.

O gelo � melhor conservado quando envolto em jornal �mido devido a mecanismos que dificultam a entrada de energia proveniente do ambiente externo. Isto ocorre da seguinte maneira: Ao utilizarmos este processo de isolamento t�rmico, em geral n�s embrulhamos a pedra de gelo em algumas folhas de jornal �mido. Por ser absorvente, o jornal retem a �gua. Entre as folhas de jornal h� o ac�mulo de �gua e de ar, que possuem baixos coeficientes de condutividade t�rmica, o que os faz bons isolantes t�rmicos.

Tal sistema de isolamento busca restringir o movimento do ar e da �gua entre as folhas de jornal, conservando assim a temperatura do gelo, retardando seu derretimento. Podemos tambem citar que uma folha de jornal possui baixa condutividade t�rmica, k = 0.038W/mK a 285K [Tabela A3 do livro]. Vale tambem ressaltar que por ser de cor clara, boa parte da radia��o que atinge sua superficie � refletida.

P.S. A �gua funciona tambem como uma especie de fixador que prende uma folha de jornal a outra de modo que o ar no interior do sistema n�o escape. Pensei a respeito da evapora��o da �gua e acho que cheguei a uma resposta razo�vel.

O processo envolvido � o do resfriamento devido a evapora��o, ou resfriamento evaporativo. Ocorre sempre quando um g�s, no caso o ar, flui sobre a superf�cie de um l�quido, a �gua. H� ent�o a evapora��o da superf�cie do l�quido e a energia associada com a mudan�a de fase � o calor latente de vaporiza��o do l�quido (�gua).

A evapora��o ocorre quando mol�culas do l�quido que est�o pr�ximas da superf�cie sofrem colis�es que aumentam sua energia acima do valor m�nimo necess�rio para romper sua energia de liga��o superficial. A energia necess�ria para manter a evapora��o vem da energia interna do l�quido, que consequentemente sofre uma REDU��O DE TEMPERATURA (efeito resfriante). Com isto, conclu�mos que a evapora��o da �gua ajuda na conserva��o da temperatura do gelo, retardando assim o seu derretimento.

Outro fato que n�o pude achar a confirma��o em nenhum livro, mas acho ser v�lido citar � a respeito da n�voa de vapor frio que fica em volta da superf�cie. Esta n�voa atua como uma camada protetora que fica entre a superf�cie e o ambiente, resfriando o ar quente que incide sobre o sistema gelo-jornal-�gua.

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Pergunta do m�s de Abril (valeu 1 ponto): Uma bela lareira � utilizada em cidades como Petr�polis, Teres�polis, etc no inverno. Explique por que a fuma�a sobe pela chamin� e n�o se espalha pela sala, ainda que o fogo n�o esteja exatamente abaixo do buraco. O que causa a corrente ascendente e por que � melhor termos uma chamin� alta. Por que a retirada � feita de forma mais eficiente em um dia com vento? Que outro efeito interessante pode ser visto em uma chamin�?

Melhor resposta: Vin�cius

O que causa o movimento de uma corrente de ar � a diferen�a de temperatura entre essas massas de ar, que provocar� por conseguinte uma diferen�a de densidades que resultar� no surgimento de uma for�a(empuxo).

A massa de ar que se encontra dentro da casa est� a uma temperatura maior que no lado de fora. Farei a seguir algumas considera��es sobre a afirmativa acima:

I) As paredes servem como isolante t�rmico, pois os materiais de que s�o feitas tem baixa condutividade t�rmica, al�m do fato de existir ar dentro da parede, que � um �timo isolante;

II) A presenca de in�meras fontes de calor no interior da casa, como l�mpadas, eletrodom�sticos, pessoas, etc., elevariam esta temperatura;

III) A lareira usualmente � acesa nos dias mais frios e ao anoitecer, causando assim uma maior diferen�a de temperatura entre o lado externo e interno da casa.

A lareira ao ser acesa aquecer� o ar logo acima do fogo. Como a diferen�a entre a temperatura desta massa e a do lado de fora � maior do que a diferen�a de temperatura da massa de ar interna da casa e a que est� acima do fogo, isto implica no movimento de uma corrente de ar na dire��o de maior gradiente .

A chamin� alta assegura que a temperatura externa esteja mais fria, pois o ar acima dela estaria menos propenso a sofrer influ�ncias das fontes de calor abaixo dela tais como:

I) As j� mencionadas anteriormente;
II) A emissividade dos materiais de constru��o como areia, asfalto, tijolo, concreto, etc., todos com emissividade em torno de 0,9.

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Uma melhor resposta � aquela que diz que com o aumento da altura da chamin�, a retirada de ar da sala ser� melhor pois haver� uma maior massa de ar quente encima do fogo. Um pacote de ar no meio da chamin� � empurrado para cima pela entrada de ar frio na regi�o do fogo mas tamb�m � empurrado para baixo pelo ar frio colocado acima. Se o ar acima estiver quente, entretanto, o peso ser� menor, facilitanto a retirada do ar do ambiente. Aumentando a altura, a massa de ar quente ser� maior e mais facilmente o ar do ambiente empurrar� o ar quente.
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Com um dia de vento a convec��o passa a ser for�ada, al�m do fato de o fluxo de ar que passa logo acima da chamin� causar uma depress�o sobre o orif�cio da chamin� (efeito Venturi), ajudando assim na �suc��o� do ar que se emcontra no interior da casa.

Outro efeito interessante � que o aquecimento do ambiente interno se far� precipuamente por radia��o, j� que o ar aquecido por convec��o tende a sair atrav�s da chamin�, na dire��o de onde se encontra uma massa de ar mais fria. Isto nos leva a conclus�o de que para se aproveitar melhor o calor transferido, deve-se estar pr�ximo a lareira, onde se encontra uma regi�o de mais densa energia.

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Um efeito interessante que pode ser observado em algumas chamin�s � que golfadas de ar sair�o pela abertura, se a retirada for pequena e se estiver frio no lado de fora.
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Pergunta bonus extra: Considere uma torradeira que tenha a resist�ncia el�trica colocada em apenas um dos lados, fazendo com que a fatia de p�o receba radia��o apenas deste �nico lado. Ao torrar o p�o, percebe-se que a torrada se deforma, curvando para este lado. Explique!

Melhor resposta: Vin�cius

No processo de cozimento do p�o, ele chega a diminuir sua densidade em torno de 250%. Isto se deve porque ele est� perdendo massa e ganhando volume, causado pela evapora��o da �gua contida no alimento. O p�o depois de cozido j� n�o pode mais crescer de volume. Ent�o ao se colocar o p�o na torradeira, o que acontece, � que ele estar� perdendo massa atrav�s da evapora��o da �gua pela face que est� direcionada para a resist�ncia da torradeira, fato que n�o acontece no restante do p�o, pois ele est� cheio de ar, e como j� sabemos � um �timo isolante t�rmico.

Consequentemente surgir�o tens�es compressivas na superf�cie que est� recebendo calor com mais intensidade, e trativas na outra. Outro exemplo disso pode ser observado quando se coloca um hamburger congelado numa chapa, na qual ele se curva em sua dire��o.

N�o podemos fazer uma analogia em materiais que conservam sua massa, pois acontece o inverso. Para exemplificar: se for fornecido calor em apenas um lado de uma chapa estreita de metal, calor este que tem que variar abruptamente a temperatura desta face antes que a frente de onda conseguisse chegar � outra superf�cie, alterando assim, tamb�m sua temperatura, o lado de maior temperatura iria se dilatar, curvando a pe�a em dire��o ao lado mais frio, flex�o esta que iria se desfazer quando as duas faces alcan�arem temperaturas pr�ximas, considerando Bi < 0,1.

*** Obs: � o que acontece com as l�minas bi-met�licas, que dilatam de forma diferente pois s�o formadas por dois metais, de coeficientes de dilata��o t�rmica diferentes.

Obviamente, devido a essa varia��o abrupta de temperaturas, tamb�m haver� o surgimento de tens�es t�rmicas elevad�ssimas por causa do alto gradiente de temperaturas.

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Pergunta do m�s de Maio (valeu 1 ponto): Se voc� j� trabalhou com o sol "a pino" no ver�o, j� deve ter se perguntado por que seu corpo fica t�o frio. Uma parcela significante de energia t�rmica � gerada internamente, at� cerca de 1400 Kcal por hora durante exerc�cios f�sicos externos pesados, e que se esta energia n�o for liberada como calor, a temperatura do seu corpo pode subir violentamente, podendo inclusive ser fatal. Assim, como � que este calor � dissipado? Explique o mecanismo que faz com que algumas pessoas passem mal, nestas condi��es.

Melhor resposta: Lu�s Eug�nio.

***** Lu�s Eug�nio apresentou uma longu�ssima explica��o mas esqueceu alguns complicadores. Assim, apresento abaixo uma explica��o breve mas talvez mais completa.

O aumento de energia a ser liberada � devido, como o texto menciona, aos exerc�cios pesados praticados. O mecanismo de dissipa��o � bastante interessante: primeiramente o aumento da atividade queima a glicose armazenada, cujos produtos devem ent�o ser liberados. Claro, � o sangue que ir� transportar esta energia liberada internamente at� a pele, para que seja dissipada, quer pela transpira��o quer por convec��o com o ar externo. O maior transporte � conseguido pelo aumento no volume de sangue. Entretanto, este aumento acarreta num decr�scimo do volume de sangue sendo transportado ao c�rebro, causando fraqueza, especialmente se a pessoa p�ra subitamente. Enj�os, n�useas, etc podem ocorrer como resultado da perda acentuada de sais minerais provocada pelo aumento na transpira��o. Se as perdas forem equivalentes a 7% em peso da �gua do corpo, a circula��o poder� sofrer danos irrevers�veis, causando inclusive a morte.

