Vc procura se interessar por assuntis científicos por quê

O conhecimento, concebido como algo incomensurável, torna-se um pressuposto norteador da nossa experiência cotidiana. Assim, tal afirmativa parece se ajustar de forma contundente quando fazemos referência à pesquisa de um modo geral – fonte produtora deste conhecimento. Especificamente, temos a pesquisa científica, definida como uma atividade desenvolvida por investigadores, visando a novas descobertas e contribuindo, assim, para a qualidade da vida intelectual.

Dessa forma, a pesquisa compreende algumas das atividades desenvolvidas durante a vida acadêmica, a qual requer do aluno-pesquisador algumas habilidades necessárias ao pleno desenvolvimento de suas funções, tais como, planejamento, conhecimento e adequação às normas científicas.

Em face dessa realidade, o artigo em questão tem por intuito discorrer acerca de alguns pontos que se mostram relevantes, tendo em vista as dificuldades comumente encontradas durante todo esse trajeto. Obstáculos esses demarcados pela não familiaridade com a própria situação na qual o pesquisador se encontra inserido. Assim, é normal que alguns questionamentos tendam a se manifestar, tais como: O que é e como se desenvolve a pesquisa? O que pesquisar? Qual a relevância da pesquisa desenvolvida?, entre tantos outros.

Partindo desses pressupostos, voltemos ao subtítulo deste artigo, ora retratado por dois elementos fundamentais – interesses e motivações. Para que o tão esperado êxito seja obtido com o trabalho realizado, faz-se necessário, antes de tudo, que o pesquisador se sinta motivado em realizá-lo. Assim, quanto maior for o interesse em buscar, analisar, testar e relatar os resultados alcançados, mais prazeroso será o desenvolvimento de tal tarefa.

De acordo com Azevedo (1998), alguns questionamentos são decisivos no momento de iniciar toda e qualquer atividade investigativa, tais como: O que a pesquisa poderá acrescentar à ciência? Quais benefícios trazidos à comunidade com o desenvolvimento desta? O que motivou o pesquisador a escolher este ou aquele tema?  
Fonte: AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. 6 ed. Piracicaba: UNIMEP, 1998.

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Quanto à escolha do tema – momento que de uma forma ou de outra se torna angustiante para o pesquisador –, torna-se relevante que seja algo atual, uma vez que assuntos ultrapassados certamente não instigarão nenhum interesse por parte das pessoas que se proporem a discuti-lo. Diante disso, é importante manter-se bem atualizado (a) acerca do que está sendo estudado na área profissional e de pesquisa, na qual se encontra atuando.

Outro aspecto que também incide sobre a escolha da temática é a prévia familiaridade com esta, visto que a falta dela pode trazer, muitas vezes, consequências desastrosas, tornando um desafio que poderia ser enriquecedor numa experiência frustrante, até mesmo pela questão do tempo e dos prazos previamente estabelecidos para a conclusão do trabalho.

Em face dessas elucidações, sobretudo tendo em vista que a pesquisa científica deve ser considerada como um procedimento sistematicamente elaborado (etapas previamente definidas e seguidas rigorosamente), é essencial que o pesquisador não encare a atividade desenvolvida como uma obrigação, mas sim como uma oportunidade de pesquisar e aprender um pouco mais sobre um assunto relevante, tanto para si próprio, quanto para a sociedade de uma forma geral.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. O Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor. Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: http://www.brasilescola.com.

Por que eu tenho que estudar física, química ou biologia? Onde vou aplicar tantas fórmulas? De que adianta decorar tantos nomes? Essas são algumas das perguntas que quase todo mundo que passou pela escola já se fez.

O argumento mais usado por professores costuma ser o utilitarista: ‘a matéria cai na prova’ ou ‘o conteúdo é cobrado no Enem’. Esse tipo de justificativa pode até gerar uma conformação parcial dos estudantes, mas faz com que eles passem a enxergar o aprendizado de ciências como só mais um degrau no caminho, como um mero meio de se chegar a outro lugar. O aprendizado deixa de ter uma razão própria para existir.

Mas, se você gosta de filmes, séries, quadrinhos e tudo que envolve cultura pop e, se você quer ser um indivíduo autônomo, livre e resistente às manipulações mentais de um supervilão qualquer, então você deve aprender ciência o quanto antes.

O que é ‘aprender ciência’?

