Qual a função e importância da arte para a sociedade e formação do ser humano?

O ser humano se manifesta através das artes desde os tempos remotos, quando faziam  pinturas rupestres para expressar o seu modo de vida. A preocupação com a estética ficava em segundo plano, já que a finalidade era se comunicar. Com o tempo, a arte foi ganhando novos sentidos para o ser humano, passou a representar o belo, os gostos individuais, a cultura de povos de diversas gerações e muitas coisas mais.

A importância da arte para o desenvolvimento humano

A arte tem muita importância em nossas vidas, pois influencia no nosso desenvolvimento como pessoa e nosso modo de vida em sociedade. De fato, a arte tem um papel fundamental em todas as fases da vida do ser humano. Quanto mais cedo o indivíduo tem contato com as artes, mais ele pode desenvolver seus talentos em determinado recurso. 

Antigamente, a arte costumava ser vista apenas como um meio de lazer e recreação para crianças e jovens, sendo colocada em segundo plano. Assim como linguagens, matemática, história e ciências, a arte é um campo específico de estudos essenciais para o desenvolvimento humano. Aos poucos, especialistas e governos começaram a entender como a educação artística pode ser proveitosa para todos os indivíduos. E essa educação vai além de atividades básicas como pinturas, desenhos ou colagens.

Atualmente, a aula de artes se tornou uma disciplina obrigatória e cada vez mais presentes nas escolas. Essas expressões artísticas devem ser trabalhadas de várias formas seja na dança, no teatro, nas artes visuais, na poesia, na música, artesanato entre muitas outras. Quanto mais elementos artísticos o educador apresentar para as crianças, mais rica será a linguagem e a expressividade delas.

Um erro que muitas instituições de ensino cometem é fazer a intervenção na criação artística, buscando o esteticamente correto e não respeitando a concepção estética da criança. A criança é um campo fértil para a criatividade e imaginação, e nós, muitas vezes, acabamos subestimando sua capacidade e impedimos seu desenvolvimento estético. Quando alguém interfere demasiadamente na expressão artística-criativa da criança, acaba limitando a possibilidade de novos saberes. A mente humana é um campo aberto para a descoberta e deve ser livre para deixar a criação acontecer.

O papel do professor no ensino das artes

O professor tem um papel fundamental no ensino das artes. Ele é o interlocutor, promotor e organizador do processo de criação. Para cumprir essa função é necessário sair da zona de conforto e das atividades prontas com reprodução sistematizada e estéril, que não possuem intencionalidade nem objetivos pedagógicos. Ele deve criar um ambiente propício à criatividade e à expressão, promover situações-problema, propostas e provocações, estabelecendo atividades de acordo com a faixa etária dos alunos.

Esses trabalhos artísticos devem ser desenvolvidos com a intenção de tirar a criança da zona de conforto. Eles devem ser capazes de desafiar e proporcionar a evolução da criança em vários aspectos como: controle corporal, atenção, coordenação, equilíbrio, fala, pensamentos, visão, audição e segurança. 

Acerca disso, entendemos que a arte é capaz de proporcionar para o indivíduo um crescimento saudável e enriquecedor de diversas formas. Ela expande a visão de mundo, estimula a criatividade e a capacidade de se expressar.

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Leia também: A importância do professor na vida da criança

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O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Quero iniciar este artigo dizendo que é um privilegio ser um educador por formação. É um privilégio poder fazer parte de uma classe profissional desvalorizada, jogada ao relento por nossos governantes, mas que ao mesmo tempo, por si só, se faz indiscutivelmente importante para o desenvolvimento de uma nação. Digo isso porque ser verdadeiramente educador é um privilégio de poucos. Enquanto educadores, seremos o que quisermos. Também me espanto quando faço uma reflexão sobre o poder que temos em nossas mãos na direção da vida social de cada aluno que passa por nossa sala de aula. Não lhe dá medo? Saber que você é um dos responsáveis pela índole do ser humano que teremos no futuro. Saber que sempre seremos lembrados como aquele professor...aquele, sabe?!

Dentro dessa filosofia, me vem em mente como é importante e proveitosa, a socialização desse ser humano através da "arte" enquanto recurso para a humanização do processo educacional. A união destas duas vertentes, arte e educação, proporcionam a prática verdadeira do que é declarado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no seu artigo 3.º, dos princípios e fins da educação nacional, respeitar, valorizar e garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência.