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Pergunta do m�s de Junho (valeu 1 ponto): Voc� j� deve ter visto filmes nos quais os her�is mergulham na areia imaginando estarem mergulhando nas �guas de algum o�sis. S�o as miragens. Explique este interessante efeito �tico. S�o miragens tamb�m aquelas po�as d�gua que vemos no asfalto das estradas.

Melhor resposta: Felipe Garcia

**** A explica��o proposta pelo Felipe foi a melhor. Entretanto, como no m�s anterior, tivemos algumas pequenas dificuldades. Apresento aqui uma explica��o alternativa:

O ponto mais importante � que as miragens n�o s�o ilus�es de �tica, sendo provocadas por refra��o na atmosfera. Ilus�o de �tica �, por exemplo, o efeito do sol ou da lua, sobre o horizonte, que aparecem sendo maiores do que realmente s�o.

Vejamos: sabe-se que a atmosfera � oticamente n�o-uniforme: seu �ndice de refra��o varia de ponto a ponto, especialmente ao longo de linhas verticais. Na verdade, o �ndice de refra��o do ar depende da densidade que, por sua vez, depende da press�o e da temperatura (lembre-se que P =

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R T). Se a press�o for mantida constante, a densidade diminui com o aumento da temperatura (inversamente dependente); se a temperatura permanecer constante, a densidade diminui com o decr�scimo de press�o (linearmente dependente). Como a press�o e a temperatura variam com a altura, ambos contribuem para as varia��es no �ndice de refra��o.

A press�o decresce com a altura, a partir da superf�cie da Terra rumo �s camadas superiores da atmosfera. Se a press�o atuasse isoladamente, isto resultaria na queda cont�nua do �ndice de refra��o com a altura. Entretanto, uma medida razo�vel para o gradiente de temperatura para a faixa dos 10 a 15 km abaixo da atmosfera livre, bem acima da superf�cie � de 6,5 C / km (isto �, para cada km acima, 6,5 C podem ser diminu�dos na temperatura). Para este gradiente sozinho, o �ndice de refra��o aumentaria com a altura, mas a uma taxa bem menor do que decresceria por causa da queda de press�o. Assim, como o efeito de press�o � maior, o �ndice de refra��o decresce regularmente com a altura naquela parte da atmosfera.

Entretanto, perto da superf�cie, as condi��es s�o diferentes: os gradientes de temperatura podem ser 10, 100 e mesmo 1000 vezes maior que os valores da atmosfera superior. A temperatura pode inclusive aumentar com a altura (sobre lagos congelados ou frios, por exemplo). As miragens podem ser vistas ao longo de linhas de vis�o tangenciais ao solo, indicando que a exist�ncia e a forma das miragens s�o determinadas grandemente pelos gradientes de temperatura.

Numa atmosfera isot�rmica (mesma temperatura) e isob�rica (mesma press�o), o �ndice de refra��o seria �nico e raios de luz teriam trajet�rias essencialmente retas. Na atmosfera que temos, as trajet�rias ser�o curvas. Vamos considerar dois casos:

  • Superf�cie quente (temperatura do ar decresce com a altura); Nesta situa��o, como num deserto ou numa rodovia em condi��es normais, a temperatura junto ao solo � muito alta, diminuindo com a altura. Isto resulta num �ndice de refra��o baixo junto ao solo, aumentando com a altura at� que, a uns 4 metros, ele pode ser considerado como constante.

    Nestas situa��es, os raios de luz provenientes do c�u s�o refratados pelas camadas de ar nas quais h� decr�scimo de temperatura com a altura (j� que o solo est� bastante quente). Os raios s�o dobrados para o observador, que os v� vindo de um ponto abaixo do horizonte, e que acredita que haja �gua no ch�o, algum ponto adiante de onde ele se encontra. As flutua��es que vemos nas imagens s�o devidas �s varia��es na reflex�o pelo ar quente, dando a ilus�o de �gua corrente. � a situa��o da imagem inferior, pois a imagem aparece estar abaixo de onde deveria.

  • Superf�cie fria (temperatura do ar aumenta com a altura); Considere um raio de luz que saiu de uma montanha, por exemplo, na sua dire��o. Devido ao aumento da temperatura com a altura, o �ndice de refra��o diminui, refratando o raio, isto �, curvando o raio para que o observador possa ver. Este extrapola mentalmente na dire��o do raio observado e coloca a imagem num ponto superior ao que o objeto se encontra. Temos assim a chamada miragem superior, pois a imagem parece estar acima da posi��o real.
As imagens podem ser m�ltiplas como acontece com o reflexo da lua ou do sol sobre as �guas do mar ou de um lago. Se as �guas fossem paradas, formando uma superf�cie reta, ter�amos uma imagem circular da lua, o que n�o acontece. A faixa que aparece � o resultado das in�meras imagens formadas sobre uma superf�cie cheia de ondas.

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Pergunta do m�s de Agosto (valeu 1 ponto): Ao ligar �gua quente na pia, o fluxo de �gua aumenta rapidamente mas depois come�a a diminuir, podendo inclusive parar. Por que isto acontece e por que isto n�o acontece numa segunda vez, feita em seguida � primeira?

Melhor resposta: Albano Leo Ehrenbri.

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Para explicar este fen�meno, farei as seguintes hip�teses:

1) O registro � de press�o;
2) Existe uma press�o maior que 30 mca (metro de coluna de �gua);
3) O corpo do registro � de lat�o;
4) A temperatura de sa�da da �gua apresenta uma diferen�a de 60�C comparado com a temperatura inicial;

Quando a �gua quente come�a a passar ela transfere calor para o registro fazendo com que o mesmo comece a dilatar. No registro que estudei, a parte interna do castelo era de pl�stico (CELCON) cujo o coeficiente de dilata��o � cerca de 6 vezes maior do que o do lat�o, fazendo assim com que diminua o fluxo de �gua com o aumento da temperatura. Na base do "castelo" existe um anel de borracha que veda a passagem de �gua, comprimindo assim a borracha. Esta borracha diminui cerca de 0,45mm do seu tamanho original e quando o registro de �gua quente � aberto, ela se estende contribuindo para a diminui��o da passagem da �gua. Levei em considera��o que existe uma press�o de 30mca pois assim precisamos abrir apenas � de volta para que atinjamos um fluxo de �gua razo�vel para uso dom�stico. Estes � de volta correspondem apenas a 3mm, fazendo assim com que a dilata��o do material e a expans�o da borracha n�o sejam desprez�veis, gostaria tamb�m de ressaltar que a borracha tamb�m dilata com a �gua quente, sendo assim outro fator contribuinte. Sobre o fato de n�o ocorrer na segunda vez, isto se deve ao n�o acontecimento da 4� hip�tese considerada, fazendo com que n�o haja dilata��o adicional do material.

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Pergunta do m�s de Setembro Quanto tempo levar� para que a temperatura de 250 ml de �gua, inicialmente 100 C, alcance 28 C? A melhor an�lise valer� 1 ponto mas um experimento conveniente valer� 2 pontos.

Melhor resposta: Eduardo Gayer (dispon�vel em arquivo pdf - portable document format)

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Pergunta do m�s de Outubro Uma l�mpada fluorescente tem �rea superficial de 0,1 m2 e emite 3% daquela pot�ncia na faixa do vis�vel. Em funcionamento, a temperatura medida do p� fluorescente � de 350 K; Para esta temperatura, menos que 0,1% da radia��o de corpo-negro cai na faixa do vis�vel. Mostre isto e explique a aparente inconsist�ncia destes dados.

Melhor resposta: Bem, ningu�m apresentou uma boa resposta. Veja: a pot�ncia observada � cerca de 20 vezes maior que a esperada na regi�o vis�vel. Isto acontece pois o p� fluorescente absorve uma parcela significante da luz ultra-violeta emitida pela descarga e re-emite em comprimentos de onda superiores, dentro da regi�o visivel. Pura conserva��o de energia.

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Pergunta do m�s de Novembro Por que n�o se consegue refrigerar a cozinha se mantivermos a porta da geladeira aberta?

Melhor resposta: Marco Antonio G. Pires:

Uma bomba de calor � um mecanismo que funciona entre duas fontes t�rmicas, uma fria e uma quente, "bombeando" ou retirando calor da fonte fria e o liberando para a fonte quente (como vimos no curso de termodin�mica, esta troca de calor s� � poss�vel atrav�s da realiza��o de trabalho, que no caso da geladeira � representado pelo trabalho de compress�o). Na geladeira podemos observar dois mecanismos que est�o intimamente ligados �s trocas de calor: o congelador ou uma placa "fria" nas geladeiras sem congelador, localizados dentro da geladeira, e uma serpentina aletada situada na parte traseira da geladeira.

S�o exatamente estes dois mecanismos os respons�veis pelas trocas de calor, ou seja, eles que possibilitam as trocas t�rmicas dos dois ambientes com o fluido de trabalho. Dentro da geladeira, o fluido retira (atrav�s de serpentinas internas do evaporador) energia dos alimentos ali colocados e a libera na parte de fora (na serpentina externa) em forma de calor, mantendo assim o compartimento da geladeira � uma temperatura abaixo da temperatura externa da mesma. Se fizermos um balan�o de energia, percebemos que a energia que sai na parte de tr�s da geladeira tem que ser igual a soma da energia retirada da parte interna mais a energia que entra no compressor, oriunda da concession�ria de energia (que � utilizada para acionar o compressor que realiza o trabalho de compress�o - desprezando a energia perdida pelo aquecimento do compressor). Neste argumento, estamos ainda desprezando a energia que entra na geladeira atrav�s das paredes que n�o s�o isoladas perfeitamente.