Normalmente, associamos ‘aprender ciência’ ao ato de decorar muitos nomes e conceitos novos. No entanto, além de conhecer os conteúdos mais específicos de cada disciplina escolar, aprender ciência também significa aprender como esse conhecimento, que chamamos de científico, é obtido e o que o torna válido, o que garante que ele é verdadeiro.

Existem muitas formas de entender a natureza e chegar a conclusões sobre seu funcionamento. Mas os métodos desenvolvidos pela ciência vêm se mostrando especialmente eficazes, basta ver o enorme desenvolvimento científico-tecnológico que a humanidade experimentou desde a aurora da ciência moderna.

Mesmo assim, a ciência não é infalível, já errou muitas vezes e está sujeita a constantes mudanças. Assim, aprender ciência é também saber que o conhecimento evolui, que aquilo que acreditamos ser verdade hoje pode mudar amanhã. E que, ao mesmo tempo, as descobertas já feitas – e que já passaram por incontáveis escrutínios pelos cientistas – são aceitas como bases sólidas sobre as quais novas hipóteses podem ser elaboradas.

Saber ciência é também saber que o conhecimento científico não avança de forma neutra, livre de interesses externos, nem de forma regular e constante, e pode trazer tanto benefícios quanto malefícios. Uma guerra ou uma pandemia, por exemplo, são contextos de massivos investimentos em ciência e tecnologia. Uma doença que atinge a população de um país mais rico é alvo de muito mais estudos do que uma doença mais frequente em países e populações mais pobres.

Por fim, saber ciência é, sobretudo, ser capaz de tomar decisões baseadas em evidências científicas, avaliar decisões políticas que envolvam ciência e, com isso, participar mais ativamente da democracia.

Conhecimento científico e o exercício da democracia

Em muitas histórias da ficção, o desabrochar dos poderes de um super-humano costuma ser confuso, descontrolado e incompreensível, quase como uma puberdade. Nem todo mundo que desenvolve – ou nasce com – superpoderes tem total controle sobre eles logo de início. Em X-Men, por exemplo, muitos mutantes chegam a frequentar a escola do professor Xavier, com o intuito de aprenderem a controlar seus poderes e não serem controlados por eles (e nem causarem acidentes drásticos nas ruas).

Da mesma forma, o nosso cérebro é praticamente um superpoder, que nos diferencia profundamente dos demais primatas e seres vivos em geral. Por isso, como todo superpoder, a capacidade de pensar e tomar decisões também precisa ser dominada. E uma importantíssima defesa contra supervilões do mundo real – que, porventura, tentem nos manipular de alguma maneira – é o conhecimento.

Imagine que um prefeito resolva instalar uma antena de celular na sua vizinhança. Para convencer você, diversos argumentos são usados, inclusive argumentos aparentemente científicos. Sem ter nenhum conhecimento sobre ciência e sem saber buscar uma fonte válida de informação científica, como você e os demais moradores da vizinhança serão capazes de formar uma opinião a respeito da antena? Será que ela vai fazer mal à saúde das pessoas ao redor? Será que o sinal de celular nas redondezas vai ser muito melhorado? Será que os equipamentos eletrônicos poderão sofrer algum tipo de interferência? Como os moradores desse bairro poderão posicionar-se conscientemente e com base em suas reflexões próprias a respeito da instalação da antena? Como poderão exercer o seu direito democrático, se não souberem avaliar se a decisão trará mais benefícios ou mais malefícios?

Quais os motivos que levam uma pessoa a realizar uma pesquisa científica?

A pesquisa científica proporciona a resolução de problemáticas relevantes para a sociedade. Ou seja, os resultados de um estudo, publicados em artigos ou apresentados em congressos, têm o mesmo objetivo: melhorar algum processo.

O que é interesse científico?

Interesses e motivações da pesquisa científica incidem de forma direta no bom desenvolvimento do trabalho do pesquisador e, consequentemente, na conquista de resultados positivos. O conhecimento, concebido como algo incomensurável, torna-se um pressuposto norteador da nossa experiência cotidiana.

Por que gostar de ciências?

Muito além do estudo de certos conteúdos para as provas da escola, o interesse pelo conhecimento científico permite ao indivíduo compreender o mundo ao seu redor e ter autonomia para se posicionar diante das mais diferentes situações do dia a dia.

Qual é a importância de um trabalho científico?

Desde os primórdios da humanidade, o trabalho científico contribuiu significativamente para o desenvolvimento da sociedade a partir da percepção crítica e das buscas por paradigmas sociais que guiavam as organizações e grupos informais. Hoje, a pesquisa tem papel fundamental em novos conhecimentos.