Apresentamos aqui uma síntese de mapeamento de tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil, mostrando que elas compõem uma rica tradição que tem
sido, contudo, invisibilizada por interpretações eurocêntricas, que desprezam formas distintas de produção de conhecimentos e artefatos que não se encaixam na narrativa dominante sobre o desenvolvimento tecnológico. A pesquisa, desenvolvida a partir dos estudos em africanidades, contrapondo os paradigmas desenvolvidos pelas teorias eurocêntricas, busca mostrar, de forma não exaustiva, a riqueza da matriz africana a partir de suas manifestações no âmbito tecnológico. Downloads
Não há dados estatísticos. Biografia do AutorLucas César Rodrigues da Silva, Universidade Estadual de Campinas, BrasilMestre em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Campinas. Pesquisador do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CHS) da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp. Atua em temas como educação ambiental africanizada, tecnologia africana, racismo ambiental, cosmovisão africana e a manifestação do jongo. E-mail: Rafael de Brito Dias, Universidade Estadual de Campinas, BrasilProfessor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp. Coordenador do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CHS) da FCA/Unicamp. Atua principalmente nos seguintes temas: tecnologias para a inclusão social; ciência, tecnologia e poder; tecnologia e democracia; política científica e tecnológica comparada. E-mail: ReferênciasAndrade, A. M., & Tatto, N. (2013). Inventário cultural de quilombos do Vale do Ribeira. 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Como CitarRodrigues da Silva, L. C., & de Brito Dias, R. (2020). As tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil: um estudo exploratório. Linhas Críticas, 26, e28089. https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.28089 LicençaCopyright (c) 2020 Lucas César Rodrigues da Silva, Rafael de Brito Dias Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. - Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. Qual foi a contribuição da África para o desenvolvimento das ciências?O país de Nelson Mandela é a sede do Square Kilometre Array (SKA), o projeto do maior e mais potente radiotelescópio do mundo. Quando for concluído, em 2030, terá uma área de coleta de 1 km². A título de comparação, o maior telescópio da China tem uma área de cobertura de 196.000 m², bem menor que a do sul-africano.
Como é o desenvolvimento tecnológico na África?Nos dias atuais, estão na África grandes inovações tecnológicas como trem-bala, mochila que gera luz, robôs para atendimento médico, startups, sondas espaciais e um dos primeiros sistemas de microfinanciamento e transferência de dinheiro via telefone no mundo.
Quais são as contribuições da África?Instrumentos como o tambor, atabaque, cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau também são heranças africanas que constituem parte da cultura brasileira. Cantos, como o jongo, ou danças, como a umbigada, são também elementos culturais provenientes dos africanos.
Quais as tecnologias e conhecimentos trazidos pelos africanos?Tiveram papel importante nos processos de resistência ao escravismo e estiveram na gênese de tecnologias africanas e afrodescendentes presentes na metalurgia, mineração, agricultura, construção civil, carpintaria, produção têxtil, navegação, fabricação de instrumentos musicais, medicina, engenharia e outras áreas.
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