Em outras palavras, a energia liberada nas serpentinas do condensador (parte externa da geladeira) � maior que a energia retirada da �rea refrigerada. Assim, n�o h� como refrigerar a cozinha se a energia liberada no condensador for igualmente liberada naquele ambiente.

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Pergunta do m�s de Mar�o / 1999 (valeu 1 ponto): O que congela mais r�pido, �gua quente (a 80 C, digamos) ou �gua fria (a 15 C)?

Melhor resposta: Cl�cia Cortes (dispon�vel em arquivo pdf - portable document format)

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Recebi v�rias discuss�es interessantes mas a da Cl�cia foi a mais interessante, pois quantificou, ainda que de forma m�nima, a quest�o. A correta resposta � simples: pode ser a �gua fria ou a �gua quente. Isto acontece pois o problema n�o est� bem proposto. Nada � dito, por exemplo, sobre as quantidades de massa, o ambiente, o tipo de recipiente onde a �gua � colocada em cada um dos casos, etc. Por exemplo: imagine uma gota de �gua a 80 C e 2 toneladas de �gua fria. Claro, a situa��o � r�dicula mas pense que nada foi dito. Vamos supor que comecemos com um litro de �gua a 25 C que � aquecido at� 80 C ou resfriado at� 15 C. No primeiro caso, teremos uma diminui��o de massa devido � evapora��o e no segundo, um aumento de massa devido � condensa��o. Ainda que sejam varia��es pequenas, as massas perdidas fazem alguma diferen�a. Em seguida, os recipientes (de vidro?, de porcelana?) contendo os dois sistemas � levado para o interior de uma geladeira a 0 C. Teremos novamente evapora��o intensa nos dois casos (naturalmente, o sistema agora a 75 C?) ir� perder novamente mais massa, aumentando a diferen�a. Se a boca do recipiente estiver fechada, a evapora��o foi eliminada. Entretanto, se a boca tiver uma grande superf�cie livre, teremos perda de calor por radia��o, que ser� naturalmente mais intensa em altas temperaturas que em baixas.

Como se pode ver, h� muitas vari�veis n�o respondidas e que resultam em dif�ceis respostas. A an�lise da Cl�cia mostrou um pouco estes aspectos.

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Pergunta do m�s de Abril / 1999 (vale 1 ponto): Por que colocamos sal na �gua fervente do macarr�o? Ser� que � para diminuir o tempo de ebuli��o? Para aumentar a temperatura de ebuli��o? Voc� pode fazer um experimento para responder a esta pergunta.

Melhor resposta: Cl�cia Cortes (dispon�vel em arquivo pdf - portable document format)

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A Cl�cia, novamente, ganhou os pontos com uma excelente resposta, simples e objetiva. Faltou apenas a conclus�o que poderia resumir assim: Salgar a �gua do macarr�o s� tem por benef�cio o gosto do alimento, sem nenhuma vantagem sob o ponto de vista t�rmico. O interessante desta hist�ria � que em baixas concentra��es, a influ�ncia � maior na quantidade em suspens�o e n�o na composi��o qu�mica - isto significa que o mesmo efeito ser� conseguido se trocarmos sal por a��car ou areia, embora seja p�ssimo sob o ponto de vista alimentar! - Maiores informa��es podem ser obtidas no artigo do J. Walker, Scientific American, Dezembro 1982.

Uma das raz�es importantes para o estudo das Ci�ncias T�rmicas � o fato que a redu��o do tempo que leva para a �gua entrar em ebuli��o � a exist�ncia de muitos n�cleos de gera��o das bolhas (nuclea��o);

Adelino J�nior, estudante de engenharia qu�mica da UFPE, deu uma contribui��o interessante tamb�m:

Com a adi��o de sal (NaCl) � �gua, deslocamos o ponto cr�tico de ebuli��o do que antes era s� �gua, que deveria ser a 100�C(373 K), para um pouco mais acima j� que o sal aumentar� o ponto de ebuli��o da solu��o. Isto sem falar que o macarr�o tamb�m alterar� o ponto de ebuli��o. Ele prop�s o seguinte experimento:

  • P�r 2 panelas num fog�o com as mesmas quantidades de �gua e a uma mesma temperatura;
  • Numa das panelas adicione 2 colheres de sopa de sal de cozinha;
  • Espere e perceba que a �gua que n�o cont�m sal entrar� em ebuli��o antes da que o cont�m;
  • Se preferir, ponha uma de cada vez e cronometre o tempo;
  • Obteremos um tempo menor para a �gua sem o sal;

OBS: � importante que as quantidades de �gua n�o sejam diferentes pois como se sabe Q = m c Delta T + W. Logo, quanto maior for a minha massa de �gua , mais calor eu terei que fornecer para que a solu��o entre em ebuli��o. ****

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Pergunta do m�s de Maio / 1999 (vale 1 ponto): Um engenheiro sugeriu que para diminuir o tempo que �gua leva para entrar em ebuli��o, dever�amos utilizar uma panela de fundo bem irregular, cheio de ranhuras. Qual � a sua impress�o sobre isto?

Melhor resposta: Bem, ningu�m acertou. A explica��o � muito semelhante � do m�s passado: nas ranhuras, h� mol�culas de ar, presas no momento do enchimento da panela, que servem como pontos de nuclea��o para as mol�culas de �gua. Se voc� ferver �gua duas vezes no mesmo recipiente e sem trocar o volume, voc� ver� que na segunda vez a ebuli��o ser� mais r�pida.

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Pergunta do m�s de Junho/Julho / 1999 (vale 1 ponto): Considere uma lareira dentro de uma sala, aquecendo o ar. Isto aumentar� a energia t�rmica total do ar? (Energia t�rmica � a energia cin�tica das mol�culas). J� aprendemos que a energia t�rmica depende da temperatura e j� que o ar est� aquecido, a energia t�rmica total ir� aumentar. Entretanto, h� um outro argumento que sustenta que a energia total das mol�culas do ar permanecer� constante. O que voc� acha?

Melhor resposta: Novamente, ningu�m forneceu uma boa resposta. Vamos analisar um pouco. Considere as condi��es do problema: o volume da sala permanece constante. Pela inevit�vel exist�ncia de frestas e aberturas, a press�o ambiental da sala � constante e igual � press�o atmosf�rica. Isto �, nosso processo � tal que a press�o e o volume permanecem constantes. Tratando o ar como g�s perfeito, o que � uma aproxima��o bastante boa nas condi��es, temos que o produto P V = m R T = Constante, onde m � a massa de ar dentro da sala, R � constante do ar e T sua temperatura. Isto �, o produto m T = Constante. Como a temperatura ir� subir, como resultado disto, temos que a massa de ar dentro da sala ir� diminuir.

Isto significa que teremos menos massa, ou seja, menos mol�culas de ar embora com maior energia t�rmica espec�fica. Isto �, se considerarmos a massa de ar presente na sala, o conte�do de energia permanecer� o mesmo. Entretanto, se considerarmos a evolu��o de toda a massa de ar (isto �, formula��o de sistema = massa constante), ent�o a energia t�rmica ir� aumentar mas n�o estaremos mais falando da massa de ar dentro da sala.

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Pergunta do m�s de Agosto / 1999 (vale 1 ponto): Considere uma frigideira colocada no fogo. Assim que ela estiver ligeiramente quente, deixe cair uma gota de �gua e observe o que acontece. Em seguida, espere at� que a frigideira esteja muito quente e torne a deixar cair uma gota d�gua. Que diferen�as de comportamento voc� observa nos dois casos. Explique o som caracter�stico.

Melhores respostas: Edgar e Fl�vio Ramos Filho

Resposta do Edgar:

As diferen�as mais marcantes de comportamento s�o em rela��o � ebuli��o da �gua sobre a chapa quente; de modo que "frigideira ligeiramente quente" entenda-se por temperatura pr�xima � temperatura de ebuli��o normal Ts (Ts = 100�C a press�o de 1atm). E "frigideira muito quente", quando a chapa encontra-se a uma temperatura de, aproximadamente, 200�C.

Ao deixar cair uma gota d'�gua em uma frigideira ligeiramente quente, esta se espalha na chapa. O pingo "chia" e � vaporizado em segundos. Agora, quando a frigideira se encontra muito quente, ao deixarmos cair uma gota, esta borbulha e "dan�a" sobre o metal, podendo existir durante mais de um minuto antes de desaparecer.

A diferen�a est� na taxa de transfer�ncia de calor da frigideira (chapa) para a gota d'�gua. Em uma frigideira ligeiramente quente, a gota se espalha na chapa e rapidamente absorve calor dela, resultando numa vaporiza��o completa em segundos. A taxa de transfer�ncia de calor � alta entre metal/l�quido.

Em uma frigideira muito quente, a superf�cie debaixo de uma gota depositada na chapa quase que se vaporiza instantaneamente. Forma-se, ent�o uma camada de vapor entre a �gua e o metal quente. A transfer�ncia de calor entre ambos os sistemas fica ent�o bastante comprometida, visto que vapor d'�gua conduz calor aproximadamente numa ordem de grandeza abaixo da �gua l�quida. A press�o do g�s dessa camada de vapor impede que o restante da gota toque a chapa. Essa camada assim protege e sustenta a gota pelo pr�ximo minuto. A camada � constantemente abastecida, � medida que �gua adicional vaporiza do fundo da superf�cie da gota, por causa da radia��o e da condu��o de calor vindas da frigideira.. Embora a camada de vapor seja bastante fina (de 0,1 a 0,2mm de espessura), a vaporiza��o da gota diminui drasticamente. Esse tipo de comportamento � a fase de ebuli��o peculiar ("film boiling") de um l�quido.

