Criado em 17/12/12 16h32 e atualizado em 17/12/12 16h54 Show De acordo com o Ipea, as atividades que requerem o maior uso de capacidades cognitivas, por exemplo, têm demanda em constante expansão. (blog.previdencia.gov.br) Brasília – A maior parte das pessoas empregadas no mercado formal brasileiro está no setor de serviços, especialmente nas áreas de vendas e atendimento ao consumidor, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje (17). De acordo com o boletim Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, outras ocupações em que há grande concentração de mão de obra no Brasil são as relacionadas à necessidade de força física, à assistência, à saúde, ao ensino, às ciências sociais, às telecomunicações e ao transporte. O comércio, a administração pública, a construção civil e o ensino são responsáveis por cerca de metade dos empregos formais no país, segundo dados do Ipea, que são relativos a dezembro de 2010. Em contraponto, as ocupações em que há menor concentração de trabalhadores no país são as relacionados às ciências naturais, aos trabalhos rotineiros, ao monitoramento, à manutenção e às habilidades cognitivas e artísticas. O uso da mão de obra no mercado brasileiro aponta as tendências mais estruturais da economia do país, delineia possíveis alterações no perfil da força de trabalho e influencia a implementação de políticas de capacitação e qualificação do trabalhador, com o objetivo de adequar medidas tomadas pelo Estado às características de cada mercado e das regiões geográficas específicas. Os dados são baseados em informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre 2003 e 2010. De acordo com o Ipea, as atividades que requerem o maior uso de capacidades cognitivas, por exemplo, têm demanda em constante expansão. É o caso das áreas ligadas à intermediação financeira, à produção e à distribuição de petróleo e derivados, à educação e à informática. Geograficamente, segundo o estudo, a mão de obra dotada de uso mais intensivo das capacidades cognitivas está concentrada nas grandes regiões metropolitanas, segundo a denominação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. De acordo com textos do geógrafo brasileiro Milton Santos, já falecido, o fenômeno é denominado "desconcentração concentrada", o que quer dizer que, apesar da disseminação da industrialização e do desenvolvimento por todo o país, as grandes capitais detêm a maior parte da renda brasileira, pois continuam sendo os centros de tomada de decisão, onde há a concentração de atividades mais intensivas em tecnologia, com mais demanda intelectual e com produção de maior valor agregado. No caso de trabalhadores cuja ocupação demanda atividades mais intensivas em uso de força física, em áreas de manutenção e transportes, por exemplo, há maior concentração em cidades menores (com menos de 250 mil habitantes). As cidades de médio porte, ou médio-alto (com mais de 250 mil habitantes) são mais intensivas em habilidades relacionadas a engenharia, design e ciências naturais, como São José dos Campos (SP). Edição: Davi Oliveira Creative Commons - CC BY 3.0
02 Jun 2021 O agronegócio absorve quase 1 de cada 3 trabalhadores brasileiros. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 32,3% (30,5 milhões)do total de 94,4 milhões de trabalhadores brasileiros eram do agronegócio no ano de 2015. Desses 30,5 milhões, 13 milhões (42,7%) desenvolviam atividades de agropecuária, 6,43 milhões (21,1%) no agrocomércio, 6,4 milhões (21%) nos agroserviços e 4,64 (15,2%) na agroindústria. Em 2016, a soma de bens e serviços gerados no agronegócio chegou a R$1,3 trilhão ou 23,6% do PIB brasileiro, e essa participação tem crescido nos últimos anos, o que torna o setor fundamental para o crescimento econômico do Brasil. Nesse contexto de crescimento em que o agronegócio emprega parcela significativa da população brasileira, apresentam-se números mais atualizados sobre a importância do agronegócio na economia do país, material que foi abordado em reportagem pelo Yahoo Finanças, que destacou o papel da pecuária neste contexto. Desde a década de 1990, o setor apresenta crescimento constante e consistente, com ocupação média em cabeças por hectare saltando 34% desde então, segundo a Athenagro. Além disso, a produção por hectare cresceu 147% no período, se dividindo na criação de bovinos, suínos, caprinos e ovinos, avicultura, piscicultura e bubalinos — criação de búfalos. “A pecuária tem papel importantíssimo hoje no saldo da balança comercial brasileira”, diz Caio Vinícius Rossato, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos. Para entender essa participação na economia com números, é só analisar a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio abocanha 26,6%, com uma produção total de quase R$ 2 trilhões. Desse valor, a pecuária é responsável por 24,56% — acima do 24,2% do agrícola. “A pecuária é um dos setores com maior crescimento nos últimos dois anos. É um setor que estava passando por dificuldades, com preços baixos e dificuldade de deslanchar. Mas, com a persistência do pecuarista e uso de tecnologia dentro da pecuária, tornou- se competitiva”, diz Antonio Pitangui de Salvo, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em entrevista ao Yahoo! Finanças. Carne de exportaçãoUm dos grandes motores para esses números está, principalmente, na exportação. A pecuária brasileira consolidou-se como a maior exportadora mundial em 2020, com aproximadamente 2,6 milhões de toneladas de equivalente carcaça (TEC). O dobro da Austrália, segunda colocada, com 1,41 milhões de toneladas de equivalente carcaça.
