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Veja como o final do Império Romano dá início ao Ciclo doImpério Bizantino. Aprenda a importância da Queda de Constantinopla, que por sua vez encerra o períiodo do Império Bizantino.Idade Média: para você compreender esta aula sobre o Império Bizantino é preciso considerar o contexto que envolve o declínio do Império Romano Oriental, ocorrida após a desagregação da parte ocidental do império romano. O império bizantino, que dominou a região do Mar Mediterrâneo após a desarticulação do império romano, era, na verdade, a região oriental do grande império formado pelos romanos e dominou a região em questão até 1453, quando foi subjugado pelos turcos otomanos. A Origem do ImpérioSua origem remonta a fundação da cidade de Constantinopla (Atual Istambul) no local onde os gregos já haviam desenvolvido a cidade de Bizâncio em um período em que os imperadores romanos buscaram governar a partir de outras sedes. Ora a sede do império se deslocava para fugir da forte pressão política que sofreriam em Roma, ora a mudança ocorria para garantir maior influência em regiões fronteiriças, importantes para a manutenção do império. Introdução ao Império Bizantino – Veja no resumo do professor Felipe de Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito. A capital do Império BizantinoComo você acompanhouno resumo em vídeo, Constantinopla tornou-se capital das províncias orientais romanas e resistiu as invasões bárbaras que assolaram a parte ocidental do império durante a alta idade média, mantendo sua independência e influência por toda a região por mais um milênio. Seguindo uma organização própria, sua sociedade era hierarquizada. Imperadores e suas famílias estavam no topo da pirâmide social, seguidos pela nobreza cortesã, que possuía funções públicas que auxiliavam a administração do império. O alto clero católico também possuía posição de destaque. Uma elite formada por comerciantes, proprietários de terra e artesãos ricos vinha na sequencia, seguidos das camadas menos abastadas formadas por pequenos agricultores, baixo clero e trabalhadores de ofício (classe média), e camponeses, na base. Igreja de Santa Sofia – Construída no século VI, foi convertida em mesquita a partir do domínio turco em 1453. Atualmente é sede de um Museu. O Imperador Justiniano IDurante seu reinado, o Imperador Justiniano I buscou recuperar a suntuosidade do antigo império romano. Sua esposa, Teodora, exerceu grande influencia neste período. Entre suas principais realizações consta a publicação do Código de Justiniano, uma compilação do direito romano, da república ao império. O código é conhecido também como Corpus Juris Civili. Mosaico do busto de Justiniano No campo militar buscou recuperar o antigo território romano, dominou Vândalos e Ostrogodos e resistiu a investidas dos Persas Sassânidas e Ávaros. Internamente enfrentou a revolta de Nika, deflagrada por setores populares insatisfeito com alta cobrança de impostos e o cesaropapismo do Imperador. A revolta foi controlada em 8 dias pelo general Belizário. O Cisma do OrienteO chamado cesaropapismo produziu um sistema cristão diferente do praticado em Roma, apesar de ambos serem católicos. A figura do imperador exercia forte influência também nos assuntos da igreja. Para todos os efeitos, o clero católico bizantino era submetido ao poder imperial, o que criou problemas com a alta hierarquia católica romana. Assim sendo, em 1054 ocorreu o chamado Cisma do Oriente, quando os patriarcas de Constantinopla deixaram de reconhecer a autoridade do bispo de Roma (Papa) como chefe supremo do catolicismo. Desta forma a cristandade foi dividida e os imperadores consolidaram o poder sobre a Igreja Católica Ortodoxa. Outra característica do cristianismo em Constantinopla foi a proibição de adoração de imagens, com exceção de Cristo. Aos que desrespeitassem tal fato restava a pena de morte. No aspecto cultural pode-se dizer que a cultura grega teve maior influencia sobre os bizantinos do que a cultura romana em si, a ponto de utilizarem o grego como idioma oficial do império. A estabilidade conquistada por Justiniano foi gradativamente perdida após sua morte e a sucessão de