Com a frigideira com temperatura bem superiores �s at� agora comentadas, a gota d'�gua n�o s�o capazes de sobreviver tanto, momento que a parcela de transfer�ncia de calor por radia��o atrav�s da camada de vapor torna-se mais significante.

O constante escoamento do vapor, que escapa por debaixo da gota, � o que determina o som caracter�stico deste comportamento, um leve silvo produzido pelo escape do g�s da regi�o comprimida pelo l�quido.

Esse fen�meno de longa dura��o de uma gota d'�gua , quando depositada sobre metal que est� mais quente que sua temperatura de ebuli��o est� associado com o nome de Johann Gottlieb Leidenfrost, e por esta raz�o, a temperatura correspondente � menor taxa de transfer�ncia de calor para a gota (ou ainda, a temperatura de seu maior tempo de vida) � chamada ponto de Leidenfrost.

Essa "prote��o" imposta pela camada de vapor � gota � a explica��o de alguns fatos interessantes. Em espet�culos circenses, homens destemidos mergulhavam rapidamente os dedos molhados dentro de chumbo derretido - logo que a pela molhada toca o metal l�quido quente, parte da �gua � vaporizada, cobrindo a m�o com uma camada de vapor. O "caminhar em brasas" (visto por alguns como a supera��o da "mente sobre a mat�ria"), n�o � nada al�m de mais uma situa��o amplamente explicada pela F�sica - com os p�s previamente molhados, talvez devido � excita��o causada pelo feito, um pouco de calor vaporiza o l�quido nos p�s, deixando menos calor ser conduzido para sua pele.

Esse efeito, tamb�m, pode levar a algumas situa��es perigosas. Em um trocador de calor, cujo prop�sito � remover calor da fonte, se a �gua atingir esse regime de ebuli��o, a fonte pode, destrutivamente, se superaquecer por causa da diminui��o de transfer�ncia de calor.

Resposta do Fl�vio Ramos Filho (aluno do 3o. ano de Engenharia Mec�nica do ITA):

O fato de uma gota d´�gua ter um tempo de vida bastante aumentado quando depositada sobre um metal que se encontra a uma temperatura muito superior � sua temperatura de ebuli��o � chamado de efeito Leidenfrost e foi primeiramente observado por Hermann Boerhaave, em 1732.Por�m s� veio a ser convenientemente estudado por Johann Gottlieb Leidenfrost em 1736, que publicou o livro:"um tratado sobre algumas qualidades da �gua comum ".� toda subst�ncia pura se associa uma temperatura caracter�stica chamada de "ponto Leidenfrost".

A explica��o f�sica para o fen�meno � a seguinte:quando a temperatura da chapa � menor doque a temperatura Leidenfrost da �gua, esta se espalha sobre a chapa, aumentando assim a �rea de transfer�ncia de calor, aumentando-se assim o fluxo de calor transmitida para a gota, de acordo com a lei de Fourier (dq/dt=-kA*dT/dx).Quando a temperatura da chapa est� acima da ponto Leidenfrost,a superf�cie abaixo da gota que se coloca na chapa se vaporiza quase que instantaneamente.Assim, se forma um colch�o de ar separando ao restante da gota da chapa, diminuindo assim o fluxo de calor tranferido para a gota, pois como sabemos, o ar � um �timo isolante. Assim, a gota pode permanecer "flutuando" por mais de um minuto. A camada de vapor � constantemente abastecida por mais vapor d�gua proveniente da gota, que agora se vaporiza � uma taxa muito menor, devido ao calor recebido principalmente por irradia��o da chapa met�lica.

A espessura da camada de ar � de aproximadamente 0,2 mm, mas � o suficiente para diminuir drasticamente o fluxo de calor para a gota. O barulho caracter�stico � devido ao fato de pequenas bolhas de �gua proveniente da ebuli��o interna da gota d�gua .Como a temperatuta dentro da gota varia bastante, o volume da bolha de vapor d�gua varia de volume drasticamente, produzindo o som caracter�stico. Neste caso, se diz que a gota d�gua est� em ebuli��o peculiar.Este tipo de ebuli��o, apesar de ser dif�cil de se obter com a agua, pode ser obtido com qualquer subst�ncia l�quida, como por exemplo, nitrog�nio l�quido.para observarmos o efeito Leidenfrost com nitog�nio l�quido, pois este entra imediatamente em ebuli��o peculiar quando depositado sobre uma placa met�lica na temperatura ambiente.

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Pergunta do m�s de Setembro / 1999 (vale 1 ponto): Costumo tomar caf� com creme sobre ele. Para garantir que o caf� fique quente at� que eu chegue na minha sala, gostaria de saber como proceder. Como eu gosto de caf� quente, devo colocar o creme no caf� logo no bar ou esperar para coloc�-lo imediatamente antes de tomar? A real pergunta deste m�s est� relacionada com a sequ�ncia de procedimentos para avaliar o que fazer. Ou seja, eu estou interessado � na organiza��o, na metodologia de um projeto de pesquisa para responder cientificamente minha quest�o.

Melhor resposta: Infelizmente, as respostas que recebi n�o entenderam a proposi��o. Meu objetivo era que uma metodologia para a investiga��o sobre o assunto fosse apresentada. A explica��o em si n�o era a coisa mais importante. Entretanto, vamos �s duas.

Uma an�lise preliminar ir� indicar que a temperatura do caf� � influenciada pelos seguintes fatores:

  • temperatura do caf� no instante inicial;
  • temperatura do creme no instante inicial;
  • propriedades termodin�micas do caf� (�gua + p� de caf� + a�ucar);
  • natureza t�rmica do recipiente que conter� o caf� (cer�mica, vidro, metal, etc);
  • propriedades termodin�micas do creme;
  • geometria (do recipiente e do creme - di�metro e espessura);
Como estou interessado em analisar a influ�ncia do creme, meu projeto de ci�ncia dever� ser projetado de forma que as outras condi��es n�o se alterem. Por exemplo, ser� conveniente garantirmos que a temperatura do caf� ser� sempre a mesma, sua composi��o e a do creme idem, etc. Um sistema de controle de temperaturas dever� ser providenciado. Uma boa id�ia talvez seja utilizar um recipiente isolado termicamente, para garantir sempre as mesmas condi��es. Neste ponto, o processo cient�fico ir� considerar que a temperatura do caf� ser� dependente da temperatura do creme no instante inicial e da espessura da camada de creme.

A partir deste momento, deveremos ir para o laborat�rio e medir a temperatura do caf� em fun��o destes dois par�metros, utilizando term�metros calibrados e uma r�gua �dem.

Uma an�lise f�sica do experimento permitir� outras conclus�es. Observe que sem o creme, a perda de calor do caf� ser� por convec��o, entre o caf� quente e o ar ambiente, e por radia��o t�rmica. Ao colocarmos uma camada m�nima que seja de creme, a perda de calor ser� feita atrav�s desta camada. Do lado externo da camada, teremos novamente radia��o - em situa��o diferente pois agora o creme � branco - e convec��o. Entretanto, como a camada de creme oferece uma resist�ncia t�rmica � condu��o (lei de Fourier), a temperatura da face externa do creme ser� naturalmente menor que a temperatura superficial do caf�. Em consequ�ncia, a perda total de calor ser� menor. Isto acontece pela influ�ncia da nova resist�ncia t�rmica que, como vimos, se escreve como t / k A, onde t � a espessura da camada, k � a condutividade t�rmica do creme e A � a �rea transversal do creme.

Devemos levar em conta finalmente, que ao colocarmos o creme, que est� frio ou normalmente � temperatura ambiente, ele retirar� energia do caf� quente para se aquecer. Com isto, a temperatura do caf� cai. A experi�ncia indica, mesmo assim, que ap�s esta queda inicial, a temperatura do caf� permanece superior do que a temperatura do caf� sem creme, pelas raz�es j� expostas.

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Pergunta do m�s de Outubro / 1999 (vale 1 ponto): Uma mulher diz a um engenheiro que uma maneira de se refrescar no ver�o � ficando em frente a um refrigerador aberto. O engenheiro responde que ela est� somente "imaginando coisas", porque n�o h� um ventilador no refrigerador para soprar o ar frio sobre ela. Tem in�cio ent�o uma acalorada discuss�o. Voc� tomaria o partido de quem? Por que? _ colabora��o de Marcio, pela Internet.

Melhor resposta: M�rcio S. C. Bastos

Com a diferen�a de temperaturas, o ar da geladeira (pode estar a 4 C) est� mais denso que o ar ambiente (digamos a 28 C) provocando uma movimenta��o (como ocorrem as brisas). � claro que com a o ventilador a circula��o de ar seria mais intensa e consequentemente a troca de calor tamb�m. Por isso eu tomo partido da mulher.

Outras informa��es: A movimenta��o citada � chamada de convec��o natural, como veremos no curso. Ah, n�o devemos esquecer que existe uma outra contribui��o para a perda de calor: radia��o! Embora as temperaturas sejam baixas, a diferen�a de temperaturas � alta. Na verdade, a experi�ncia indica que sempre que tivermos convec��o natural, devemos olhar com aten��o a contribui��o da radia��o: costumam ser da mesma ordem.

