Qual o papel da equipe de saúde da família no cuidado em saúde mental?

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Processo de Trabalho na APS

Núcleo de Telessaúde Sergipe | 26 fevereiro 2021 | ID: sofs-43324



O serviço de Atenção Psicossocial Municipal, que tem como responsabilização a organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do território e que possui papel regulador na porta de entrada na rede de assistência; deve ser buscado pela equipe de saúde para orientação e melhor solução do caso, de forma multidisciplinar. Decisões que pontuem o risco/benefício devem ser tomadas inicialmente a nível municipal.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) deve acolher a família de forma integral e sistêmica, a qual é objeto e sujeito do processo de cuidado e de promoção da saúde pelas equipes(1). O acompanhamento deverá ser realizado por toda a equipe, sendo em domicílio e na Unidade Básica de Saúde (UBS), tendo apoio também do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), com a presença principalmente do psicólogo e do assistente social(2).

O trabalho na atenção básica é longitudinal, ou seja, que o cuidado à saúde das pessoas deve acontecer ao longo do tempo, independentemente do usuário estar com alguma doença. A proximidade com o usuário, seu território e sua realidade vão auxiliar a construção deste processo de cuidado em que se espera uma fortificação do vínculo entre profissional de saúde e usuário. A criação do vínculo de confiança deve ser fortalecido por meio da escuta, do acolhimento, da garantia da participação da família na construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS), da valorização da família enquanto participante ativa do tratamento(1) e organizando grupos de familiares para buscar criar laços de solidariedade entre seus membros participantes, para discutirem problemas comuns, enfrentarem situações difíceis e receberem orientação sobre o diagnóstico e participação no projeto terapêutico(3,4).


Quanto aos episódios de agressividade ou ameaças, a maioria dos estudos sobre pacientes violentos são descrições de situações em emergências médicas e em internações psiquiátricas, não havendo bibliografia adequada para a Atenção Primária à Saúde, porém o Agente Comunitário de Saúde (ACS) ou profissional em contato com o paciente, deve informar imediatamente a equipe de saúde sobre a situação. Em caso de violência deve ser chamada ajuda. Em caso de uso de armas (facas, armas de fogo ou outros instrumentos) pelo paciente a polícia deve ser acionada. Quando tiver chamado de ajuda um membro da equipe, preferencialmente o médico, deverá tentar conversar com o paciente a uma distância segura e ouvi-lo para tentar acalmá-lo e somente em último caso a força deverá ser usada. No caso do paciente em surto que não se encontra violento, somente com pensamentos delirantes, alucinações ou embotamento, deve se observar se o mesmo está recebendo adequadamente suas medicações, pois eventualmente, somente regularizando seu uso o paciente pode melhorar. Deve-se ainda comunicar a equipe para avaliar a necessidade de uma visita domiciliar ou consulta médica(5).

Qual o papel da família na saúde mental?

Em relação à saúde mental, a família permanece como protagonista na promoção de fatores de proteção e redução dos fatores de risco às condições psicológicas de seus membros, crianças ou adultos.

Qual o papel da atenção básica no cuidado em saúde mental?

Ela reúne estratégias e diretrizes de assistência às pessoas que sofrem com transtornos mentais e com quadros de adição. Entre elas estão o acolhimento, alívio do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas.

Como deve ser a relação da equipe de saúde mental com a família e o paciente?

É preciso que o profissional crie condições para que o paciente possa comunicar seu sofrimento. O profissional deve dar ênfase no projeto de intervenção à saúde e reinserção social do doente, focalizando a produção da vida, de sentido, de sociabilidade (6P).

Qual o papel da UBS no tratamento do portador de sofrimento mental?

Um destes artigos afirma que, além das ações de cunho coletivo, a UBS mantém as consultas individuais para os usuários; neste caso, para os que apresentam sofrimento mental e demandam intervenção individual, como proposto pelo Ministério da Saúde através de intervenções terapêuticas individualizadas, respeitando a ...