A coca-cola vai deixar mesmo o brasil

A coca-cola vai deixar mesmo o brasil

A Coca-Cola está sendo o foco da mídia nos últimos dias, estando como um dos assuntos mais buscados na internet brasileira. Isso aconteceu depois que o jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem sobre a possibilidade da empresa deixar a Zona Franca de Manaus por causa das mudanças tributárias.

A notícia acabou gerando também muita discussão sobre as políticas de “favorecimento desigual a multinacionais” e, como é de se esperar, acabou gerando vários  fake news na mídia. De acordo com Silvio Passarelli, diretor das Faculdades de Economia e Administração da Faap, o que ocorre entre a Coca-Cola Brasil e o governo é resultado da dinâmica da própria política de isenção de uma zona franca.

“As empresas quando se instalam em uma zona franca se baseiam em algo proposto para calcular seus investimentos e se existem mudanças ao longo do percurso é natural que haja situações como essa”, explica.

É muito comum que as pessoas vejam a Coca-Cola como apenas uma empresa gigante, porém a marca se posiciona com 3 vertentes: The Coca-Cola Company, com sede em Atlanta; Coca-Cola Brasil, unidade de negócios da Coca-Cola Company no Brasil; e a marca Coca-Cola em si.

Em uma, a Coca-Cola Brasil, afirmou que não tem planos de deixar a Zona Franca de Manaus e diz: “De onde, há 28 anos, sai o concentrado utilizado na produção de várias de nossas bebidas pelas 36 fábricas instaladas no país.

O nosso compromisso com o Brasil é sólido e de longo prazo, numa trajetória que já soma 76 anos. Nossos valores e práticas incluem diálogo e transparência com governos e com a sociedade brasileira. Não trabalhamos com ameaças”. Em 2017 a empresa investiu cerca de R$ 3 bilhões no Brasil.

Entenda o que está acontecendo

A redução na alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), de 20% para 4%, em junho, seria o motivo de a Coca-Cola Brasil ameaçar retirar sua produção de xarope, matéria-prima base das bebidas, da Zona Franca de Manaus.

De acordo com a Folha, ainda que o governo tenha reduzido o imposto, a empresa alega que as mudanças reduziram os créditos tributários recebidos onerando a carga tributária.

De acordo com alguns veículos de mídia a maioria das empresas que produzem o xarope em Manaus são isentas dos tributos, logo o valor do IPI tornava-se crédito.

“A empresa não pagava os 20% porque está na Zona Franca de Manaus. Mas na hora em que o xarope sai de Manaus para as engarrafadoras que estão em outros estados, elas ganhavam um crédito de 20%. Com a nova regra, o desconto passou a ser de 4%”, explica a Folha.

A Coca-Cola não está sozinha na reivindicação. Outras empresas estão unidas através da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes, que conta com também a Pepsi e Ambev, defendem que o governo aumente o imposto para ao menos 15%.

Caso isso não ocorra, mais de quinze mil vagas de emprego podem deixar de existir na região. De outro lado está a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil que alega que “grandes multinacionais” são beneficiadas de forma desleal.

Para pagar a conta do subsídio ao diesel concedido durante a greve dos caminhoneiros, o governo federal decidiu reduzir um benefício fiscal concedido a fabricantes de concentrado de refrigerantes sediadas na Zona Franca de Manaus. A medida acertou em cheio duas gigantes do setor, Coca-Cola e Ambev. Desde então, as empresas vêm pressionando o governo para retomar o benefício, chegando ao ponto, segundo reportagem de hoje da Folha de S. Paulo, de a Coca-Cola dizer que pode deixar Manaus e produzir em outro país (a empresa nega).

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O “bolsa-refrigerante” custa R$ 2,5 bilhões por ano e funciona da seguinte maneira: as fabricantes de concentrado ganham um crédito de IPI que é abatido de outros impostos, como o Imposto de Renda. A alíquota que gerava esse crédito era de 20% e o governo decidiu reduzi-la para 4%, diminuindo em 80% o valor do benefício. A estimativa da Receita Federal é que haja uma arrecadação extra de R$ 1,9 bilhão no ano que vem se a decisão for mantida.

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As grandes fabricantes partiram para uma negociação dura com o governo, envolvendo a bancada federal do Amazonas e cálculos das perdas que a decisão imporia à economia. Dizem, por exemplo, que o preço de seus produtos subiria 8% e que, por isso, haveria uma queda de R$ 6 bilhões no faturamento por causa da queda nas vendas, de 15%. Isso criaria uma ociosidade de 50% nas fábricas e a demissão de 15 mil pessoas. Esquecem de dizer que a grande maioria dos pequenos fabricantes de refrigerantes espalhados pelo país não contam com esse benefício.

Leia mais detalhes no blog do Guido Orgis, da Gazeta do Povo.

Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a Coca-Cola disse que não tem planos de deixar o Brasil. “Reiteramos que a Coca-Cola Brasil não tem planos de deixar a Zona Franca de Manaus, de onde, há 28 anos, sai o concentrado utilizado na produção de várias de nossas bebidas pelas 36 fábricas instaladas no país. O nosso compromisso com o Brasil é sólido e de longo prazo, numa trajetória que já soma 76 anos. Nossos valores e práticas incluem diálogo e transparência com governos e com a sociedade brasileira. Atuamos em 202 países sempre com total respeito às leis locais. Em todo o Brasil, o Sistema Coca-Cola emprega 54 mil pessoas direta e outras 600 mil indiretamente na produção e distribuição de 213 produtos de 20 marcas. Só este ano nosso investimento no Brasil foi de R$ 3 bilhões, seguindo o mesmo patamar de 2017″.

Quem são os donos da Coca

Coca-Cola Brasil
Área(s) servida(s)
Em todo o Brasil
Proprietário(s)
The Coca-Cola Company
Presidente
Henrique Braun
Produtos
Refrigerantes Sucos Água mineral Energéticos Chás Bebidas esportivas
Coca-Cola Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livrept.wikipedia.org › wiki › Coca-Cola_Brasilnull

Porque a saída da Coca

A redução na alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), de 20% para 4%, em junho, seria o motivo de a Coca-Cola Brasil ameaçar retirar sua produção de xarope, matéria-prima base das bebidas, da Zona Franca de Manaus.

Porque Coca

Resposta: A CERCA.

Onde fica a filial da Coca

Nossas fábricas no Brasil São eles: Andina, Bandeirantes, Brasal, Femsa, Solar, Sorocaba e Uberlândia.