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Pergunta do m�s de Mar�o / 2000 (vale 1 ponto): Algumas vezes, ap�s tomarmos muito sol na praia ou na piscina na parte da manh�, passamos a tarde sentindo-nos quentes, com algum desconforto. Explique isto.

Melhor resposta: Este m�s tivemos v�rias contribui��es boas: Paulo Faria, Andr� Freire e Gustavo Correa. A contribui��o do Paulo foi a que melhor uniu a parte m�dica com a t�rmica. And� e Gustavo discutiram apenas a parte t�rmica e o fizeram de forma muito boa.

Paulo Faria:
A nossa pele � a interface pela qual trocamos calor com o meio ambiente. A temperatura do corpo humano est� em torno de 36 graus. Grande parte do nosso tecido epitelial � constitu�do de �gua e outras subst�ncias l�quidas. Estes l�quidos realizam um papel fundamental, fazendo com que a troca de calor entre o interior do nosso corpo e o meio ambiente se torne mais eficaz. Um exemplo desta import�ncia seria o suor proveniente de atividades f�sicas que faz com que nossa pele se resfrie e permita que nosso corpo perca mais calor para o meio ambiente, nao deixando que sua temperatura fique muito acima de 36 graus. A troca de calor entre o corpo e o meio ambiente se d� atrav�s de condu�ao,convec��o, radia��o e tamb�m algumas vezes atrav�s da vaporiza��o do suor que � um mecanismo muito eficiente quando se deseja perder calor rapidamente. Quando ficamos muito tempo expostos a radia��o solar, ocorre uma desidrata��o do nosso tecido epitelial e isto compromete o processo de troca de calor, pois a diferen�a de temperatura entre nosso corpo e a pele fica menor e consequentemente ocorre um fluxo de calor menor tamb�m.. Esta radia��o faz com que a temperatura interna de nosso corpo aumente e a perda de calor n�o seja suficiente para que n�s nos sintamos confort�veis. Embora a nossa sensa��o de que a temperatura do nosso corpo esteja bem acima da temperatura normal de 36 graus, isto n�o � verdade. N�s seres humanos n�o possuimos um termom�tro dentro do nosso corpo, portanto no somos capazes de avaliar a nossa temperatura interna. N�s s� somos capazes de avaliar a taxa pela qual calor est� saindo ou entrando em nosso corpo. Um exemplo claro disto � uma barra de ferro parecer estar mais "fria" do que uma de madeira apesar de os dois estarem a mesma temperatura. A sensa�ao de estarmos nos sentindo quente ap�s um dia de sol se deve ao fato da diminui��o de tranfer�ncia de calor para o meio ambiente e n�o pelo fato de nossa temperatura interna ter aumentado.

Andr� Freire:
Ao ficarmos expostos ao sol por tempo prolongado, estaremos absorvendo radia��o solar, ou seja, energia irradiada pelo sol. Essa energia absorvida faz com que a energia interna do nosso corpo aumente. No momento em que o sol come�a a se p�r e a temperatura ambiente come�a a diminuir, nosso corpo sente a necessidade de realizar troca de calor com o ambiente. Essa troca de calor se d� por condu��o, convec��o e radia��o. Como ficamos expostos ao sol por um longo tempo, o processo de troca de calor fica comprometido, j� que uma parte do l�quido presente em nosso corpo foi eliminada. Com isso, nos sentimos desconfort�veis, ou incomodados, ap�s uma longa exposi��o sob a luz solar.

Gustavo Correa:
A quest�o de nos sentirmos quentes quando ficarmos expostos ao sol durante um certo tempo, deve-se ao fato do nosso corpo absorver uma certa taxa de energia irradiada pelo sol e a taxa de energia convectiva que � perdida do nosso corpo para ar � muito pequena em compara��o com a que foi absorvida, com isso a taxa de energia armazenada em nosso corpo aumenta, isto �, a temperatura do corpo sobe. Por isso � que sentimos um desconforto quando ficamos exposto ao sol durante muito tempo. Se trocarmos o meio, de ar para �gua, este desconforto seria menor devido � �gua possuir um maior coeficiente de troca de calor, o corpo se manteria em uma temperatura mais c�moda, devido a troca de calor por convec��o com a �gua ser maior. Isto acontece quando ficamos dentro d' �gua.

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Pergunta do m�s de Abril / 2000 (vale 1 ponto): Coloque no mesmo recipiente, dois copos cheios at� a borda. No primeiro, voc� ir� colocar apenas �gua e no segundo, voc� ir� colocar uma mistura homog�nea de �gua e a��car. As temperaturas dos dois fluidos s�o rigorosamente iguais. Voc� espera que aconte�a alguma coisa?

Melhor resposta: Daniel Mendes e Albano Ehrenbrink chegaram muito perto e mereceram os pontos. Veja a resposta do Daniel:

Na situa��o proposta pelo problema , � esperado que aconte�a um fen�meno no m�nimo estranho . Embora os fluidos estejam na mesma temperatura , a �gua pura migrar� do seu copo para o copo onde existe �gua e a��car , como este est� cheio transbordar� deixando de ser concentrado para ser dilu�da . Este fen�meno � poss�vel devido �s propriedades coligativas das solu��es , mais precisamente ao abaixamento da press�o de vapor .

A velocidade pela qual mol�culas de �gua escapam da superf�cie � reduzida em presen�a de um soluto n�o-vol�til. Solu��es aquosas concentradas de n�o-eletr�litos tais como a��car evaporam mais lentamente do que �gua pura ( com a mesma temperatura ) . Isto mostra o fato de que a press�o de vapor da �gua em solu��o � menor que a da �gua pura . O abaixamento da press�o de vapor ( APV ) corresponde � diferen�a entre as press�es de vapor do solvente quando puro e em solu��o .

Voltando � quest�o , considerando dois copos cheios , um com �gua pura e outro com soluto a mesma temperatura dentro de um recipiente ( camp�nula ). Conforme o tempo passa , o n�vel de l�quido no copo contendo a solu��o elevaria-se , mas como est� cheio , transborda . O n�vel de �gua pura no outro copo cai . A �gua � transferida por evapora��o e posterior condensa��o . A for�a motriz deste processo � a diferen�a em press�o de vapor da �gua nos dois copos . A �gua migra de uma regi�o na qual sua press�o de vapor � alta ( �gua pura ) para uma na qual sua press�o de vapor � baixa ( solu��o de a��car ) .

A resposta � encontrada no EXCELENTE livro de Erwin Schr�dinger (aquele da F�sica Qu�ntica!!!) cujo t�tulo, bastante sugestivo, � "O que � VIDA?". Claro que recomendo sua leitura. Editora da Unesp. Bem, segundo Schr�dinger, a �gua pura, em virtude da sua press�o de vapor mais alta (n�o tem a��car), vagarosamente evapora e se condensa no outro copo, da solu��o. Eventualmente, este transborda. S� depois que a �gua pura evaporou totalmente � que o a��car atinge seu "objetivo" de ficar igualmente distribu�do por toda a �gua l�quida dispon�vel. Em outras palavras, o processo acontece pois inicialmente temos uma situa��o de n�o equil�brio de concentra��o de a��car (um copo tem e o outro copo n�o).

Isto � an�loga � situa��o de n�o equil�brio entre �gua quente em um copo e �gua fria no outro. As massas iriam interagir (trocando calor) de forma a atingir uma situa��o de equil�brio, na qual a temperatura fosse alguma m�dia entre as duas iniciais. No caso do a��car, a exist�ncia do gradiente de concentra��o promove a movimenta��o at� que o equil�brio seja estabelecido, isto �, a dilui��o seja uniforme, numa situa��o de entropia m�xima. Ah, se o copo da mistura fosse maior, n�o haveria transbordamento.

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Pergunta do m�s de maio / 2000 (vale 1 ponto): Um aluno de Transmiss�o de Calor foi procurado por um inventor que tinha... bem, inventado um equipamento para acelerar o processo de cozimento de rosbifes (para os leigos: carne!). Este equipamento � na realidade um espeto feito por um tubo oco e met�lico (alum�nio ou cobre) contendo �gua. Segundo o inventor, o espeto deve ser espetado na carne e levado ao forno. Al�m disto, ele diz que pelo uso do metal e pelo fato do tubo ser vazado e conter �gua, a condu��o de calor � 1000 vezes (apenas um n�mero) maior que se o tubo fosse s�lido. Pelos dados apresentados, percebe-se, de fato, que os tempos de cozimento s�o pelo menos 50% menores. Voc� compraria este "espeto" para dar de presente no dia das M�es? Ou: como � que um tubo oco, com �gua, pode funcionar melhor que um tubo s�lido? Ah, qual o papel da �gua?

Melhor resposta: Ningu�m. Recebi algumas respostas mas elas n�o tocaram no ponto chave para que o sistema seja t�o eficiente: a ebuli��o da �gua contida dentro do tubo oco. Analise comigo: o tubo est� exposto aos gases quentes do forno. Como o material � met�lico, energia entrar� no tubo e ser� armazenada como energia interna. Na aus�ncia de �gua, teremos condu��o de calor do tubo exposto para a parte do tubo que estiver dentro do rosbife. Esta energia ser� utilizada para cozinhar o interior da carne, diminuindo o tempo total de cozimento.