A arte humaniza, e se ela humaniza, precisamos mais do que nunca, da sua utilização no meio educacional e mais ainda na sociedade de modo geral. Pois se temos consciência de que a educação é a base estrutural, juntamente com a família, de uma sociedade plena, também temos consciência de que precisamos, cada dia mais, de pessoas comprometidas com o tema da humanização dos indivíduos. Humanizar no sentido completo e pleno da palavra. Mais do que oferecer aos indivíduos condições de vivência, de sobrevivência, dar a eles a oportunidade de serem quem realmente são, com toda a sua individualidade e peculiaridades.

Temos certeza de que o poder da palavra é fatal, e é por isso que escrevemos. Escrevo porque penso, e se penso, logo existo. Será? Precisamos assumir nossa participação enquanto sujeitos coadyuvantes na produção do saber e conseqüentemente alertar os alunos de que eles mesmo são os protagonistas desse processo. A arte nos proporciona isso, a "intimidade" entre os participantes do paradigma ensino-aprendizagem.

Segundo Luzia de Maria (1998, p. 59), o que a arte busca é justamente preservar a integridade dos homens, prover cada "ser" do alimento necessário para que nele se concretize o sentido de "humano". E se a busca é pela humanização, mais do que justo será unir arte e educação para que nosso mundo seja melhor. Pode parecer que estou tentando escrever um artigo de auto-ajuda, cheio de crenças infundadas e de utopias, mas minha intenção não é essa, senão fazê-lo acreditar que somente as pessoas envolvidas no desenvolvimento da sociedade, sejam de que segmento for (família, amigos, educadores, sociólogos, etc.), podem mudar essa história. Enquanto continuarmos privilegiando coisas inúteis para o crescimento sócio-cultural dos alunos, estaremos contribuindo para a mesmice em que o nosso mundo se encontra.

Das mesmas salas de aula que saem até hoje os políticos corruptos, os menores do tráfico, os bandidos perigosos, podem sair seres verdadeiramente humanos, comprometidos com "o outro", que nada mais é do que nosso auto-reflexo.

Precisamos compreender a significação de um silêncio, ou de um sorriso ou de uma retirada da sala (Freire, p. 97), precisamos através da sensibilidade, ver através de atitudes e ações, oportunidades de acertos e de vidas melhores, e para isso podemos contar com a contribuição da arte. Desde muito tempo a arte nas escolas públicas e particulares é trabalhada de forma inadequada, proporcionando um distanciamento dos alunos das obras, e, conseqüentemente, deixando escapar de suas mãos a oportunidade de entender, admirar e refletir sobre o pensamento do outro (o artista). Para se trabalhar com a Arte é necessário promover um diálogo entre o expectador e a obra. Fazê-lo entender, analisar, observar, perceber, distinguir, criticar e apreender o sentido da expressão relatada pelo autor.

Escrevo porque sinto e me permito, por ser um admirador da arte como mais do que uma simples expressão artística, como simplesmente prazer cultural, um objeto de reivindicação, como recurso de educação, de reflexão, de sentimentos guardados e escondidos de si mesmo.

É imperdoável que o sistema de ensino atual escamoteie a Arte por debaixo de uma "língua portuguesa" tradicionalista, que visa sempre ao consumo de regras sem sentido para a vida social dos nossos futuros cidadãos. Colocar a Arte como um instrumento sub-importante em meio ao monstruoso mundo de regras gramaticais é um pecado mortal. Afirmo, veemente, que a arte é disciplina para ser trabalhada separadamente, promovendo um conhecimento verdadeiro do que é "ser humano". Seja através da poesia, da música, da pintura, da fotografia, enfim, seja de que forma for, é imprescindível que se reavalie o ensino da arte na educação para que possamos contar com pessoas mais gentis num futuro não tão longínquo.

Bibliografia

MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Léo Christiano Editorial.
PILETTI. Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. Rio de Janeiro, Ed. Ática.
FREIRE, Paulo (1996): Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro, Paz e Terra S/A.

Qual a importância da arte na vida do ser humano e na sociedade?

Com a arte a cultura se constrói, elas estão completamente interligadas. A arte diz muito sobre a pessoa que a produz, por isso ela é dinâmica, viva, única. Através da arte vemos os períodos históricos e o comportamento humano. Sua compreensão é subjetiva, cada pessoa vai entender de uma forma diferente.

Qual é a importância da arte na formação do ser humano?

A arte visa proporcionar o processo de criação no indivíduo, levando-o a desenvolver sua criatividade e raciocínio, melhorar o seu potencial de pensamento e realização de atividades, de exposição e solução de problemas em situações sociais e cotidianas.

Qual é a importância da arte para a sociedade?

A arte tem um papel importante na sociedade como forma de ressignificar e reciclar objetos que seriam descartados, reduzindo assim o acúmulo de lixo que temos no nosso planeta. O artesanato é a forma mais comum de transformar e criar com resíduos descartados.

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