La recuperaci�n activa luego de la realizaci�n de ejercicios intensos, como forma de prevenci�n y retraso de la fatiga muscular Show Professor de Educa��o F�sica Daniel Casarotto (Brasil) Resumo Este trabalho tem por objetivo trazer algumas elucida��es sobre a fadiga, bem como discorrer acerca dos benef�cios da recupera��o ativa para a remo��o do lactato, considerado, por muitos autores, um dos principais respons�veis pela fadiga perif�rica. Unitermos: Fadiga. Exerc�cio aer�bico. exerc�cio anaer�bico.EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 16, N� 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/1 / 1 1. Introdu��o A fadiga muscular � um fator limitante do desempenho de atletas das mais variadas atividades esportivas. Reilly e Bangsbo (2000, p. 424) definem fadiga como sendo �uma redu��o na produ��o de for�a�. Outros autores, como Maglischo (1999) e Weineck (2000) seguem esta mesma linha, definindo a fadiga como uma redu��o na capacidade de manuten��o da performance f�sica. Casarotto e Dreher (2006) conceituam-na como �a redu��o revers�vel na capacidade de manuten��o do desempenho f�sico, fisiol�gico e comportamental�. A fadiga � uma forma de defesa do organismo contra exig�ncias excessivas. Ela visa � preserva��o das chamadas �Reservas Automaticamente Protegidas�, impedindo o esgotamento das reservas de energia do organismo, evitando-se riscos vitais (WEINECK, 2000). A fadiga pode ocorrer tanto a n�vel central (fadiga central), quando atinge o sistema nervoso central (SNC), como a n�vel perif�rico (fadiga perif�rica), atingindo os m�sculos esquel�ticos e mecanismos de contra��o muscular (DANTAS, 1998; KIRKENDALL, 2003). Maglischo (1999, p. 45) afirma que as principais teorias acerca das causas da fadiga enquadram-se nas seguintes categorias:
Segundo Maglischo (1999), a fadiga n�o pode ser evitada, apenas retardada. Este retardo � conseguido atrav�s do treinamento. �Apenas as fibras musculares que s�o utilizadas no treinamento ir�o adaptar-se ao n�vel m�ximo�. (MAGLISCHO, 1999, p. 64) Logo, as atividades realizadas no treinamento dever�o ser o mais parecidas poss�vel com a realidade da modalidade praticada. A realiza��o de exerc�cios intensos esta associada � alta produ��o de lactato e diminui��o do pH dos m�sculos em exerc�cio (REILLY; BANGSBO, 2000), o que, segundo Edman (apud REILLY; BANGSBO, 2000) pode afetar o desempenho do indiv�duo, visto que a redu��o do pH inibe diversas fun��es da c�lula muscular. Kirkendall (2003) diz que o ac�mulo de �ons de hidrog�nio, sob a forma de �cido l�tico, afeta a excitabilidade das membranas, afetando o fluxo de c�lcio, indispens�vel � contra��o muscular. O esporte de alto rendimento tem evolu�do muito nas ultimas d�cadas. Como conseq��ncia disto, a prepara��o f�sica tem sido norteada por conhecimentos cient�ficos fundamentados em estudos nas �reas das ci�ncias da sa�de, tendo por objetivos uma assimila��o satisfat�ria das cargas e treinos por parte dos atletas. Com um treinamento mais eficiente alcan�a-se maiores n�veis de condicionamento f�sico, melhorando o desempenho nas competi��es (BARRA FILHO; RIBEIRO apud GOMES 2007). � bastante comum que, em determinados per�odos da fase de treinamento dos atletas, realizem-se diversas s�rie de exerc�cios intensos, separadas por um per�odo de recupera��o. Al�m disso, muitas competi��es esportivas, devido ao curto espa�o de tempo em que ocorrem, exigem que o atleta dispute v�rias provas num mesmo dia, dentro de um curto espa�o de tempo entre elas. Diante disso, este trabalho objetiva discorrer sobre os benef�cios da recupera��o ativa para a remo��o do lactato sangu�neo, possibilitando um melhor desempenho aos atletas. 2. Benef�cios da recupera��o ativa Fatores como condicionamento f�sico, intensidade e dura��o dos exerc�cios anteriores, bem como as atividades realizadas no per�odo de recupera��o influenciam na recupera��o completa ap�s o exerc�cio intenso (REILLY; BANGSBO, 2000). Maglischo (1999, p. 90) argumenta que �O exerc�cio leve � superior ao repouso durante os per�odos de recupera��o porque � mantida uma velocidade mais r�pida para a circula��o sangu�nea�. Reilly e Bangsbo (2000, p. 427) compartilham da mesma id�ia, ao afirmarem que �[...] os m�sculos podem retornar a seu n�vel normal mais rapidamente quando exerc�cios de baixa intensidade s�o realizados entre per�odos de exerc�cio intenso�. Para Delgado (apud ANDRES; FERRER; ESPA, 2001) para se recuperar / retardar o aparecimento da fadiga, deve-se realizar a recupera��o ativa de baixa intensidade entre 10 e 15 minutos ap�s o treinamento ou competi��o. Estas afirma��es s�o comprovadas por Belcastro e Bonen (apud MAGLISCHO, 