Veja agora a situa��o na qual o tubo � oco e contem �gua. Como a entalpia de vaporiza��o da �gua � elevada, o tubo conseguir� absorver muito mais energia pois a �gua ao se vaporizar estar� absorvendo mais energia que o tubo isoladamente. Claro � que a �gua vaporizada ir� se condensar na parte mais fria (claro, relativamente) do sistema que � o interior do rosbife, liberando assim muito mais energia. Ali�s, o conceito � o dos tubos de calor (heat-pipes).

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Pergunta do m�s de junho / 2000 (vale 1 ponto): Considere um filme fotogr�fico produzido para ser utilizado na luz solar (5500 K). Por uma necessidade qualquer, voc� entra dentro da casa para fotografar com este filme e utiliza uma l�mpada incandescente (3200 K). O que acontecer� com a fotografia? Que tipo de filtro voc� dever� utilizar para compensar este efeito? E se voc� utilizar uma l�mpada fluorescente Luz do Dia, de temperatura 6300 K?

Melhor resposta: Rodrigo Barcelos, Paulo Aniceto e Gabriela Maia

As respostas deles foram pr�ximas mas deixaram de considerar a lei de Wien que justifica termos do mercado como "temperatura de cor" que tem pouco significado. Reuni os tr�s textos e complementei com os argumentos que julgo pertinentes. O resultado est� dispon�vel em Junho00.pdf.

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Pergunta do m�s de agosto / 2000 (vale 1 ponto): Voc� certamente j� tomou banho quente e percebeu o vidro emba�ado. Que tal pensar como se d� o processo de emba�amento do vidro e depois como se d� o processo de desemba�amento do mesmo?

Melhor resposta: Roberto Vianna, Bruno �lvares e Luisa Santos

Neste m�s, como j� ocorrido anteriormente, n�o tivemos uma �nica resposta correta, os tr�s alunos citados responderam de forma complementar. O resultado est� dispon�vel em Agosto00.pdf.

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Pergunta do m�s de setembro / 2000 (vale 1 ponto): Considere um recipiente contendo �gua. Ao ser aquecido, eventualmente a �gua ir� entrar em ebuli��o. Responda por que mais bolhas s�o formadas quando sal � colocado na �gua. Se voc� optar por fazer um experimento, lembre-se de usar recipientes "iguais", um contendo �gua + sal e o outro apenas �gua. E se for a�ucar (ao inv�s de sal)?

Melhor resposta: Pedro Flores

A an�lise dele foi boa e � reproduzida aqui com algumas pequenas corre��es. Como observado por outros alunos, no equil�brio, a press�o interna de uma bolha � superior � externa devido � exist�ncia da tens�o superficial (Sigma):

Pint - Pext = 2 Sigma / R

Entretanto, esta f�rmula tem um problema: para uma bolha se formar (R = 0), precisar�amos de uma diferen�a infinita de press�es, o que n�o � poss�vel. Assim, na pr�tica, h� necessidade de algum agente externo para nuclear a bolha. Este agente � normalmente o ar (embora possamos ter outros gases dissolvidos e sal, a�ucar, etc) que est� dissolvido na �gua e preso nas rachaduras e reentr�ncias da superf�cie.

O crescimento da bolha de ar com o aquecimento N�O � muito grande (da temperatura ambiente at� 100 C, a bolha s� se expande 1/3 do seu volume). A maior parte do seu crescimento se d� por difus�o! Como � sabido, a solubilidade do ar na �gua (volume de ar dissolvido em um dado volume de �gua em equil�brio) decresce com a temperatura. Assim, a concentra��o do ar na superf�cie da bolha passa a ser muito menor que a concentra��o de ar na �gua muito longe da superf�cie onde a bolha come�a a crescer. Com isto, aparece um gradiente de concentra��o que faz com que haja difus�o e com isto a bolha cres�a.

Voltando ao sal ou a��car, a press�o de satura��o do vapor decresce com qualquer coisa dissolvida nele. A natureza do soluto (isto �, a sua composi��o qu�mica) � grandemente irrelevante, especialmente em baixas concentra��es. Com isto, a press�o de equil�brio de uma bolha envolvida por �gua salgada � menor que a press�o de uma bolha envolvida em �gua pura, � mesma temperatura. Assim, para que a bolha n�o seja implodida, a temperatura da �gua salgada dever� ser superior � da �gua pura.

De qualquer forma, o aumento das bolhas percebido na �gua salgada ou doce � apenas devido � exist�ncia de um n�mero maior de gr�os que funcionam como pontos de nuclea��o. Isto � f�cil de ser visto se aquecermos �gua "pura" at� 100 C e depositarmos sal ou a��car subitamente.

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Pergunta do m�s de outubro / 2000 (vale 1 ponto): Um procedimento usado por m�dicos do interior para aliviar febres agudas � passar �lcool, ao inv�s de �gua, na testa dos pacientes. Explique se isto funciona e a raz�o.

Melhor resposta: Luisa Santos, Bruno �lvares e Roberto Vianna

Luisa, Bruno e Roberto observaram que a temperatura de ebuli��o do �lcool � menor que a da �gua (etanol: T = 78,4 C e metanol: T = 64,7C). Com isto, a press�o parcial destes vapores � 20 C (digamos) � bem menor do que a da �gua, favorecendo � vaporiza��o. Para a evapora��o, h� necessidade de termos energia que � retirada do corpo do paciente. Na verdade, a vantagem � s� esta, pois a diferen�a entre as entalpias de vaporiza��o n�o � muito grande. Por outro lado, a condutividade t�rmica da �gua � muito maior que a dos �lcools (cerca de 2,5 a 3 vezes), contrariando argumentos de outros alunos.

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Pergunta do m�s de novembro / 2000 (vale 1 ponto): Acho que todos j� ouviram falar sobre o sistem�tico aquecimento da atmosfera e consequente derretimento das geleiras. Recentemente, lemos no jornal que o �rtico est� apresentando, pela primeira vez em muitos anos, muitos canais sem gelo, por onde os navios passam sem dificuldades. Ser� que o n�vel dos oceanos aumentou por este derretimento? E se todo o �rtico derreter?

Melhor resposta: Luisa Santos

Aprendemos no ensino m�dio, que qualquer corpo submerso em um fluido est� submetido � for�a de empuxo, que est� diretamente relacionada ao volume deslocado de fluido e � densidade deste. O gelo b�ia na �gua porque a for�a de empuxo, causada pelo deslocamento de um certo volume de �gua, que "empurra" o gelo para cima, expulsando-o para que a �gua volte ao lugar se iguala com a for�a da gravidade que "puxa " o gelo para baixo. Assim, quando algo est� boiando (n�o vale para quando afunda) a for�a de empuxo desloca massa equivalente ao que est� flutuando mais o que est� imerso . Ex: 1 kg de gelo desloca 1 kg de �gua, para que as for�as se igualem. Como o gelo � menos denso, o volume ocupado por 1 kg de gelo � maior fazendo com que parte dele fique para fora da �gua.

Quando o gelo derrete, ele volta a ter a densidade da �gua, e portanto volta a ter o volume de 1 kg de �gua, que era o volume deslocado. Ent�o, n�o ocorre nenhuma varia��o no volume de l�quido se o gelo derreter, ele ocupar� o volume que j� ocupava! Uma analogia na qual podemos verificar isto facilmente � com um copo de �gua cheio de �gua mais gelo. O volume � maior que o do copo - o copo est� cheio e tem mais o que est� para fora (partes do gelo). Se esperarmos derreter, n�o transbordar�, pois o volume ser� todo ocupado por �gua, de menor densidade.

Portanto, se a pergunta se referisse � Ant�rtica, � resposta seria que sim, o n�vel do oceano aumentaria j� que o gelo que se encontra l� est� em cima das montanhas, e portanto n�o est�o deslocando nenhuma massa de �gua, sendo apenas um acr�scimo de massa.

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Pergunta do m�s de dezembro / 2000 (vale 1 ponto): Se voc�s observarem a orla do Leblon (por exemplo, do alto do pr�dio da PUC), voc�s ver�o um pr�dio alto localizado no chamado "Alto Leblon". A estrutura imponente na paisagem tem alguns problemas complicados de conforto t�rmico. O morador do �ltimo andar reclama do intenso calor, o morador de um andar intermedi�rio adora a temperatura e o morador do primeiro andar, reclama um pouco do calor. Esquecendo a maior ou menor toler�ncia das pessoas como a condi��o de conforto, voc� poderia explicar estes fatos?

Melhor resposta: Luisa Santos

O morador do �ltimo andar reclama mais do calor pois, como est� em cima, est� recebendo energia do sol diretamente e o dia todo sob a forma de radia��o. A energia radiante incide no topo de pr�dio, e como aprendemos no in�cio do curso, parte dela � absorvida. N�o � desconhecido o fato que moradores de apartamento embaixo de �reas na cobertura sofrem bastante com a insola��o. Em um andar intermedi�rio, n�o h� esta incid�ncia o dia inteiro, pois s� a fachada recebe irradia��o. Como resultado, a temperatura � mais amena. Nos andares mais baixos, h� novamente um fluxo de calor radiativo para dentro do pr�dio pois a radia��o incidente no solo � refletida para estes andares (� o fator de forma que leva em conta isto. Certamente, o fator de forma do andar mais alto � maior que o do t�rreo mas este � tamb�m maior que o dos andares intermedi�rios).

Uma analogia a este fato � nosso corpo na praia. Quando estamos deitados, recebemos energia tanto vinda do sol (radia��o direta) quanto vinda da reflex�o desta na areia (a� tamb�m est� o motivo porque queimamos mesmo debaixo da barraca). Se levantamos, fica mais fresco pois o nosso corpo n�o recebe tanta radia��o refletida e passa a perder mais por convec��o.

