Qual o melhor remédio para dor no canal da urina?

Os remédios para cistite combatem os micro-organismos causadores da infecção urinária e aliviam os seus sintomas. Como sua utilização pode implicar em riscos à saúde, é importante buscar a orientação clínica do médico e farmacêutico.

Esses profissionais são responsáveis por identificar o causador da doença, verificar suas possíveis complicações, indicar os melhores remédios e prever o prognóstico clínico para o paciente, garantindo que ele possa aderir ao tratamento de forma adequada.

Por isso, se você quiser saber um pouco mais sobre os medicamentos para o tratamento da cistite, acompanhe nosso post de hoje e fique por dentro do assunto:

Tratamento da cistite

A cistite é uma doença caracterizada por inflamação e infecção da bexiga, ocorrendo com maior prevalência em mulheres. Isso porque a uretra delas  é mais curta que as dos homens, o que favorece a passagem de micro-organismos.

Os principais sintomas são dor pélvica, ardência ao urinar, vontade urgente de ir ao banheiro com muita frequência, sensação de peso na bexiga (mesmo quando esta encontra-se vazia), presença de sangue na urina e até mesmo náuseas e vômitos.

As causas mais comuns são a presença de bactérias intestinais na bexiga, como a Escherichia coli, má higienização das partes íntimas, relações anais seguidas por vaginais sem uso ou troca de preservativos, uso de sondas urinárias, entre outras.

As alterações hormonais da gravidez e menopausa também podem alterar a contração da bexiga, propiciando o aparecimento da cistite.

Tipos de medicamentos

1. Antibióticos

São medicamentos que eliminam os micro-organismos causadores da cistite, impedindo sua multiplicação e diminuindo a infecção gradativamente, até a sua cura.

Os principais antibacterianos indicados para o tratamento da cistite são ciprofloxacina, norfloxacina, amoxacilina e, sulfametoxazol com trimetropina. Por se tratarem de remédios antibióticos, sua compra é feita somente mediante retenção da prescrição médica.

Esses produtos devem ser usados por 3 a 10 dias, conforme orientação médica e o paciente percebe uma melhora dos sintomas entre 12 a 24 horas após o início do tratamento.

As principais reações adversas são: náuseas, vômitos, tontura, febre, dores articulares e, no caso do uso incorreto, podem elevar a resistência do microrganismo, agravando assim a infecção.

2. Analgésicos

São utilizados para aliviar as dores que os pacientes sentem e não tratam a infecção. Nesse caso temos a dipirona e o paracetamol, dentre outros específicos para dor urinária, como os remédios a base de fenazopiridina.

Devem ser tomados respeitando a posologia recomendada, pois seu uso incorreto pode causar pressão baixa, problemas estomacais e hepáticos, fraqueza, dentre outros sintomas.

Também é recomendado que estes sejam ingeridos junto a uma grande quantidade de água, que ajuda na liberação dos agentes infecciosos.

3. Anti-inflamatórios

São usados em menor frequência e incluem os remédios à base de ibuprofeno, ácido acetilsalícilico e outros. Podem ser associados com antiespamódicos, que contém escopolamina, já que estes diminuem as cólicas causadas pela infecção.

Os principais efeitos colaterais dos anti-inflamatórios são: aumento da acidez estomacal, desequilíbrio de íons que podem provocar taquicardia e elevação da pressão arterial.

As reações indesejadas dos antiespasmódicos são: boca seca, falta de ar, diminuição da pressão arterial e fraqueza muscular. Além disso, esse medicamento não deve ser utilizado em mulheres grávidas quando associados com a dipirona.

Além da supervisão médica, os remédios para cistite devem ser tomados em conjunto com mudanças de atitude do paciente, como a ingestão de grandes volumes de líquidos todos os dias para “lavar” a bexiga e a uretra. Mulheres devem se lembrar de nunca realizarem ducha vaginal, utilizarem sprays íntimos ou reter a urina por muito tempo.

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As infecções urinárias são as mais comuns do tipo não-hospitalar. Segundo o urologista Karin Jaeger Anzolch, membro do Departamento de Comunicação da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), estima-se que metade das mulheres terá o problema ao menos uma vez ao longo da vida e 20% terá recorrência disso.

Apesar de ser comum em mulheres jovens, acontece mais com homens e mulheres idosos —Anzolch a considera inclusive uma causa frequente de morbidade nesta faixa etária.

Relacionadas

Entre os sintomas da infecção urinária, os mais conhecidos são:

  • dor ou ardência para urinar;
  • desconforto na bexiga (percebido na parte de baixo da barriga);
  • desejo frequente ou constante de ir ao banheiro;
  • eventualmente, odor forte ou sangue na urina.

