Quem não queria a Independência do Brasil?

O Brasil é o maior país da América Latina e o quinto do mundo em área territorial. O Brasil comemora 182 anos de independência. Foi o único país na América que adotou a monarquia, durante todo o século XIX. Nosso país era a única monarquia no continente americano e sua economia baseava-se no trabalho escravo, exportando ouro, diamantes, madeiras, açúcar, tabaco, algodão, café e couros. Em 25 de março de 1824, era promulgada a primeira Carta Magna do Brasil, que durou, quase inalterada, até 1891. A Constituição de 1824 situou um governo monárquico, hereditário e constitucional representativo. O imperador, não estava sujeito a responsabilidade legal alguma; exercia o Poder Executivo com os ministros, que eram pessoas escolhidas por ele e também o moderador com seus conselheiros.

Os EUA foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil em 1824 . Depois o México e a Argentina, em 1825. A França foi o primeiro país da Europa a reconhecer a independência do Brasil. Portugal não queria aceitar a independência do Brasil. No entanto, com a ajuda da Inglaterra, os dois países chegaram a um pacto: Portugal reconheceria a independência, e em troca o governo britânico exigiu que o Brasil pagasse um débito de 2 milhões de libras que Portugal devia a Inglaterra. Para pagar a indenização para Portugal o Brasil pediu um crédito à Inglaterra. O Brasil aumentou a sua dívida externa, e a Inglaterra conseguiu lucros com o acordo. D. João VI, na ocasião reconheceu com bastante mágoa a independência, pelo decreto de 29 de Agosto de 1825, reservando para si o tratamento de “Imperador titular do Brasil”, e desde então, todos os diplomas se passavam em nome Sua Majestade o Imperador e Rei.

Depois do reconhecimento da independência pelos portugueses, veio o reconhecimento oficial da Inglaterra e dos demais países Europeus. A Independência do Brasil foi resultado de um acordo político, armado por um grupo de representantes das classes dominantes da época, que manteve a monarquia, a escravidão e o latifúndio. No dia 12 de outubro (dia do seu aniversário), D. Pedro foi proclamado “Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil”. Foi José Bonifácio de Andrada e Silva (ministro dos Negócios do Interior, da Justiça e dos Estrangeiros), que com suas artimanhas políticas conseguiu a Independência do Brasil, proclamada em sete de setembro , e nada mais foi que uma atitude de cima para baixo, sem nenhuma modificação social.

No local onde foi proclamada a Independência do Brasil, está construído o conhecido Museu do Ipiranga, que abriga objetos da época da Independência. O museu encontra-se no bairro Ipiranga, onde os nomes das ruas lembram os personagens da história da independência, como a majestosa avenida D. Pedro.

Após sessenta e oito anos da proclamação da Independência, 1890, foi inaugurado o edifício-monumento à Independência do Brasil, no próprio local onde ela havia sido aclamada, às margens do riacho do Ipiranga. O Parque Independência é um padrão histórico nacional, inaugurado em 25/01/1988. Nele estão localizados o Monumento à Independência, o Museu Paulista - museu do Ipiranga (edifício de majestosas proporções, construído em dez anos de 1885 a 1895, em estilo renascentista), os jardins de linhas antigas (os "jardins franceses", localizados logo à frente do Museu, são caracterizados por toparias de buxos e azaléias, que demarcam canteiros de rosas, palmeiras e ciprestes), o bosque (onde se encontram espécies nativas: pau-ferro, sapucaia, cedro, figueira e árvores frutíferas), e a Casa do Grito (tombada em 1975, integra o acervo de casas históricas e está sob a responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico).
Em 07 de abril de 1831 D. Pedro I abdica do trono em favor de seu filho, D. Pedro II, terminando sua história no Brasil. As pesquisas históricas indicam que, após a Independência, as divergências e contradições entre os partidos reapareceram. Os democratas e aristocratas entraram em choque. Foi uma independência que interessava principalmente às elites. O povo e os escravos não tiveram participação efetiva.
Referencial: Brasil 500.

Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

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No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que governava e Portugal. Em outras palavras, ele proclamou a Independência do Brasil.

Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de dom Pedro 1º.

Resumidamente, a conquista da independência do nosso país poderia ser contada dessa forma, mas a história não é tão simples assim. Começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial e a chegada da corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira.

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Os motivos da separação

Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio.

Diversas revoltas - a exemplo da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, aliadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar sua supremacia comercial, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano seguinte, o parlamento português obrigou dom João 6º a jurar lealdade à Constituição e a voltar para Portugal. Seu filho dom Pedro foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.

O rompimento

As pressões contra o controle de portugal cresceram na colônia, e a metrópole passou a exigir a volta de dom Pedro. O príncipe deu sua resposta a Portugal no dia 9 de janeiro de 1822 (dia do Fico), com a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".

Iniciou-se um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, pela permanência dos vínculos com Portugal, mantendo um pouco de autonomia para o Brasil. Queriam uma independência sem traumas, mas as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis. Dom Pedro, então, se viu pressionado a oficializar o rompimento.

Foi assim que, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento com as cortes de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal.

Em represália, os portugueses anularam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, enviaram tropas à colônia e exigiram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma carta com as exigências das cortes e reagiu proclamando a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em meados do ano seguinte, depois de muitos conflitos entre a população e os soldados portugueses.

No início de 1823, houve eleições para a Assembleia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do império brasileiro, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembleia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Estado e outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por dom João 6º.

Reconhecimento da independência do Brasil

Dom Pedro 1º negociou com as nações estrangeiras o reconhecimento da independência do Brasil. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecê-la oficialmente. Não obstante, a adoção da forma de governo monárquico e as tendências absolutistas do imperador brasileiro gerou resistência ao reconhecimento da independência do Brasil por outros países americanos recém libertos do jugo colonial.

Na Europa, por outro lado, as nações conservadoras se opunham ao reconhecimento da independência de qualquer ex-colônia. A Inglaterra, porém, desempenhou um papel de mediadora, nas negociações para o reconhecimento internacional da independência do Brasil. Obteve deste modo, inúmeras vantagens comerciais. Foi por intermédio da Inglaterra que, em 1825, Portugal reconheceu a independência brasileira em troca de uma indenização de dois milhões de libras.

Quem foi contra a independência do Brasil?

A Guerra da Independência. A Guerra da Independência, ocorrida entre 1822 e 1824, representou a luta dos patriotas, aqueles que, imbuídos de um forte nativismo, se contrapunham à recolonização proposta pelas Cortes portuguesas.

Quem não aceitou a independência?

Resposta. Os portugueses não aceitaram a independência, pois poderia prejudicar a economia de Portugal, caso o Brasil deixasse de ser uma colônia, não teriam mais "domínio" sobre as terras aqui presentes.

Por que a independência do Brasil não foi aceita no país todo?

Resposta verificada por especialistas Pois algumas províncias ainda mantinham fortes laços com o governo português, principalmente econômicos, e uma independência prejudicaria a elite local.

Quais os outros homens tentaram a independência do Brasil?

Independência do Brasil
Outros nomes
Proclamação da Independência
Participantes
Pedro de Alcântara José Bonifácio de Andrada e Silva Maria Leopoldina de Áustria Joaquim Gonçalves Ledo
Localização
Riacho do Ipiranga, São Paulo
Data
1821 - 1825
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