Em 2021, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a exportação está seguindo um caminho parecido. Pensando no total já exportado pelo Brasil nos primeiros meses do ano, a China é responsável por 21,74% da carne exportada.
Enquanto isso, União Europeia fica em segundo lugar, com 16,76%; e EUA, com 8,66%.
“A carne brasileira está correndo o mundo”, diz João Abbade, pecuarista e analista do setor. “Mas sempre digo para as pessoas que não estamos em todo nosso potencial. Hoje, até países pequenos, como Israel, estão conseguindo produzir alguma carne. Tecnologia é tudo. Devemos focar na produção cada vez maior de suínos, búfalos e até rãs. Há espaço”. Pecuária no BrasilAtualmente, a pecuária está bem dividida no Brasil. A produção pecuária de bovinos é feita principalmente no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto o Nordeste tem predomínio sobre as criações de caprinos e muares. Os ovinos estão no Sul e Nordeste, com Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará liderando. Já os suínos e as aves se concentram no Sudeste e no Sul. No entanto, Antonio Pitangui de Salvo chama a atenção de um problema enfrentado pelo agronegócio como um todo: a imagem do setor. “Nós precisamos melhorar a nossa imagem. Ela não retrata a realidade de quem nós somos. Somos protecionistas. Eu quero preservar a nascente das minhas fazendas. Quem é extrativista não é pecuarista. Ele é uma pessoa que precisa, mais do que nunca, preservar seu solo, suas águas… Trabalhamos com práticas modernas para manter a qualidade do solo. Isso é a sustentabilidade”, disse. “Somos, atualmente, o segundo maior produtor de frango e de carne bovina. E ainda somos o sexto maior produtor de carne suína. Além disso, estamos crescendo de maneira interessante na produção de búfalos, peru e leite de vaca”, continua o professor Ezequiel Silva. “Acredito que nos setores que já somos líderes, o Brasil vai se fortalecer ainda mais”. Mercado de trabalhoSeguindo a importância do agronegócio como um todo, a pecuária tem força no mercado de trabalho brasileiro. O setor absorve 1 em cada 3 trabalhadores. Nos números mais recentes do setor nesse sentido, de 2015, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 32,3% (30,5 milhões) do total de 94,4 milhões de trabalhadores brasileiros eram do agro. A Forbes fez um levantamento baseado em demonstrativos financeiros das empresas, da agência Standard & Poor’s, da CNA e da empresa de informações financeiras Economática para determinar as maiores empresas do setor. Em 2020, JBS tinha a medalha de ouro, com a Raízen Energia e Cosan completando o pódio. Ambev, Marfrig e Cargill em seguida. Confira, abaixo, um demonstrativo do ranking, com as 15 empresas mais bem colocadas:
“A JBS é uma das empresas mais valiosas do Brasil, a mais forte do agronegócio como um todo. E é focada exclusivamente no processamento de carnes bovina, suína, ovina e de frango e no processamento de couros”, diz Henrique Luís Martins, analista de mercado alimentar. “A pecuária é uma mina de ouro. Só é preciso ter cuidados maiores na produção”. Fonte: Associação dos Criadores de Mato Grosso | Acrimat Relacionado con MercadoÚltimos posts sobre rumiantes - MercadoContenido sobre otras especies - MercadoREVISTA NUTRINEWS BRASILAssine agora a revista técnica de nutrição animal AUTORES EDIÇÃO Revista nutriNews Brasil 3 TRI 2022SE UNA A NOSSA COMUNIDADE NUTRICIONAL Acesso a artigos em PDF
DESCUBRAQual o setor que mais emprega trabalhadores no Brasil?"A gente tem um aumento brutal da demanda por serviços e a gente sabe que o setor de serviços é o que mais emprega no Brasil.
Qual setor da economia possui maior quantidade de pessoas trabalhando?As atividades do terceiro setor têm como característica a grande participação na economia mundial. Além disso, é o ramo da economia que concentra a maior parte da geração de empregos.
Quem mais emprega no país?Os maiores crescimentos dizem respeito a ocupações nas áreas de serviços prestados às famílias, inclusive domésticos (empregadas ou diaristas), recreação, lazer, serviços de garçom, construção e estética (veja abaixo a lista completa dos setores que mais empregam hoje no país).
Qual é a atividade econômica que mais emprega em 2022?O maior saldo continua sendo no setor de Serviços (+34,2 mil), seguido da Indústria total (+32,4 mil) e Agropecuária (918). O Comércio registrou saldo negativo no ano (-554), impactado ainda pela perda do poder de compra da população devido ao patamar elevado da inflação.
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