"Outros sintomas como febre, calafrios, diminuição do apetite, sonolência, dor na região das costas, náuseas, vômitos, apatia e alteração dos níveis de consciência, quando presentes, costumam estar associados a uma maior gravidade", alerta a especialista.

Chás são aliados dos remédios para infecção urinária

Por ser uma infecção bacteriana, ela precisa ser tratada sempre com o uso de antibióticos. No entanto, existem outras medidas que podem ser adjuvantes a este tratamento, que nunca deve ser abandonado.

"Apesar de não representarem nenhuma panaceia, ou seja, algo que possa remediar todos os males, os chás podem ajudar, sobretudo no cenário da prevenção e do alívio dos sintomas", pondera a urologista.

Lembrando sempre que por mais que muitas plantas tenham ativos estudados no combate de infecções e bactérias, a quantidade deles em cada espécime varia muito e depende de fatores como solo, condições ambientais e região. Além disso, não existem estudos em humanos que mostrem que estes compostos realmente funcionem.

"Alguns compostos bioativos são, quando estudados in vitro, bactericidas, o que teoricamente poderia auxiliar no tratamento da infecção urinária", aponta a nutricionista Natália Pinheiro de Castro, doutora em ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e membro no NutS - Nutrition Science.

Ou seja, você pode sim utilizá-los, mas não deixe de ir ao médico e tomar as medicações indicadas! Isto posto, reunimos alguns chás que possuem evidência de seu uso no auxílio do tratamento de infecções urinárias e como devem ser preparados.

Os melhores chás para alívio da infecção urinária

1. Chá de cabelo de milho

Apesar de não existirem estudos em humanos, ensaios clínicos com animais mostraram que o cabelo de milho tem ação protetiva aos rins, como explica Castro. "Observou-se que o tratamento prévio dos animais com doses diárias de 400 mg de extrato de cabelo de milho por kg de peso corporal durante 5 semanas protegeu os rins dos danos renais induzidos quimicamente", descreve.

Como preparar

Ferva 500 ml de água e despeje sobre 1 a 2 colheres (sopa) de cabelo de milho. Abafe por cerca de 5 a 10 minutos.

2. Chá de uva-ursina

Esse chá era usado pelos nativos norte-americanos no alívio dos sintomas de cistite. "Suas folhas apresentam derivados de hidroquinona, arbutina e peridroxiacetofenona, com ação antibacteriana para as cepas de Staphylococcus aureus e S. saprofiticus. Porém, com baixa ação antimicrobiana para E. coli, os principais germes responsáveis pelas infecções urinárias", reforça a nutróloga Isolda Prado, professora de nutrologia da UEA (Universidade do Estado do Amazonas).

Como preparar

Misture duas colheres (sopa) da erva desidratada a um litro de água filtrada fervida e mantenha abafado por uns cinco minutos. Sirva ainda quente e coado.

3. Chá de hidraste

Famosa também entre os indígenas, a raiz do hidraste era usada como remédio para doenças comuns, como feridas, úlceras gastrointestinais, doenças dos olhos e pele e câncer.

"Realmente, a raiz do hidraste é rica em berberina, uma substância que apresentou inúmeros efeitos terapêuticos, é um potente antimicrobiano, anti-inflamatório, hipolipidêmico, hipoglicemiante, antioxidante e neuroprotetivo", enumera a nutricionista Castro. Mas ela mesma alerta que não há ensaios clínicos que comprovem a eficácia do hidraste para o tratamento da infecção urinária nem artigos que definam a dose de consumo segura desta erva (toxicidade).

Como preparar

Adicione uma colher (sopa) da raiz a 200 ml de água fervente e abafe por cerca de cinco minutos. Coe e sirva ainda quente.

4. Chá de dente-de-leão

"O chá de dente-de-leão apresenta várias classes de fitoconstituintes presentes em testes de ervas. Em geral, taninos, flavonoides e compostos fenólicos que possuem bom potencial contra E. coli e K. pneumoniae", descreve Prado.

Ainda que esses benefícios não tenham sido comprovados em humanos, esse chá traz um potente efeito diurético, importante para diluição das bactérias na urina.

Como preparar

Ferva 200 ml de água filtrada e despeje sobre uma colher (sopa) da raiz do dente-de-leão. Deixe por até 10 minutos, coe e sirva.

5. Chá de hortelã

A hortelã apresenta propriedades antimicrobianas importantes. "Estudos em ratos mostraram que o óleo essencial de hortelã em quantidade considerável (40 mg/ kg de peso corporal) foi associado a melhoras dos parâmetros usados para avaliar função renal", considera Castro. Não possui, no entanto, estudos em humanos.

