Em qual zona de transição climática Cuba se encontra?

“el debate es parte intrínseca de 'la unidad y lucha de contrarios' (...) y al mismo tiempo un derecho inalienable de las personas de pensar diferente.”

Quando e como terminará la revolución cubana...? Quando terminam as revoluções? Como conciliar a visão de "quem está de fora” (mesmo estando dentro, e que se revolte) com a de quem fez a obra da revolução e conserva a força das ideias e dos princípios para defendê-la, aprofundá-la e prossegui-la?

Como resistir à fatalidade do tempo... o mesmo que levou a que as tentativas de revolução similares da mesma época pelo mundo se desmoronassem?

Quando apareceu no cenário mundial em 1953, a Cuba revolucionária causou um impacto tremendo: 135 corajosos jovens daquela ilha caribenha atacavam – em 26 de Julho desse ano –os quartéis militares das cidades orientais de Santiago e Bayamo para derrubar um regime nefasto, que os EUA sustentavam. Apesar de não terem conseguido o seu objectivo, as atenções de um mundo então saído há menos de 8 anos da 2.ª Guerra Mundial viraram-se para o que começava a acontecer em pleno mar das Antilhas, ali onde o oceano Atlântico se esbarra contra a parede costeira do imenso continente americano.

E quando, em 1959, os guerrilleros e os líderes sobreviventes de 1953 – fortalecidos pela preparação política, ideológica, cultural e militar desenvolvidas na prisão e no exílio, na clandestinidade urbana e nas montanhas – conseguiram fazer triunfar la Revolución, o mundo reteve as imagens e os nomes de um Fidel e de um Che. E sentiram que, por detrás deles e com eles, havia algo novo a acontecer na luta mundial dos povos pela justiça e pela dignidade.

Esse "algo novo” cubano abria um capítulo de esperanças e de convicções que haveria de transformar o destino e as condições de vida de uma população de cerca 6 milhões de habitantes em 1953 e que hoje atinge quase 11,5 milhões. E que haveria igualmente de nutrir as aspirações por um mundo melhor em milhões de cidadãos do planeta, tal como em nós, angolanos, com a participação de milhares de cubanos na defesa física do nosso direito à Independência.

Mas quanto tempo pode durar o "novo”, no mundo, na vida? Como se pode alimentar o "novo” e fazer dele permanente fonte de motivação, de entusiasmo – e sobretudo de realizações sociais, culturais, económicas e políticas – que ofereça à maioria de um povo o progresso e o bem estar, e o orgulho na sua História? E que continue a inspirar, pelo mundo inteiro, aqueles que se mantêm solidários e seguros das suas convicções, e da sua determinação em apoiar e defender Cuba?

Como conseguir dos seus cidadãos – por mais educados e culturalmente evoluídos que se tenham tornado – que se mantenha a chama, a prática e a alma revolucionária diante das dificuldades materiais que, de forma extenuante, as afectam? E diante da insuficiência de dinamismo, de adaptação e de renovação das instituições e do sistema de organização sociopolítica?

Como fazer coexistir o seu conceito e a sua prática da liberdade (de movimentação, de opinião, de acesso à "imprensa livre” e à internet), com o conceito e a prática de liberdade dos países do "mundo liberal”?
A profundidade e o bom senso que o debate sobre "a liberdade em Cuba” requer são penosamente incompatíveis com as emoções e com a desinformação de que é difícil escapar.

Como quando se esquece Guantánamo ou se diz que "É certo que Cuba é vítima de um brutal e inaceitável bloqueio, mas...”. Um "mas” que se assemelha à simpatia que se pode acabar por ter pelo violador em detrimento de quem é violado. Um "mas” condescendente que banaliza o impacto dessa agressão permanente sobre os recursos materiais e anímicos de que dispõem o Estado cubano e a própria sociedade.

Mais nenhum país no mundo é vítima de um cerco político-económico e de um embargo comercial imposto por outro país por tanto tempo, e tão ao arrepio da opinião mundial. E, no fundo, não esconderá essa persistência o medo dos agressores, como sugere Sílvio Rodriguez: "?de qué no seríamos capaces si viviéramos en paz, con las mismas oportunidades de los demás países? Una Cuba sin bloqueo sería la oportunidad de ser y de mostrarnos plenamente, como somos.”

No tempo,Cuba resiste. Contra enfurecidas campanhas mediáticas e sabotagens financiadas desde os EUA. Toleradas pelos países que se consideram livres do mundo desenvolvido (arrastando de passagem muitos países pobres, cujos governos não se envergonham do que não têm feito pelos seus povos).

Do amanhã da revolução, de como aperfeiçoá-la ou de como terminá-la, vivem intensamente os cubanos. E por uma Cuba "sempre revolucionária” e melhorada, sente, sofre e se "agarra” tanta gente, mundo afora.
Em Cuba, o tempo resiste. E os cubanos são colocados diante do desafio de encontrar as soluções – sem miséria, sem iliteracia, sem falta de assistência médica – que correspondem à sua História, ao seu tempo. Sem poder escapar às desfavoráveis correlações de forças mundiais.

A esperança, que persiste e alenta, é que em Cuba se renove e se consiga fazer perdurar o que se fez e faz de bom, e que em tantos lugares do planeta se desconseguiu.
(exergue tirado de "La Nación cubana hoy”, de Gisela Arandia Covarrubias, no site Segunda Cita, 6/8/2021)


*Académico angolano independente

Qual é a zona climática da Cuba?

O clima em Cuba é um clima subtropical moderado com duas estações bem distintas. De Novembro a Abril, ocorre a estação seca. É menos húmida e um pouco mais fresca, com uma média de temperaturas máximas entre 21 e 28ºC e uma média de temperaturas mínimas entre 18 e 24ºC.

Em qual zona de transição climática A capital de Cuba se encontra?

RESPOSTA: Da zona tropical para a temperada.

Como se caracteriza o relevo de Cuba?

A ilha de Cuba está formada principalmente por planícies onduladas, com colinas e montanhas mais escarpadas situadas maioritariamente na zona sudeste da ilha. O ponto mais elevado é o Pico Real del Turquino com 1 974 m. O clima é tropical, embora temperado pelos ventos Alísios.

Qual é a latitude da capital de Cuba?

· Qual é a latitude aproximada da capital de Cuba? Aproximadamente 23° de latitude norte.