Observa-se tamb�m que nos primeiros andares , existem barreiras (outros pr�dios, �rvores, etc) que impedem que o ar possa escoar como em outros andares e portanto, impedindo que haja perda de calor do pr�dio para o ambiente externo por convec��o for�ada. A camada limite hidrodin�mica pode ser muito grande, pela dist�ncia percorrida pelo vento antes de alcan�ar o obst�culo. Desta forma, a circula��o de ar nos andares baixos � ruim normalmente.

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Pergunta do m�s de mar�o / 2001 (vale 1 ponto): Considere uma lata de refrigerante gasoso. Estamos acostumados a ouvir que a lata n�o deve ser sacudida, pois caso contr�rio, a press�o interna sobe e a lata poder� explodir. Isto � "demonstrado" abrindo-se uma lata bastante sacudida e vendo o estrago provocado pelo l�quido jorrando. Entretanto, experimentos mostram que a press�o interna � sempre a mesma. Voc� poderia explicar o que acontece e como evitar a "explos�o" provocada pela abertura da lata sacudida?

Melhor resposta: Eduarda Philadelpho + Gustavo Gusm�o, isto �, a composi��o das respostas deles foi a melhor.

No interior da lata ou garrafa de refrigerante, temos g�s carbonico, CO2, dissolvido no l�quido e tamb�m livre no espa�o existente entre o l�quido e a tampa da lata. A press�o interna � maior que a atmosf�rica, o que � demonstrado pelo escape de fluido de dentro da lata e o chiado caracter�stico, indicativo da press�o superior.

Como a dilui��o de g�s dentro de um l�quido depende da temperatura, aumentando com o decr�scimo dela, a melhor maneira de se evitar as espumas na abertura da lata � mantermos a temperatura mais baixa poss�vel. A espuma � formada ao sacudirmos a lata ou ap�s abrirmos uma lata quente pois nos dois casos, as mol�culas do g�s se separam do l�quido e sobem, por serem mais leves, para o espa�o vazio. Com isto, a lata estufa pois a press�o parcial do g�s no espa�o aumenta (em contrapartida � press�o do ar tamb�m presente, cuja press�o parcial diminuiu.

As mol�culas do l�quido n�o conseguem se juntar facilmente para formar as bolhas da espuma, precisando de um agente externo nucleador que � o g�s, naturalmente. Ou seja, as mol�culas soltas do g�s servem de pontos de nuclea��o para a forma��o das bolhas. Assim, quanto maior a temperatura ou a sacudida, maior ser� a quantidade de bolhas formadas. Todos que j� tiveram 12 anos algum dia, certamente j� brincaram com as garrafas de refrigerantes que jorravam, expelindo l�quido, ap�s serem sacudidas (quando se cede trabalho ao sistema). Quem j� venceu corrida de F-1 tamb�m j� passou por isto. Enfim, quem teve a paci�ncia de abrir uma garrafa de champanhe muito gelada sabe que � f�cil abrir a rolha sem que o "m�ssel" seja disparado. Por outro lado, ao sacudirmos a "dita cuja", o banho � inevit�vel.

Para reduzir o n�mero de bolhas sendo liberadas a solu��o � reduzir o n�mero de mol�culas de g�s disperso no espa�o vazio, o que pode ser feito pela absor��o destas mol�culas pelo l�quido. Como o processo de absor��o � bastante lento, voc� deveria deixar a lata de refrigerante um ou dois dias, em repouso nas baixas temperaturas da geladeira. Caso contr�rio, o problema ocorrer�.

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Pergunta do m�s de abril / 2001 (vale 1 ponto): Qual � a fun��o do pavio em uma vela? Ou: se as chamas sobem, por que a vela diminui de tamanho?

Melhor resposta: Bem, tivemos 4 vencedores neste m�s: Eduarda Philadelpho, Gustavo Gusm�o, Carlos Felipe Tecles e Marcos Vin�cius Marques. As colabora��es foram de diferentes aspectos e resolvi instituir categorias. Por exemplo, Carlos recebeu o pr�mio na categoria "Pesquisa" e Marcos na categoria "Experimento". Eduarda e Gustavo foram merecedores na categoria "Explica��o". Os coment�rios do Gustavo Rocco e do Mauro Freire receberam 1/2 ponto pela colabora��o.

Misturando as explica��es dos quatro, obtive o texto abaixo, que explica de forma bastante interessante, o que acontece.

Explica��o Completa;
Categoria "Pesquisa";

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

Pergunta do m�s de maio / 2001 (vale 1 ponto): Se voc� estiver dentro do Concorde, viajando com o dobro da velocidade do som, voc� poder� ouvir m�sica de um r�dio? E se voc� estivesse no seu convers�vel, rodando a Mach 3 e o r�dio estivesse atr�s de voc�. Voc� ouviria alguma coisa?

Melhor resposta: N�o tivemos uma melhor resposta mas duas boas, a do Gustavo Gusm�o e a do Marcos Marques.

O ponto relevante da pergunta, infelizmente, n�o foi percebido por aqueles que tentaram responder. Fato � que considerando que o Concorde n�o tenha uma esta��o de r�dio dentro dele (o que � razo�vel), algumas pessoas t�m dificuldade em responder como um r�dio ir� funcionar ali dentro, j� que a velocidade do Concorde � da ordem da do som (segundo o Marcos, Mach 2,02 � o n�mero. Isto � equivalente a 2500 km/h, se fosse na superf�cie da Terra).

As ondas de r�dio s�o na verdade ondas eletromagn�ticas que se propagam � velocidade da luz (3 x 108 m/s) e n�o � velocidade do som, como se imagina normalmente. Assim, o sinal da esta��o chega f�cil ao concorde.

Dentro do avi�o, o ar est� parado com rela��o aos passageiros (ou quase) j� que ningu�m fica despenteado. Assim, a transmiss�o do som se d� normalmente. No convers�vel, contudo, o sinal do r�dio n�o consegue chegar � frente daquele, face � grande movimenta��o do ar nestas velocidades.

Pergunta do m�s de julho / 2001 (vale 1 ponto): Por que o c�u ao longo do dia � azul e ao entardecer � avermelhado?

Melhor resposta: A melhor resposta foi a do Alessandro Lama:

Por que o c�u � azul?

A resposta est� em como os raios solares interagem com a atmosfera. Quando a luz passa atrav�s de um prisma, o espectro � quebrado num arco-�ris de cores. Nossa atmosfera faz o mesmo papel, atuando como uma esp�cie de prisma onde os raios solares colidem com as mol�culas e s�o respons�veis pela dispers�o do azul.

Identificamos a cor de algo pois este "algo" refletiu ou dispersou a luz de uma determinada cor associada a m comprimento de onda. Uma folha verde utiliza todas as cores para fazer a fotoss�ntese, menos a cor verde, e est� � refletida. Devido ao seu pequeno tamanho e estrutura, as min�sculas mol�culas de oxig�nio, nitrog�neo e outros gases existentes na atmosfera, difundem melhor as ondas com pequenos comprimentos de onda, tais como o azul e o violeta. As mol�culas est�o espalhadas atrav�s de toda a atmosfera, de modo que a luz azul dispersada chega aos nossos olhos com facilidade. A luz azul � dispersada dez vezes mais que a luz vermelha. Isto foi estudado por Rayleigh, f�sico ingl�s do s�culo XIX que se envolveu tamb�m com convec��o natural, como � discutido no texto.

Quando o c�u est� com cerra��o, n�voa ou polui��o, h� part�culas de tamanho grande que dispersam igualmente todos os comprimentos de onda, logo o c�u tende ao branco pela mistura de cores. No v�cuo do espa�o extraterrestre, onde n�o h� atmosfera, os raios do sol n�o s�o dispersos pela inexist�ncia de mat�ria. Isto explica o c�u negro visto pelos astronautas. Em Marte, o c�u � cor de rosa, pela grande presen�a de part�culas de poeira naquela atmosfera, devido � presen�a de �xidos de ferro origin�rios do solo.

Por que o p�r do sol e a alvorada s�o vermelhos?

Quando o sol est� no horizonte, a luz leva um caminho muito maior atrav�s da atmosfera para chegar aos nossos olhos do que quando est� sobre as nossas cabe�as. A luz azul nesse caminho foi toda dispersada, pois a atmosfera est� funcionando como filtro. Muito pouca luz azul chega at� n�s, enquanto que a luz vermelha, que n�o � dispersada t�o facilmente, consegue chegar naturalmente. Nessa hora, a luz branca est� sem o azul.

O vermelho e o laranja tornam-se muito mais v�vidos no crep�sculo quando h� poeira ou fuma�a no ar, provocada por inc�ndios, tempestades de areia e vulc�es. Isto ocorre porque estas part�culas maiores tamb�m provocam dispers�o com a luz de comprimento de onda pr�ximos, no caso, o vermelho e o laranja.

Pergunta do m�s de agosto / 2001 (vale 1 ponto): A superf�cie de um lago � mantida a - 2 C, enquanto que a �gua est� a 0 C. Considerando que condu��o de calor � o �nico modo de troca existente e usando os dados abaixo, estime quanto tempo vai levar para que uma camada de 10 cm de gelo seja formada na superf�cie do lago.

Outros dados:

  • condutividade t�rmica da �gua: 0,56 W/mK;
  • condutividade t�rmica do gelo: 2,3 W/mK;
  • calor latente de fus�o do gelo = 3,3 x 105 J/kg;
  • densidade da �gua = 1000 kg/m3;
  • densidade do gelo = 917 kg / m3;

Pergunta do m�s de setembro / 2001 (vale 1 ponto): Algu�m me perguntou o que acontece quando a umidade relativa alcan�ar 100%. Morreremos afogados?