novas dinastias. Situado em posição estratégica, entre a Ásia e a Europa, o império sofreria sucessivas tentativas de invasão, sobremaneira da civilização Árabe. Posteriormente, exerceu papel importante no desenvolvimento das cruzadas para conquista da terra santa (Jerusalém), quando a cristandade esteve a beira de reunir-se. No entanto, com o desenvolvimento e aumento do poderio das cidades italianas que passaram a exercer maior influência na navegação em geral pelo mediterrâneo, o império entrou em crise. Para se ter uma ideia, de possíveis aliados, foram deliberadamente atacados pelos Venezianos em 1204, durante a Quarta Cruzada. Submetidos ao poder de Genova e Veneza que estabeleceram colônias próximas a bizâncio, o império ruiu, caindo nas mãos dos turcos otomanos em 1453, episódio que marca o fim da idade média e início da idade moderna. O Fim do Império RomanoEntenda agora os movimentos e o ciclo histórico que provocou o esgotamento do Imp[erio Romano. Exercícios:1- Leia o texto abaixo para poder responder à questão seguinte: “[…] Aquilo que se tornou conhecido por Império Bizantino era na origem o Império Romano do Oriente (Grécia, Egito, Siria-Palestina, Mesopotâmia, Ásia Menor). E realmente, como Roma, Bizâncio uniu, através de uma língua e uma determinada maneira de sentir e de pensar, povos que nada tinham em comum entre si. Como os antigos gregos e romanos, os bizantinos consideravam-se os únicos habitantes do mundo civilizado, rotulando de bárbaros todos os que não partilhavam de sua cultura. […] Por isso mesmo suas relações com o Ocidente medieval sempre foram difíceis […]” Essa diferença com o Ocidente manifestou-se também no plano religioso e político, tendo como um de seus resultados: a) o fechamento do mar Mediterrâneo aos europeus por parte dos Bizantinos. b) o início das Cruzadas pelos cristãos ocidentais, que pretendiam retomar partes do Império Bizantino localizadas na Terra Santa. c) o Grande Cisma do Oriente. d) as divergências papais que levaram ao Cisma do Ocidente. Resposta: C 2- Observe a imagem abaixo: Mosaico bizantino que mostra o imperador Constantino IX, um dos soberanos do Império Bizantino * * Crédito da Imagem: PavleMarjanovic e Shutterstock.com A imagem é um mosaico, uma das principais características artísticas da civilização bizantina. Através dela também é possível perceber outra característica do Império Bizantino, que é: a) a teocracia, o caráter despótico do imperador associado à sua influência política. b) a burocracia, que controlava o poder político do Estado, segundando a figura do Imperador. c) a cleptocracia, a corrupção utilizada pelos Imperadores para manter seu poder. d) a plutocracia, o poder dos homens ricos que conseguiam subjugar inclusive o poder religioso, colocando-se acima de Cristo. Resposta: A Os textos e exemplos acima foram preparados pelo professor Bruno Anderson para o Blog do Enem. Bruno é historiador formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de história em escolas da Grande Florianópolis desde 2012. Facebook e Twitter. Quais as relações entre o fim da Idade Média e A queda do Império Bizantino?A queda de Constantinopla, também chamada de tomada de Constantinopla, ocorreu em 29 de maio de 1453 e finalizou o Império Bizantino. A cidade, considerada o centro do mundo, foi tomada pelos turcos otomanos e a conquista marcou o fim da Idade Média e o início de uma nova época para a Europa, o Renascimento.
Porque a queda de Constantinopla marca o fim da Idade Média?A Queda de Constantinopla significou o fim de eventuais vestígios dos Impérios Romano e Bizantino. Os historiadores definiram esse acontecimento como o marco final de um longo período chamado de Idade Média.
O que marca o fim do Império Bizantino?O fim do Império Bizantino aconteceu em 1453, com a derrubada de Constantinopla pelos turco-otomanos. Marcou também o encerramento da Idade Média e o início da Era Moderna.
Qual e o motivo da queda do Império Bizantino?Devido ao Cisma do Oriente, ocorrido em 1054, a religião do império era Católica Ortodoxa. O Império Bizantino sucumbiu em 1453, quando os turco-otomanos invadiram seu território.
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