1999). Eles realizaram uma pesquisa com dois grupos de corredores, visando comparar os efeitos da recupera��o ativa (corrida relaxada) com os efeitos da recupera��o passiva para a remo��o do lactato sangu�neo. Eles verificaram que os resultados da recupera��o ativa foram, ap�s 5 minutos de recupera��o, 100% melhores e, ap�s 20 minutos, 400% melhores, em compara��o com os resultados apresentados pelo grupo que realizou recupera��o passiva. Wilmore e Costill (apud MAGLISCHO, 1999), em pesquisa comparando os m�todos de recupera��o ativa e passiva, obtiveram resultados compat�veis com o que j� foi dito. Ap�s a realiza��o de uma serie de exerc�cios efetuados at� a exaust�o, o grupo de recupera��o passiva sentou-se tranquilamente, enquanto o grupo que realizou recupera��o ativa continuou correndo relaxadamente a uma intensidade de 50% a 60% do esfor�o. O grupo que realizou recupera��o ativa reduziu seus n�veis de lactato sangu�neo quase duas vezes mais r�pido que o grupo que realizou recupera��o passiva. Em outro trabalho, Hermansen e Stensvold (apud MAGLISCHO, 1999) demonstram que exerc�cios realizados com intensidade entre 50% e 70% do VO2 m�ximo promovem uma recupera��o mais r�pida. Mazza (2003) apesar de n�o citar suas fontes, afirma que, em corridas, se alcan�a um mais alto n�vel de oxida��o e remo��o de lactato a uma intensidade entre 30% e 45% do VO2 m�x. J� na nata��o, de acordo com o mesmo autor, a taxa mais alta de remo��o se d� em intensidades entre 55% e 70% do VO2 m�x, ou entre 60% e 75% do esfor�o m�ximo competitivo. Moreira et Al. (2009) realizaram uma pesquisa com 10 nadadores de ambos os g�neros, comparando a velocidade de remo��o do lactato sangu�neo em duas situa��es de recupera��o ativa p�s exerc�cio. O grupo 1 realizou recupera��o ativa por 10 minutos, nadando a uma intensidade de 50% da velocidade m�xima. J� o grupo 2 realizou recupera��o ativa a 80% da velocidade m�xima. Ao final, conclu�ram que a recupera��o ativa p�s exerc�cio, quando realizada nas intensidades de 50% da Velocidade m�xima e 80% da velocidade m�xima, n�o apresenta velocidade de remo��o de lactato sangu�neo significativa. No que se refere � modalidade a ser utilizada na recupera��o ativa, Krukau; Volker e Leisen (apud MAGLISCHO, 1999) realizaram uma pesquisa com nadadores, comparando a realiza��o de atividades espec�ficas ao esporte com atividades inespec�ficas ao esporte. Observou-se que aqueles atletas que, na recupera��o ativa, nadaram relaxadamente, obtiveram uma recupera��o 100% mais r�pida que aqueles que realizaram uma atividade inespec�fica, no caso, o ciclismo. Logo, percebe-se que a atividade a ser utilizada na recupera��o ativa deve ser especifica ao esporte que se esta desenvolvendo. Campbell e Sim�es (2002) realizaram uma pesquisa comparando os efeitos da recupera��o ativa associada � passiva (RA+RP) com a recupera��o ativa associada � massagem (RA+RM) sobre a lactacidemia (Lac), percep��o subjetiva de esfor�o (PSE) e desempenho em esfor�o f�sico consecutivo. A amostra abrange doze corredores, com idade entre 16 e 31 anos, de ambos os sexos. No presente estudo, n�o foram encontradas diferen�as significativas quanto � remo��o de lactato entre os m�todos de recupera��o experimentados. Considera��es finais Ap�s a realiza��o de exerc�cios intensos, a recupera��o ativa promove uma melhor recupera��o que a passiva, principalmente se, na sua realiza��o, utilizarem-se atividades especificas do esporte desenvolvido. Contudo, foram encontradas poucas pesquisas comparando resultados alcan�ados a diferentes intensidades de exerc�cios e, a pesquisa encontrada n�o apresentou diferen�a significativa entre os resultados, provavelmente devido ao reduzido n�mero da amostra. Em virtude desta inexatid�o quanto � intensidade ideal a ser utilizada na recupera��o ativa, bem como o fato de terem sido encontradas poucas pesquisas recentes sobre o assunto em pauta neste trabalho, sinto-me incitado a pesquisar sobre o assunto, buscando, com maior afinco, na literatura e, se poss�vel, na pr�tica, um valor conveniente � melhor recupera��o.Deve-se salientar que o ac�mulo de lactato � apenas um dos fatores que podem levar � fadiga. Sua maior incid�ncia ocorre em esportes ou atividades com intensidade cont�nua. Nos esportes ou atividades intermitentes, cuja intensidade varia de acordo com seu andamento, como no caso do futebol, basquetebol e voleibol, h� tempo suficiente para a recupera��o/remo��o do lactato. Logo, nestes esportes/atividades, a fadiga � muito provavelmente provocada por outros fatores, que ser�o objetos para futuras pesquisas. Referencial bibliogr�fico
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