Melhor resposta: A melhor resposta foi a do Rodrigo Ach�, embora outros alunos tenham tamb�m comentado corretamente.

Pergunta do m�s de outubro / 2001 (vale 2 pontos): Esta quest�o � destinada aos experimentalistas da turma: Mexa cuidadosamente caf� quente numa x�cara at� que voc� obtenha uma circula��o uniforme. Neste momento, derrame leite frio no centro e note o aparecimento de um buraco. Relate o que voc� v�. Em seguida, repita o experimento usando leite quente. Explique as diferen�as.

Melhor an�lise: O estudo e o filme feitos pela Joana foram muito bons. Em segundo, veio a an�lise do Deni e assim, ambos mereceram os pontos. Os dois se detiveram especialmente na diferen�a de densidades, que provocou uma diferen�a no empuxo. Entretanto, h� um pouco mais a ser visto.

Fato � que pela maior densidade do leite frio, a corrente de leite desce no caf� quente. Como o caf� est� girando, existem tubos (ou colunas) de v�rtices que ficam misturadas com o leite e s�o alongados-esticados pelo leite descendo e em consequ�ncia, a velocidade angular destes v�rtices aumenta bastante, abrindo um "buraco" no fluido. Mais ou menos como acontece com uma dan�arina no gelo. Ao fechar os bra�os, ela reduz o momento de in�rcia e gira mais r�pido. Ao abrir os bra�os, ela aumenta o momento de in�rcia e gira mais lentamente.

Se leite quente for adicionado ao caf�, o leite n�o ir� descer t�o rapidamente ou talvez at� n�o des�a (dependendo do tipo de leite - se integral, etc, e do caf�, na verdade, dependendo das suas densidades). Se o leite quente for menos denso que o caf�, ent�o o tubos de v�rtices ser�o encurtados, diminuindo assim a velocidade rotacional.

Ao realizar um experimento, � necess�rio que se tome certos cuidados, visando a sua reprodu��o. Assim, seria conveniente que se garantisse:

  • a mesma temperatura do caf�, em cada rodada. Uso de um termometro;
  • a mesma velocidade angular, garantida por um certo n�mero de voltas com a colher, mantendo-se o torque constante;
  • ilumina��o constante;
  • quantidade de leite sendo adicionado em quantidades fixas;

Em todo o caso, os dois est�o de parab�ns pelo estudo feito.

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Pergunta do m�s de novembro / 2001 (vale 1 ponto): Tubos de metal s�o frequentemente cobertos por isolantes, tais como asbestos (t�xico!) e l� de vidro, para reduzir a troca de calor. Poder�amos concluir ent�o que estes isolantes s�o piores condutores de calor que o ar ambiente. Caso contr�rio, por que algu�m pagaria por eles? Entretanto, sabe-se que estes isolantes s�o melhores condutores que ar! Responda, se vc puder, por que usamos isolantes?

Melhor an�lise: Foi a da Andrea Willemsens, que reproduzo abaixo:

O ar, quando n�o est� em movimento, troca calor por condu��o apenas. Por ser g�s, cujas dist�ncias intermoleculares s�o grandes se comparadas com os s�lidos ou mesmo os l�quidos, faz com que seu coeficiente de troca de calor por condu��o k seja muito baixo. Estando em movimento, contudo, a troca de calor passa a ser por convec��o e com isto, a troca aumenta bastante. Supondo valores m�dios, ele possui um coeficiente de troca de calor por convec��o, de por exemplo, h = 30 W/m2C. J� os isolantes possuem um coeficiente de condu��o na ordem do k do ar. Por exemplo, a l� de vidro possui k = 0,0325 W/mC, e o isopor possui k = 0,0314 W/mC, valores muito baixos. Assim, se garant�ssemos que o ar sobre o tubo de metal estaria parado, realmente o uso do isolante n�o seria necess�rio, pois o ar exerceria essa fun��o e a troca de calor por condu��o seria pequena. Mas como o ar pode estar em movimento, a troca de calor por convec��o pode ser grande e o uso do isolante torna-se necess�rio. O ar poderia ser usado como isolante se ficasse confinado em volta do tubo, isto �, se fosse colocada uma camada de outro material por fora dele e assim ele permaneceria parado.

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Pergunta do m�s de mar�o / 2002 (vale 1 ponto): Deseja-se fazer um omelete com ovo de avestruz. Quanto tempo ele deve ficar fervendo?

Melhor an�lise: Pedro Sab�ia e Juliano Moraes fizeram uma interessante an�lise do problema e chegaram quase na resposta que considero correta. Ela est� dispon�vel atrav�s do link.

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Pergunta do m�s de abril / 2002 (vale 1 ponto): � comum ouvirmos a afirma��o que um forno de micro-ondas cozinha de dentro para fora. Isto � sempre verdade? Qual � a caracter�stica do forno que faz com que isto aconte�a?

Melhor an�lise: V�rios alunos enviaram bons coment�rios: Pedro Sab�ia, Juliano Moraes, Camila Dorta e Guilherme Trov�o. Resumi o que eles escreveram no texto que est� colocado no link.

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Pergunta do m�s de maio/ 2002 (vale 1 ponto): Como se mede a espessura da camada de Oz�nio?

Melhor an�lise:

Pergunta do m�s de agosto/ 2002 (vale 1 ponto): Observe a parte traseira de uma geladeira residendial. Explique o que acontece com os fluidos que interagem ali, indicando claramente os processos de transfer�ncia de calor, de uma corrente para a outra, o sentido do escoamento do fluido de refrigera��o, e tudo que mais lhe chamar aten��o neste equipamento.

Pergunta do m�s de setembro/ 2002 (vale 1 ponto): Madame Fulana de Tal adora tomar coca-cola em lata mas detesta quando ela fica choca (isto �, quando o g�s escapa). Disseram a ela que para evitar isto, ela deveria colocar uma colher de ch� dentro da mesma, antes de devolv�-la para a geladeira. Outro dia ela fez isto. Por�m, na manh� seguinte, ela percebeu que havia cristais de gelo ao redor da colher. Voc� � requisitado para dar uma explica��o t�cnica sobre o assunto. Este � um fato muito importante pois se ela n�o entender o que houve, chamar� a d. Benta Benzedeira, encarregada de exorcizar dem�nios. O que voc� acha?

Melhor an�lise: Priscilla Almeida, que reproduzo abaixo.

Quando a Dona Fulana coloca uma colher de ch� dentro da coca-cola e a temperatura do ambiente da geladeira est� baixo o suficiente, "criam-se" cristais de gelo em torno da colher, porque a mesma vai retirar energia da coca-cola. Em consequ�ncia, a temperatura do fluido ir� abaixar o suficiente para a forma��o dos cristais (gelo), especialmente nas regi�es de contato com o talher. Com isso, podemos concluir que a colher funciona como uma aleta para este sistema e sendo met�lica, isto �, boa condutora, ela estar� intensificando a taxa de transfer�ncia de calor que j� existia. Ou seja, da mesma forma que uma colher esfria mais rapidamente caf� quente, a colher dentro da coca-cola esfria mais rapidamente a mesma. � importante observar que o material e as extens�es submersa e exposta da colher ir�o afetar a taxa de transfer�ncia de calor (ali�s, este � um dos projetos do curso para este per�odo).

Pergunta do m�s de outubro/ 2002 (vale 1 ponto): Assar galinhas e perus � uma atividade regular para as cozinheiras. Uma das maiores dificuldades � certamente a estimativa do tempo necess�rio para que a carne crua chegue ao ponto certo. Os livros de culin�ria indicam que o forno deve estar a uma certa temperatura To e a ave deve ficar assando durante n minutos por cada kg. Perus, que podem variar de 4 a 15 kg, podem ent�o serem assados. Tipicamente, um livro recomenda assar em tempos variando de 15 a 25 minutos por cada 2 kg de carne, com o maior valor sendo usado para aves menores. A carne � considerada assada quando a sua temperatura interna m�nima alcan�ar um determinado valor independentemente do tipo de carne e a sua maciez. Modele o processo e discuta a acur�cia da regra dos livros de culin�ria.

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Qual dos processos de transmissão do calor é o principal responsável pelo fato de sentirmos o calor dela mesmo a uma distância razoável?

© Washington Braga Filho, DEM, PUC-Rio,
Produzido em mar�o / 1998
�ltima Atualiza��o em abril / 1999
nome do arquivo: http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/wbraga/transcal/perg.htm

Qual é o principal processo de transmissão de calor?

A transferência de calor pode ocorrer de três formas: radiação, condução e convecção. A radiação térmica, também conhecida como irradiação, é uma forma de transferência de calor que ocorre por meio de ondas eletromagnéticas.

Qual processo de transmissão do calor é responsável pelo contato direto entre os corpos?

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as moléculas do corpo mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais frio, transferem energia para este. Esse processo de condução de calor é denominado condução.

Como se dá a transmissão de calor por convecção?

A transferência de calor por convecção ocorre quando há transmissão ou transferência de energia de um lugar para outro pelo deslocamento de meio material através de correntes que se estabelecem no interior do meio. Dois exemplos são o refrigerador e o aquecedor de água.

O que é irradiação convecção é condução?

A condução e a convecção são formas de propagação de calor que para ocorrer é necessário que haja meio material, contudo, existe uma forma de propagação de calor que não necessita de um meio material (vácuo) para se propagar, esta é a irradiação térmica.