Conjuntivite (CID 10 - H10) é a inflamação da membrana externa do globo ocular (o branco dos olhos) e no interior das pálpebras. Os principais sintomas da conjuntivite são vermelhidão nos olhos, coceira e olhos lacrimejantes; e, em geral, ataca os dois olhos, dura até 15 dias e não costuma deixar sequelas. Show
Foto: Minha Vida A conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc.). A mais comum delas é a conjuntivite alérgica ou febre do feno, geralmente causada por pólen espalhado no ar. Saiba mais: Tire 4 dúvidas comuns sobre conjuntivite e sua transmissão A conjuntivite pode ser causada, também, por vírus e bactérias. Nestes casos, a conjuntivite é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados. A conjuntivite pode ser dividida em três tipos: A conjuntivite infecciosa é o tipo mais comum. Essa categoria de conjuntivite é contagiosa, ou seja, é possível passar para outras pessoas pelo ar ou contato com o local. Ela pode acometer um ou os dois olhos e, normalmente, os sintomas são: lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, secreção (clara ou amarelada) e hiperemia (olhos vermelhos). A conjuntivite infecciosa pode ser divida em outros tipos: A conjuntivite viral é o tipo mais comum, sendo transmitida por um vírus conhecido como adenovírus. Diferente do que muitos pensam, esse tipo de conjuntivite não é transmitido pelo ar, mas sim pelo contato com as secreções oculares e também através de tosse e espirro do paciente infectado. A conjuntivite bacteriana não é tão comum quanto a viral, porém ela pode ser mais perigosa. É transmitida através do contato pessoal com a bactéria. Portanto, se a pessoa encostar nos olhos ou em algum local contaminado, ela será infectada. A conjuntivite fúngica
é a mais rara entre todos os tipos. Ela ocorre quando uma pessoa machuca os olhos com madeira. Por ser muito difícil de tratar, a conjuntivite fúngica pode causar complicações permanentes na visão. A conjuntivite alérgica é decorrente de alergia, principalmente por ácaro e pólen. Essas se manifestam com olhos vermelhos e coceira ocular e não são contagiosas. Há quatro formas de conjuntivite alérgica:
A conjuntivite tóxica ocorre quando os olhos entram em contato direto com algum produto químico, como produtos de limpeza, shampoos, venenos agrícolas ou inseticida. Esse tipo de conjuntivite também é bastante raro, porém muito perigoso. Quando não tratado da forma correta pode trazer complicações para visão. Os sintomas entre os
tipos de conjuntivite são muito semelhantes, portanto, a melhor forma de diferenciar a conjuntivite é através da forma de contágio. Além disso, é essencial procurar um especialista, para que ele possa indicar o tratamento específico. Quanto antes o tratamento for iniciado, menores serão as chances de complicações sérias. Um dos sintomas de conjuntivite mais marcantes é a vermelhidão nos olhos. Além disso, ela pode apresentar outras características. Veja as principais abaixo:
Sintomas como febre e dor de garganta podem surgir em alguns casos, o que sugere a presença do adenovírus no organismo. A conjuntivite é diagnosticada através de um exame oftalmológico usando a lâmpada de fenda (uma fonte de luz de alta intensidade que pode ser focada para brilhar como uma fenda). É usada em conjunto com um microscópio e facilita a observação das estruturas frontais do olho humano, que incluem pálpebra, esclera, conjuntiva, íris, cristalino e córnea. Em alguns casos o diagnóstico pode ser feito também por meio de coleta da secreção para exames. O fator de risco mais comum é colocar as mãos sujas e/ou contaminadas nos olhos. Além disso, existem doenças que podem predispor o indivíduo à conjuntivite, como herpes, doenças autoimunes ou virais. Por fim, a baixa imunidade também pode favorecer no surgimento da conjuntivite. Outros fatores de risco são:
Existem diversas condições que podem causar vermelhidão no olho, provocando dor nos olhos, sensação de que algo está preso em seus olhos, visão turva e sensibilidade à luz. Se você tiver esses sintomas, procure um especialista com urgência. Faça uma consulta com o seu médico se detectar quaisquer sinais ou sintomas que podem indicar conjuntivite. A conjuntivite pode ser altamente contagiosa, especialmente duas semanas após os sinais e sintomas começarem. O diagnóstico precoce e o tratamento podem proteger as pessoas ao seu redor de ficar com conjuntivite também. As pessoas que usam lentes de contato precisam parar de usar assim que os
sintomas de conjuntivite começam. Se seus sintomas não começam a melhorar nas primeiras 12 a 24 horas, faça uma consulta com seu médico para garantir que você não tenha uma infecção ocular mais grave relacionada ao uso de lentes de contato. Especialistas que podem diagnosticar a conjuntivite são:
O tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença. Veja como tratar cada tipo: Não existem medicamentos específicos e o tratamento foca em amenizar os sintomas de conjuntivite. O tratamento inclui a indicação de um colírio antibiótico, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro. Em qualquer quadro alérgico, ocular ou não, o primeiro passo é orientar o paciente que a doença é crônica, recorrente, e deve-se tomar algumas medidas para diminuir a intensidade e a frequência das crises, como:
Cuidados especiais com a higiene ajudam a
controlar o contágio e a evolução da conjuntivite. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde. Existem uma série de remédios caseiros para conjuntivite ensinados entre as pessoas e até em sites na internet:
No entanto, Leonardo indica que esses remédios caseiros, na maioria das vezes, não são eficazes. "Os olhos são sensíveis e não devem ser tratados com produtos sem prescrição, pois o quadro pode piorar. Apenas o que for prescrito pelo especialista deve ser utilizado. Isso vale para compressas de chá de chicória, compressas com água e sal, compressas de suco de maçã e compressa de chá de camomila", disse. "O que deve ser feito são as compressas com água filtrada gelada, porque a temperatura fria ajuda a diminuir a inflamação local", explica o especialista. "A melhor coisa a se usar é a água filtrada pois a mesma não vai irritar a pele, os demais produtos podem irritar a pele e complicar a conjuntivite, até mesmo soro fisiológico e água boricada podem irritar devido a presença de sais na sua composição", completa o especialista. Saiba mais sobre remédios caseiros para conjuntivite Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula Os medicamentos mais usados para o tratamento de conjuntivite são:
Geralmente o prognóstico é bom, mas em alguns casos dependendo da gravidade podem deixar sequelas. Exemplo: alguns tipos de conjuntivites virais podem levar a pequenas opacidades na córnea interferindo na visão que com o tratamento adequado pode ser resolvido. A conjuntivite química por cal é altamente agressiva e pode levar a sérios danos na córnea. Quando o
paciente segue o tratamento indicado pelo médico oftalmologista tem uma completa resolução do quadro. Importante mencionar que se dentro dos sete dias de tratamento não houver resposta ou houver piora, o mesmo deve retornar ao especialista para reavaliação, pois alguns agentes etiológicos podem ser resistentes à medicação prescrita e a mesma deve ser trocada. A prevenção da conjuntivite pode ser feita com algumas medidas:
Os olhos dos recém-nascidos são suscetíveis a bactérias normalmente
presentes no canal de parto da mãe. Essas bactérias não causam sintomas na mãe, mas, em casos raros, essas bactérias podem fazer com que as crianças desenvolvam uma forma grave de conjuntivite conhecida como oftalmia neonatorum, que precisa de tratamento sem demora para preservar a visão. É por isso que logo após o nascimento, uma pomada antibiótica é aplicada aos olhos de cada recém-nascido. A pomada ajuda a prevenir a infecção ocular. Para conviver melhor com a conjuntivite é preciso ter alguns hábitos, como:
As conjuntivites podem causar ceratite (um tipo de arranhadura na córnea) e úlcera de córnea, principalmente para os usuários de lente de contato. Podem surgir também pontos brancos na córnea, que causam baixa visão. As conjuntivites alérgicas, se não tratadas corretamente, podem causar úlceras de córnea e até ceratocone – condição crônica em que a córnea se curva para fora. Ministério da Saúde Marcelo Cavalcante Costa, oftalmologista do Hospital Samaritano Higienópolis (SP) Omar Assae, oftalmologista do Hospital Cema Mayo Clinic Como saber qual o tipo de conjuntivite?A principal diferença está na formação de muco. Enquanto a bacteriana apresenta secreções amareladas em grandes quantidades, a viral tem menos muco e de aparência esbranquiçada. Já a conjuntivite alérgica geralmente vem acompanhada de outros sintomas, como a coriza e dores nos seios da face, por exemplo.
Como diagnosticar conjuntivite viral?A conjuntivite viral é uma infecção da conjuntiva aguda altamente contagiosa geralmente causada por um adenovírus. Os sintomas oculares incluem dor, irritação, fotofobia e secreção aquosa. O diagnóstico é clínico; às vezes, culturas virais ou testes imunodiagnósticos são indicados.
Quais são os sintomas da conjuntivite bacteriana?Os sintomas típicos são vermelhidão do olho, uma secreção espessa, branco-amarelada do olho, uma sensação de ardor, coceira ou dor no olho afetado. A conjuntivite bacteriana muitas vezes começa em um olho e se espalha para infectar ambos os olhos.
Como diferenciar conjuntivite alérgica é bacteriana?Embora ambas apresentem vermelhidão e sensação de coceira nos olhos, outros sintomas são diferentes. No caso da infecciosa, é comum que haja uma secreção branca ou amarelada causada por uma ação bacteriana. Já no caso da alérgica, o máximo que há é uma secreção clara, consistente e em pouca quantidade.
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