Como preparar

Basta ferver o equivalente a uma xícara de água e despejar sobre 2 gramas de folhas secas de hortelã, deixando abafado por 10 minutos.

6. Chá de cúrcuma

Prado ressalta o efeito anti-inflamatório da cúrcuma. Segundo ela, em um ensaio clínico com 40 pacientes com nefropatia em decorrência do diabetes tipo 2, os pesquisadores testaram a função renal dos participantes após suplementação de 22,1 mg de cúrcuma, três vezes ao dia por dois meses. "Os autores observaram melhora da função renal desses pacientes em relação às pessoas do grupo controle", diz.

Sobre a infecção urinária, outro estudo mostrou que a cúrcuma pode ajudar mulheres na pós-menopausa, mas apenas quando aliada a outros três compostos.

Como preparar

Ferva 250 ml de água e adicione duas colheres (café) de cúrcuma, mantendo abafado por cerca de 10 minutos.

Suco de cranberry é grande aliado contra infecção urinária

Mesmo com algumas pesquisas feitas com chás, a bebida com maior comprovação científica na prevenção e auxílio do tratamento para infecção urinária é o suco de cranberry.

"Existem vários estudos com a planta que contém uma substância chamada proantocianidina, que é apontada como responsável por suas propriedades terapêuticas, que inibiriam a aderência de bactérias ao trato urinário", descreve Anzolch.

Além disso, a bebida da fruta é rica em vitamina C, que torna a urina mais ácida, reduzindo a capacidade de as bactérias viverem nela. "Numa revisão sistemática e metanálise recente publicada no periódico Plos One, estabeleceu-se que o consumo de cranberry —tanto suplementos, como chás e a fruta em si—, reduziu em 30% o risco de infecção urinária nas populações mais suscetíveis à doença", contextualiza Castro.

Não é muito fácil encontrar a fruta no Brasil, muito menos fazer seu chá. Ela pode ser comercializada em cápsulas ou na forma de suco industrializado.

Outras medidas caseiras para prevenir infecção urinária e aliviar seus sintomas

Há um aumento em todo o mundo de relatos de resistência bacteriana —quando os antibióticos não possuem mais o mesmo efeito contra os agentes da infecção. "Por isso, todas as medidas não-antibióticas devem ser incentivadas porque, quando bem aplicadas, podem reduzir em pelo menos 20% a ocorrência de novas infecções", considera a urologista Karin Jaeger Anzolch.

Nos casos de infecção urinária, além dos chás e do suco de cranberry já apresentados, existem outras medidas importantes para alívio dos sintomas, como:

  • Aplicação de calor no local (seja por banho de assento, banho quente ou bolsa de água quente), para alívio dos sintomas;
  • Ingestão de vitamina C, que torna a urina mais ácida, combatendo as bactérias;
  • Uso de probióticos como os lactobacilos presentes no iogurte e concentrados lácteos.

Além disso, e até mais importante, são os cuidados preventivos. "Há mulheres que só mudando os seus hábitos e incorporando essas medidas já obtêm uma remissão", conclui Anzolch. Ela lista os seguintes:

  • Evitar contato entre ânus e vagina e uretra (seja na higiene, menstruação ou sexo);
  • Trocar absorventes com frequência;
  • Ingerir bastante água e líquidos claros;
  • Evitar segurar a vontade de urinar;
  • Fazer xixi após as relações sexuais;
  • Preferir calcinhas de algodão;
  • Não utilizar duchas íntimas;
  • Evitar sabonetes degermantes, que podem afetar a flora bacteriana da região.

O que fazer para passar a dor no canal da urina?

3 formas de evitar ardência ao urinar.
Beba muito líquido: O consumo de água, chás e sucos (sem adoçar) colaboram para a limpeza do seu organismo, uma vez que ajudam a eliminar bactérias. ... .
Não segure a urina: ... .
Consuma alimentos ricos em vitamina C:.

Qual o melhor Anti

Anti-inflamatórios Os anti-inflamatórios para cistite indicados pelo médico, como o ibuprofeno ou o cetoprofeno, ajudam a reduzir a inflamação na bexiga, aliviando a dor e o desconforto urinário causado pela cistite.

O que tomar para limpar o canal da urina?

Tome bastante água. Limpar o canal da uretra constantemente evita que as bactérias se instalem. Limpe-se bem. Usar uma duchinha ou lenços umedecidos depois de evacuar garante que a sua pele fique livre de quaisquer resíduos.

O que causa ardência e queimação no canal da urina?

A infecção urinária é a causa mais frequente e mais comum da ardência ao urinar. Este tipo de infecção acontece com maior frequência nas mulheres, devido a alguns fatores, como a proximidade da uretra com o ânus (o que favorece a entrada de bactérias no canal da urina).